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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011






RECEITA DE ANO NOVO

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Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.




Carlos Drummond de Andrade






   

Lição de bondade


http://fernandadias1.blog.uol.com.br/images/290505deusteabencoecelia8rm.gif


Aquele moço seguia todos os dias pelo mesmo caminho. Em suas viagens diárias do subúrbio, onde morava, ao centro da cidade, onde trabalhava, o trem sempre passava por um viaduto de onde se podia ver o interior de alguns apartamentos no prédio localizado em nível inferior.

Naquele lugar o trem diminuía a velocidade e por isso o rapaz podia observar através da janela de um dos apartamentos, uma senhora idosa deitada sobre a cama. Ele via aquela cena há mais de um mês. A senhora certamente convalescia de alguma enfermidade, era o que ele pensava.

O jovem teve pena dela e desejou vê-la restabelecida.

Num domingo, achando-se casualmente naquelas imediações, cedeu a um impulso sentimental e foi até o prédio onde a senhora morava.

Perguntou ao porteiro o nome da anciã e depois lhe enviou um cartão com votos de restabelecimento, assinando apenas: "Um rapaz que passa diariamente de trem."

Dali a uma semana mais ou menos, a caminho de casa no trem, o jovem olhou como sempre, para a janela. No quarto não havia ninguém e a cama estava cuidadosamente arrumada.

No parapeito da janela, porém, estava afixado um pequeno cartaz escrito à mão e iluminado por uma lâmpada de cabeceira. Mostrava apenas uma frase singela de gratidão, dizendo: "Deus o abençoe"

Aquele jovem do trem não tinha outra intenção a não ser ajudar anonimamente a uma pessoa desconhecida, atendendo a um apelo do seu coração generoso. E é por essas e outras razões que vale a pena acreditar que ainda encontramos pessoas boas no mundo.

Um gesto de solidariedade não custa nada, não tem contraindicação e está ao alcance de todos.


Autor desconhecido








quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Judy Garland - Have Yourself A Merry Little Christmas






Judy Garland - Have Yourself A Merry Little Christmas
Have yourself a merry little Christmas,
Let your heart be light,
Next year all our troubles will be
out of sight,
So have yourself, a merry little Christmas time.

Have yourself a merry little Christmas
Make the yule-tide gay
Next year all our troubles will be
miles away,
Have yourself a merry little Christmas Day.

Once again as in olden days
Happy golden days of yore
Faithful friends who were near to us
Will be dear to us once more
Someday soon, we all will be together
If the Fates allow
Until then, we'll have to muddle through somehow
So have yourself a merry little Christmas now. 


HAVE YOURSELF A MERRY LITTLE CHRISTMAS (TRADUÇÃO)


Tenha Um Feliz Natal

Oh yeah, mmm
Tenha um Feliz Natal
Deixe seu coração ser iluminado
De agora em diante seus problemas ficarão fora do caminho, yeah


Tenha um Feliz Natal
Celebre a véspera de Natal com alegria
De agora em diante seus problemas ficarão milhas distantes, oh


Aqui estamos como nos velhos tempos
Felizes passados dias dourados, ah
Amigos leais que são muito queridos
Eles se reúnem conosco mais uma vez, ooh


Através dos anos nós estaremos juntos e
Se o destino permitir
Segure uma estrela brilhante no mais alto laço, oh yeah, oh
E tenha um Feliz Natal agora, oh, oh


Amigos leais que são muito queridos
Eles se reúnem conosco mais uma vez, oh, oh


Através dos anos nós estaremos juntos e
Se o destino permitir, oh yeah
Mas até lá nos vamos no confundir de alguma maneira, oh yeah, oh,
E tenha um Feliz Natal agora, ooh yeah, oh , ooh
 
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Escolhas da Vida

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZPsL-eUxtiWBlxEUE8jUrxQvuqgeMzHeyhgsmCo7XT07AhVNWW9TOf9-e1r-2JTv-ll9ilWWb3IwntaWlN4x33L56QyAbBlS_TJK2CDX741VZC8VOagjH48QjpwXoe0EVH_teet85wifm/s1600/escolhas.jpg

