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segunda-feira, 29 de março de 2010

De Einstein a Planck








Max Planck , em 14 de dezembro de 1900, anuncia, na Sociedade Berlinense de Física, que a energia não é emitida e tão pouco absorvida continuamente, mas sim na forma de pequeninas porções discretas chamadas quantum ou fótons , cuja grandeza é proporcional à frequência da radiação.
Nascia a Física Quântica e consolidavam-se as mudanças de concepção que já vinham sendo anunciadas desde os fins do século XIX. Abandonava-se, assim, definitivamente, a ideia de que a Física deva ocupar-se da causalidade do movimento pela tarefa teórica, amadurecida com a obra de Newton, no século XVII, de descrever a ordem natural, "com experiências seguras [...], com o auxílio da geometria" procurando, como escreveu Kant no século XVIII, "estabelecer as regras segundo as quais ocorrem certos fenómenos na natureza . Sublinhe-se que a Física nasce com Aristóteles no século III antes de Cristo ocupando-se da " substância que tem em si mesma a causa de seu movimento", conforme escreve o filósofo grego em “ Metafísica VI” , isto é, a Física é uma teoria do movimento.
Em 1865, James Maxwell descobre os comportamentos dos campos eléctrico e magnético e as suas interacções com a matéria e fornece uma explicação quantitativa da luz como onda eletromagnética o que é considerada um dos grandes triunfos da física do século XIX Não tendo tido tempo em vida para poder assistir à comprovação da sua teoria que estava correcta, esta foi realizada em 1987 pelo Físico Alemão Heinrich Hertz.
Em 1924, Louis de Broglie propôs uma teoria segundo a qual os elétrons possuem uma onda associada, que influenciaria as características do seu movimento. A tese de De Broglie foi aperfeiçoada por Erwin Schrödinger, que a utilizou para chegar, em 1926, ao que é hoje a mais usada formulação matemática da Mecânica Quântica ( a equação de Schrödinger). A teoria ondulatória conseguiu explicar como os elétrons dos átomos não podem possuir qualquer energia, e, conseqüentemente, não podem ocupar qualquer órbita ao redor do núcleo, mas apenas algumas pré-determinadas - um caso particular do fenômeno da quantização da energia. A existência de apenas algumas freqüências permitidas em vibrações de estruturas circulares (no caso dos elétrons, as freqüências das "ondas de De Broglie" correspondem às suas energias) é um efeito natural que ocorre com qualquer tipo de onda.
Einstein e Infeld em "The Evolution of Physics", anotando que fora necessária "uma corajosa imaginação científica para reconhecer que o fundamental para a ordenação e a compreensão dos acontecimentos podia não ser o comportamento dos corpos; mas o comportamento de alguma coisa que se interpõe entre eles, isto é, o campo -", indicam de forma clara os problemas que a Física Relativista trazia para a pretensão da Física Clássica de realizar a descrição do curso dos fenómenos através da representação visual das partículas em movimento. A relação de Einstein com a Física Quântica é interessante. Ele foi o primeiro a afirmar que a teoria quântica era revolucionária. A sua ideia de luz quântica foi um corte com a Física clássica, tendo passado os últimos anos da sua vida a encontrar uma teoria que unificasse a mecânica quântica com a sua teoria da relatividade geral , mas através de uma argumentação determinista e não probabilística ( Deus , não joga dados, dizia Einstein).
Desde o início de sua formulação, a Física Quântica apresentou uma dificuldade essencial: a necessidade de se atribuir um papel fundamental para a figura do observador (aquele que está a realizar uma experiência quântica). Isso decorre do fatco da teoria quântica ser de carácter não determinístico, ou seja, trata-se de uma teoria para a qual a fixação do estado inicial de um sistema quântico (um átomo, por exemplo) não é suficiente para determinar com certeza qual será o resultado de uma medida efectuada posteriormente sobre esse mesmo sistema. Pode-se, contudo, determinar a probabilidade de que tal ou qual resultado venha a ocorrer. Mas, quem define o que será medido e qual resultado que se obtém com uma determinada medida é o observador. Com isso, nas palavras de E. P. Wigner, " foi necessária a consciência para completar a mecânica quântica".
De forma resumida, pode-se dizer que as descrições mais convencionais apontam a consciência como sendo uma propriedade emergente das actividades computacionais realizadas pelas redes de neurónios que constituem o cérebro. O cérebro é visto essencialmente como um "computador" para o qual as excitações neurais (correspondentes à actividade sináptica) seriam os estados de informação fundamentais (equivalentes aos bits). A partir dessa visão, certos padrões de actividades neurais teriam estados mentais correlacionados, sendo que oscilações sincronizadas no tálamo e no córtex cerebral produziriam uma conexão temporária dessas informações e a consciência surgiria como uma propriedade nova e singular, emergente da complexidade computacional das redes neurais actuando em sincronia
Mas, afinal de que efeitos tão estranhos, dos quais temos estado a falar ?
O leitor certamente surpreender-se-ía se disséssemos que sem a mecânica quântica não conheceríamos inúmeros objectos com os quais lidamos quatodianamente, hoje em dia. Só para ter uma ideia podemos mencionar o nosso aparelho de CD, o controle remoto de nossas TVs, os aparelhos de ressonância magnética em hospitais ou até mesmo o micro-computador que está a utilizar para ler este artigo. Todos os dispositivos electrônicos usados nos equipamentos da chamada high-tech só puderam ser projetados porque conhecemos a mecânica quântica
A mecânica quântica é a teoria que descreve o comportamento da matéria na escala do "muito pequeno", ou seja, é a física dos componentes da matéria; átomos, moléculas e núcleos, que por sua vez são compostos pelas partículas elementares.
O advento da Física Quântica causou e tem causado enormes transformações na vida de todos nós .Nem sempre e nem todos estamos conscientes dos modos pelos quais uma revolução científica iniciada há cem anos pode-nos afectar ainda hoje, mas provavelmente já ouvimos falar de seu impacto na evolução da própria Física e de toda controvérsia gerada pelas dificuldades conceptuais de interpretação dos fenômenos quânticos . Os seus efeitos, porém, estender-se para além da Física, com desdobramentos importantes na Química, com a teoria de orbitais quânticos e suas implicações para as ligações químicas, e na Biologia, com a descoberta da estrutura do DNA e a inauguração da genética molecular, apenas para citar dois exemplos.
O Físico alemão W. O. Shumann , constactou em 1952 , que a terra era cercada por um campo electromagnético que se forma entre o solo e a parte inferior da ionosfera que fica a 100 kms acima de nós . Esse campo possui uma ressonância ( ressonância Shumann ), mais ou menos constante com uma frequência de 7,83 hertz e que fora desta frequência biológica natural, não podemos ser saudaveis . Sempre que os astronautas, em razão das viagens espaciais, ficavam fora da ressonância Schumann, adoeciam. Mas submetidos à acção de um “simulador Schumann” recuperavam o equilíbrio e a saúde.
É esta a frequência do nosso cérebro e de todos os vertebrados.
Só que a partir dos anos 80 do século XX e de forma mais acentuada a partir dos anos 90 a freqüência passou de 7,83 para 11 e para 13 hertz por segundo. O coração da Terra disparou. Concomitantemente fizeram sentir-se desequilíbrios ecológicos , perturbações climáticas, maior actividade dos vulcões, crescimento de tensões e conflitos no mundo e aumento geral de comportamentos desviantes nas pessoas, entre outros. Devido a aceleração geral, a jornada de 24 horas, na verdade, é somente de 16 horas. Portanto, a percepção de que tudo está a passar rápido demais não é ilusória, mas teria base real neste transtorno da ressonância Schumann.
O norte americano Royal Raymond Rife dedicou mais de sessenta anos da sua vida à construção , projecção e desenho de equipamentos médicos nomeadamente ópticos ( microscópio universal ) e investigação da medicina bio-eléctrica . Rife investigou as freqüências de áudio e proclamou que a elas se deviam os resultados felizes que vinha observando, e nunca às ondas contínuas, por si mesmas. Os geradores modulados de rádio frequência de Rife foram os primeiros dispositivos modernos a simular a função dos velhos aparatos electro-terapeuticos de ondas amortecedoras.
Aumentando a intensidade de uma frequência que ressonava naturalmente num micróbio Rife aumentou as suas oscilações naturais até que eles distorcerem e desintegrarem no seu stress natural. Rife chamou a esta frequência de “taxa oscilatória mortal (TOM), não causando quaisquer danos aos tecidos vizinhos.Estes princípios podem ser ilustrados pelo uso de uma intensa nota musical para quebrar uma taça de vidro: as moléculas do vidro oscilam em algum harmônico (múltiplos) dessa nota musical, estando em ressonância com elas. Como todas as outras têm frequências de moléculas ressonância diferentes, nada além do vidro é destruído.
Entre , muitos outros cientistas, que contribuíram indelevelmente para o conhecimento científico, prestamos aqui homenagem, a alguns que contribuiram directa ou indirectamente para o desenvolvimento da medicina quântica .





