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sábado, 31 de agosto de 2013

Da repetição

“Tenho estudado os livros sagrados com toda atenção”, disse o discípulo. “Mas não consigo fazer com que suas boas lições façam parte de minha vida”.
“Falta-lhe algo muito importante”, respondeu o monge. “O quê?”
“O caminho para a transformação é a repetição das palavras. As palavras têm um impacto imenso sobre nossas vidas – mas geralmente, só utilizamos este poder oculto contra nós mesmos. Vivemos repetindo frases sobre nossa incapacidade – como a que acaba de me dizer. Ao invés de comentar com todos as suas limitações, comece a repetir o quanto é capaz. E terminará conseguindo o que quer”.


Do guerreiro ninja

O guerreiro ninja era o mais ousado – e ao mesmo tempo, o que melhor desarmava os golpes do inimigo.
- O que você fez para lutar tão bem? – perguntou um guerreiro.
- Morri – respondeu o ninja.
Os guerreiros riram. Afinal de contas, o homem que dizia isto estava diante deles, vivo e bebendo vinho.
- No final de meu aprendizado, o mestre lutou comigo, e me venceu – disse o ninja, mostrando uma cicatriz no pescoço.
Esta é a marca de sua espada. Então o mestre falou: você morre neste instante. O resto da sua vida é lucro, por isso não vou dar o golpe final. Não preciso.
“E assim foi. E como o rei da morte já me alcançou, não tenho medo da vida”.

Da espada

O guerreiro da luz tem a espada em suas mãos. É ele quem decide o que vai fazer. Ele também determina o que não fará em circunstância nenhuma.
Há momentos em que a vida o conduz para uma situação-limite: ele é forçado a separar-se de coisas que sempre amou.
Então o guerreiro reflete. Verifica se é a vontade de Deus que está o fazendo perder algo querido. Procura saber se aquilo estava realmente no seu caminho.
Se a resposta for afirmativa, ele aceita sem reclamações.
Se, entretanto, tal separação for provocada pela perversidade alheia, o guerreiro é implacável em suas ações.
O guerreiro possui a arte do golpe, e a arte do perdão. Sabe usar as duas com a mesma habilidade.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Da armadura

O Guerreiro da Luz, quando aprende a manejar sua espada, descobre que seu equipamento precisa ser completo – e isto inclui uma armadura.
O guerreiro sai em busca da sua armadura, e escuta vários vendedores. “Use a couraça da solidão”, diz um; “use o escudo do cinismo”, responde outro. “A melhor armadura é não se envolver em nada”, afirma um terceiro.
O guerreiro, porém, não dá ouvidos. Com serenidade, vai até seu lugar sagrado e veste o manto indestrutível da fé.
A fé apara todos os golpes. A fé transforma o veneno em água cristalina.

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Do caderno

O guerreiro da Luz sabe que a vida não é como os livros de escola – onde todos os problemas tem a solução nas páginas finais.
Enquanto caminha por esta Terra, o guerreiro enfrenta cada desafio como se fosse único, e o trata com respeito e bravura. Sabe que as pequenas decisões que toma afetam todo o Universo, e interferem no comportamento da sociedade inteira. O guerreiro conhece a Alma do Mundo, onde as ações de todos os homens se encontram e são arquivadas.
Ele recorda-se sempre das palavras do alquimista Paracelso:
“Até as pequenas flores compartilham da Eternidade; tudo está para sempre gravado, todos os gestos têm reflexos nos céus”.


terça-feira, 27 de agosto de 2013

Da queda do cavalo



O guerreiro da Luz sabe o valor da persistência e da coragem.  Muitas vezes, durante o combate, ele recebe golpes que não estava esperando.
O guerreiro da Luz sabe que, durante a guerra, o inimigo vencerá algumas batalhas. Quando isto acontece, ele senta-se em um canto, chora suas mágoas, recupera um pouco suas energias, mas imediatamente volta a lutar por seus sonhos.
Ele sabe que, quanto mais tempo permanecer afastado, maiores são as chances de sentir-se fraco, medroso, intimidado. Ele sabe que, se um cavaleiro cai do cavalo e não torna a montar no minuto seguinte, jamais terá coragem de fazê-lo novamente.