João era o tipo do cara que você gostaria de conhecer. Ele estava sempre de bom humor e sempre tinha algo de positivo para dizer. Quando alguém lhe perguntava como ele estava, a resposta seria algo:
- Se melhorar estraga.
Ele era um gerente especial pois seus garçons o seguiam de restaurante em restaurante apenas pelas suas atitudes. Ele era um motivador nato. Se um colaborador estava tendo um dia ruim, João estava sempre dizendo como ver o lado positivo da situação. Fiquei tão curioso com seu estilo de vida que um dia lhe perguntei:
- Você não pode ser uma pessoa tão positiva todo o tempo. Como você faz isso?
Ele me respondeu:
- A cada manhã ao acordar digo para mim mesmo: João, você tem duas escolhas hoje. Pode ficar de bom humor ou de mau humor. Eu escolho ficar de bom humor. Cada vez que algo de ruim acontece, posso escolher bancar a vítima ou aprender alguma coisa com o ocorrido. Eu escolho aprender algo. Toda vez que alguém reclamar, posso escolher aceitar a reclamação ou mostrar o lado positivo da vida.
- Certo, mas não é fácil - argumentei.
- É fácil - disse-me João. - A vida é feita de escolhas. Quando você examina a fundo, em toda a situação sempre há uma escolha. Você escolhe como reagir às situações. Você escolhe como as pessoas afetarão o seu humor.
É sua a escolha de como viver a sua vida.
Eu pensei sobre o que João disse, e sempre lembrava dele quando fazia uma escolha. Anos mais tarde soube que João cometera um erro, deixando a porta de serviço aberta pela manhã, foi rendido por assaltantes.
Dominado, enquanto tentava abrir o cofre, sua mão, tremendo pelo nervosismo, desfez a combinação do segredo. Os ladroes entraram em pânico e atiraram nele. Por sorte ele foi encontrado a tempo de ser socorrido e levado para um hospital. Depois de 18 horas de cirurgia e semanas de tratamento intensivo, teve alta ainda com fragmentos de balas alojadas em seu corpo. Encontrei João mais ou menos por acaso. Quando lhe perguntei como estava, respondeu:
- Se melhorar estraga.
Contou-me o que havia acontecido perguntando:
- Quer ver minhas cicatrizes?
Recusei ver seus antigos ferimentos mas perguntei-lhe o que havia passado em sua mente na ocasião do assalto.
- A primeira coisa que pensei foi que deveria ter trancado a porta de trás - respondeu. - Então deitado no chão, ensangüentado, lembrei que tinha duas escolhas: poderia viver ou morrer. Escolhi viver.
- Você não estava com medo? - perguntei.
- Os paramédicos foram ótimos. Eles me diziam que tudo ia dar certo e que eu ia ficar bom. Mas quando entrei na sala de emergência e vi a expressão dos médicos e enfermeiras, fiquei apavorado. Em seus lábios eu lia: "este aí já era". Decidi então que tinha que fazer algo.
- O que fez? - perguntei.
- Bem, havia uma enfermeira que fazia muitas perguntas. Me perguntou se eu era alérgico a alguma coisa. Eu respondi: "sim". Todos pararam para ouvir a minha resposta: Tomei fôlego e gritei: "Sou alérgico a balas!"
Entre as risadas lhes disse: "Eu estou escolhendo viver, operem-me como um ser vivo, não morto.
João sobreviveu graças a persistência dos médicos, mas também graças a sua atitude. Aprendi que todo dia temos a opção de viver plenamente.
Afinal de contas, "ATITUDE É TUDO".
Autor desconhecido



















quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

O Pequeno do Xale Grande


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5GLnRLr4jswrMCKbUnc2LDqTzu6BfGwU5v-PuF-LQxRJy1nVWUjyKiv5xBii0glmTvpzQBT9tYJxYklkT_j_JuswBQOStRQWby-PbIK727yQIjVwXy9IdCUKCMXFxfC4kwVxjKNuKOKOR/s320/cachemire.jpg
(Adaptação de conto de J. Car)
 

O velho André era dono de uma pequena fortuna, que juntara durante uma vida de trabalho e economia. Vivia numa pequena chácara e, como era muito caridoso, repartia sempre o que possuía com os pobres.
Era seu costume dar roupas de seu uso aos pobres e nunca se esquecia de pôr um dinheirinho nos bolsos. Diziam que ele mesmo comprava roupas para dá-las aos maltrapilhos.
Certo dia, depois de uma chuva diluviana, o velho André examinava os danos causados pelo temporal, quando enxergou atrás da cerca de bambu um menino encharcado que dizia:
- Moço, moço! O senhor tem uma roupa velha para mim? Mamãe me mandou levar ovos à quitanda e a chuva me apanhou no caminho.
- Hum! Hum! fez o velho André. - Você é muito pequeno, mas, ainda assim, pode-se arranjar qualquer coisa. E levou-o para dentro de casa. Pouco tempo depois o garoto saía com umas calças enormes, enroladas nas pernas e com um xale capaz de cobrir o picadeiro de um circo! Ria feliz e despedia-se agradecido.
O velho André seguia-o com o olhar e murmurou baixinho: talvez...
A noite começava a envolver em trevas o caminho e a casinha modesta, quando alguém bateu à porta. O velho André parou de tomar sua sopa e foi atender. Era o garoto ainda envolvido pelo xale grande.
- Você por aqui?! interrogou o velho.
- É verdade, eu ainda - atalhou o menino, estendendo a mão com o dinheiro. Encontrei num dos bolsos e vim trazer. O velho André tomou o pequeno pela mão, olhou-o demoradamente e disse baixinho:
- Uma criança! Foi o único!
Era a primeira pessoa que vinha restituir o dinheiro, que sempre colocava no bolso das roupas que dava. Não demorou muito tempo e o velho André morreu. Abriram o seu testamento. Tinha legado todos os seus bens ao "pequeno do xale grande", o mais grato, o mais honesto, o mais digno!
Autor desconhecido

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Um Simples Conselho


http://2.bp.blogspot.com/_ZAJr2W3QXZ4/SrA04KSHzmI/AAAAAAAAAhc/MNYlaSroSkY/s400/espelho.jpg