Livros digitais da Unesp



Programa de Publicações Digitais publica na internet 44 obras inéditas produzidas por pesquisadores dos programas de pós-graduação da universidade em artes e humanidade


www.culturaacademica.com.br

sexta-feira, 26 de março de 2010

quinta-feira, 25 de março de 2010

Vamos à nossa vibração?



Vamos à nossa vibração?

Mentalize em torno de si um campo de energia luminosa cheia de vitalidade e da pura alegria da natureza.

Relaxe.

Inspire esse ar luminoso, carregado de energia e de alegria. Visualize essa onda de força luminosa penetrando em seu corpo, espalhando-se por ele.

Não pense. Use a mente apenas para enviar ondas de bem-estar para todo o seu ser.

Imagine que se encontra no campo, na hora do crepúsculo...

Observe como as nuvens se tingem de rosa e dourado e as flores exalam suave perfume.

Você olha o céu, as nuvens tingidas de rosa e dourado, e começa a sentir uma saudade imensa de algo que não consegue definir.

Olha em torno e percebe que uma luz diferente clareia a paisagem.

Vibrações de paz profunda aquietam os pássaros nos galhos do arvoredo e uma suave aragem anuncia a chegada de alguém.

De algum ponto do infinito o Mestre vem caminhando em sua direção. Seu passo é calmo e o semblante belo e sereno.

Aproxima-se mais. Seu olhar irradia afeto, amor profundo, e você se sente envolvido nessas vibrações.

Em seu coração todas as mágoas desaparecem, todos os sentimentos pesados, as tristezas e preocupações desaparecem.

Em suas emoções só há confiança, alegria, amor.

Alguém surge a seu lado. Você olha e vê que é um dos companheiros desta Rede de Afeto.

E vai chegando mais um, mais outro, e logo você percebe que todos nós, da Rede Mundial de Afeto, estamos juntos, diante do Mestre.

Ele olha para todos nós com imenso afeto. Em seu olhar não existem perguntas, nem censuras, apenas carinho, amor profundo.

Aproxima-se mais um pouco. Dos Seus olhos e do Seu coração partem poderosas vibrações de amor e harmonia, envolvendo todo o grupo.

Num convite silencioso o Mestre nos pede para vibrarmos junto com Ele pelo nosso planeta.

E percebemos então que podemos ver a Terra em sua peregrinação pelo espaço, a sua grandiosa beleza... seus mares, florestas, montanhas, aldeias e cidades...

Juntamos então nossa vibração à do Mestre:

- Senhor da Vida Pai/Mãe/Criador de tudo que há, pedimos-Te que abençoe nossa nave cósmica... Proteja a Terra de nós mesmos, fortaleça a natureza e ajude a humanidade a se tornar mais fraterna, mais ética, mais alteritária... Ajuda o ser humano a aprender a respeitar o chão onde pisa, o ar que respira, a água que bebe, enfim, a natureza da qual faz parte.



O Mestre estende suas mãos e elas conseguem abarcar toda a extensão do nosso planeta... derramando sobre ele energias puras, vibrantes de amor e de paz.



Vamos retornar tranquilamente ao nosso mundo exterior, mas guardando na alma toda essa luz, esse amor, essa paz que nos envolve... e peçamos ainda:

Guarda-nos, ó Mestre, na tua luz.





*****



No link abaixo voce pode ouvir e acompanhar a prece Luz Protetora:



mms://www.mundoespiritual.com.br/audio/prece.luz.protetora.wma






TV,Rádios,Jornais ......etc.





quarta-feira, 24 de março de 2010

A dança do todo









Acreditar em você é crer que o sopro divino o convida para uma dança sagrada, dançar nos sonhos, dançar na luz divina do ser… Criação!
Confie, aceite, entre no salão da vida, mesmo que você não saiba corretamente os passos, o ritmo, a duração da música, mas quem é que sabe?!… Expressão!
Mesmo que você, eu ou qualquer outro dançarino cósmico não saibamos muito sobre essa doce canção, o que importa realmente é enchermos de alegria e amor nossos movimentos e contagiar positivamente todos a nossa volta, e que seu coração dance, como dança uma criança irradiando, amor e pureza… Emanação!
Perceba a sutileza da canção composta pelo Todo, essa linda melodia que toca na vastidão celestial, o poder oculto na intenção do som, canção que revela o pensamento criador.
Sonoridade que se fez presente em cada célula, em cada dança, em tudo… Revelação!
Sinfonia cósmica, que acalma a mente e sossega a alma, que o leva ao céu e ao encontro da lua e o faz despertar no charme do sol.
Nunca se esqueça de que você tem uma estrela luminosa em seu peito, você é sonho, você é verso, você é eterno.
Imaginação, sedução de um amor incondicional, a cura que brota de dentro do coração, a luz divina que chega sem tocar, apenas está. Nessa dança, dentro ou fora a conclusão é amar… Compaixão!
Consciência digna de viver e aprender, os impulsos o levam a procurar e nesta busca atingir os seus mais íntimos propósitos espirituais… Despertar!
Amar e sorrir são essenciais, siga em frente e acredite sempre no brilho do seu olhar.
Movimento, vida, expansão…
A música das esferas… Deus em ação!
Siga seu coração, conduza sua vida em direção ao amor maior, não perca tempo… Dance!

