Lá estava eu com minha família, em férias, num acampamento isolado e com
carro enguiçado.
Isso aconteceu há 5 anos, mas lembro-me como se fosse ontem.
Tentei dar a partida no carro. Nada...
Caminhei para fora do acampamento e felizmente meus palavrões foram
abafados pelo barulho do riacho.
Minha mulher e eu concluímos que éramos vítimas de uma bateria arriada.
Sem alternativa, decidi voltar á pé até a vila mais próxima e procurar
ajuda.
Depois de uma hora e um tornozelo torcido, cheguei finalmente a um posto
de gasolina.
Ao me aproximar do posto, lembrei que era domingo e é claro, o lugar
estava fechado...
Por sorte havia um telefone público e uma lista telefônica já com as
folhas em frangalhos.
Consegui ligar para a única companhia de auto-socorro que encontrei na
lista, localizada a cerca de 30km dali....
- Não tem problema, disse a pessoa do outro lado da linha, normalmente
estou fechado aos domingos, mas posso chegar aí em mais ou menos meia
hora.
Fiquei aliviado, mas ao mesmo tempo consciente das implicações
financeiras que essa oferta de ajuda me causaria.
Logo seguíamos, eu e o Zé, no seu reluzente caminhão-guincho em direção
ao acampamento.
Quando saí do caminhão, observei com espanto o Zé descer com aparelhos
na perna e a ajuda de muletas para se locomover.
Santo Deus ! Ele era paraplégico !!!
Enquanto se movimentava, comecei novamente minha ginástica mental em
calcular o preço da sua ajuda.
- É só uma bateria descarregada, uma pequena carga elétrica e vocês
poderão seguir viagem, disse-me ele.
O homem era impressionante, enquanto a bateria carregava, distraiu meu
filho com truques de mágica, e chegou a tirar uma moeda da orelha,
presenteando-a ao garoto.
Enquanto colocava os cabos de volta no caminhão, perguntei quanto lhe
devia.
- Oh! nada - respondeu, para minha surpresa.
- Tenho que lhe pagar alguma coisa, insisti.
- Não, reiterou ele.
Há muitos anos atrás, alguém me ajudou a sair de uma situação muito
pior, em um grave acidente, quando perdi as minhas pernas, e o sujeito
que me socorreu, simplesmente me disse :
- Quando tiver uma oportunidade, "Passe isso adiante".
Eis minha chance... Você não me deve nada !
Apenas lembre-se : Quando tiver uma oportunidade semelhante, faça o
mesmo...
"Somos todos anjos de uma asa só, mas, como somos imperfeitos,
precisamos nos abraçar para alçar vôo"
Se Você gostou dessa história, por favor, não agradeça, apenas "passe
adiante"..... !!!
Estava sentada em uma
sala de um hotel, um lugar tranquilo rodeado de flores. E eu estava
vendo uma desesperada luta
entre a vida e a morte, acontecendo com uma borboleta que gastava as
suas ultimas energias tentando voar para fora da sala: tentava
inutilmente
voar através do vidro da vidraça. É triste contar a comovente história
da estratégia da borboleta: ela insiste, mas não funciona, pois os seus
desesperados esforços não oferecem nenhuma esperança para a sua
sobrevivência. Ironicamente, a luta é parte da armadilha. É impossível
para a
borboleta, mesmo tentando arduamente, conseguir ter sucesso, ou seja,
quebrar o vidro. No entanto, esse pequeno inseto apostou sua vida para
alcançar seu objetivo através da determinação de um esforço errado.
Esta borboleta está
condenada. Ele vai morrer lá no peitoril da janela. Do outro lado da
sala, há alguns metros a porta está
aberta. Dez segundos de tempo de voo e esta pequena criatura poderia
alcançar o mundo exterior que tanto procura. Com apenas um pequeno
esforço,
que agora está sendo desperdiçado, poderia estar livre desta armadilha
que ela mesma criou. A possibilidade da descoberta está lá. Seria tão
fácil.
Por que não tentar voar com uma outra abordagem, algo radicalmente
diferente? Como é que ela ficou tão obstinada com a ideia de que este
específico
trajeto lhe oferece a melhor oportunidade para o sucesso?
Que lógica há em
continuar até a morte buscando uma solução para o meu problema? Sem
dúvida, esta abordagem faz sentido. Mas,
lamentavelmente, é uma ideia que vai matá-la. Tentar a coisa mais
difícil não é, necessariamente, a solução mais eficaz. Esta visão não
oferece
qualquer promessa real de conseguir o que se quer da vida. Às vezes, na
verdade, é uma grande parte do problema. Se você aposta todas as suas
esperanças numa única alternativa, você pode matar as suas chances de
sucesso.
Cartas, relatórios e imagens do acervo de Oswaldo Cruz estarão ao
alcance de alguns cliques
Cristina Romanelli
1/9/2011
Quando ainda se buscava desenvolver um soro contra a peste bubônica,
era comum os pesquisadores sofrerem com os efeitos colaterais e os
acidentes provocados por seus estudos. Muitas dessas experiências do
início do século XX foram registradas em cartas trocadas pelo
sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917) com outros cientistas. O material
faz parte do fundo Oswaldo Cruz, reconhecido como patrimônio da
humanidade pela Unesco. Guardado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
ele inclui cadernos de aulas, artigos científicos e outros documentos
que estão sendo digitalizados. Cerca de 80 mil imagens estarão na
internet até janeiro de 2012.
No site da Casa de Oswaldo Cruz (COC), unidade da Fiocruz responsável
por conservar o acervo, há informações sobre os documentos e algumas
imagens. “Esse material foi doado em grande parte pela família de
Oswaldo Cruz. Só correspondências, são mais de mil trocadas com a mulher
dele e com Vital Brazil, por exemplo”, conta Maria da Conceição Castro,
chefe do Serviço de Arquivo Histórico do Departamento de Arquivo e
Documentação da COC.
