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segunda-feira, 31 de maio de 2010

CBN - Podcast - Luis Fernando Correia





A cada ano, pelo menos 1 milhão de mulheres morre por causa do tabagismo

Girl vs. smoke bubble

Experiência usa futebol para ajudar homens com problemas psiquiátricos

Soccer foul faking

Conselho inglês condena médico que forjou pesquisa sobre vacina e autismo



Haters gonna hate

Games e Alzheimer




Estudo obtém resultados promissores com jogos casuais e jogadores com mais de 50 anos









Meu Coração e Minha Língua





Meu coração e minha língua fizeram um trato: quando meu coração estiver enfurecido, minha língua guardará silêncio.

As palavras respondem aos sentimentos, e os sentimentos às ideias. Por isso é impossível dominar nossas palavras se não somos senhores de nossos sentimentos; e estes sentimentos irão se acalmando segundo a força de nossas ideias.

A um coração que não se domina, responderão palavras violentas e ferinas; a um coração fechado em si, sucederão palavras e atitudes que depreciam os demais.

Por conseguinte, me calarei quando meu coração não estiver sossegado e em calma; não falarei, pois seguramente me arrependerei do que disser ou, pelo menos, do modo como o disser, ou do momento em que o disser.

Se em geral o coração não costuma ser bom conselheiro, menos o será quando não estiver em paz e não se sentir senhor de si mesmo.


Autor desconhecido







sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pesquisa em saúde ganha portal

Pesquisa em saúde ganha portal

Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo lança portal para reunir trabalhos científicos produzidos nas 14 instituições ligadas à pasta


Divulgação Científica


28/5/2010


Por Alex Sander Alcântara


Agência FAPESP – A produção científica dos 14 órgãos (entre institutos e unidades) ligados à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo será reunida na internet no Saúde-SP Portal de Revistas, lançado no dia 21.

De acordo com Sueli Gonsalez Saes, coordenadora da Rede de Informação e Conhecimento e secretária executiva do Conselho de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde, dos 14 órgãos oito são de pesquisa (Adolfo Lutz, Butantan, Clemente Ferreira, Dante Pazzanese de Cardiologia, de Infectologia Emílio Ribas, de Saúde, Lauro de Souza Lima e Pasteur) e os demais são centros de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e outros.

“O portal busca dar visibilidade às produções científicas desses órgãos ligados à Secretaria, ampliando o acesso ao nosso banco de dados sobre saúde pública. Não havia uma unidade editorial nas publicações, mas agora queremos padronizá-las e indexá-las”, disse à Agência FAPESP.

O objetivo é oferecer acesso a textos completos das coleções de periódicos, de modo a ampliar e divulgar o conhecimento técnico e científico produzido no âmbito da saúde pública no Estado de São Paulo.

Cinco títulos já estão disponíveis no Saúde-SP http://periodicos.ses.sp.bvs.br Revista do Instituto Adolfo Lutz, Cadernos de História da Ciência,Hansenologia Internationalis,Boletim Epidemiológico Paulista e Boletim do Instituto de Saúde.

Os institutos e demais unidades integram a Rede de Informação e Conhecimento (RIC), já disponível no site da RIC, lançado em 2006 pela Secretaria em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme).

“Hoje dispomos de cerca de 46 mil registros, entre artigos, livros, teses, manuais técnicos, entre outros. É uma base de dados científica e técnica de produção institucional desses 14 órgãos. As demais bases científicas de dados em saúde, como Lilacs, Medline e Cochrane, estão disponíveis, junto com todos os outros serviços que a rede oferece”, explicou.

O sucesso da Rede deu origem ao Portal de Revistas como parte de um projeto de 2009, cujo objetivo foi ampliar os serviços de informação da RIC. Segundo Sueli, no Portal de Revistas foram priorizados, no primeiro momento, os periódicos que já estavam disponíveis eletronicamente.

“Mas a ideia é reunir as 24 publicações, entre boletins e revistas, produzidas pelas instituições da Secretaria. O objetivo é indexar todas as publicações elegíveis e transformá-las em revistas de alto impacto”, disse.