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Quando meus dedos crescerão novamente? (História Verídica)

 

Um homem saiu de casa para admirar seu novíssimo caminhão. Para sua surpresa, encontrou seu filho de três anos alegremente martelando a pintura brilhante.
O homem correu até a criança, tomou-lhe o martelo e martelou as mãos do pequeno menino como uma forma de castigo.
Quando o pai se tranquilizou, levou a criança ao hospital.
Embora o doutor desesperadamente tentasse poupar os ossos esmagados, ele teve que amputar os dedos das mãos do menino.
Quando o menino acordou da cirurgia e viu o curativo, ele disse inocentemente:
"Papai, eu sinto muito por seu caminhão".
Então ele perguntou:
"Mas quando meus dedos voltarão a crescer?"
O pai foi para casa desesperado, pois não sabia o que responder.
Pense nesta história e da próxima vez que você vir alguém derramar o leite sobre a mesa de jantar ou quando ouvir o bebê chorando insistentemente.
Pense primeiro antes de perder a paciência com alguém que te ama.
Caminhões podem ser consertados.
Ossos quebrados e sentimentos feridos frequentemente não podem.
Nós, muito frequentemente, não reconhecemos a diferença entre a pessoa e o desempenho.
Pessoas cometem erros.
Somos autorizados a cometer erros.
Mas as ações tomadas durante um acesso de raiva nos assombrará sempre...
Sejamos prudentes e conscientes!

Autor: Desconhecido 


sábado, 24 de agosto de 2013

A Camisa De Um Homem Feliz

Um califa sofrendo de uma doença mortal, estava deitado sobre almofadas de seda. Os raquins, os médicos de seu país, congregados ao seu redor, concordaram entre si em que apenas uma coisa poderia conceder cura e salvação ao califa: colocar sob sua cabeça a camisa de um homem feliz.
Mensageiros em grande número saíram buscando em toda cidade, toda vila e toda cabana, por um homem feliz. Mas cada pessoa por eles interrogada nada expressava senão tristeza e preocupações.
Finalmente após ter abandonado toda a esperança, os mensageiros encontram um pastor que ria e cantava enquanto observava seu rebanho.
Era ele feliz?
" Não posso imaginar alguém mais feliz que eu", disse o pastor rindo-se.
"Então, dê-nos tua camisa" gritaram os mensageiros.
Mas o pastor respondeu: "Eu não tenho nenhuma camisa!".
Essa notícia patética, de que o único homem feliz encontrado pelos mensageiros não possuía uma camisa, deu o que pensar ao califa.
Por três dias e três noites ele não permitiu que nenhuma pessoa se aproximasse dele.
Finalmente no quarto dia, fez com que suas almofadas de seda e suas pedras preciosas fossem distribuídas entre o povo e, conforme conta a lenda, daquele momento em diante o califa outra vez ficou saudável e feliz.


Do livro: O Mercador e o Papagaio -
Histórias Orientais como Ferramentas em Psicoterapia
Com cem exemplos para a educação e a auto-ajuda
Nossrat Peseschkian - Papirus Editora


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Solidão

O Guerreiro da Luz muitas vezes sente-se como a voz que clama no deserto. Suas palavras não são ouvidas, seus exemplos não são imitados, seus gestos são mal compreendidos.
Então o guerreiro lembra-se de que, assim que atingiu a Iluminação, Buda pediu a Deus para ser levado deste mundo.
Deus não concordou.
“Mas o que eu vou ficar fazendo aqui?”, perguntou Buda. “As pessoas estão dormindo!”
“Algumas estão quase acordando”, respondeu Deus. “Fique por causa delas”.




quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Desejo a você...