Certa vez um jovem muito rico foi procurar um rabi para lhe pedir um conselho. Toda a fortuna que possuía não era capaz de lhe proporcionar a felicidade tão sonhada. Falou da sua vida ao rabi e pediu ajuda.
Aquele homem sábio o conduziu até uma janela e lhe pediu para que olhasse para fora com atenção, e o jovem obedeceu.
- O que você vê através do vidro, meu rapaz?
- Vejo homens que vêm e vão, e um cego pedindo esmolas na rua.
Então o homem lhe mostrou um grande espelho e novamente o interrogou:
- O que você vê neste espelho?
- Vejo a mim mesmo, disse o jovem prontamente.
- E já não vê os outros, não é verdade?
E o sábio continuou com suas lições preciosas:
- Observe que a janela e o espelho são feitos da mesma matéria prima : o vidro. Mas no espelho há uma camada fina de prata colada ao vidro e, por essa razão, você não vê mais do que a sua própria pessoa. Se você se comparar a essas duas espécies de vidro, poderá retirar uma grande lição. Quando a prata do egoísmo recobre a nossa visão, só temos olhos para nós mesmos e não temos chance de conquistar a felicidade efetiva. Mas quando olhamos através dos vidros limpos da compaixão, encontramos razão para viver e a felicidade se aproxima.
Por fim, o sábio lhe deu um simples conselho:
- Se quiser ser verdadeiramente feliz, arranque o revestimento de prata que lhe cobre os olhos para poder enxergar e amar aos outros. Essa é a chave para a solução dos seus problemas. Se você também não está feliz com as respostas que a vida tem lhe oferecido, talvez fosse interessante tentar de outra forma. Muitas vezes, ficamos olhando somente para a nossa própria imagem e nos esquecemos de que é preciso retirar a camada de prata que nos impede de ver a necessidade à nossa volta. Quando saímos da concha de egoísmo, percebemos que há muitas pessoas em situação bem mais difícil que a nossa e que dariam tudo para estarem nosso lugar. E quando estendemos a mão para socorrer o próximo, uma paz incomparável nos invade a alma. É como se Deus nos envolvesse em bênçãos de agradecimento pelo ato de compaixão para com Seus filhos em dificuldades.
Ademais, quem acende a luz da caridade, é sempre o primeiro a beneficiar-se dela.
Autor desconhecido
Enviada por: Edeli Arnaldi



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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ATO III - Cena 1 (Hamlet)

Trecho da minissérie Som & Fúria em que Daniel Oliveira, no papel de Jaques Maia, interpreta Hamlet durante ensaio da peça. (Ser ou não ser? Ato III, Cena I).

Ser ou não ser - eis a questão.
Será mais nobre sofrer na alma
Pedras e Flechas do destino feroz
Ou pegar em armas contra o mar de angústias -
E, combatendo-o, dar-lhe fim? Morrer; dormir;
Só isso. E com sono - dizem 0 extinguir
Dores do coração e as mil mazelas naturais
A que a carne é sujeita; eis uma consumação
Ardente desejável. Morrer - dormir -
Dormir! Talvez sonhar. Aí está o obstáculo!
Os sonhos que hão de vir no sono da morte
Quando tivermos escapado ao tumulto vital
Nos obriga a hesitar: e é essa reflexão
Qua dá à desventura uma vida tão longa.
pois quem suportaria o açoite e os insultos do mundo.
A afronta do opressor, o desdém do orgulhoso,
As pontadas do amor humilhado, as delongas da lei,
A prepotencia do mando, e o achincalhe
Que o mérito paciente recebe dos inúteis,
Podendo, ele próprio, encontrar seu repouso
Com um simples punhal? Quem aguentaria fardos,
Gemendo e suando numa vida servil,
Senão porque o terror de alguma coisa após a morte
O país não descoberto, de cujos confins
Jamais voltou nenhum viajante - nos confunde a vontade,
nos faz preferir e suportar os males que já temos,
A fugirmos para outros que desconhecemos?
E assim a reflexão faz todos nós covardes.
E assim o matiz natural da decisão
Se transforma no doentio pálido do pensamento.
E empreitadas de vigor e coragem,
Refletidas demais saem de seu caminho,
Perdem o nome de ação.

W. Shakespeare

Esse trecho me cativa, mais do que apenas a famosa frase "ser ou não ser..." mas toda a complexidade que ele coloca nesse trecho... e tudo isso soa tão atual...
Como em outra frase da mesma obra que diz:"E ser honesto hoje em dia, é ser um em dez mil... Pois mesmo o sol, tão puro, gera vermes num cachorro..."


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

CONTEÚDO LIVRE: CONTARDO CALLIGARIS - Homofobia e homossexualidade

 

CONTEÚDO LIVRE:

CONTARDO CALLIGARIS - Homofobia e homossexualidade

 



 



A vida é um achado

 http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/imagens/020130101202-bacteria-extraterrestre-4.jpg

Um pai passeava com o seu filho na montanha, quando de
 repente o filho caiu, levantou-se e gritou :
 "AAAhhhhhhhhhhhhhhh!!!"
 Com surpresa, ele ouviu uma voz repetir, na montanha:
 "AAAhhhhhhhhhhhhhhh!!!"
 Pergunta curiosa : Quem és tu ?
 Recebe como resposta :
 "Quem és tu ?"
 Enervado por esta resposta, ele grita :
 "Medroso !"
 E ouve  :
 "Medroso !"
 Então ele olha para o pai e pergunta :
 "O que se passa pai ?"
 O pai sorriu e respondeu :
 "Meu filho, ouve bem agora"
 E ele gritou para a montanha :
 "Admiro-te !"
 A voz respondeu
 "Admiro-te !"
 Ele grita outra vez :
 "És um campeão !"
 A voz responde :
 "És um campeão !"
 O rapaz ficou admirado mas não compreendeu. Então o pai
 explicou :
 "As pessoas perdem-se, caiem e levantam-se, é a vida. A
 vida devolve-te o que tu dizes e fazes. A nossa vida é
 simplesmente o reflexo das nossos actos. Se queres amor no
 mundo, começa por o ter no teu coração. Se queres que a tua
 equipa funcione, começa por confiares mais em ti próprio.
 Isto funciona para tudo na nossa vida.
 A vida dar-te-á tudo o que tu quiseres. A vida não é uma
 coincidência : mas sim o reflexo do que se pensa e faz.
 