Os periódicos seguirão a metodologia da biblioteca científica eletrônica SciELO (Scientific Electronic Library On-line), programa criado em 1997 pela FAPESP em parceria com a Bireme.

“Queremos organizar e padronizar os títulos na metodologia SciELO, para que se tornem indexáveis no futuro e componham a coleção da SciELO. Mas, para isso, precisamos atender os critérios exigidos”, explicou Sueli.

A rede SciELO disponibiliza coleções do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Venezuela, Bolívia, México, Costa Rica, Paraguai, Peru e Uruguai, além de Espanha, Portugal e, desde 2009, África do Sul, que optou por adotar a plataforma para publicação dos seus periódicos científicos.

A rede só indexa e publica periódicos com veiculação regular, com controle de qualidade por revisão de pares e que concordem em manter seu conteúdo totalmente aberto e com acesso gratuito. Além disso, a rede permite o acesso ágil às coleções de periódicos, com várias estratégias de pesquisa, como lista alfabética de títulos, busca por autor, por assuntos ou por palavras.

“A Revista do Instituto Adolfo Lutz e a Hansenologia Internationalis, do Instituto Lauro de Souza Lima, já são indexadas em suas áreas. Mas a proposta é unificá-las na metodologia SciELO para, além de conseguir mais visibilidade, ter, por exemplo, acesso aos indicadores bibliométricos”, disse Sueli.

Segundo a coordenadora, além de indexar todas as publicações dos institutos e unidades ligados à Secretaria da Saúde, os próximos passos incluem fazer a digitalização das revistas mais antigas. “Até 2000, a Revista do Adolfo Lutz só existia na forma impressa”, contou.

O grupo envolvido no projeto realizou cursos de capacitação na metodologia Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) da Bireme para publicação eletrônica de periódicos científicos para bibliotecárias e os editores de revista científica.

“Embora tenha como público-alvo pesquisadores, médicos e profissionais de saúde, o objetivo é abarcar os diferentes tipos de público, para que a informação sobre saúde seja útil a todos”, disse.

A coordenadora também salientou, além do apoio institucional, o trabalho da equipe envolvida. “É um trabalho cuja realização se deve às equipes envolvidas, sejam de pesquisadores, diretores, coordenadores ou de bibliotecárias, que foram lideradas pela coordenadora das Bibliotecas da SES-SP, Lilian Schiavon”, destacou Sueli.

Desde que foi lançada em 2006, a RIC vem aumentando a visibilidade e se transformando em um importante banco de dados sobre saúde. De 2006 a 2010, o número de acessos passou de 500 para 4,5 mil mensais.


Mais informações:



quarta-feira, 26 de maio de 2010

Nada nesta vida é por acaso!

Pra tudo Deus tem um propósito.

Que ELE abençoe o seu dia de hoje e a sua vida. E que o Espírito Santo de Deus te guie, iluminando seu caminho !!!
Seja qual for suas preocupações, medos ou anseios, alegrias, felicidades ou tristezas, AGRADEÇA a Deus, pois, até mesmo a mais difícil das tribulações, serve para nos fazer crescer.

Nada nesta vida é por acaso!

“Entra na minha casa...
Entra na minha vida...
Mexe com minha estrutura...
Sara todas as feridas...
Me ensina a ter santidade...
Quero amar somente a Ti!
Por que o Senhor é o meu Bem maior...

Faz um milagre em mim!”



Mande essa casinha para todos os amigos que você deseja ver abençoado por Deus!

QUE SEU DIA SEJA ABENÇOADO!!!

Amém!




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ImageMas as doenças não são, às vezes, o resultado da presença de micróbios e não são uma parte do movimento do Yoga?


A Mãe responde:

Onde é que o Yoga começa e onde é que ele termina? Sua vida inteira não é Yoga?

As possibilidades de doença estão sempre no seu corpo e à sua volta; você as carrega dentro de si ou os micróbios e germes de todas as doenças fervilham à sua volta.

Como se explica que, de repente, você não resista a uma doença que não tinha há anos? Você dirá que foi devido à "depressão da força vital". Mas de onde vem esta depressão? Vem de alguma desarmonia do ser, de uma falta de receptividade às forças divinas.