Carlos Drummond de Andrade

Fruto do mato, cheiro de jardim, namoro no portão, domingo sem chuva, segunda sem mau humor, sábado com seu amor, filme do Carlitos, chope com amigos, crônica de Rubem Braga, viver sem inimigos, filme antigo na TV, ter uma pessoa especial e que ela goste de você.
Música de Tom com letra de Chico, frango caipira em pensão do interior, ouvir uma palavra amável, ter uma surpresa agradável, ver a banda passar.
Noite de lua cheia, rever uma velha amizade, ter fé em Deus... Não ter que ouvir a palavra não nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança, ouvir canto de passarinho, sarar de resfriado, escrever um poema de amor, que nunca será rasgado.
Formar um par ideal, tomar banho de cachoeira, pegar um bronzeado legal, aprender uma nova canção... Esperar alguém na estação.
Queijo com goiabada, por-do-sol na roça... Uma festa, um violão, uma seresta. Recordar um amor antigo, ter um ombro sempre amigo, bater palmas de alegria.
Uma tarde amena, calçar um velho chinelo, sentar numa velha poltrona, tocar violão para alguém, ouvir a chuva no telhado, vinho branco, Bolero de Ravel e ...
...muito carinho meu.
Do livro: Histórias & Fábulas Aplicadas a Treinamento
Albigenor & Rose Militão - Qualitymark Editora



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Do guerreiro



O guerreiro da luz escuta comentários do tipo: “eu não quero falar certas coisas, porque as pessoas são invejosas”.
Ao ouvir isto, o guerreiro ri. Seu mestre já lhe ensinou que a inveja não pode causar nenhum dano se não for aceita. A inveja faz parte da vida, e todos precisam aprender a lidar com ela.
Entretanto, o guerreiro da luz raramente fala dos seus planos. E às vezes as pessoas acham que tem medo da inveja.
Mas o guerreiro conhece o poder das palavras. Ele sabe que, cada vez que falamos de um sonho, estamos usando um pouco da energia deste sonho para nos expressar. E certas pessoas, de tanto falar, gastam a energia necessária para agir.
Um guerreiro da luz escuta seus amigos e aliados, mas não comenta obsessivamente o que pretende fazer. O guerreiro conhece o poder das palavras.

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terça-feira, 20 de agosto de 2013

Da conversa



O Guerreiro da Luz conversa em voz alta consigo mesmo.  Não tem medo de parecer louco.
Por isso o Guerreiro fala em voz alta consigo mesmo, quando está sozinho. No começo, percebe como é difícil abrir a boca e falar. Pensa que nada tem a dizer, que vai ficar repetindo boba­gens sem sentido.
Mas se arrisca. Todo dia conversa em voz alta consigo mesmo, nem que seja por cinco minutos. Repete coisas sem sentido, fala bobagens. Até que, de repente, percebe uma mudança nesta voz. E começa a entender que está canalizando uma sabedoria maior. Neste momento, o Guerreiro da Luz penetra na Alma do Mundo, e conversa com seu anjo. O Anjo lhe dá todas as informações que necessita, se o Guerreiro tiver Fé.

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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Lenda Árabe



Diz uma linda lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e em determinado ponto da viagem discutiram.
Um deles esbofeteou o outro.
O que tinha sido esbofeteado, ofendido, sem nada dizer, escreveu na areia:
Hoje, o meu melhor amigo bateu-me no rosto.
Seguiram e chegaram a um oásis onde resolveram banhar-se.
O que havia sido esbofeteado começou a afogar-se sendo salvo pelo amigo.
Ao se recuperar pegou um estilete e escreveu numa pedra:
Hoje, o meu melhor amigo salvou-me a vida.
Intrigado, o amigo perguntou:
Porque é que quando te bati, escreves-te na areia e agora escreves-te na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
"Quando um grande amigo nos ofende, devemos escrever na areia onde o vento do esquecimento e do perdão se encarregam de apagar; porém quando nos faz algo grandioso, devemos gravar na pedra da memória do coração onde vento nenhum do mundo poderá apagar".