Um dos pesquisadores que se beneficiou do material foi o cientista
social Jorge Augusto Carreta, da PUC de Campinas: “As cartas são
essenciais, pois revelam que ainda havia muita insegurança nas pesquisas
do soro antipestoso”, diz. Segundo ele, a digitalização vai ser
proveitosa para estudiosos que não moram no Rio de Janeiro, já que quase
não há material sobre o sanitarista em outro local.
Filme de 1997, com Jack Nicholson, Helen Hunt e Greg Kinnear. Melvin Udall (Nicholson), é um escritor com transtorno obsessivo compulsivo, chato, arrogante. Ele almoça todos os dias no restaurante, onde Carol (Hunt) é garçonete. Ela tem um filho com asma, e se desdobra para cuidar dele. Simon Bishop (Kinnear), é um artista homosexual, vizinho de Melvin, ele tem um cachorrinho, o pequeno Verderll. Estes 3 estranhos, vão ficar mais amigos do que imaginam. Simon, tem o seu apartamento assaltado, e o cachorrinho fica uns dias com Melvin, que começa a mudar o seu comportamente. Excelente filme de James L. Brooks, vencedor de 2 oscar (melhor ator e atriz a Jack Nicholson e Helen Hunt), e indicado aos oscar de Melhor ator coadjuvante (Greg Kinnear) Melhor filme, Melhor roteiro original, melhor trilha sonora e melhor edição.
Neurose obsessiva ou TOC; Transt. Obsessivo
Compulsivo
TOC-O que é isso?
Vídeo explicativo sobre o Transtorno Obsessivo Compulsivo, com cenas e
imagens relacionados.
TOC - Transtorno Obsessivo
Compulsivo
TOC é um problema que atrapalha muito a vida de quem tem. Existe uma
sofrimento muito grande, além de dificultar o desenvolvimento da pessoa.
Saiba
o que é e como tratar.
TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) - Curta - parte 1
TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) - Curta - parte 2
TCC do curso de fotografia, um curta sobre o TOC. Esse vídeo foi
realizado com orçamento zero, com a ajuda de Márcia Heringer, Carlos
Gomes, Greisson Dutra, Cláudio Passamani, Jean Mariano e Míriam Lewer. O
TOC é uma doença séria, mas que pode se manisfestar de forma sutil. A
intenção do vídeo foi mostrar que o TOC pode estar muito próximo de cada
um de nós. Na verdade o que percebo é que todos nós temos um certo
nível de TOC.
TOC
(manias) Sem Censura - Ana Beatriz Silva - Pt.1/2
TOC
(manias) Sem Censura - Ana Beatriz Silva - Pt.2/2
Entrevista com a médica psiquiatra Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva sobre o
Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), popularmente conhecido como
"manias". Tema do livro de sua autoria Mentes & Manias. Programa:
Sem Censura - TVE - exibido em março/2005. 1ª parte. Apresentação:
Leda Nagle Site da Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva; www.medicinadocomportamento.com.br Youtube:
www.youtube.com.br/anabeatrizbsilva
SINOPSE Você vive
lavando as mãos, tem mania de limpeza, não se cansa de checar tranca das
portas, janelas e os botões do fogão, costuma pular linhas na calçada e
se incomoda quando vê algo fora do lugar? Talvez esses sejam apenas
comportamentos que as pessoas rotulam de esquisitices, mas se passarem
da conta, tornando-se tão obrigatórios a ponto de você perder muito
tempo com eles, pode ser um indício de Transtorno Obsessivo Compulsivo
(TOC), doença que atinge 4% da população. Em Mentes & Manias a
Dra. Ana Beatriz Barbosa Silva aborda o intrigante universo das pessoas
obsessivas e compulsivas, mostrando que, longe de ser apenas uma
esquisitice, o TOC pode causar sofrimento e prejuízos se não for
tratado. Felizmente, as pessoas com TOC podem buscar a superação de suas
dificuldades e assim atingir uma condição de bem-estar em que seus
desejos de organização e capricho saiam do plano das idéias e ganhem o
mundo real.
O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) ou distúrbio
obsessivo-compulsivo (DOC) é um transtorno de ansiedade
caracterizado por pensamentos obsessivos e compulsivos no qual o
indivíduo tem comportamentos considerados estranhos para a sociedade ou
para a própria pessoa; normalmente trata-se de ideias exageradas e
irracionais de saúde, higiene, organização, simetria,
perfeição ou manias e "rituais" que são
incontroláveis ou dificilmente controláveis.
O transtorno obsessivo-compulsivo é considerado o quarto diagnóstico
psiquiátrico mais frequente na população.
De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano
2020 o Transtorno Obsessivo-Compulsivo estará entre as dez causas mais
importantes de comprometimento por doença.
Além da interferência nas atividades, os sintomas obsessivo-compulsivos
(SOC) causam incómodo e angústia aos pacientes e seus familiares.
Apesar de ter sido descrito há mais de um século, e dos vários estudos publicados até o momento, o Transtorno
Obsessivo-Compulsivo ainda é considerado um "enigma". Questões como a
descoberta de possíveis fatores etiológicos, diversidade de sintomas e
como respondem aos tratamentos continuam sendo um desafio para os
pesquisadores.
Estudos indicam que uma das dificuldades para encontrar essas
respostas deve-se ao caráter heterogêneo do transtorno. Vários estudos
têm apontado para a importância da identificação de subgrupos mais
homogêneos de pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo. Esta
abordagem visa a buscar fenótipos mais específicos que possam dar pistas
para a identificação dos mecanismos etiológicos da doença, incluindo
genes de vulnerabilidade e, por fim, o estabelecimento de abordagens
terapêuticas mais eficazes.