Quando você se desliga da energia e da luz que as sutêm, então acontece esta depressão, cria-se o que a ciência médica chama de "terreno favorável", e alguma coisa se aproveita disso. É a dúvida, a tristeza, a falta de confiança, um egoístico voltar-se sobre si que o desliga da luz e da energia divina e propicia esta oportunidade ao ataque. Esta é a causa que faz você adoecer, e não os micróbios.

Não ficou provado que o aperfeiçoamento das condições sanitárias melhora a saúde do cidadão médio?

A Mãe responde:

A medicina e a higiene são indispensáveis à vida ordinária, mas não estou falando agora do cidadão médio, estou falando daqueles que fazem Yoga. Existe ainda a desvantagem da higiene, pois enquanto você diminui as chances de apanhar uma doença, você também diminui seu poder natural de resistência.

O pessoal dos hospitais, que está sempre se lavando com desinfetantes, descobre que suas mãos se tornam mais facilmente infectáveis e muito mais suscetíveis do que as mãos dos outros.

Há pessoas, ao contrário, que nada conhecem sobre higiene e fazem as coisas mais antihigiências e, no entanto, permanecem imunes. A sua própria ignorância as isola das sugestões que advêm com o conhecimento médico. Por outro lado, a sua crença nas precauções sanitárias tomadas favorece o trabalho das mesmas. Porque o seu pensamento é - "Agora estou desinfetado e seguro" e isto, dentro do limite da ação de seu pensamento, o imuniza.

Por que devemos tomar precauções sanitárias, como beber somente água filtrada?

A Mãe responde:

Existe entre vocês alguém que seja suficientemente puro e forte para não ser afetado por sugestões?

Se você beber água não filtrada e pensar - "Agora estou bebendo água impura", tem todas as chances de cair doente. E mesmo que estas sugestões não entrem através de sua mente consciente, todo o seu subconsciente está lá, quase passivamente aberto para receber qualquer espécie de sugestão.

Na vida comum é a ação do subconsciente que tem maior importância e atua centenas de vezes mais poderosamente que as partes conscientes. A condição humana normal é de um estado cheio de apreensões e medos; se você observar profundamente sua mente por dez minutos, descobrirá que de nove entre dez vezes, ela está cheia de medos - carrega dentro de si o medo de muitas coisas, pequenas e grandes, próximas ou distantes, visíveis ou invisíveis e, ainda que você usualmente não tome conhecimento consciente do medo, ele existe de qualquer forma.

A libertação de todo o medo só pode vir por um esforço e disciplina constantes.

E mesmo que por disciplina e esforço você tenha libertado sua mente e seu vital da apreensão e do medo, o mais difícil é convencer o seu corpo. Mas isto também deve ser feito. Quando você entra para o caminho do Yoga, deve livrar-se de todos os temores - os temores de sua mente, os de seu vital, os de seu corpo, que estão alojados em suas próprias células.

19 de maio de 1929.

O que é um micróbio?

A Mãe responde:

Uma coisa que agora está sendo reconhecida por todos, mesmo pelo corpo médico, é que medidas higiências, por exemplo, são efetivas apenas quando temos confiança nelas. Tome o caso de uma epidemia.

Há algus anos atrás tivemos uma epidemia de cólera aqui - foi muito séria - porém como o médico-chefe do hospital era um homem muito enérgico, ele decidiu vacinar todo mundo. Quando se despedia das pessoas que haviam sido vacinadas, dizia-lhes: "Agora vocês estão vacinadas e nada vai lhes acontecer, porém se não tivessem tomado vacina, certamente morreriam!" E lhes dizia isso com grande autoridade. Geralmente, essas epidemias duravam um longo tempo e eram difíceis de terminar; no entanto, mais ou menos em quinze dias, este doutor conseguiu refreiá-la, miraculosamente rápido. No entanto, ele sabia muito bem que o melhor efeito de sua vacinação tinha sido a confiança que ele dera às pessoas.