Sugiro a você um exercício de visualização…
Procure ficar sentado de forma confortável.
Coloque uma música suave, inspirativa, que acalme sua mente.
Eleve seus pensamentos a um ser magnânimo, a um ser de luz que você se identifique mais…
Usando sua imaginação, visualize um grande sol surgindo em seu peito. Esse sol surge de dentro para fora, radiante, viçoso…
Visualize um segundo sol surgindo na parte frontal da sua cabeça, intensifique esse brilho em sua testa…
Mantenha sua concentração nestes dois pontos, esteja por inteiro(a) nessa prática…
Agora visualize uma coluna de luz dourada, subindo e espelhando essa luz intensa até tomar conta do seu corpo…
Visualize a palavra “Paz” dentro do sol que está em seu peito…
Visualize a palavra “Luz” dentro do sol que está em sua testa…
Sinta o fortalecimento energético que esta prática proporciona, sinta a alegria expandida…
Perceba o ser de luz que você é, um ser divino espalhando brilho no olhar…
Intensifique essa luz dourada que toma conta do seu corpo, você está nutrindo a sua alma…
Permaneça assim por um tempo, a música, a paz, a luz, o silêncio interior, o amor…
Seja feliz, você “EXISTE”, você é “VIDA”, você é “ETERNO”!

(Estes escritos são dedicados aos Amparadores amigos que com sua paciência e carinho nos auxiliam nesta jornada).


Projeto Xamanismo e Consciência
Vitor Hugo França

www.vozdoselementos.com.br





terça-feira, 23 de março de 2010

DESPERTAR PSÍQUICO DE OUTONO




Texto de Paulo Urban, publicado na Revista Planeta, edição nº 379, abril/2004

Paulo Urban é médico psiquiatra e Psicoterapeuta do Encantamento.

Embora a natureza esteja sempre pronta em sua espontaneidade a florescer e renovar-se a cada primavera, paradoxalmente, a alma humana, via de regra cumpre despertar psiquicamente em sua singular condição de outono, desde que diligentemente se dedique à tarefa de colher experiências suficientes ao longo do caminho probatório da existência, capazes de levá-la, passo a passo, ao luminoso altar da maturidade anímica.

Em concordância, observo na prática da psicoterapia, inúmeros casos daqueles que, preocupados em lidar com suas angústias indefinidas, ao atingirem os limiares da idade serena, atestam haver repentinamente percebido um fundamento maior para suas vidas, ou ter encontrado o veio da genuína missão a ser cumprida, até então oculta aos olhos imaturos, não treinados a ver por detrás das aparências.

Dura verdade, tais percepções, potencialmente arrebatadoras, próprias de um estado anímico que podemos adequadamente nomear de “iluminação cósmica”, costumam vir à tona quando menos por elas esperamos e ao longo de processos de intenso sofrimento psicológico, deflagradores de mudanças radicais no modo de pensar e de entender as coisas, capazes de reformular intrinsecamente a relação que guardamos com a vida.

Incontáveis são os relatos e as instigantes biografias daqueles que, em algum momento de suas vidas (comumente por volta dos 40 anos) registram a ocorrência deste fenômeno psíquico que bem se traduz pelo desabrochar da alma para percepções absolutamente incomuns, próprias de um plano superlativo de manifestações, sutil em relação a este mundo em que vivemos, a evidenciar uma realidade supra-sensível, da qual podemos apenas ter idéia quando atingimos oitavas vibratórias psiquicamente transcendentes.

Mestres avatares do Oriente e do Ocidente, líderes religiosos, monges, filósofos, poetas, músicos, artistas, personalidades expoentes da natureza humana e, sobretudo, pessoas absolutamente anônimas e comuns, constituem incontestes provas de que o estado de iluminação cósmica é passível a qualquer um de nós, desde que saibamos manter psiquicamente abertos os canais ao cultivo da espiritualidade.

Indiscutivelmente, os dois casos de iluminação cósmica mais reconhecidos em toda a história da humanidade são os de Gautama Buda e o de Jesus. Conta-se que Gautama, século VI a.C., após o nascimento de seu primeiro filho, surpreendentemente abandonou o abastado lar em que vivia para dedicar-se à prática do ascetismo. Teria sido por volta dos 35 anos que Buda, sentado sob a árvore Bo, após sofrer seis longos anos de terríveis provações, atingiu a paz absoluta e desvendou o segredo do nirvana.

Jesus, a História busca corrigir as imprecisões cronológicas dos Evangelhos, crucificado por volta de seus 40 anos, teria seus 36 ou 38 anos quando começou a pregar. Dentre as várias passagens que podem ser apontadas como momentos de iluminação cósmica do messias, sua experiência de transfiguração, entretanto, testemunhada pelos três textos sinópticos, é inequívoco prenúncio de que Jesus ali ultrapassara o ponto extremo da condição humana, a ocorrer-lhe, portanto, em pleno vigor de sua idade madura. Em Mateus, 17, 2, por exemplo, encontramos a estranha descrição: “E se transfigurou diante deles: o seu rosto brilhou como o Sol, e as suas roupas ficaram brancas como a luz.”

Sócrates, em seus 40 anos, é Platão quem nos conta em seu Symposium, à época do cerco de Potidéia (432-429 a.C.), estivera desde o meio-dia e daí até a manhã seguinte em estado catatônico, em profunda absorção, mas com os olhos bem abertos, refletindo sobre algo. Ao raiar do Sol, sem sequer notar que à sua volta muitos haviam se colocado a fim de observá-lo, levantou-se serenamente, rendeu graças ao novo dia e seguiu silencioso o seu caminho. Um sugestivo quadro de um momento sublime, de iluminação pessoal, daquele que em toda sua vida primou pela ética e pela justiça em pensamentos e atitudes.

Citemos também o sábio Plotino (204-274 d.C.), inspirado renovador da cosmogonia de Platão, que, em uma de suas cartas, endereçada a Flaccus, explica ao amigo que o conhecimento tem três graus: opinião, ciência e iluminação; e afirma não somente já ter vivido sete episódios de iluminação (os quatro últimos entre seus 59 e 64 anos), como nos aconselha quanto aos caminhos a serem seguidos para que a alma se liberte.