Alguns subtipos de Transtorno Obsessivo-Compulsivo têm sido
propostos. Dentre eles, dois subtipos bastante estudados correspondem
aos pacientes com início precoce dos Sintomas Obsessivo- Compulsivos.
e o subtipo de Transtorno Obsessivo-Compulsivo associado à presença de
tiques e/ou síndrome de Tourette (ST)
Esses dois subgrupos de pacientes apresentam características clínicas,
neurobiológicas, de neuroimagem, genéticas e de resposta aos tratamentos
distintos e que os diferenciam de outros pacientes. É importante
ressaltar também que esses dois subtipos apresentam características
semelhantes, o que dificulta a interpretação de sua natureza, ou seja,
torna-se difícil diferenciar se as características encontradas são
devido ao início precoce dos Sintomas Obsessivo- Compulsivos ou à
presença de tiques.
Lavar as mãos constantemente caracteriza obsessão por higiene, um dos
sintomas mais comuns do TOC.
Compulsão é um comportamento consciente e repetitivo, como contar,
verificar ou evitar um pensamento que serve para anular uma obsessão.
Outros exemplos de compulsão são o ato de lavar as mãos ou tomar banho
repetidamente, conferir reiteradamente se esqueceu algo como uma
torneira aberta ou a porta de casa sem trancar. Deve-se deixar claro
porém que para que esses comportamentos sejam considerados compulsivos,
devem ocorrer em uma frequência bem acima do necessário diante de
qualquer padrão de avaliação.
Acomete 2 a 3% da população geral. A idade média de início costuma
ser por volta dos 20 anos e acomete tanto homens como mulheres. Depressão Maior e Fobia Social
podem acometer os pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo ao longo da vida.
The Aviator - Trailer - HQ
Trailer for Martin Scorsese's film starring Leonardo DiCaprio, Cate
Blanchett, Kate Beckinsale, John C. Reilly, Alec Baldwin, Alan Alda,
Jude Law, Ian Holm, Danny Huston, Gwen Stefani, Adam Scott, Matt Ross,
Willem Dafoe, Kelli Garner, Frances Conroy, Brent Spiner, Stanley
DeSantis, Edward Herrmann, Rufus Wainwright, Loudon Wainwright III,
Kevin O'Rourke, Vincent Laresca,
Sintomas
Frequentemente as pessoas acometidas por este transtorno escondem de
amigos e familiares essas ideias e comportamentos, tanto por vergonha
quanto por terem noção do absurdo das exigências autoimpostas. Muitas
vezes desconhecem que esses problemas fazem parte de um quadro
psicológico tratável e cada vez mais responsivo a medicamentos
específicos e à psicoterapia. As obsessões
tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de
compulsões a reduz. Porém, se uma pessoa resiste a realização de uma
compulsão ou é impedida de fazê-la surge intensa ansiedade. A pessoa
pode perceber que a obsessão é irracional e reconhecê-la como um produto
de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como
algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento. Pode
ser um problema incapacitante porque as obsessões podem consumir tempo
(muitas horas do dia) e interferirem significativamente na rotina normal
do indivíduo, no seu trabalho, em atividades sociais ou relacionamentos
com amigos e familiares.
Epidemiologia
Estudos epidemiológicos recentes, realizados em diferentes países,
mostraram que o Transtorno obsessivo-compulsivo tem uma prevalência
atual em torno de 1,0%.
Em uma revisão sobre epidemiologia
realizada por Torres e Lima (2005)apontou uma prevalência de 2,0 a 2,5% ao longo da vida.
Esses dados atuais são bastante diferentes dos dados publicados em
meados do século XX, quando, por exemplo, Rudin (1953)
relatou uma prevalência do Transtorno obsessivo-compulsivo em torno de
0,05%. Foi apenas na década de 1980 que outros estudos foram feitos, com
instrumentos de avaliação estruturados e critérios diagnósticos
específicos, e a prevalência do Transtorno obsessivo-compulsivo foi
reavaliada. Por exemplo, no estudo epidemiológico americano
Epidemiologic Catchment Area (ECA), nos Estados Unidos, a prevalência
anual do Transtorno obsessivo-compulsivo foi de 1,5%, e ao longo da
vida, de 2 a 3%.
Os estudos de prevalência no Brasil
ainda são insuficientes e pouco representativos. Uma prevalência de 0,9%
e 0,5% entre homens e mulheres,
respectivamente, foi encontrada em Brasília,
e da mesma forma, de 1,7% e 2,7% em Porto
Alegre.
Andrade e colaboradores (2002)
estimaram a prevalência ao longo da vida de 0,3% (0,3% em homens e 0,4%
em mulheres).
A partir desses estudos com metodologia mais cuidadosa, foi possível
demonstrar que o Transtorno obsessivo-compulsivo é um transtorno comum
na população em geral, inclusive em crianças.
Estima-se que um terço dessas taxas nos estudos sejam crianças e/ou adolescentes,
e que cerca de 50% dos adultos com Transtorno obsessivo-compulsivo
tenham apresentado o início dos TOC na infância.
Referente à prevalência do Transtorno obsessivo-compulsivo nos
diferentes sexos, a apresentação tem um perfil bimodal de acordo com a
idade de início do quadro, sendo que o sexo masculino estaria mais
associado ao início mais precoce dos sintomas e à presença de tiques. No
estudo de Swedo e colaboradores (1989),
mais de 70% da amostra de crianças com Transtorno obsessivo-compulsivo
eram do sexo masculino. Este número praticamente se iguala com um
aumento da incidência do sexo feminino na adolescência, chegando a uma
proporção de 1:1 na idade adulta.
Assim sendo, de acordo com esses dados, o Transtorno
obsessivo-compulsivo representa um transtorno de extrema importância
para a saúde pública. Além de bastante frequente, o Transtorno
obsessivo-compulsivo apresenta altas taxas de comorbidade com outros
transtornos psiquiátricos. Em uma pesquisa recente avaliando 8.580
indivíduos, Torres e colaboradores (2006)
encontraram 114 portadores de Transtorno obsessivo-compulsivo, e
destes, 62% tinham alguma comorbidade.
Essas taxas chegam a 89%.