Bem, recentemente foi encontrada alguma coisa mais, que cosnidero maravilhosa. Descobriram que, para cada doença, há um micróbio que cura (chamemos isto de micróbio, se quiser, enfim, um germe qualquer). Porém o que é extraordinário é que este "micróbio" é extremamente contagioso, até mais que o micróbio da doença. E ele se desenvolve geralmente sob duas condições: naqueles que tem uma espécie de humor e energia naturais e naqueles que tem forte vontade de ficar bons! De repente, eles apanham o "micróbio" e estão curados. E o que é admirável é que se houver um que fique curado durante uma epidemia, haverá outros três que imediatamente se recuperarão. E este micróbio é encontrado em todos que são curados.

Contudo, vou lhe dizer uma coisa: o que as pessoas tomam por um micróbio é simplesmente a materialização de uma vibração ou uma vontade de um outro mundo. Quando tomei conhecimento desta descoberta médica, disse para mim mesma: - "Verdadeiramente, a ciência médica está fazendo progresso". Poderíamos dizer com muita razão: "A matéria está progredindo", está se tornando cada vez mais receptiva a uma vontade superior.

E o que é traduzido na ciência deles como "micróbio", nós nos apercebemos que é simplesmente um modo vibratório, se formos ao fundo das coisas; e este modo vibratório é a tradução de uma vontade superior. Se você for capaz de aplicar esta força ou esta vontade, este poder, em certas ocasiões, esta vibração (chame como quiser) agirá não apenas em você, como também contagiará todos à sua volta.

14 de março de 1951.

SO HAM

(Sou Deus)


A Mãe - Originalmente chamada Mirra Alfassa. Naceu em Paris no dia 21 de fevereiro de 1878. Deixou o corpo em 17 de novembro de 1973.

A Arte de Saborear Café

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Uma Parábola Sobre a Vida, e Uma Lição de Filosofia


The Theosophical Movement


Um grupo de ex-alunos, todos bem estabelecidos em suas profissões, reuniu-se para visitar o velho professor universitário. Em pouco tempo, a conversa adotou o rumo das reclamações contra o estresse, no trabalho e na vida.

Depois de oferecer café aos visitantes, o professor foi à cozinha e retornou trazendo um grande bule de café. Trouxe também uma quantidade mais do que suficiente de xícaras ― de porcelana, de plástico, de vidro, de cristal, algumas de aspecto simples, algumas caras, outras sofisticadas ― e disse a eles que se servissem de café à vontade.

Quando cada estudante tinha nas mãos a sua xícara de café, o professor disse:

“Se observarem, verão que todas as xícaras bonitas e caras foram escolhidas, e ficaram para trás as simples e as baratas. É bastante normal que vocês queiram só o melhor para vocês mesmos, mas essa é a fonte dos seus problemas e do seu estresse. O que todos realmente queriam era café, e não a xícara, mas vocês conscientemente pegaram as melhores xícaras, e ficaram olhando para as xícaras um do outro. Vejam que a vida é como o café, e os empregos, o dinheiro e a posição social são as xícaras; são apenas instrumentos para viver a vida, mas a qualidade da vida não muda por causa deles. Às vezes, por concentrar-nos só na xícara, deixamos de apreciar o café que há nela. Portanto, não deixem que as xícaras distraiam vocês... apreciem o café...”


Traduzido da edição de abril de 2007, p. 220, da revista mensal “The Theosophical Movement”, que é publicada em Mumbai, Índia, por associados da Loja Unida de Teosofistas.



O Cultivo da Tranquilidade

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É Mais Eficaz Avançar Passo a Passo
Sílvia Lúcia de Oliveira
“Não faz nenhuma diferença o que nós fazemos;
o que importa é como nós fazemos qualquer coisa.
E como sempre há algo sendo feito, nós sempre
temos a oportunidade de fazê-lo corretamente.”
Robert Crosbie