Jacob Boehme (1575-1624), sapateiro filósofo, descreve-nos duas iluminações distintas que lhe teriam ocorrido. A primeira deu-se aos 25 anos, na região campestre de Görlitz, quando se viu “rodeado por uma luz divina e tomado pelo conhecimento celestial.” Guardando completo silêncio acerca de sua visão, e intimamente tocado por ela, anos depois escreveria De Signatura Rerum, expondo sua particular compreensão da Criação por meio de todas as linhas, figuras e formas de Deus. Dez anos mais tarde, sofreria nova experiência de conexão com o Todo absoluto, segundo ele, uma visão mais forte que a primeira: abriu-se para mim um largo portão e em ¼ de hora vi e aprendi mais do que o faria se cursasse muitos anos de universidade; (…) porque vi o abismo dos abismos, o Ser de todos os seres e a geração eterna da Santíssima Trindade, o fim e a origem do mundo e de todas as criaturas.

Também notável é o arrebatamento de Descartes (1596-1650), que se viu atravessado na noite de 10 de novembro de 1619 por três sonhos sucessivos cujas imagens lhe pareceram “símbolos da iluminação”, a indicar-lhe a missão à qual deveria consagrar a própria vida: reunir todos os conhecimentos sobre bases seguras e edificar a partir delas um pensamento plenamente iluminado pela verdade. Cumprindo seu propósito, o filósofo desenvolveria a partir desse seu entendimento suas Regras para a Direção do Espírito, publicadas em 1628.

Semelhantes experiências místicas foram as de Blaise Pascal (1623-1662) e de Baruch Spinoza (1632-1677), filósofos cujas obras trazem pensamentos ou descrições próprias de quem se deixou alçar pelo êxtase religioso. Spinoza trata da iluminação como se esta fosse um segundo nascimento, advindo daí a união da alma com Deus, e expressa que nisso consiste a imortalidade e a liberdade do homem. Já Pascal, aos 31 anos, precisamente em 23 de novembro de 1654, teria sofrido seu radical processo de conexão divina, em função do que abandonou o convívio mundano para assumir uma vida monástica devotada a oração e a filosofia, que o levou a escrever suas Cartas Provinciais (1656) e também seus Pensamentos, estes, publicados postumamente, em 1670. A data de sua iluminação foi por ele registrada numa espécie de talismã, forjado em caligrafia própria sobre um pergaminho, mantido por toda a vida secretamente encerrado sob as costuras de seu gibão. Descoberto dias após sua morte por um noviço de seu mosteiro, foi entregue à sua irmã, Mme. Périer. Cópia do texto (que traz um estranho desenho: uma cruz da qual emanam 16 raios de luz) encontra-se guardada na Biblioteca Nacional de Paris. Nele Pascal se refere a uma visão que lhe ocorreu entre 22h30min e meia-noite e meia, em presença do fogo, e para retratá-la vale-se de expressões como “a sublimidade da alma humana”, “reconciliação total e doce com Deus”, afirmando ter “ganhado a vida eterna por conhecê-Lo.”

Outro grande nome a ser lembrado é Dante Alighieri (1265-1321), autor de Vita Nuova (1309) e Divina Comédia (1321). Ao final da primeira obra, editada aos seus 44 anos, Dante faz alusão à iluminação cósmica. Sua Divina Comédia, ambientada em 1300, narra o périplo do autor, em seus 35 anos, pelos três mundos supra-físicos: Inferno, Purgatório e Paraíso, situando neste último o lugar do surgimento de uma iluminada consciência.

Já o poeta inglês William Blake (1757-1827) julgava sua Obra fosse fruto de uma revelação, e se dizia tomado por uma clareza divina que o forçava a escrever sem questionar o que lhe vinha à mente. Blake “canalizava” seus poemas, podemos assim dizer. Seus preciosos versos de Augúrios da Inocência, publicados aos 46 anos, bem expressam seu estado anímico de “participação mística”: To see a world in a grain of sand, and a heaven in a wild flower; hold infinite in the palm of your hand and eternity in an hour. (Ver um mundo num grão de areia e um céu numa flor silvestre; capturar o infinito na palma da mão e a eternidade numa hora).

Ainda no amplo universo dos poetas iluminados, cumpre citar o brasileiro Augusto dos Anjos (1884-1914), cuja obra poética, distante do que diz a crítica acadêmica (esta certamente não iluminada), acha-se repleta de sonetos que bem revelam as experiências metafísicas que Augusto sofreu precocemente em sua vida profundamente introspectiva. Solilóquio de um Visionário (1909) e O Lamento das Cousas (1914), são apenas dois exemplos que claramente traduzem a especialíssima condição daqueles que souberam enxergar muito além dos olhos comuns.

Carl G. Jung, nascido em 1875, deixa-nos também vários relatos de sonhos e experiências transcendentais, emergentes de suas intensas crises existenciais, vivenciadas em seus anos de maturidade anímica (de 1918 a 1926, principalmente), em função das quais desenvolveu toda a sua Psicologia Analítica. Um de seus testemunhos mais claros de conexão cósmica, entretanto, ocorreu-lhe em 1944, quando se encontrava hospitalizado em virtude de um ataque cardíaco, num período em que esteve inconsciente, tomado por delírios e visões. Jung narra: Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico. Muito ao longe, abaixo de mim, eu via o globo terrestre banhado por uma maravilhosa luz azul…; a enfermeira prestar-lhe-ia seu claro testemunho após Jung recobrar a consciência: “O sr. estava como que envolvido por um halo luminoso.” Em sua sábia humildade de alquimista da alma, porém, o imortal psiquiatra suíço preferiu manter aberta a porta pela qual encontrou a transcendência, partindo desse mundo em 1961 sem jamais assumir em sua vida ter encontrado a chave da experiência psicológica de Deus.

Outro que nos conta sua experiência de iluminação pessoal é o físico austríaco Fritjof Capra. Uma visão de natureza psicodélica ocorreu-lhe numa praia, numa tarde de verão, em 1969, aos 30 anos de idade: ”vi” cascatas de energia cósmica, provenientes do espaço exterior, cascatas nas quais, em pulsações rítmicas, partículas eram criadas e destruídas. “Vi” os átomos dos elementos, bem como os pertencentes a meu próprio corpo, participando de uma dança cósmica de energia. Senti seu ritmo e ouvi seu som. Nesse momento compreendi que se tratava da dança de Shiva.” Capra confessa que a partir daí se decidiu por escrever O Tao da Física, publicado em 1975, no qual expõe agudas aproximações entre os revolucionários conceitos da física quântica e as verdades metafísicas encontradas no hinduísmo, no taoísmo e no budismo, ainda concordantes com a filosofia pré-socrática.

Mas nosso texto restaria incompleto se não sugeríssemos ao leitor sensível, que se deixou entusiasmar com as experiências destes grandes luminares, algumas formas de percepção dos muitos caminhos capazes de nos levar ao portal da conexão cósmica. Importante dizer: embora os episódios de iluminação preferencialmente ocorram no período outonal de nossas vidas, quando a alma amadurecida já pôde colher frutos fundamentais não só de suas mais sofridas crises psicológicas, mas também das situações mais simples, cotidianamente vividas, nem por isso devemos esperar tardiamente pela transcendência ou mesmo crer que ela se dará de algum modo, inevitavelmente.