Este perfil bimodal de distribuição das prevalências de Transtorno
obsessivo-compulsivo, com dois picos distintos, sendo um na infância,
com incidência maior no sexo masculino, e outro na adolescência, com
incidência maior no sexo feminino (igualando a prevalência na idade
adulta), reforçou a ideia de que o Transtorno obsessivo-compulsivo é um
transtorno heterogêneo e que o início precoce do quadro poderia
subdividir os pacientes em um subgrupo mais homogêneo.
Elektra (2005) - Official
Trailer
"Elektra" is a 2005 Action film directed by Rob Bowman. Starring
Jennifer Garner, Terence Stamp, Kirsten Prout, Goran Visnjic, Will Yun
Lee and Cary-Hiroyuki Tagawa. The film follows Elektra, resurrected
after her 'death' in 2003's "Daredevil" as she becomes a killer for hire
by the Hand. But when she refuses to kill her newest targets, a single
father and his rebellious daughter, Elektra turns the tables and aids
the two in evading the Hand.
Características
clínicas
O diagnóstico é clínico, ou seja com base nos sintomas
do paciente.
De acordo com a quarta edição do Manual Diagnóstico e Estatístico da
Associação Psiquiátrica da América (DSM-IV), o transtorno
obsessivo-compulsivo é um transtorno crônico caracterizado pela presença
de obsessões e/ou compulsões, que consomem ao menos uma hora por dia, e
causam sofrimento ao paciente e/ou seus familiares.]
O Código Internacional de Doenças, da Organização Mundial de Saúde, 10a
edição, CID-10
apresenta os mesmos critérios diagnósticos, exceto pelo fato de que o
CID- 10 exige que as obsessões e/ou compulsões estejam presentes na
maioria dos dias por um período de no mínimo duas semanas. Tanto no
DSM-IV quanto no CID-10 não existem diferenças nos critérios para o
diagnóstico de crianças, adolescentes e adultos.
Obsessões podem ser definidas como ideias, imagens ou pensamentos que
invadem a mente do indivíduo, independentemente da sua vontade. Causam
incômodo, desconforto ou sofrimento para a pessoa, que embora perceba o
seu caráter irracional, dificilmente tem sucesso em conseguir
afastá-las.
Algumas obsessões em casos mais sérios podem ser pensamentos e impulsos
de fazer alguma atrocidade indesejável, como agredir crianças, atingir
alguém com algo e quebrar objetos de valor, causando medo de que se
possa perder o controle.
Compulsões podem ser definidas como comportamentos e/ou atos mentais
repetitivos e estereotipados que o indivíduo é levado a executar
voluntariamente para reduzir a ansiedade ou mal-estar causado por uma
obsessão ou para prevenir algum evento temido. O indivíduo também
reconhece o caráter irracional do comportamento, apesar de dificilmente
conseguir evitar sua ocorrência.
Os temas das obsessões relatados pelos pacientes são variados, já que
estas podem ser criadas a partir de qualquer substrato que possa
aparecer na mente, sejam palavras, imagens, cenas, sons, preocupações e
medos. Dessa forma, não existem limites para a variedade possível do
conteúdo das obsessões.
Apesar disso, alguns temas são considerados como mais frequentes, tais
como: obsessões com temas de contaminação, de agressão,
pensamentos religiosos, sexuais,
obsessões com simetria e com colecionismoAs compulsões também podem variar bastante. Entre as mais frequentes,
podemos citar: rituais de limpeza, de verificação, de repetição, de
contagem, colecionismo e ordenação, e arranjo.Alguns exemplos de compulsões que muitas vezes são difíceis de serem
identificadas são os rituais mentais e os comportamentos de evitação.
Rituais mentais são atos mentais, ou rituais que se fazem internamente,
"na cabeça", tais como rezar ou pensar um pensamento bom para anular um
pensamento ruim. Comportamentos de evitação são realizados pelo paciente
com o objetivo de não entrar em contato com o objeto ou situação
temida. Por exemplo, o indivíduo evita tocar em lugares que considera
sujos, ou evita olhar para lugares que possam desencadear obsessões.
O início dos sintomas pode ser agudo ou insidioso, não havendo um
padrão de evolução determinado. O quadro do transtorno
obsessivo-compulsivo frequentemente inicia-se apenas com uma obsessão
e/ou compulsão, havendo posteriormente uma sobreposição dos sintomas.
O curso da doença tende a ser crônico, com baixas taxas de remissão
completa, como demonstram estudos de seguimento. A presença de comorbidades costuma ser mais uma regra do que uma
exceção. De acordo com o Epidemiologic Catchment Area - ECA, 75% dos
portadores de transtorno obsessivo-compulsivo apresentam pelo menos um
diagnóstico psiquiátrico associado.
A qualidade de vida dos portadores de transtorno obsessivo-compulsivo
fica comprometida com o grau de sofrimento e a interferência que este
causa, também pelo seu caráter crônico. Na literatura existem poucos
estudos que avaliam a qualidade de vida dos portadores do transtorno
obsessivo-compulsivo, com destaque o estudo de Hollander (1997),
com 701 pacientes, o qual analisou a interferência do transtorno
obsessivo-compulsivo em três áreas psicossociais. A baixa autoestima foi
relatada por 92% da amostra, e 63% dos pacientes referiram melhora da
qualidade de vida após o tratamento. Em uma revisão recente sobre
qualidade de vida, Niederauer e colaboradores (2006)
concluíram que estudos que avaliaram o impacto do transtorno
obsessivo-compulsivo na qualidade de vida dos portadores, apontam para
prejuízos significativos em diversos aspectos da vida, mas em especial
nas relações sociais e familiares e no desempenho ocupacional.
Tratamento
O tratamento deve ser individualizado, dependendo das características
e da gravidade dos sintomas que o paciente apresenta. Em linhas gerais,
contudo, utiliza-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou
cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico às
vezes, em doses bem mais elevadas que as utilizadas no tratamento da depressão. Entre os fármacos preconizados,
destacam-se os Inibidores da Recaptação de Serotonina (IRS), tanto os
seletivos como os não seletivos. A Clomipramina
é a droga padrão-ouro, e muitos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina
(ISRS), como fluoxetina, sertralina e paroxetina, são
utilizados com boa eficácia.
