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terça-feira, 26 de julho de 2011

O cavaleiro com compaixão nos olhos



http://www.arthursclipart.org/usa/usa/thomas%20jefferson.gif

Era uma tarde de tempo feio e frio no norte da Virgínia, há muitos anos. A barba do velho estava coberta de gelo e ele esperava alguém para ajudá-lo a atravessar o rio. A espera parecia não ter fim. O vento cortante tornava seu corpo dormente e enrijecido.

Ele ouviu o ritmo fraco e ritmado dos cascos de cavalos a galope sobre o chão congelado. Ansioso, observou quando vários cavaleiros apareceram na curva. Ele deixou o primeiro passar, sem procurar chamar sua atenção. Então veio outro e mais outro. Finalmente, o último cavaleiro se aproximou do lugar onde o velho estava parado como uma estátua de gelo. Depois de observá-lo rapidamente, o velho lhe acenou, perguntando: "O senhor poderia levar este velho para o outro lado? Parece não haver uma trilha para eu seguir a pé."

O cavaleiro parou o cavalo e respondeu: "É claro. Pode montar." Vendo que o velho não conseguia levantar o corpo semicongelado do chão, ajudou-o a montar e não só atravessou o rio com o velho, mas o levou ao seu destino, algumas milhas adiante.

Quando se aproximavam da casa pequena, mas aconchegante, curioso, o cavaleiro perguntou: "Eu percebi que o senhor deixou vários outros cavaleiros passarem sem fazer qualquer gesto para pedir ajuda na travessia. Então eu apareci e o senhor imediatamente me pediu para levá-lo. Eu gostaria de saber por que, numa noite fria de inverno, o senhor pediu o favor ao último a passar. E se eu tivesse me recusado e o deixado na beira do rio?"

O velho apeou do cavalo devagar. Olhou o cavaleiro bem nos olhos e respondeu: "Eu já vivi muito e acho que conheço as pessoas muito bem." Parou um instante e continuou: "Olhei nos olhos dos outros que passaram e vi que eles não se condoeram da minha situação. Seria inútil pedir-lhes ajuda. Mas, quando olhei nos seus olhos, ficaram claras sua bondade e compaixão. A vida me ensinou a reconhecer os espíritos bondosos e dispostos a ajudar os outros na hora da necessidade."

Essas palavras tocaram profundamente o coração do cavaleiro: "Fico agradecido pelo que o senhor falou", disse ao velho. "Espero nunca ficar tão ocupado com meus próprios problemas que deixe de corresponder às necessidades dos outros com bondade e compaixão."

Falando isso, Thomas Jefferson virou seu cavalo e voltou para a Casa Branca.

Autor desconhecido
Histórias para Aquecer o Coração 2
Jack Canfield e Mark Victor Hansen
Editora Sextante

www.metaforas.com.br






sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ubuntu








A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Florianópolis (2006), nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.

Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces.

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"
Atente para o detalhe: porque SOMOS, não porque temos...

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um abraço

Um abraço - Metáfora


05

Uma jovem de Nova Orleans sentou-se uma vez ao meu lado no avião. Quando soube que eu me interessava pelo assunto dos abraços, contou-me que havia crescido numa família de costumes rigorosos, onde não existia o hábito de abraçar.

- Quase nunca nos tocávamos — afirmou ela.

- Por isso, quando comecei a sair com o meu namorado, nunca o abraçava.

- E ainda se priva dos abraços?

- Oh, não — disse ela rindo.

- Que a fez mudar?

Uma bela tarde, ela passeava com o namorado por um pontão de madeira ao longo do Mississipi. Ele tinha trazido uma máquina fotográfica e sugeriu que fizessem umas poses juntos para tirarem umas fotos perto do rio.

Montaram a máquina no passeio e depois desceram pelas rochas que levavam ao rio. Numa tentativa de se despachar para se pôr em posição a tempo, antes que a câmara disparasse, ela tropeçou e caiu, torcendo o pé.

A câmara disparou e apanhou-a sentada nas pedras. Quando voltou para o passeio com Brad, sentia fortes dores no tornozelo. Tinha feito um entorse e teve de atravessar todo o pontão a coxear, com ele a ajudá-la em cada passo que dava.

- Ele tinha o seu braço à volta da minha cintura e as nossos quadris estavam pressionadas um contra o outro. Eu tinha o braço à volta do seu pescoço.

Sentia tantas dores que nem pensava no que estava fazendo. De poucos em poucos metros, tínhamos de parar. E, de cada vez que parávamos, ficávamos ali ao sol, apoiados um no outro, quadril com quadril, lado a lado.

As pessoas passavam e sorriam-nos. Viam em nós um casal de namorados a aproveitarem juntos um momento de paz. Mal eles sabiam como eu estava a sofrer.

Quando alcançaram a Decatur Street para apanhar um táxi, tinha passado uma hora.

—Durante aquela hora, eu aprendi algo sobre o abraço que não voltaria a esquecer. Descobri o prazer de estar em contacto com alguém que se ama, mesmo se for só num abraço de lado.

Na verdade, quando paramos à frente do navio Natchez, pedimos a alguém que tirasse uma fotografia nossa assim. Ainda a tenho. Aparecemos com os braços à volta um do outro, naquele abraço de lado.

Sempre que ele se quer lembrar do dia em que a nossa relação ficou séria, caminhamos abraçados de lado. É uma maneira engraçada de lembrar a forma como eu me libertei de uma infância de privação de abraços.

Autor desconhecido
Enviada por: Edeli Arnaldi




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