O tempo parece-nos na maioria das vezes curto o suficiente para justificar a agonia de fazer tudo rápido, de um jeito qualquer, dispensando caprichos e reflexões que exigiriam mais alguns minutos. Escoando no atropelo, vamos alinhavando uma vida sem debruns e acabamentos. Deixa-se de lado o que parece à primeira vista ser dispensável, utilizando um critério de escolha que prioriza rapidez e sacrifica todos os demais quesitos. E sobe a pressão arterial aos solavancos de um viver turbinado de afazeres.
Fazemos as coisas sem nelas pensar, sem que nossa mente se permita sedimentar decisões, questionar sentidos e significados. Muito do estresse cotidiano e de suas conseqüências pessoais e coletivas é fruto desse tocar a vida ao ritmo de urgências fabricadas. A agitação física e mental estabelece um turbilhão de pensamentos simultâneos que turvam a atenção e sobrecarregam nosso sistema de raciocínio. Cansamo-nos mais, atrapalhamo-nos desejando abarcar vários assuntos num só ato. E pior, prosseguimos deixando coisas caírem pelo apressado caminho de nossa existência.
Entretanto, por mais que sejam atravessados momentos ou situações agitadas, a mente tranqüila sempre será mais capaz de buscar e encontrar as melhores alternativas, abreviando esforços e frustrações. Nossas ocupações podem ser adequadamente cumpridas na cadência dos dias, sem a necessidade de nos preocuparmos com o que possa eventualmente deixar de ser feito. O tempo mostrará se o que foi deixado para trás fará ou não falta. Na maioria absoluta das vezes, as pequenas falhas cotidianas não se transformarão em perdas irreparáveis.
Podemos fazer muitas coisas se nos permitirmos dar um passo de cada vez, um após o outro, sem nos desviarmos de metas propostas e procurando sempre a melhor forma possível. Com o pensamento liberto das pressões desnecessárias, conseguimos olhar a vida saboreando suas cores, seus sabores e principalmente estabelecendo importância adequada a cada momento.
A tranqüilidade é o fruto maduro de uma atitude de viver caprichosamente germinada nos pequenos atos e nas situações banais do dia a dia. Tranqüilidade se cultiva, com zelo e cuidado persistentes; não se compra pronta e nem se engole em cápsulas. Quando se alcança tal equilíbrio, se descobre uma serenidade profunda e duradoura, jamais conquistada com a química dos remédios.
Retornando às palavras iniciais de Crosbie, o que importa na vida é o modo como fazemos as coisas, independente de serem simples ou complexas; rotineiras ou não. O fundamental é caprichar, fazer bem feito e, como a pressa sempre foi inimiga da perfeição, manter sempre a calma e a preservar a tranqüilidade.

A crônica acima foi publicada inicialmente na edição de 15 de maio de 2010 do jornal "Agora", em Rio Grande, RS.



COMO ALCANÇAR A PAZ MENTAL

Não é uma coisa indesejável para a mente desaparecer no silêncio, estar imóvel e livre de pensamentos, uma vez que, ao silenciar-se a mente é quando se produz a descida completa de uma vasta paz procedente do Alto e, nesta vasta tranqüilidade, a realização do Eu silencioso que está em cima da mente estendido por todas as partes em sua imensidão.

O que ocorre somente, é que, quando há paz e silêncio mental, a mente vital trata de precipitar-se para ocupar o lugar, se bem que a mente mecânica tenta, ao mesmo tempo, com o mesmo propósito, fazer surgir sua gama de pensamentos habituais e triviais.

O que se deve fazer é ter o cuidado de recusar e calar esses intrusos de modo que, ao menos, durante a meditação, a paz e o sossego da mente o do ser vital sejam completos. A melhor maneira de conseguir fazê-lo é mantendo uma vontade forte e silenciosa.

Esta vontade é a vontade da alma detrás da mente; quando a mente está em paz, quando permanece em silêncio, pode perceber-se a presença da alma, também silenciosa, separada da ação da natureza. Manter a calma, ser firme e arraigado no espírito, possuir este sossego da mente, esta separação entre a Alma interior e a energia é muito útil, quase indispensável.

Porém não é possível manter a calma e estar centrado no espírito enquanto o ser está sujeito ao turbilhão de pensamentos ou dos movimentos vitais. Desapegar-se, apartar-se deles, senti-los separados de si, é indispensável. Uma grande onda (ou um mar) de calma e a consciência constante de uma vasta luminosa Realidade, tal é precisamente o caráter da realização fundamental da Verdade suprema em seu primeiro contato com a mente e a alma.