A meia-idade, por si só, não é garantia alguma para que a alma se perceba essencialmente. Quando preferimos ignorar ao longo dos anos (desde a infância e juventude) as oportunidades de real aprendizado que a vida nos oferece e nos furtamos à obrigação de descobrir por qual caminho deve seguir nosso coração, ficamos sujeitos mais adiante a percorrer as planícies da velhice como se estas fossem campos desertos, cristalizados em torno de um ego estéril e taciturno, que jamais soube vislumbrar a realidade espiritual acima da simples consciência.

Também não devemos esperar que uma vivência mística surja acompanhada do som de clarins ou de luzes extraordinárias; no mais das vezes a iluminação da alma ocorre por meio de vivências extremamente simples e discretas, que trazem significado tão somente àquele que a sofre no espaço mais profundo e sagrado de si mesmo. Por isso é fundamental cultivar o silêncio, sem o que não há como escutar os anseios de nosso verdadeiro Eu.

É preciso ainda coragem e humildade para que trilhemos a senda iniciática em que se traduz nossa existência; somente com o auxílio destas duas virtudes é que podemos vencer as armadilhas do ego e nos manter abertos ao aprendizado das lições.

Ademais, iluminação alguma deveria ser o propósito da vida, senão um meio de ascese espiritual. Ela nunca é um fim em si mesma. Lembremos o aforismo zen: certa feita um discípulo correu ao mestre dizendo orgulhosamente que após dez anos de meditação havia finalmente alcançado o Satori (iluminação); ao que o mestre respondeu-lhe: “Então continue meditando.” A passagem nos ensina que os passos da alma não têm ponto de chegada. Só o percurso pode ser essencialmente o caminho; nada o substitui, e a iluminação é mais uma questão de saber admirar a paisagem do que a de atingir algum destino.

O despertar da alma é um mistério que envolve sutilezas; perfume e beleza costumam ser prelúdio da iluminação psíquica, e nossa consciência será tanto mais tocada pelos dedos de Deus quanto mais soubemos aspirar sem ambições pelo belo e pela verdade em cada mínima intenção. Inspiremo-nos, pois, naqueles que já trilharam os caminhos da virtude e fizeram questão de perfumá-lo com o seu desabrochar anímico. A iluminação advém quando a alma, qual cadinho dos alquimistas, está devidamente preparada para sofrer a transmutação psíquica. Busquemos com paciência e oração por ela a todo instante, e o alvorecer de um divinal outono nos surpreenderá um certo dia.



Enfrentando a depressão




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Considerada pelos especialistas como o mal do século 21, a depressão já atinge cerca de 15% da população mundial. A depressão é um estado d´alma que tem como causa diversos fatores. Mas o principal deles, e muitas vezes ignorado pelos especialistas, está radicado no cerne do Espírito imortal.

O Espírito eterno é herdeiro de si mesmo. Pela Lei de Causa e Efeito ele traz, ao nascer, as experiências acumuladas ao longo dos milênios.

O que geralmente ocorre é que o Espírito que se reconhece culpado cria, inconscientemente, um mecanismo de autopunição. Sabe que infringiu as Leis Divinas e por isso não se permite ser feliz.

Assim, nos porões da consciência, o que Freud chama ID, estão esses clichês mentais que muitas vezes são causadores de depressões graves.

Por essa razão, nem sempre é possível reverter esse mal sem uma ação profunda e efetiva, nas raízes do problema. O que acontece, muitas vezes, é que, sem se aperceberem da gravidade da enfermidade, muitos pais fortalecem as bases da depressão nos primeiros anos de existência dos filhos, adotando um comportamento inadequado.

Quando a educação se baseia principalmente em questões materiais, visando uma projeção social e a abastança financeira do ser, geralmente está se criando fortes bases para que a depressão possa se instalar.

Um exemplo simples está no fato de pais e educadores massificarem a idéia de que o sucesso é de quem consegue um lugar de destaque na sociedade.

E que vencer na vida significa ter um cargo importante e dinheiro sobrando.

Desde pequena a criança aprende a fazer cálculos, ouve falar em investimentos financeiros, juros, aprende a comparar seus brinquedos com os do amigo, o carro do pai com o carro do vizinho, etc.

É iniciada desde cedo num mundo de competições, de concorrências, de incentivo ao ter em detrimento do ser.

Por tudo isso, quando essa criança se torna adulta e mergulha numa profissão, não está preparada para lidar com as emoções e fraquezas que trouxe consigo de outras eras.

Saberá muito bem calcular o quanto seu colega ganha mais do que ele, mas não subtrair uma simples ofensa do companheiro de trabalho.

Saberá lutar pela primeira posição na empresa, mas não tolerar a mínima frustração de um afeto não correspondido.

Conseguirá traçar metas brilhantes para elevar os lucros da empresa, mas não vencer o abismo que o distancia dos entes queridos.

Criará estratégias eficientes para elevar-se na hierarquia, galgando postos de relevância, mas não compartilha a mínima tarefa em equipe.

Quando não consegue nenhuma dessas façanhas que julga importantes, frustra-se e acredita-se imprestável, impotente, inútil.

E, no final de tudo, aparece a depressão. Esse mal que tem origem nas raízes do ser imortal e que é causa de muitas desgraças nos dias atuais.

Outro ponto falho é deixar de passar às crianças a idéia de Deus como um pai amoroso e justo, além de extremamente misericordioso.

Se ele cresce com a certeza da existência de Deus e do seu amor, saberá confiar e alimentar a esperança de dias melhores, mesmo tendo que enfrentar algumas noites sem estrelas.

A criatura que crê em Deus jamais se desespera, mesmo sabendo-se devedora das leis que regem a vida, pois tem a certeza de que Deus não quer o castigo nem a morte daquele que dá um passo em falso.

Sabe que Deus deseja, tão somente, que acertemos o passo no compasso das Suas soberanas leis.

* * *

Se o seu coração lhe diz que você já tropeçou antes, e as feridas abertas em sua alma o impedem de ser feliz, é momento de parar um instante para refletir.

É o momento de abrir a alma ao Criador, reconhecendo os atos insanos e rogar o Seu perdão em forma de oportunidades para refazer o caminho.

Certamente ouvirá a resposta do Pai amoroso a lhe dizer com suavidade:

Filho, cada dia que amanhece é a renovação da Minha confiança na sua redenção, no seu aprendizado, no seu progresso, como filho da luz que é.

E enquanto houver dias amanhecendo, você saberá que o convite do Criador está se repetindo ao seu coração de filho bem-amado.

Redação do Momento Espírita.