Autor: Desconhecido

sábado, 17 de agosto de 2013

Dos pensadores




Do livro “O Milionário Instantâneo”, de Max Fisher:
“Todos os que conquistaram grandes feitos na vida, independente da área, sempre ignoraram as objeções levantadas por pessoas ditas razoáveis”.
O raciocínio e a lógica são fundamentais para o sucesso. Mas, na maior parte das vezes, terminam se tornando obstáculos – já que, ao invés de servos dedicados à tarefa de reconstruir nossas vidas, terminam se transformando em nossos patrões.  Começam a nos dizer que isto e aquilo não é possível, e nós acreditamos.
“Lembremo-nos sempre dos conquistadores do passado: tudo que fizeram, foi contra a ideia e a opinião da maioria. Usaram a lógica para justificar suas aparentes loucuras, e terminaram chegando onde queriam”.


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Dos segredos



“Não deixe de prestar atenção nos detalhes de comportamento”, disse o mestre do chá, Okakura Kakuso.  “Procure aprimorar-se nas menores coisas que fizer, de modo a ser capaz de entender os outros”.
“Se não vejo meu próximo na sua totalidade, jamais serei capaz de compreendê-lo”, respondeu o discípulo.
“Você está completamente enganado. Confúcio disse: nenhum homem sabe esconder nada. Mas como descobrir o que as pessoas não querem mostrar? Quando ameaçado todo mundo procura mostrar-se mais forte e mais sábio do que realmente é. Em situações onde são obrigados a relaxar – como num simples convite par tomar chá – terminam mostrando sua natureza nos pequenos detalhes. Você conhecerá o seu próximo se permitir que ele esteja em paz ao seu lado”.


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Da segurança

O fato de se tentar evitar qualquer mudança na vida não torna ninguém mais seguro ou mais dono da situação. A vida é – e será sempre – inesperada.  Mesmo que certas pessoas procurem empobrecê-la o mais possível.
Quando Deus percebe que determinada pessoa tem que dar um passo à frente, Ele faz com que esta pessoa caminhe – com ou sem vontade de andar. É melhor a gente dar os passos que precisa, com coragem, antes que sejamos forçados a dá-los.  Para aqueles mais indecisos, Deus costuma usar certas ferramentas – geralmente interpretadas como “castigos”, ou “mudanças repentinas”.
No final, mesmo os indecisos vão perceber a sabedoria destas mudanças – mas, até lá, terão sofrido desnecessariamente.

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terça-feira, 13 de agosto de 2013

Da tela



O espírito de Deus presente em nós pode ser descrito como sendo uma tela de cinema. Por ali passam várias situações – pessoas amam, pessoas se separam, tesouros são descobertos, países distantes se revelam.
Não importa, entretanto, qual o filme que está sendo projetado: a tela permanece sempre a mesma. Não importa se as lágrimas rolam, ou se o sangue escorre – porque nada pode atingir a brancura da tela.
Assim como a tela de cinema, Deus está ali – atrás de toda a agonia e êxtase da vida. Todos nós vamos vê-lo quando o nosso filme terminar.


segunda-feira, 12 de agosto de 2013

"Ouvi" o amor


Não me lembro de jamais ter ouvido as palavras "eu te amo" do meu pai. Se o pai nunca diz essas palavras à criança, à medida que o tempo passa fica cada vez mais difícil dizê-las. Para falar a verdade, também não me lembrava da última vez que disse essas palavras a ele. Resolvi deixar meu ego de lado e dar o primeiro passo. No primeiro telefonema após essa decisão, hesitei um pouco e depois disse de uma vez só "Pai... eu te amo!"
Houve um silêncio do outro lado da linha e, em seguida, a estranha resposta: "Bom, o mesmo para você".
Dei um risinho e disse: "Pai, você sabe que me ama e, quando puder, sabe que vai dizer o que eu quero que você diga."
Passados quinze minutos, minha mãe me telefonou, nervosa, perguntando: "Paul, está tudo bem?"
Cerca de um mês depois, meu pai encerrou nossa conversa telefônica com as palavras: "Paul, eu te amo." Eu estava no trabalho e as lágrimas desceram nesse momento em que finalmente "ouvi" o amor. Ele também chorava e senti que esse momento tinha levado nosso relacionamento a um nível diferente.
Pouco depois desse momento especial, meu pai escapou por pouco da morte, em consequência de uma cirurgia de coração. Desde então tenho pensado muitas vezes: se eu não tivesse dado o primeiro passo e meu pai não tivesse sobrevivido à cirurgia, eu jamais teria "ouvido" o amor.