Heterogeneidade do TOC
Atualmente, ambos os manuais de classificação diagnóstica - DSM-IV e CID-10 - abordam e descrevem o transtorno
obsessivo-compulsivo como uma entidade única. Apesar disso, vários
estudos apontam para o fato de que os sintomas
são marcadamente diversos, e sua expressão clínica pode variar entre os
pacientes, e até no mesmo portador ao longo dos anos.
Esta variabilidade na expressão fenotípica
reforça a ideia de que o transtorno obsessivo-compulsivo seja mesmo um
transtorno heterogêneo, não apenas do ponto de vista clínico, mas também
em relação aos fatores etiológicos e de resposta ao tratamento
Já em 1970,
os autores Robins e Guze
propõem que o avanço no entendimento dos transtornos
psiquiátricos é mais provável de ocorrer se trabalharmos com grupos
mais homogêneos. Afirmam que:
Subgrupos de diagnósticos mais homogêneos fornecem a melhor base
para estudos de etiologia, patogênese e tratamento. O papel da
hereditariedade, interações familiares, inteligência, educação e fatores
sociais são mais simplesmente, diretamente e confiavelmente estudados
quando o subgrupo estudado é o mais homogêneo possível.
Essa heterogeneidade dificulta a interpretação dos resultados das
pesquisas. Um possível caminho para superar esta dificuldade seria
identificar componentes específicos do fenótipo, reforçando a
necessidade da busca por subgrupos mais homogêneos de pacientes. A
identificação de subgrupos mais homogêneos de pacientes com o transtorno
e a correta identificação de fenótipos que sejam hereditários e válidos
do ponto de vista genético, são etapas fundamentais e necessárias para
se conseguir localizar e caracterizar os genes de susceptibilidade do
transtorno obsessivo-compulsivo, assim como para identificar fatores de
risco e de proteção, e o desenvolvimento de estratégias mais eficazes de
tratamento.
A heterogeneidade do transtorno obsessivo-compulsivo é reconhecida
desde sua descrição mais antiga pelos clínicos.
Como citado por Hantouche e Lancrenon (1996) e Mataix-Cols (2006);,
em 1866
Falret já dividia a síndrome em dois subtipos: folie du doute e délire
du toucher. Outros autores propuseram subdividir o transtorno
obsessivo-compulsivo em classificações de subgrupos mais homogêneos e
mutuamente exclusivos: início precoce versus início tardio dos sintomas associado à presença de tiques versus não tiques (Pauls e cols., 1986);
lavadores versus verificadores;
impulsivos versus não impulsivos;
infecção por estreptococo versus não infecção;
sexo masculino versus sexo feminino;
colecionadores versus não colecionadores,
entre outros. De todos os subgrupos estudados, os de pacientes com
transtorno obsessivo-compulsivo de início precoce dos sintomas e o
transtorno obsessivo-compulsivo associado à presença de tiques são os
que têm recebido bastante atenção na literatura e são foco do presente
estudo.
As tentativas de subdivisão do fenótipo de transtorno
obsessivo-compulsivo poderiam ser agrupadas em abordagens categoriais e
abordagens dimensionais.
Abordagem dimensional
Abordagens dimensionais têm sido utilizadas para caracterizar com
mais precisão as diferenças clínicas encontradas entre os pacientes.
O objetivo desta abordagem é a identificação de dimensões de sintomas
obsessivo-compulsivos. Além do transtorno obsessivo-compulsivo, outros
transtornos também têm se beneficiado com esta abordagem, como por
exemplo, transtornos de humor,
transtornos alimentares,
síndrome de Tourette,
transtornos
de aprendizagem (Grigorento e cols., 1997) e esquizofrenia.
A abordagem dimensional dos sintomas foi descrita em mais de 20
estudos até o momento, envolvendo mais de 3.000 pacientes na área do
transtorno obsessivo-compulsivo; o primeiro estudo foi realizado por
Baer, em 1994.
Os resultados encontrados em várias análises fatoriais realizadas até o
momento descreveram de três a cinco dimensões de sintomas, que chegaram
a explicar 70% da variância.
A consistência destas dimensões é considerável, mesmo que os
instrumentos utilizados para avaliar os sintomas tenham sido diferentes.
Além disso, as dimensões de fatores encontrados são semelhantes em
adultos e crianças. A abordagem dimensional ganhou amplo espaço na
literatura para avançar no conhecimento que a abordagem categorial tem
trazido. De todos os estudos, os fatores já bem replicados são:
contaminação/lavagem; ordem/simetria e colecionismo.
De acordo com Leckman (2006), dados preliminares indicam que a
abordagem dimensional dos sintomas pode ter um valor heurístico para
estudos genéticos, de neuroimagem e de resposta ao tratamento, além de
sua importância para a clínica. No transtorno obsessivo-compulsivo, os
estudos genéticos têm reportado que o uso da abordagem dimensional pode
trazer pistas importantes para detectar os genes de vulnerabilidade que
podem contribuir para a apresentação heterogênea do transtorno.
Uma implicação direta na vida do paciente é que cada vez mais,
pesquisadores e clínicos, estão desenvolvendo tratamentos específicos
para cada tipo de dimensão
Alguns pontos são importantes para serem discutidos dentro da
abordagem dimensional: a maioria dos estudos que investigaram dimensões
ou fatores foi conduzida baseada em categorias de sintomas,
especialmente pela escala Y-BOCS, e por meio de recursos estatísticos,
chegaram-se às dimensões descritas acima. A análise fatorial é a técnica
mais utilizada para a obtenção destes fatores e baseia-se em técnicas
"arbitrárias". Além disso, os instrumentos utilizados para estas
análises não foram desenvolvidos para medir a quantificação dos
sintomas, pois se baseiam em categorias, à priori. Outra questão
importante refere-se às amostras a partir das quais foram realizadas
estas análises fatoriais: eram muito pequenas para se trabalhar com esta
abordagem estatística, o que limita bastante os resultados
encontrados,.