Pequenos tiranos

TV Globo-Renato Rocha Miranda

Rafaela (Klara Castanho), personagem de 'Viver a Vida'

Um sentimento de culpa leva os pais a fazer concessões além do necessário na educação de seus filhos. No entanto, essas são pequenas batalhas perdidas que, tempo depois, impedem uma relação equilibrada e saudável entre eles.
Segundo a psicóloga Alicia Banderas, especializada em psicologia educativa, os pais se impõem empecilhos, como a culpa, para não exercer a autoridade, em muitos casos por causa da dificuldade de conciliar trabalho e família.
"Não veem os filhos durante o dia todo e, quando voltam para casa, fica muito difícil impor limites e acabam evitando isso, querendo assim compensar a ausência", descreve Banderas. Essa é uma das razões pelas quais a terapeuta organiza periodicamente o evento "Escolas de pais".
É preciso marcar uma diferença clara entre uma criança tirana e uma desobediente. A primeira mostra insensibilidade perante a dor alheia. É incapaz de perceber o dano que causa aos outros e não tem remorsos de consciência: a culpa é sempre dos outros. Impulsivas e egocêntrica, ela não se coloca na pele dos outros e costuma ter atitudes vingativas.

O mau comportamento das crianças gera situações de frustração, agressividade e manipulação no entorno familiar. São os pais os responsáveis por acabar com esse tipo de constrangimento, aplicando regras e punições.
Já a criança desobediente foge das regras, bate a porta na cara de alguém, tem raiva passageira, grita e esperneia, mas é consciente do mal que causou.
Da mesma maneira, tratando-se de adolescentes, não se deve confundir rebeldia com tirania. Esta última provoca não só desobediência das regras, mas crueldade e pouco medo ao castigo.
"Na tirania, há uma predisposição genética, mas isso não determina que a criança seja tirana. Cada um nasce com um temperamento, mas o trabalho educativo dos pais evita que esse comportamento exploda", assegura a psicóloga.
A permissividade e a vulnerabilidade dos pais são atitudes das quais os filhos se aproveitam para se transformar em tiranos, explica Banderas. "Quando o pai se cansa de tentar impor regras e limites, de arcar com a responsabilidade pela educação, surge um desgaste que o torna vulnerável. Esse é o alimento perfeito para que o filho se torne o rei da casa", ressalta.

Pouca responsabilidade Crianças e adolescentes apresentam, cada vez mais frequentemente, falta de responsabilidade, pouco autocontrole, egoísmo exacerbado, intolerância à frustração, agressividade e uma tendência excessiva à manipulação. Encontrar a solução para o problema que gera essa atitude é fundamental para detê-lo e para começar a aplicar técnicas efetivas.
Pequenos, mas não tolos. Eles sabem como conseguir seus objetivos e sua 'má' educação os leva a se transformarem em "Pequenos tiranos". Este é o título do livro de Alicia Banderas. Ela afirma que é preciso sempre tentar conhecer o que há por trás da atitude de uma criança ou de um adolescente que não tem um bom comportamento. A psicóloga oferece respostas a pais e a educadores para evitar que os filhos se transformem em pessoas exigentes e incapazes de assumir responsabilidades.

Tudo é questão de educação, deve-se dedicar tempo a essa tarefa. Estabelecer hábitos e rotinas é fundamental para criar controle sobre os filhos. Fazer as coisas por eles para evitar uma discussão ou para não repetir várias vezes a mesma ordem impede que eles sejam pessoas autônomas e responsáveis.

"A responsabilidade é uma qualidade positiva que não é inata, se aprende pouco a pouco", afirma Banderas. A psicóloga explica que, em muitos casos desastrados, os pais mandam seus filhos fazerem várias coisas ao mesmo tempo e, por vezes, sem uma preparação prévia.
Os pais confundem exercer sua autoridade com autoritarismo. Segundo a psicóloga, o autoritarismo é o mais parecido a uma ditadura, no estilo 'isto é assim porque eu digo e acabou'. Essa atitude se equivoca com a de autoridade, que é a maneira de ser reconhecido(a) pelo respeito. "Se você quer ter a autoridade como pai ou mãe, não deve estabelecer uma ditadura. Você pode conciliar firmeza com carinho", destaca Banderas.
Ela também adverte que querer ser 'colega' dos filhos é uma atitude imprudente, pois os pais "não têm os mesmos interesses que eles". Se os pais não 'treinam' para assumir responsabilidades, no final não há credibilidade em suas decisões. E ainda que os pais tomem tais decisões, se elas não saem como esperavam, culpam aos outros por isso.
"Eles tomam decisões por capricho, mas que depois não assumem como se fossem sua responsabilidade. Desejam coisas em benefício próprio e decidem de forma inconsciente, sem refletir".

Com clareza
Para Alicia Banderas, o ideal é que as crianças aprendam a assumir responsabilidades quase como um jogo, de maneira que não signifique um esforço para elas, "isso lhe proporcionará auto-estima e uma grande autonomia", comenta.
Segundo a psicóloga, os pais precisam dizer aos filhos clara e especificamente o que querem. Por exemplo, as tarefas no lar. O que pode parecer uma mensagem clara como: "arrume seu quarto", pode ser ambígua e pouco precisa aos filhos, pois eles não sabem onde está o limite para terminar. "Além disso, certamente nossa percepção de ordem não se corresponde com a deles. É necessário sentar com ele e explicar claramente o que queremos", acrescenta.

Quando é tarde demais para perceber que a relação com os filhos fugiu ao controle dos pais? "Sempre temos tempo para modificá-la. Sempre é mais fácil começar controlando as primeiras raivas passageiras das crianças. Os pais devem evitar justificações do tipo 'é muito novo para entender'. Se a comunicação chegou a um ponto em que está desestruturada, embora seja difícil retomá-la, é possível conseguir com persistência".
Um excesso de atenção provoca situações de chantagem inclusive das crianças. Elas querem tudo e querem agora. Em um momento de raiva passageira dos filhos, se os pais "os abraçam, acabam reforçando a atitude das crianças para conseguir as coisas desse modo", adverte Banderas.
A psicóloga afirma que sua experiência permitiu a ela observar que há uma desproporção entre o esforço dos filhos e a recompensa dada pelos pais. "Os pais se queixam que o filho não estuda nem arruma a mesa, mas não deixam de pagar a recarga do celular nem cortam nada do que ele quer, independentemente do esforço que faça. Isso o transforma em um tirano".
Por outro lado, os jovens se queixam de falta de atenção dos pais. "Um filho tem que saber que é querido e sentir isso". Na conversa, deve existir contato visual. A criança tem que perceber que realmente é ouvida, não basta com ouvi-la enquanto digita no computador.
"Por exemplo, quando se discute o tema das drogas ou sexo, os pais apressam-se a julgar e a dar conselhos antes de ouvir a criança e transformam a conversa em um interrogatório policial. Embora agora haja maior comunicação entre pais e filhos, ela não é feita da melhor maneira", indica Banderas.
Para ela, o fato de que a idade para assumir a paternidade tenha aumentado não significa que tenha aumentado este tipo de conflitos familiares. As causas dos problemas são os impedimentos emocionais como a culpa ou a proteção exacerbada.(Mimar...!)QUEM AMA ,AMA! NÃO MIMA,EDUCA PARA O MUNDO!
"Queremos fazer tudo por eles e estudar passa a ser sua única responsabilidade. 'Logo eles sairão para o mundo real. Enquanto viverem em casa, que vivam como reis', dizem alguns pais", conclui a especialista.