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

CONTEÚDO LIVRE: HÉLIO SCHWARTSMAN - Falta de juízo

http://reportermt.com.br/images/noticias/thumbs/200_200_9832ac7913611589517c47b6a45ebba2.jpg

SÃO PAULO - Jovens que se metem em encrencas com a lei, como os alunos da USP, até que sabem o que fazem. O problema é que, mesmo reconhecendo as implicações potenciais de seus atos, optam por ir em frente e correr o risco.
A neurociência explica o fenômeno com base no que chama de assincronia do desenvolvimento cerebral.
Trocando em miúdos, a maturação das estruturas ocorre de trás para a frente, de modo que a última região a "ficar pronta" é o córtex pré-frontal, área responsável por planejar o futuro, tomar decisões complexas e controlar a impulsividade, entre outras funções essenciais para a vida em sociedade. O pré-frontal não amadurece antes da terceira década de vida, lá pelos 25 anos.
Isso significa que jovens podem se parecer e até falar como adultos, mas não agem como eles. Comprovam-no as estatísticas de criminalidade, segundo as quais a esmagadora maioria dos delitos é cometida por homens na faixa dos 15 aos 29 anos.
Daí não decorre que jovens sejam inimputáveis. Modelos matemáticos mostram que sociedades só são estáveis quando punem os indivíduos que tentam levar vantagem indevida. Mas, assim como não mandamos crianças para a cadeia, na esperança de que aprendam, não convém aplicar aos arruaceiros da USP o peso máximo da lei. A juventude, afinal, é um estado passageiro, ao fim do qual as pessoas melhoram em termos de comportamento.
O interessante aqui é que as descobertas da neurociência não se limitam à falta de juízo de jovens. Há correlações entre crime e tipo de personalidade e já se observou que certos tipos de demência e até tumores levam as pessoas a violar a lei.
Será que, quanto mais aprendemos sobre o cérebro, menos espaço sobra para a responsabilidade individual? Há neurocientistas, como David Eagleman, que afirmam que avanços nessa área exigirão uma revolução no Direito. Esse é assunto para uma próxima coluna. 





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terça-feira, 8 de novembro de 2011

CONTEÚDO LIVRE: Por que viver mata - SUZANA HERCULANO-HOUZEL

 

 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJGxk1nGRxvHVy2wmJPrgYNl9vZfPFowI97LuOfa4wcp6m47yvLXtMgY0Liis7zbYsoz15niOMjbUjN3llW9ep_jdpVggm3WNKfTOPytWnUTUNUTnamuQn9mNYpVDmVVeerhvtrg-tlzGK/s1600/28195.jpg

 Por que viver mata - SUZANA HERCULANO-HOUZEL

 

 



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CONTEÚDO LIVRE: Criatividade científica tem auge aos 40

 

 http://www.pontomarketing.com/wp-content/uploads/criatividade.jpg

 

Criatividade científica tem auge aos 40

Estudo com mais de 500 ganhadores do Nobel desmente mito de que cientistas ficam menos criativos com a idade

Pesquisadores usaram dados biográficos para rastrear com que idade os trabalhos vencedores foram realizados


Revista Neurociências

Revista Neurociências

http://www.surftotalmedia.com/PRESURF/CEREBRO.jpg



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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Os cinco sinos


  
Era uma vez um hotel chamado Estrela de Prata. O hoteleiro não conseguia fazer a receita cobrir as despesas, embora se esforçasse ao máximo para atrair hóspedes oferecendo um hotel confortável, um serviço cordial e preços razoáveis. Por isto, desesperado, foi consultar um sábio.
- É muito simples. Você deve mudar o nome do hotel.
- Impossível, - retrucou o hoteleiro. - Há gerações ele é Estrela de Prata, assim é conhecido em todo o país.
- Não, - disse o sábio com firmeza. - Agora você deve chamá-lo de Cinco Sinos e, na entrada, colocar uma fileira de seis sinos.
- Seis sinos? Isso é absurdo! De que adiantaria?
- Experimente e verá, - recomendou o sábio com um sorriso.
Então, o hoteleiro experimentou, e eis o que viu: cada viajante que passava pelo hotel fazia questão de entrar para apontar o erro, acreditando que ninguém o notara. Uma vez lá dentro, impressionava-se com a cordialidade dos serviços e ficava para repousar, propiciando ao hoteleiro, desse modo, rendimentos que ele não conseguira por tanto tempo.
Às vezes, o esforço, a persistência e a insistência não são suficientes para levar-nos ao objetivo almejado. É preciso mudar.
Mudar conceitos, a forma de pensar, a forma de agir. Mudar o caminho traçado.
Autor desconhecido
Enviada por: Suelen Caroline Block



sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Neurorede-Rede Social Colaborativa de Neurociências - Compartilhe idéias e aumente sua rede de amigos interessados em neurociências. Tenha seu próprio blog...