Não se pode pedir um melhor começo nem melhor fundamento; é como uma grande pedra sobre a qual se pode construir o resto. Isso significa certamente, não só uma presença, senão “a Presença”, e constituirá um grande erro debilitar a experiência por uma falta de aceitação ou por alguma dúvida sobre seu caráter.

Não é necessário defini-la, nem é conveniente tratar de configurá-la numa imagem; porque esta Presença é infinita em sua natureza. Tudo aquilo que tenha que manifestar ou exteriorizar de si mesma, o fará inevitavelmente por seu próprio poder, se existe uma aceitação sustentada. Em verdade, sem dúvida alguma, que é uma graça enviada, e a única maneira de responder a uma graça tal é aceitá-la com gratidão e, mantendo-se aberto, permitir ao Poder que tenha tocado a consciência desenvolver o ser no que tenha que ser desenvolvido.

A transformação total da natureza não pode fazer-se num momento; requer necessariamente muito tempo e se produz por etapas; a experiência atual é somente o início, um fundamento para a nova consciência na qual será possível a transformação. A espontaneidade automática da experiência deve demonstrar por si mesma que não tem nada que ver com uma construção da mente, da vontade ou das emoções; que procede de uma Verdade que está mais além dessas coisas.

Recusar as dúvidas implica, com toda certeza, haver alcançado o controle de nossos próprios pensamentos. Porém, o fato de controlar nossos pensamentos é tão necessário, na yoga e fora da yoga, como o domínio de nossas paixões e de nossos desejos vitais e o controle dos movimentos de nosso corpo.

Não é possível sequer alcançar o nível de um ser mental plenamente desenvolvido se não se é capaz de dominar os próprios pensamentos, se não se é sua própria testemunha, seu juíz e seu amo, da alma mental. Não é menos inconveniente ao ser mental do que ser como uma bola de tênis submetida ao impacto dos pensamentos desordenados e incontroláveis, que ser como um barco á deriva em meio a tempestade das paixões e dos desejos, ou um escravo da inércia ou dos impulsos do corpo.

Já sei que controlar os pensamentos é mais difícil, porque o homem, por ser primordialmente uma criatura de energia mental, se identifica a si mesmo com os movimentos de sua mente e não pode, de repente, dissociar-se e permanecer à margem e livre dos redemoinhos e turbulências da torrente mental.

É relativamente fácil para ele exercer um controle sobre seu corpo, ao menos sobre uma certa parte de seus movimentos. É-lhe menos fácil, porém, ainda que perfeitamente possível por meio duma luta efetiva, estabelecer um domínio mental sobre seus impulsos e desejos vitais; porém, sentar-se em cima do torvelinho de seus pensamentos, como o Iogue sobre o rio, é menos fácil. Não obstante, também é possível.

Todos são homens mentalmente desenvolvidos, aqueles que sobrepassam ao término médio, de algum modo, ou a menos num determinado tempo e para certo propósito, tenham tido que separar as duas partes da mente, a parte ativa que é uma fábrica de pensamentos e a parte sossegada e soberana que é uma Testemunha e uma Voluntária, observando os pensamentos julgando-os, recusando-os, eliminando-os e aceitando-os, ordenando correções e mudanças.

O Iogue vai ainda mais longe. Não somente é o senhor de si, como permanecendo de alguma maneira na mente, consegue escapar da mesma sem por assim dizer, e se situa por cima e completamente por trás. Para ele a imagem da fábrica de pensamentos já não é completamente válida; posto que vê como os pensamentos nos vêem de fora da Mente universal ou da Natureza universal, às vezes formados e distintos, às vezes informes e embrionários, em cujo caso recebem forma em alguma parte dentro de nós.

A tarefa principal de nossa mente consiste em responder, favoravelmente com aceitação, ou negativamente com repulsa, a essas ondas de pensamentos, ou em dar forma mental pessoal à substância dos pensamentos procedentes da Natureza-Força circundante.

Sri Aurobindo




MIT aponta tendências para o futuro

 
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