CASO ISABELLA POR PSIQUIATRIA ESPECIALIZADA

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O psiquiatra Maurício Garrote fala sobre o Caso Isabella e discute saúde mental familiar -

O casal nardoni acusados do crime. O casal nardoni, Alexandre e Anna Jatobá pai e a madrasta de Isabella acusados do Crime. Mais...

Os pais de Suzane, casal richthofen, foram massacrados e a empresaria Silvia Calabresi, (Goiânia) condenada, acusadas de torturar menor


"Muitos pacientes com problemas de saúde mental ficam preocupados numa hora como esta," diz uma psiquiatra, entrevistada sob a condição de não ter seu nome revelado.

Alvos da incompreensão e mesmo de preconceito, os pacientes temem o afastamento de amigos e a rejeição de familiares. Não há pessoa capaz de considerar "normal" o comportamento de dois adultos que, conforme o relato da polícia, foram capazes de estrangular uma menina de 5 anos e depois jogá-la pela janela do sexto andar de um edifício de apartamentos.

A questão, que faz parte dos manuais clássicos dos advogados de defesa, é a seguinte: se não é normal, esse comportamento reflete uma doença? Em caso positivo, qual? Para a maioria dos estudiosos deste reino de belezas e horrores infinitos que é a mente humana, pode-se distinguir com alguma clareza o comportamento de um psicótico do comportamento de uma pessoa comum.

Por definição, o psicótico tem graus variados de alucinação. Muitas vezes ouve vozes, imagina coisas que não existem, constrói uma fantasia e vai atrás dela. Não consegue se manter apegado ao princípio de realidade. De uma forma um tanto simplória, pode-se dizer que o psicótico seria aquela pessoa que conversa num universo interno, que é sua referência e ao qual presta contas, cultivando contatos esporádicos com aquilo que os demais entendem como "realidade."

"Crimes com essa carga de violência são tão chocantes que muitas pessoas tendem a achar que não podem ter sido cometidos por pessoas que consideramos racionais", diz o psiquiatra Maurício Garrote.

Com 25 anos de profissão, Maurício Garrote dedicou a maior parte de sua carreira ao tratamento de crianças e adolescentes que são vítimas de violência em famílias pobres da periferia de São Paulo e cidades vizinhas. Hoje monta um serviço preventivo em cidades do Vale do Ribeira, uma das regiões mais pobres do Estado.

"A verdade é que a quase totalidade dos crimes domésticos não tem nenhuma relação com qualquer doença mental conhecida," diz ele.

Entrevistado com a condição de não fazer análises específicas sobre o pai e a madrasta de Isabella, "pois nenhum profissional pode ter uma opinião formada sem um contato direto e prolongado com cada pessoa," Maurício Garrote acha possível fazer uma distinção entre indivíduos que, mesmo em condição mental diferente, são capazes de cometer crimes iguais.

Admite-se que psicóticos sejam capazes de cometer homicídios, ainda que os casos sejam raros. Ele próprio chegou a atender uma senhora de formação muito religiosa que, vítima daquele trauma conhecido como "depressão pós-parto", convenceu-se que o demônio havia se apoderado da própria filha – e decidiu matá-la para proteger a família.

Outro caso envolve um casal que responde a processo pela morte de um filho recém-nascido. A investigação policial acusa o pai de ter esmagado a cabeça da criança contra a parede. A família alega que ela caiu do beliche.

Para Maurício Garrote, uma distinção importante envolve o comportamento depois do crime. Uma mãe convencida de que sua filha foi possuída pelo demônio não esconde o que fez. "Sente até orgulho disso," recorda. Já o casal acusado de matar o próprio filho teve outra reação: conta uma história que, mesmo sem fazer nexo do ponto de vista da polícia, trai a vontade de esconder suas responsabilidades e escapar de uma condenação. Isso sempre acontece nessas situações.

Em 1997, a delegada Elizabeth Saito investigou um crime que não esquece até hoje: a morte de um bebê degolado dentro de casa por um sobrinho. Até o final, o rapaz tentou convencer a polícia de que o culpado era um assaltante, que ninguém viu entrar nem sair de casa. Depois, confessou. "Um psicótico dificilmente terá um comportamento organizado para tentar sair de uma situação como esta," diz Maurício Garrote.

Já um criminoso comum procura se defender. Após o crime fica preocupado em construir álibis, apagar pistas e dificultar o trabalho de investigação da polícia – e muitas vezes é bem-sucedido. Outras vezes, não.

Embora a violência doméstica tenha números assustadores, envolve uma realidade muito difícil de ser apurada por métodos tradicionais. Os crimes estão ligados a adultos que, muitas vezes, preferem manter um pacto de cumplicidade para se proteger e manter a convivência conjugal.

Raramente batem às portas da polícia para fazer uma denúncia contra o parceiro. Não há testemunhas isentas. Mesmo vizinhos, que podem fazer relatos com alguma proximidade, preferem não se envolver. Os casos de estrupros regulares e constantes costumam envolver pais e filhas biológicas e raramente são denunciados pela mãe.

A polícia não tem elementos para contar exatamente como foi a morte de Isabella – ao menos até aqui. Mas acredita que se aproxima da apuração da verdade em função de provas que sinalizam o esforço do pai e da madrasta para acobertar a violência ocorrida no apartamento – como a limpeza de sangue no tapete, na fralda e na cama.

A versão da polícia é que a madrasta tenha estrangulado a menina e que, convencido de que ela estava morta, o pai decidiu jogá-la pela janela – sem saber que a morte ocorreria no chão, após da queda do sexto andar. Depois, diz a investigação, eles limparam o apartamento e apagaram as provas.

Se isso for verdade, o que ainda está para ser provado definitivamente, "o casal acabou sendo apanhado porque montou uma tentativa espetacular para acobertar o primeiro crime, de agressão, e acabou cometendo um segundo, o assassinato," observa o psiquiatra.

Em mais de duas décadas às voltas com pacientes, vitimas e cidadãos, Maurício Garrote está convencido de que a maioria das crianças não é alvo de crimes pré-meditados, mas de acidentes ocorridos dentro de casa, quando adultos perdem o controle sobre a própria agressividade.

Esses impulsos, muitas vezes, não têm uma origem fácil de ser diagnosticada. Mas, muitas vezes, são liberados em pessoas com dependência de álcool e drogas, que podem ter reações imprevisíveis seja num momento de alto consumo – ou durante uma crise de abstinência.

Nas famílias de classe média, onde ocorreram episódios como o massacre dos pais de Suzane Louise Von Richthofen Leia sobre (casal Richthofen) e a tortura sistemática da menor pela empresária Leia Sobre o Caso Silvia Calabresi, de Goiânia, funciona uma estrutura de serviços privados – consultórios psiquiatricos, advogados, escolas privadas – que permite manter episódios chocantes no silêncio de parentes e amigos próximos.

Nas famílias mais humildes, também se procura esconder a violência e a agressão. Mas quando uma criança muito machucada chega à escola, sua condição chama a atenção de professores, que costumam alertar a polícia, pelo serviço Disque-Denúncia.