Paul Barton
Você não está só – Histórias de amor e coragem
Jack Canfield, Mark Victor Hansen e Barry Spilchuck - Ediouro


sábado, 10 de agosto de 2013

Dos acontecimentos



O compositor Nelson Motta estava na Bahia quando resolveu visitar a mãe Menininha do Gantois.
Tomou um táxi e, no caminho, o chofer perdeu o freio. O carro rodopiou no meio da pista em alta velocidade, no meio do trânsito, mas – além do susto – nada de grave aconteceu.
Ao encontrar-se com Mãe Menininha, ainda tonto, a primeira coisa que Nelson contou foi o quase-acidente no meio do caminho.
“Existem certas coisas que já estão escritas, mas Deus dá um jeito de que passemos por elas sem nenhum problema sério. Ou seja, fazia parte do seu destino um acidente de carro nesta altura da vida”, disse ela.
“Mas, como você vê”, concluiu mãe Menininha – “aconteceu tudo, e não aconteceu nada”.

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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Do Bhagavad Gita

O Bhagavad Gita, um dos livros sagrados do hinduísmo, relata os preparativos para uma sangrenta guerra civil.
Os dois exércitos se colocam frente a frente. Krishna, o Senhor Iluminado, desce dos céus para assistir a luta. De repente, o general de um dos exércitos chicoteia seus cavalos, vai até o centro do campo de batalha e atira suas armas aos pés de Krishna.
“Não vou lutar”, diz ele. “Isto é uma guerra inútil. Meu mestre está de um lado, meu pai de outro. Minha irmã está de um lado, meu melhor amigo de outro. Não ambiciono o poder, e não quero matar gente de meu próprio sangue”.
Krishna responde:
“Estás te lamentando pelo que não deves, guerreiro, embora tuas palavras sejam sábias. Se tu estás no meio de uma batalha, o momento é de combate. E a única maneira de não pecar é aceitando a luta”.

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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Do Silêncio



Autor de “O pequeno príncipe”, Saint-Exupery serviu durante alguns anos como comandante de um pequeno aeroporto ao norte da África. Aqui ele nos fala do silêncio do deserto:
“Era um silêncio de paz, quando as tribos que viviam perto de nós estavam reconciliadas; era um silêncio de meio-dia, quando o calor do Sol suspende os pensamentos e os movimentos do homem.
“Era um falso silêncio, quando soprava o vento do norte, anuncian­do uma tempestade de areia; era um silêncio de mistério, quando eu me sentava diante de um árabe para tomar chá e não conseguia decifrar os seus olhos.
“Era um silêncio tenso, quando o piloto que estávamos esperando tardava a chegar; e um silêncio melan­cólico, quando a mala postal era aberta e não continha a carta da pessoa que eu amava.
“O silêncio era sempre o mesmo, mas ele tinha várias faces”


quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Do cair e levantar-se



O argentino M. Moreno, da Kamuzawa, fala da luta de judô:
“A harmonia e a repetição dos mesmos movimentos estabelecem um vínculo entre o corpo e a mente, que – embora difícil de conse­guir – é bastante tangível. Não há outro segredo que trabalhar, cair, e tornar a levantar-se”.
“É preciso vencer o pior dos inimigos: a si mesmo”.
“É preciso entender a dinâmica própria da vida: crise, queda, maturidade com a queda, e nova iniciativa”.
“É preciso saber aproveitar a força do oponente; a conseguir ficar sem ser notado, e saber vencer discretamente”.
“E a melhor maneira de aprender é emprestar seu corpo para a luta com adversários fortes. O fraco não vai lhe ensinar nada”.