 

 http://a3.twimg.com/profile_images/1081280243/fav_bigger.jpg

Neurorede - Rede Social Colaborativa de Neurociências

 

 

Data de criação da Neurociências-Praelectiones academicae de morbis nervorum Hermanni Boerhaave ; quas ex auditorum manuscriptis collectas edi curavit Jacobus van Eems




 
 

terça-feira, 1 de novembro de 2011

TDAH - Programa Alternativa Saúde - Parte 1 


 

TDAH - Programa Alternativa Saúde - Parte 2

 

 

TDAH - Programa Alternativa Saúde - Parte 3

 

 

TDAH - Programa Alternativa Saúde - Parte 4

 

Programa exibido dia 16/08/11





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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Conheça os Aditivos Alimentares

 http://www.minerva.uevora.pt/publicar/aditivos/images/aditivos.gif


Uma matéria IMPERDÍVEL, em 6 partes sobre os famigerados aditivos alimentares....os tipos, usos e PRINCIPALMENTE os efeitos devastadores no organismo humano. É realmente muito triste ver o quanto importa a saúde das pessoas frente as indústrias alimentícias, governos, políticos, etc...:  NADA !!!! Mas numa sociedade que ainda cultua um único deus.........O DINHEIRO....isso não é surpresa. O que nós podemos fazer é obter CONHECIMENTO, tentar evitar esses absurdos a todo o custo, para manter, na medida do possível, nossa saúde................INTACTA !!! Mas enfim........as coisas não permanecem estagnadas, o universo é dinãmico.....os ciclos vem e vão.....e esse ciclo de insanidade, aparentemente interminável..........esta chegando ao fim.............para que um MELHOR tome o seu lugar. NÃO VAMOS DESANIMAR..............LOGO AGORA QUE FALTA TÃO POUCO.....


Conheça os Aditivos Alimentares - Parte 1

Conheça os Aditivos Alimentares - Parte 2

Conheça os Aditivos Alimentares - Parte 3

Conheça os Aditivos Alimentares - Parte 4

Conheça os Aditivos Alimentares - Parte 5

Conheça os Aditivos Alimentares - Parte 6

PAZ, VIDA LONGA E PRÓSPERA.....FORÇA E LUZ !!!!!!

Renato Corrêa Bicca
 

 

Management of ADHD

Russell Barkley, Ph.D., discusses the recent advancements in understanding the nature and subtyping of ADHD as well as recent discoveries in what might cause the disorder and medications that might help treat ADHD. Series: M.I.N.D. Institute Lecture Series on Neurodevelopmental Disorders [11/2008] [Health and Medicine] [Show ID: 14660]

Russell A. Barkley, Ph.D.
Internationally Recognized ADHD Authority

ADHD Websites

 

 

 




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Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade

O TDAH foi descrito pela primeira vez em um jornal médico (Lancet) foi feita por um pediatra, George Still, em 1902.

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CID-10 F90
CID-9 314.00, 314.01
OMIM 143465
DiseasesDB 6158
MedlinePlus 001551
MeSH D001289

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma síndrome caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade causando prejuízos a si mesmo e aos outros em pelo menos dois contextos diferentes (geralmente em casa e na escola/trabalho). Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar foram diagnosticadas com este transtorno. Entre 30 a 50% dos casos persistem até a idade adulta . Sua causa, o diagnóstico, sua utilização para justificar mal desempenho acadêmico e o grande número de tratamentos desnecessários com anfetaminas geram polêmica desde a década de 70 . Na Classificação Internacional de Doenças da OMS mais recente (CID-10) é classificado como um Transtorno Hipercinético.

Características


A impulsividade e inquietude aumentam as chances de acidentes, lesões, brigas e uso de drogas.
O transtorno se caracteriza por frequente comportamento de desatenção, inquietude e impulsividade, em pelo menos três contextos diferentes (casa, creche, escola, trabalho...). O Dicionário de Saúde Mental atual (DSM IV) subdivide o TDAH em três tipos:
  • TDAH com predomínio de sintomas de desatenção;
  • TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade/impulsividade e;
  • TDAH combinado.
Em inglês, também é chamado de ADHD, as iniciais de Attention Deficit/Hyperactivity Disorder
Na década de 1980, a partir de novas investigações, passou-se a ressaltar aspectos cognitivos da definição de síndrome, principalmente o déficit de atenção e a impulsividade ou falta de controle, considerando-se, além disso, que a atividade motora excessiva é resultado do alcance reduzido da atenção da criança e da mudança contínua de objetivos e metas a que é submetida. É um transtorno reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde), tendo inclusive em muitos países, lei de proteção, assistência e ajuda tanto aos que têm este transtorno ou distúrbios quanto aos seus familiares. Há muita controvérsia sobre o assunto. Há especialistas que defendem o uso de medicamentos e outros que acham que o indivíduo deve aprender a lidar com ele sem a utilização de medicamentos.
Segundo a OMS e a Associação Psiquiátrica Americana, o TDAH é um transtorno psiquiátrico que tem como características básicas a desatenção, a agitação (hiperatividade) e a impulsividade, podendo levar a dificuldades emocionais, de relacionamento, bem como a baixo desempenho escolar e outros problemas de saúde mental. Embora a criança hiperativa tenha muitas vezes uma inteligência normal ou acima da média, o estado é caracterizado por problemas de aprendizado e comportamento. Os professores e pais da criança hiperativa devem saber lidar com a falta de atenção, impulsividade, instabilidade emocional e hiperativa incontrolável da criança.
A criança com Déficit de Atenção muitas vezes se sente isolada e segregada dos colegas, mas não entende por que é tão diferente. Fica perturbada com suas próprias incapacidades. Sem conseguir concluir as tarefas normais de uma criança na escola, no playground ou em casa, a criança hiperativa pode sofrer de estresse, tristeza e baixa auto-estima.