Também vale apontar que apenas um estudo
dentre vários que investigaram os fatores, utilizou-se dos itens
contidos em "miscelânea", e assim, importantes sintomas (exemplo
"superstições" ou "dúvidas obsessivas"), são também subestimados na
composição dos mesmos.
Embora estes pontos sejam importantes para serem refletidos, os
resultados encontrados nos estudos com abordagem dimensional foram
replicados em diferentes amostras e têm demonstrado estabilidade ao
longo do tempo.
Outros estudos se aprofundaram no tema e trouxeram contribuições
importantes. Por exemplo, estudos genéticos familiares também
investigaram dimensões de sintomas. O primeiro estudo familiar foi
realizado por Alsobrook e colaboradores (1999)
e encontrou familiares de probandos com escores altos nas dimensões de
simetria/ordem com maior risco de desenvolver transtorno
obsessivo-compulsivo. Em 2005, Hanna e colaboradores
replicaram este achado encontrando 45% dos familiares dos probandos com
sintomas de simetria/ordem com diagnóstico de transtorno
obsessivo-compulsivo ou transtorno obsessivo-compulsivo subclínico. Com
relação à resposta ao tratamento, escores altos na dimensão de
colecionismo foram associados à pior resposta a inibidores seletivos de
recaptação de serotonina (ISRS), terapia cognitivo-comportamental (TCC) e
ISRS + TCC comparado a outras dimensões
Erzegovezi e cols., 2001;.
Escores altos na dimensão sexual/religioso foram também associados com a
pior resposta à combinação de terapia cognitivo-comportamental mais
inibidores seletivos de recaptação de serotonina no estudo de Alonso e
colaboradores (2001),
e pior resposta a terapia cognitivo-comportamental.
Esta dimensão também se mostrou mais saliente nos pacientes com
transtorno obsessivo-compulsivo refratário a todos os tratamentos
convencionais.
Desta forma, a abordagem dimensional dos sintomas pode contribuir com
a investigação de transtornos heterogêneos, como é o caso do transtorno
obsessivo-compulsivo.
Abordagem categorial
Apesar de a abordagem dimensional ser bastante promissora, os estudos
com esta abordagem ainda não têm o embasamento científico das
abordagens categoriais tentando subdividir pacientes com transtorno
obsessivo-compulsivo de acordo com a idade de início dos sintomas e a
presença de tiques. A abordagem categorial propõe a identificação de
subgrupos específicos de pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo,
mutuamente excludentes. A partir da abordagem categorial, alguns subgrupos de pacientes com
transtorno obsessivo-compulsivo têm apresentado resultados relativamente
consistentes nos estudos, com características clínicas e
fenomenológicas apresentando associação com maior risco familiar.
Dentre estas, pode-se citar o subgrupo de início precoce de sintomas e o
subgrupo de transtorno obsessivo-compulsivo associado a transtornos de
tiques.
Etiologia
A etiologia (causas) do TOC ainda é desconhecida. O TOC é
provavelmente resultante de fatores causais diferentes. Algumas formas
de TOC são familiares e podem estar associadas a uma predisposição
genética. Outras se apresentam como casos esporádicos. Entre os casos
familiares, parte parece estar relacionada aos transtornos de tiques, como
por exemplo a Síndrome de Tourette (ST). O TOC de início precoce está
associado com uma preponderância masculina e um risco aumentado de
transtornos de tiques.
Estudos neuroquímicos (com mensageiros químicos que transmitem os
impulsos nervosos) têm implicado neurotransmissores conhecidos como
monoaminas e neuropeptídeos na fisiopatologia (mecanismo que estabelece a
doença) do TOC, ST, e doenças relacionadas. A principal evidência
disponível relaciona-se com a eficácia bem estabelecida dos Inibidores
Seletivos de Recaptação da Serotonina (ISRS) no tratamento do TOC. A
dopamina (outro neurotransmissor) e substâncias conhecidas como opióides
também têm sido implicados. Recentemente, surgiu a hipótese do excesso
de atividade de um sistema cerebral envolvendo o hormônio ocitocina (OT)
em pacientes com TOC sem tiques. Especula-se que pacientes com TOC
associado à OT podem ser mais responsivos aos ISRS do que os pacientes
com TOC associado a tiques.
Levando-se em conta os diversos estudos de neuroimagem (tomografia e
ressonância magnética), observa-se um padrão de ativação cerebral no TOC
que sugere disfunção de um circuito neural que inclui as seguintes
estruturas cerebrais: córtex órbito frontal, núcleo estriado, córtex
anterior do cíngulo e tálamo. Assim, o funcionamento anômalo de um
circuito que envolve os gânglios da base (caudado), o tálamo
e o córtex
frontal (região órbito frontal), tem sido sugerido como importante na
fisipatologia do TOC.
Existem diversas teorias para explicar o envolvimento desse circuito.
Interessantemente, um grupo da Califórnia liderado por Lewis Baxter,
acreditam que os circuitos cortico-estriato-tálamo-corticais evoluiram
nas diversas espécies animais, no sentido de direcionar a atenção para
as ações necessárias (por exemplo, diante de ameaças), e depois
desencader atitudes para a sua preservação até o perigo ser considerado
como passado. Nesse sentido, sugerem que um déficit no funcionamento do
núcleo caudado levaria a uma filtragem (repressão) inadequada de
preocupações (pensamentos violentos ou medos de contaminação) originadas
no córtex órbito frontal. A ausência de inibição desses pensamentos
pelo caudado teria um papel de reforçar a importância daquela
preocupação indevida, provocando então a necessidade do córtex órbito
frontal desencadear uma ação adaptativa: as compulsões.
TOC com idade de
início precoce dos sintomas
Como já descrito acima, o perfil bimodal de prevalência do transtorno
obsessivo-compulsivo de acordo com o sexo e idade de início dos
sintomas reforçou a ideia de que o transtorno obsessivo-compulsivo de
início precoce poderia representar um subgrupo distinto de pacientes.