Fonte: Paulo Moreira Leite

Do Ocorrido Início do Caso Isabella de 29/03/2008 á 11/04/2008

Caso Isabella de 17/04/2008 á 24/04/2008

de 24/04/2008 até 07/05/2008

De 07/05/2008 á 11/05/2008

11 de maio de 2008 Mãe de Isabella em entrevista ao Fantástico

13/05/2008 á 20/05/2008

“Caso Isabella” é tema de artigo de crônica no jornal francês Le Monde 14/05/2008

Quem é George Samuel Fellows Sanguinetti

28/05/2008 Início da instrução criminal Primeiro Trajeto até o Fórum Regional de Santana

De 20 á 26/05/2008 Chegada e Parecer de George Samuel Fellows Sanguinetti

26 e 27/05/2008 Parecer dos Pertios contratados pela Defesa dos Nardoni e Despacho do Ministro Relator sobre HC

27 a 30/05/2008 - Criticas quanto a atuação dos Peritos da Defesa (em relação Sanguinetti e Delma)

Dias 28 e 29/05/2008

Sanguinetti se defende e a discussão se polemiza 30/05/2008 á 13/06/2008

De 28/05/2008 á 01/07/2008

De 01/07/2008 Laudos Polícia Científica - cronologia 57 páginas entregue a Justiça

Caso Isabella Nardoni

-Caso Isabella na íntegra-

Notícias Atualizadas 2009

Missa e Familiares da Princesinha Isabella

Do Ocorrido Primeiro Mandato de Prisão - Cartas do Pai e Madrasta de Isabella Nardoni - Reconstituição do crime Pela Perícia


INQUÉRITO, Fotos, Reconstituição e Indiciamento

Denuncia do Ministério Público, DESPACHOS, Mandato de Prisão do Casal, TransferÊncias

Segundo Mandato de Prisão com despacho na íntegra, Unidade Prisional Feminina de Tremembé Anna Jatobá

Qualificação dos Acusados - E indeferimento, despacho na íntegra Liminar pelo Supremo Tribunal de Justiça

Álbum de família de Ana Carolina Cunha de Oliveira - Mãe de Isabella Nardoni- 01

Álbum de família de Ana Carolina Cunha de Oliveira - Mãe de Isabella Nardoni- 02

Álbum de família de Ana Carolina Cunha de Oliveira - Mãe de Isabella Nardoni- 03

Álbum de família de Ana Carolina Cunha de Oliveira - Mãe de Isabella Nardoni- 04

Interrogatório dos Acusados em Juizo, Enfoques acusações e comportamentos

Defesa convida Legista George Sanguinetti/ Caso Isabella

-Parecer informação, casos, contestações e Avaliações George Samuel Sanguinetti Fellows e Drª Delma Gama e Narici

-Polêmicas geradas por Peritos da Defesa, contestações e notícias sobre o Caso Isabella Nardoni

-Opiniões e Publicações sobre os Peritos George Samuel Fellows Sanguinetti e Delma Gama

Parecer Técnico dos -PERITOS DA DEFESA - CONTRARIAM LAUDOS

02 e 03/07/2008 Depoimentos das Testemunhas de acusação do Casal Nardoni

30/07/2008 Testemunhas de Defesa do Casal

07/08/2008- George Sanguinetti ouvido por carta precatória em Alagoas

09 e 12/09/2008 Perita Delma Gama e Narici , internação, força coercitiva, evasão e prisão

Caso Isabella, por psquiatria Especializada

Caso Isabella Nardoni -Resumo Notícias Aqui

Últimos Trâmites Processuais e Despachos Aqui - Atualizado em 16/10/2008

Caso Isabella Nardoni - Últimas Notícias- Notícias Aqui

Revista zaP!

Perdoar é libertar-se

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Se alguém lhe atirasse uma pedra, o que você faria com ela?

Você a juntaria e guardaria para atirar no seu agressor em momento oportuno ou a jogaria fora?

Trataria dos ferimentos e esqueceria a pedra no lugar em que ela caiu?

Se você respondeu que a guardaria para devolver em momento oportuno, então pense em como essa pedra irá atrapalhá-lo durante a caminhada.

Vamos supor que você a guarde no bolso da camisa, onde fique bem fácil pegá-la quando for preciso.

Agora imagine como essa pedra lhe causará bastante desconforto.

- Primeiro porque será um peso morto a lhe dificultar a caminhada lhe exigindo maior esforço para mantê-la no lugar.

- Segundo porque cada vez que você for abraçar alguém, ambos sentirão aquele objeto estranho a machucar o peito.

- Terceiro porque se você ganhar uma flor, por exemplo, não poderá colocá-la no bolso já que ele estará ocupado com aquele peso inútil.

- Em quarto lugar, o seu agressor poderá desaparecer da sua vida e você nunca mais voltar a encontrá-lo e, nesse caso, terá carregado a pedra inutilmente.

Fazendo agora uma comparação com uma ofensa qualquer que você venha a receber, podemos seguir o mesmo raciocínio.

Se você guardar a ofensa para revidar em momento oportuno, pense em como será um peso inútil a sobrecarregar você.

Pense em quanto tempo perderá mentalizando o seu agressor e imaginando planos para vingar-se.

Pondere quantas vezes você deixará de sorrir para alguém pensando em como devolverá a ofensa.

E se você insistir em alimentar a idéia de revide, com o passar do tempo se tornará uma pessoa amarga e infeliz, pois esse ácido guardado em sua intimidade apagará o seu brilho e a sua vitalidade.

Mas se você pensa diferente e quando recebe uma pedrada, trata dos ferimentos e joga a pedra fora, perceberá que essa é uma decisão inteligente, pois agirá da mesma forma quando receber outra ofensa qualquer.

Quem desculpa seu agressor é verdadeiramente uma pessoa livre, pois perdoar é libertar-se.

Ademais, quem procura a vingança se iguala ao seu agressor e perde toda razão mesmo que esteja certo.

Somente pode considerar-se diferente quem age de forma diferente e não aquele que deseja fazer justiça com as próprias mãos.

Em casos de agressões que mereçam providências, devemos buscar o apoio da justiça e deixar a cargo desta os devidos recursos.

Todavia, vale ressaltar que perdoar não é apenas esquecer temporariamente as ofensas, é limpar o coração de qualquer sentimento de vingança ou de mágoa.

Pense nisso!

A pedra bruta perdoa as mãos que a ferem, transformando-se em estátua valiosa.

O grão de trigo perdoa o agricultor que o atira ao solo, multiplicando-se em muitos grãos que, esmagados, enriquecem a mesa.

O ferro deixa-se dobrar sob altas temperaturas e perdoa os que o modelam, construindo segurança e conforto.

Perdoar, portanto, é impositivo para toda hora e todo instante, pois o perdão verdadeiro é como uma luz arremessada na direção da vida e que voltará sempre à fonte de onde saiu.

Autor desconhecido

 
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