Critérios Diagnósticos (CID-10 F90)

Para se diagnosticar um caso de TDAH é necessário que o indivíduo em questão apresente pelo menos seis dos sintomas de desatenção e/ou seis dos sintomas de hiperatividade; além disso os sintomas devem manifestar-se em pelo menos dois ambientes diferentes e por um período superior a seis meses.

Com predomínio de desatenção

Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de desatenção persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento.
  1. Freqüentemente deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou outras
  2. Com freqüência tem dificuldades para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
  3. Com freqüência parece não escutar quando lhe dirigem a palavra
  4. Com freqüência não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais (não devido a comportamento de oposição ou incapacidade de compreender instruções)
  5. Com freqüência tem dificuldade para organizar tarefas e atividades
  6. Com freqüência evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante (como tarefas escolares ou deveres de casa)
  7. Com freqüência perde coisas necessárias para tarefas ou atividades (por ex., brinquedos, tarefas escolares, lápis, livros ou outros materiais)
  8. É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa
  9. Com freqüência apresenta esquecimento em atividades diárias

Com predomínio de Hiperatividade e Impulsividade

Caso seis (ou mais) dos seguintes sintomas de hiperatividade persistiram por pelo menos 6 meses, em grau mal-adaptativo e inconsistente com o nível de desenvolvimento.
Hiperatividade
  1. Freqüentemente agita as mãos ou os pés
  2. Freqüentemente abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado
  3. Freqüentemente corre ou escala em demasia, em situações nas quais isto é inapropriado (em adolescentes e adultos, pode estar limitado a sensações subjetivas de inquietação)
  4. Com freqüência tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer
  5. Está freqüentemente "a mil" ou muitas vezes age como se estivesse "a todo vapor"
  6. Freqüentemente fala em demasia
Impulsividade
  1. Freqüentemente dá respostas precipitadas antes de as perguntas terem sido completadas
  2. Com freqüência tem dificuldade para aguardar sua vez
  3. Freqüentemente interrompe ou se mete em assuntos de outros (por ex., intromete-se em conversas ou brincadeiras)

Critérios para ambos

Em ambos os casos esses critérios também devem estar presentes.
  • Alguns sintomas de hiperatividade-impulsividade ou desatenção que causaram prejuízo estavam presentes antes dos 7 anos de idade.
  • Algum prejuízo causado pelos sintomas está presente em dois ou mais contextos (por ex., na escola [ou trabalho] e em casa).
  • Deve haver claras evidências de prejuízo clinicamente significativo no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional.
  • Os sintomas não ocorrem exclusivamente durante o curso de um Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Esquizofrenia ou outro Transtorno Psicótico e não são melhor explicados por outro transtorno mental (por exemplo Transtorno do Humor, Transtorno de Ansiedade, Transtorno Dissociativo ou um Transtorno da Personalidade).
Os sintomas de desatenção, hiperatividade ou impulsividade relacionados ao uso de medicamentos (como broncodilatadores, isoniazida e acatisia por neurolépticos) em crianças com menos de 7 anos de idade não devem ser diagnosticados como TDAH.
Pessoas com TDAH tem problemas para fixar sua atenção em coisas por mais tempo do que outras, interessantemente, crianças com TDAH não tem problemas para filtrar informações. Elas parecem prestar atenção aos mesmos temas que as crianças que não apresentam o TDAH prestariam. Crianças com TDAH se sentem chateadas ou perdem o interesse por seu trabalho mais rapidamente que outras crianças, parecem atraídas pelos aspectos mais recompensadores, divertidos e reforçativos em qualquer situação, essas crianças também tendem a optar por fazer pequenos trabalhos no presente momento em troca de uma recompensa menor, embora mais imediata, ao invés de trabalhar mais por uma recompensa maior disponível apenas adiante. Na realidade, reduzir a estimulação torna ainda mais difícil para uma criança com TDAH manter a atenção. Apresentam também dificuldades em controlar impulsos. Os problemas de atenção e de controle de impulsos também se manifestam nos atalhos que essas crianças utilizam, em seu trabalho. Elas aplicam menor quantidade de esforços e despendem menor quantidade de tempo para realizar tarefas desagrádaveis e enfadonhas.

Causas


A imagem da direita ilustra áreas de atividade cerebral de uma pessoa sem TDAH e a imagem da esquerda de uma pessoa com TDAH.
Os principais fatores identificados como causa são uma suscetibilidade genética em interação direta com fatores ambientais. A herdabilidade estimada é bastante alta, pois 70% dos gêmeos idênticos de TDAH também possuem o mesmo diagnóstico. Quando um dos pais tem TDAH a chance dos filhos terem é o dobro, aumentando para oito vezes quando se trata de ambos pais.