É importante ressaltar que não existe consenso na literatura acerca
de qual a idade que poderia ser considerada "início precoce" dos
sintomas. Alguns autores propõem diferentes limiares para estudos
clínicos, genéticos, neurobiológicos e de resposta ao tratamento. Alguns
consideram precoce a idade inferior a sete anos,;
dez anos
outros anterior a 15 anos
e ainda anterior a 18 anos.
Outra controvérsia refere-se à própria definição de idade de início.
Em alguns estudos considera-se como idade de início a idade em que o
paciente ou familiar percebe pela primeira vez qualquer sintomas.Outros consideram idade de início quando o paciente apresenta prejuízo
ou sofrimento significativo associado ao sintomas.
Rosário-Campos (1998) investigou a hipótese de que a idade de início dos sintomas seria uma
característica determinante para a formação de um subgrupo de pacientes
distintos, independentemente da idade na data da entrevista ou da
presença de comorbidade com tiques. Desta forma, foram avaliadas as
características clínicas e psicopatológicas de 42 pacientes adultos
ambulatoriais. Estes foram divididos em dois grupos, de acordo com a
idade de início dos sintomas, sendo considerado início precoce se
anterior aos 11 anos e início tardio a partir dos 17 anos.
Foram encontrados os seguintes resultados:
Aumento na freqüência de tiques e/ou ST entre os pacientes de início
precoce (48%) em relação ao grupo de início tardio (grupo de início
tardio);
Idade média do início das compulsões menor que a idade média do
início das obsessões (7,8± 1,6 comparado com 9,3± 3,6). No grupo de
início tardio não houve esta diferença, com idades médias para obsessões
e compulsões praticamente iguais (23,9 e 24,0);
Média de pontos na Y-BOCS mais alta no início precoce (30,3) do que
no grupo de início tardio (26,6);
Aumento de freqüência de fenômenos sensoriais precedendo ou
acompanhando as compulsões no início precoce;
Aumento na média de comorbidades no início precoce (3,0) do que no
grupo de início tardio (1,8);
Diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos para
obsessões e compulsões de colecionismo (p=0,05), compulsões de repetição
(p=0,05) e compulsões do tipo tic-like;
Resposta significativamente pior no início precoce ao tratamento de
curto prazo com clomipramina em relação ao grupo de início tardio.
Nesta mesma linha de investigação, Diniz e colaboradores (2004)
estudaram a associação entre idade de início e duração dos sintomas com
comorbidades. Foi encontrado que idade de início precoce dos sintomas
estava associada a transtornos de tiques, enquanto a duração da doença
estava associada a comorbidades como o transtorno depressivo e fobia
social. Novamente os dados evidenciam que o subgrupo de início precoce
dos sintomas apresenta características distintas.
Atualmente, encontram-se na literatura vários estudos que reforçam a
especificidade deste subgrupo. Algumas dessas características
fenotípicas estão resumidas na tabela a seguir:
Características clínicas mais frequentemente encontradas
em pacientes com TOC de idade de início precoce dos sintomas
Características fenotípicas TOC de início precoce dos sintomas
Estudos
Predominância do sexo masculino
Zohar e cols., 1997; Geller e cols., 1998;
Tukel e cols., 2005
Maior número de comorbidades
Geller e cols., 1996
Maior freqüência de transtornos de tiques
Swedo e cols., 1989, 1992; Zohar e cols., 1992; Hanna e cols., 1995;
Leonard e cols., 1995; Miguel e cols., 2001; Rosário-Campos e cols.,
2001; Delorme e cols., 2004; Hemmings e cols., 2004; Chabane e cols.,
2005; Morer e cols., 2006
Maior freqüência de compulsões do tipo tic-like
Riddle e cols., 1990; Rosário-Campos e cols., 2001
Maior gravidade dos sintomas
Rosário-Campos e cols., 2001; Miguel e cols., 2001; Fontenelle e
cols., 2003.
Maior número de compulsões do que de obsessões
Honjo e cols., 1989; Rettew e cols., 1992; Millet e cols., 2004;
Morer e cols., 2006
Maior número de obsessões e compulsões
Sobin e cols., 2000; Fontenelle e cols., 2003; Millet e cols., 2004
Maior freqüência de fenômenos sensoriais
Miguel e cols., 1995, 1997, 2000; Geller e cols., 1998; Rosário-
Campos e cols., 2001
Maior proporção de obsessões somáticas, com simetria e medos
supersticiosos
Sobin e cols., 2000
Maior proporção de compulsões de limpeza, contagem, tocar/esfregar
Sobin e cols., 2000
Outros estudos que reforçam a hipótese do TOC de início precoce
representar um subgrupo específico de pacientes com TOC são os estudos
genéticos nos quais se encontram freqüências aumentadas de TOC e SOC nos
parentes de primeiro grau de crianças com o diagnóstico de TOC, quando
comparados com as freqüências na população em geral e em familiares de
pacientes com início dos SOC após a puberdade;
Gonzalez, 2003; Rosário-Campos e cols., 2005;.
É importante ressaltar que os estudos genéticos também têm reforçado a
hipótese da associação entre TOC e os transtornos de tiques; tanto
estudos familiares de pacientes com tiques relatam freqüências
aumentadas de SOC e TOC em familiares, quanto os estudos de famílias com
TOC relataram taxas aumentadas de tiques nos familiares. Nesses
estudos, formas sub-clínicas do quadro também foram transmitidas e o
início precoce dos SOC nos probandos também aumentava o risco de tiques
e/ou ST em seus familiares de primeiro grau.
Esses achados sugerem que ao menos um subgrupo de pacientes com TOC
teria associação clínica e genética com tiques, e isto reforçou ainda
mais a hipótese do subtipo TOC associado a tiques, descrito a seguir.