terça-feira, 6 de agosto de 2013

Da alma confusa



O abade Pastor estava certa tarde no mosteiro de Sceta quando recebeu a visita de um ermitão.
“Meu orientador espiritual não sabe como me dirigir”, disse o recém-chegado. “Devo deixá-lo?”
O abade Pastor nada disse, o ermitão voltou para o deserto. Uma semana depois, foi de novo visitar o abade Pastor.
“Meu orientador espiritual não sabe como me dirigir”, disse. “Resolvi deixá-lo.”
“Estas são palavras sábias”, respondeu o abade Pastor. “Quando um homem percebe que sua alma não está contente, ele não pede conselhos – mas toma as decisões necessárias para preservar sua caminhada nesta vida”.

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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Parábola da Rosa


Um homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente.
Antes que ela desabrochasse, ele a examinou e viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou,
"Como pode uma flor tão bela vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados?"
Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa e, antes mesmo de estar pronta para desabrochar, ela morreu.

Assim é com muitas pessoas.
Dentro de cada alma há uma rosa: são as qualidades dadas por Deus.
Dentro de cada alma temos também os espinhos: são as nossas falhas.
Muitos de nós olhamos para nós mesmos e vemos apenas os espinhos, os defeitos.
Nós nos desesperamos, achando que nada de bom pode vir de nosso interior.
Nós nos recusamos a regar o bem dentro de nós e, consequentemente, ele morre.
Nunca percebemos o nosso potencial.
Algumas pessoas não veem a rosa dentro delas mesmas.
Portanto alguém mais deve mostrar a elas.
Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas.
Esta é a característica do amor.
Olhar uma pessoa e conhecer suas verdadeiras falhas.
Aceitar aquela pessoa em sua vida, enquanto reconhece a beleza em sua alma e ajudá-la a perceber que ela pode superar suas aparentes imperfeições.
Se nós mostrarmos a essas pessoas a rosa, elas superarão seus próprios espinhos.
Só assim elas poderão desabrochar muitas e muitas vezes.
Portanto sorriam e descubram as rosas que existe dentro de cada um de vocês e das pessoas que amam...
Autor: Desconhecido 



sábado, 3 de agosto de 2013

Da sorte



Numa reunião em minha casa, alguém quebrou um copo. “Isto é sinal de boa sorte”, disse minha mulher.
Todos os presentes conheciam esta tradição. Quebrar copo, derramar açúcar sem querer, entornar vinho, são sinais de boa sorte.
“Por que isto é sinal de boa sorte?”, perguntou um rabino que fazia parte de nosso grupo.
“Não sei”, disse minha mulher. “Talvez seja um antigo costume, de deixar sempre o hóspede à vontade”.
“Não é a explicação correta”, disse o rabino. “Certas tradições judaicas dizem que cada homem tem uma cota de sorte, que vai usando no decorrer de sua vida. Pode fazer com que esta sorte renda juros, se usá-la apenas para coisas que realmente necessita – ou pode desperdiçá-la à toa. Também nós, judeus, dizemos ‘boa sorte’ quando alguém quebra um copo. Mas isto significa: ‘que bom, você não desperdiçou sua sorte tentando evitar que este copo quebrasse. Então, vai poder usá-la em coisas mais importantes’”

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sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Da espada

O guerreiro da luz tem a espada em suas mãos. É ele quem decide o que vai fazer. Ele também determina o que não fará em circunstância nenhuma.
Há momentos em que a vida o conduz para uma situação-limite: ele é forçado a separar-se de coisas que sempre amou.
Então o guerreiro reflete. Verifica se é a vontade de Deus que está o fazendo perder algo querido. Procura saber se aquilo estava realmente no seu caminho.
Se a resposta for afirmativa, ele aceita sem reclamações.
Se, entretanto, tal separação for provocada pela perversidade alheia, o guerreiro é implacável em suas ações.
O guerreiro possui a arte do golpe, e a arte do perdão. Sabe usar as duas com a mesma habilidade.

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quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Quanto vale um sim



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