Problemas na gravidez estão associados com maior incidência de casos mesmo quando desconsiderados outros fatores como psicopatologias dos pais.
Pesquisas também têm apresentado como possíveis causas de TDAH: problemas durante a gravidez ou no parto e exposição a determinadas substâncias (chumbo). Dentre as complicações associadas estão toxemia, eclâmpsia, pós-maturidade fetal, duração do parto, estresse fetal, baixo peso ao nascer, hemorragia pré-parto, consumo de tabaco e/ou álcool durante a gravidez e má saúde materna. Outros fatores, como danos cerebrais perinatais no lobo frontal, podem afetar processos de atenção, motivação e planejamento, relacionando-se indiretamente com a doença.
Problemas familiares propiciam o aparecimento predisposto geneticamente, como uma família com muitos filhos, alto grau de brigas entre os pais, baixa instrução educacional, famílias com baixo nível sócio-econômico, criminalidade dos pais, colocação em lar adotivo ou/e pais com transtornos psiquiátricos. Tais problemas não originam tais distúrbios mas os amplificam na sua existência. Um dos possíveis motivos é que a negligencia dos pais leva as crianças a precisarem se comportar inadequadamente para conseguir atenção.
Pesquisas apontam para a influência de genes que codificam componentes dos sistemas dopaminérgico, noradrenérgico, adrenérgico e, mais recentemente, serotoninérgico como os principais responsáveis.
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade nas interações, podem contribuir então para o aparecimento desses comportamentos agressivos ou de uma oposição desafiante nas crianças perante a sociedade. Problemas de ansiedade, baixa tolerância a frustração, depressão, abuso de substâncias e transtornos opositivos são comorbidades frequentes.

Fases da vida

História clássica de TDAH
Fase Sintomas comuns
Bebê Bebê difícil, insaciável, irritado, de difícil consolo, maior prevalência de cólicas, dificuldade para alimentar e problemas de sono.
Pré-escolar Muito inquieto e agitado, dificuldades de ajustamento, desobediente, facilmente irritado e extremamente difícil de satisfazer.
Escola elementar Incapacidade de se concentrar, distrações muito frequentes, muito impulsivo, grandes variações de desempenho na escola, se envolve em brigas, presença ou não de hiperatividade.
Adolescência Muito inquieto, desempenho inconsistente, sem conseguir se focalizar, problemas para memorizar, abuso de substância, acidentes, impulsividade, muita dificuldade de pensar e se planejar a longo prazo.
Adulto Muito inquieto, comete muitos erros em atividades que exigem concentração, desorganizado, inconstante, desastrado, impaciente, não cumpre compromissos, perde prazos, se distrai facilmente, não fica parado, toma decisões precipitadas, dificuldade para manter relacionamentos e perde o interesse rapidamente. (Para o diagnóstico em adultos, o TDAH deve ter começado na infância e causado prejuízos ao longo da vida) 

Quem pode diagnosticar TDAH

O diagnóstico de TDAH é fundamentalmente clínico, realizado por profissional que conheça profundamente o assunto, que necessariamente deve descartar outras doenças e transtornos, para então indicar o melhor tratamento. O termo hiperatividade tem sido popularizado e muitas crianças rotuladas erroneamente. É preciso cuidado ao se caracterizar uma criança como portadora de TDAH. Somente um médico (preferencialmente psiquiatra), juntamente com psicólogo ou terapeuta ocupacional especializados, podem confirmar a suspeita de outros profissionais de áreas afins, como fonoaudiólogos, educadores ou psicopedagogos, que devem encaminhar a criança para o devido diagnóstico. Existem testes e questionários que auxiliam o diagnóstico clínico. Hoje já se sabe que a área do cérebro envolvida nesse processo é a região orbital frontal (parte da frente do cérebro) responsável pela inibição do comportamento, pela atenção sustentada, pelo autocontrole e pelo planejamento para o futuro. Entretanto, é importante frisar que o cérebro deve ser visto como um órgão cujas partes apresentam grande interligação, fazendo com que outras áreas que possuam conexão com a região frontal possam não estar funcionando adequadamente, levando aos sintomas semelhantes aos de TDAH. Os neurotransmissores que parecem estar deficitários em quantidade ou funcionamento, em indivíduos com TDAH, são basicamente a dopamina e a noradrenalina, que precisam ser estimuladas através de medicações.
Algumas pessoas precisam tomar estimulantes como forma de amenizar os sintomas de déficit de atenção/hiperatividade, entretanto nem todas respondem positivamente ao tratamento. É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso dos mesmos. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso em si.

Tratamento

O tratamento baseia-se em medicação e acompanhamento especializado, com apoio psicológico, fonoaudiológico, terapeuta ocupacional ou psicopedagógico.

É importante que seja avaliada criteriosamente a utilização de medicamentos em função dos efeitos colaterais que os mesmos possuem. Mais de 80% dos portadores de TDAH beneficiam-se com o uso de medicamentos, como o cloridrato de metilfenidato (Ritalina ou Concerta em sua versão comercial), bupropiona, clonidina e antidepressivos tricíclicos como a imipramina. A duração da administração de um medicamento dependerá das respostas ao tratamento e do curso do transtorno, ou seja, depende de cada caso em si. Cerca de 70% dos pacientes respondem adequadamente ao metilfenidato e o toleram bem. Como a meia-vida do metilfenidato é curta, geralmente utiliza-se o esquema de duas doses por dia, uma de manhã e outra ao meio dia.  A disponibilidade de preparados de ação prolongada tem possibilitado maior comodidade aos pacientes.
Para evitar que ele se distraia, é recomendado que a pessoa com TDAH tenha um ambiente silencioso e sem distrações para estudar/trabalhar. Na escola ele pode se concentrar melhor na aula sentando na primeira fileira e longe da janela. Aulas de apoio onde ele recebe atenção melhor focalizada podem ajudar a melhorar seu desempenho. É importante que os pais e professores se focalizem em recompensar onde seu desempenho é bom, valorizando suas qualidades, mais do que punir seus erros. E nunca a punição deve ser violenta, pois isso torna a criança mais agressiva e leva ela a evitar e guardar rancor, medo, raiva da pessoa que a puniu (além de não ser eficaz em impedir um comportamento quando o agente punidor não estiver presente). Isso vale para qualquer pessoa de qualquer idade mesmo sem hiperatividade.
Famílias caracterizadas por alto grau de agressividade e impulsividade nas interações, podem contribuir para o aparecimento de comportamento agressivo, impulsivo ou de uma oposição desafiante nas crianças em diversos contextos. Nesse e em outros casos em que a família tem importante papel nos transtornos infantis não basta medicar a criança, é necessário que OS PAIS façam psicoterapia junto com a criança/adolescente.

Comorbidades

Dos hiperativos que buscam tratamento especializado, mais de 70% possuem também algum outro transtorno, na maioria das vezes com transtorno de humor (como depressão maior ou transtorno bipolar), transtorno de aprendizagem, transtornos de ansiedade ou transtorno de conduta. Dependendo da comorbidade o tratamento medicamentoso muda e o acompanhamento psicológico se torna ainda mais necessário.
A taxa de comorbidade com transtornos disruptivos do comportamento (transtorno de conduta e transtorno opositor desafiante)está situada entre 30% a 50%, com depressão está entre 15% a 20%, com transtornos de ansiedade em torno de 25% e com transtornos da aprendizagem entre 10% a 25%.

Pessoas famosas com Transtorno do déficit de atenção

Referências

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  3. Bálint S, Czobor P, Mészáros A, Simon V, Bitter I (2008). "[Neuropsychological impairments in adult attention deficit hyperactivity disorder: a literature review]" (in Hungarian). Psychiatr Hung 23 (5): 324–35. PMID 19129549.
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  6. American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. Fourth edition. Washington (DC): American Psychiatric Association; 1994.
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  21. Autobiografia - Lobão: 50 anos a mil
  22. DIMENSTEIN, Gilberto; ALVES, Rubem. Fomos maus alunos, Ed. Papirus, 2003

Ligações externas




Fonte:

wikipedia.org/


TDAH

Este vídeo Mostra os sintomas do portador do TDAH.

 

 

TDA Trastorno por Deficit de Atencion 

 


Jo Soares TDAH(DDA) - Ana Beatriz Silva 

 

Programa Jo Soares - Entrevista com a médica psiquiatra Dra Ana Beatriz Barbosa Silva sobre TDAH (DDA) - hiperatividade -, tema do livro de sua autoria Mentes Inquietas.
Exibido em: julho 2003
Contatos Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva:
www.medicinadocomportamento.com.br
www.youtube.com.br/anabeatrizbsilva
www.twitter.com/anabeatrizpsi
www.twitter.com/mcomport
anabeatriz@medicinadocomportamento.com.br

Video editado por:
MIRIAN PIROLO E GIL SARMENTO
www.supervideopro.com.br

SINOPSE DE MENTES INQUIETAS
Distraído, avoado, enrolado, esquecido, desorganizado, impulsivo, agitado, inquieto, vive a "mil por hora". Estes são alguns adjetivos mais comuns usados para descrever o comportamento de pessoas que, injustamente, são tidas como preguiçosas, irresponsáveis e rebeldes. Na realidade, elas possuem um funcionamento cerebral diferente denominado Transtorno do Déficit de Atenção (TDA), caracterizado por distração, impulsividade e hiperatividade. Escrito com clareza, espontaneidade e muito bom humor, Mentes Inquietas soa como uma conversa na sala de estar de nossas casas, trazendo um alento ao coração das pessoas que por muito tempo se sentiram como "peixes fora d'água".

TDAH (DDA) - Ana Beatriz Silva - Almanaque - Pt.1/2 

 

TDAH (DDA) - Ana Beatriz Silva - Almanaque - Pt.2/2 

 

Entrevista com a médica psiquiatra e escritora Dra Ana Beatriz Barbosa Silva sobre DDA (TDAH) - hiperatividade - tema do livro de sua autoria Mentes Inquietas.
Programa Almanaque - Globo News
Apresentação: Luciana Ávila
Exibido em 30/06/03.
Site da Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva:
www.medicinadocomportamento.com.br
Youtube: www.youtube.com.br/anabeatrizbsilva

Edição de Vídeo:
MIRIAN PIROLO E GIL SARMENTO
Supervídeo Produtora: www.supervideopro.com.br

SINOPSE
Distraído, avoado, enrolado, esquecido, desorganizado, impulsivo, agitado, inquieto, vive a "mil por hora". Estes são alguns adjetivos mais comuns usados para descrever o comportamento de pessoas que, injustamente, são tidas como preguiçosas, irresponsáveis e rebeldes. Na realidade, elas possuem um funcionamento cerebral diferente denominado Transtorno do Déficit de Atenção (TDA), caracterizado por distração, impulsividade e hiperatividade. Escrito com clareza, espontaneidade e muito bom humor, Mentes Inquietas soa como uma conversa na sala de estar de nossas casas, trazendo um alento ao coração das pessoas que por muito tempo se sentiram como "peixes fora d'água".

 

DDA TDAH Entrevista com a Dra Ana Beatriz Silva 






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