TOC associado a tiques
Estudos familiares, estudos com gêmeos e estudos moleculares apontam
para a importância dos fatores genéticos na etiologia do Transtorno
obsessivo-compulsivo e síndrome Tourette (Mercadante e cols., 2004). Um
possível subgrupo de Transtorno obsessivo-compulsivo baseia-se em
evidências de que algumas formas do transtorno são associadas aos tiques
ou síndrome Tourette. Este subgrupo é bastante estudado atualmente e
diferentes estudos demonstram que este subgrupo exibe características
clínicas específicas quando comparado a pacientes com Transtorno
obsessivo-compulsivo sem tiques.
A seguir, uma breve descrição sobre transtornos de tiques:
De acordo com o DSM-IV,
os transtornos de tiques compreendem o transtorno
de tiques transitórios; o transtorno de tiques motores ou vocais
crônicos; e o transtorno de tiques motores e vocais crônicos, conhecido
como síndrome de Gilles de la Tourette (síndrome Tourette);
além de uma categoria residual chamada de transtorno de tiques sem outra
especificação. É necessário que os tiques causem comprometimento no
funcionamento familiar, social, escolar ou profissional. Os transtornos
de tiques, semelhante ao Transtorno obsessivo-compulsivo, acometem os
indivíduos independentemente de raça, religião, estado civil, nível
sócio-econômico e nacionalidade. Em 1993, Apter e colaboradoresencontraram uma taxa de síndrome Tourette de 4,5 por 10.000
adolescentes, lembrando que esses números podem não refletir a realidade
já que nos casos leves ou moderados do transtorno os pacientes não
procuram por atendimento médico. Hornse e colaboradores (2001)
encontraram uma prevalência de 1,85% de síndrome Tourette em escolares
de 13 e 14 anos.
Os tiques são movimentos, sons ou vocalizações repetitivos, abruptos e
estereotipados que envolvem grupos musculares distintos. São
caracterizados pelos clínicos pela sua localização anatômica, número,
freqüência, intensidade e complexidade. A intensidade de um tique pode
ser expressa pela força com que é realizado e assim chamar mais ou menos
atenção. Já a complexidade refere-se a quão simples o movimento ou som é
feito, variando de breve, sem significado, fragmento abrupto (tique
simples), até movimento ou vocalização maior e aparentemente com um
maior significado (tique complexo).
Estes elementos foram incorporados em escalas de avaliações clínicas as
quais mostram proficuidade no monitoramento da gravidade dos tiques.
A síndrome de Tourette é caracterizada pela presença de múltiplos
tiques motores e no mínimo um tique vocal, com início antes dos 18 anos e
duração mínima de um ano. Os tiques não podem estar ausentes por mais
de três meses consecutivos.
Alguns exemplos de tiques motores são: piscar os olhos, chacoalhar os
ombros e balançar a cabeça (tiques simples); expressões faciais
envolvendo mais de um grupo muscular, movimentos com o tronco ou região
do quadril parecendo ter um propósito (tiques complexos). Os tiques
complexos podem ser intencionais, como, por exemplo, tocar em um objeto,
ou não intencionais, como chutar com as pernas de forma repetitiva (The
Tourette Syndrome Classification Study Group, 1993). Exemplos de tiques
vocais são: tossir, pigarrear, fungar, assobiar (tiques
simples); repetir sílabas, falar palavras obscenas, ecolalia,
palilalia
(tiques complexos).
Tiques motores têm início usualmente entre as idades de três a oito
anos com períodos transitórios de piscar de olhos intenso e alguns
outros tiques faciais. Já os tiques vocais podem aparecer com três anos
de idade, mas tipicamente começam após o início dos tiques motores
(Leckman e cols., 1998). Em muitos casos, a gravidade dos tiques atinge
um pico na segunda década de vida e apresenta uma marcada redução por
volta dos 19 ou 20 anos. Entretanto, nos casos mais graves de síndrome
Tourette, os sintomas permanecem até a idade adulta. Em casos extremos
da doença os tiques envolvem movimentos de automutilação, gritos, gestos
e falas obscenas que acabam por trazer uma interferência muito grande
para o indivíduo nas suas relações sociais. Os tiques podem ser
realizados sem que a pessoa os perceba, ou podem ser realizados no
intuito de aliviar sensações físicas ou mentais desagradáveis,
conhecidas como fenômenos sensoriais.
De 50 a 90% dos indivíduos com tiques ou síndrome Tourette apresentam
sintomas de transtorno de hiperatividade com déficit de atenção,
transtorno de oposição desafiante e transtorno de conduta
A associação com o Transtorno obsessivo-compulsivo também é bastante
frequente, conforme descrito na abaixo.
Voltando para as evidências da associação entre Transtorno
obsessivo-compulsivo e tiques, esta já foi descrita há bastante tempo.
Charcot foi o primeiro a considerar alguns comportamentos
obsessivo-compulsivos como parte dos transtornos de tiques. Itard, em
1825, descreveu o primeiro caso que apresentou a combinação entre tiques
motores e vocais com pensamentos obsessivos. Em 1885, Gilles de la Tourette descreveu
uma paciente que também apresentava a associação de tiques motores e
vocais com alguns pensamentos obsessivos.
Nas últimas duas décadas, alguns estudos mostraram a sobreposição do
Transtorno obsessivo-compulsivo ou sintomas transtorno
obsessivo-compulsivo com tiques. Leckman e colaboradores (1994)
relataram que 23% dos pacientes com síndrome Tourette tinham também o
diagnóstico de Transtorno obsessivo-compulsivo e 46% apresentavam
sintomas transtorno obsessivo-compulsivo. Similarmente, pacientes com
Transtorno obsessivo-compulsivo apresentaram freqüência de tiques
variando entre 7 e 37%.
É importante lembrar que a prevalência da síndrome Tourette é estimada
em 1% e de tiques entre 1% e 13%.
No ano de 2005, Mansueto e Keuler
propuseram uma terminologia para pacientes que apresentam tanto
sintomas do Transtorno obsessivo-compulsivo quanto tiques: "Tourettic
OCD". A colocação é feita em cima de evidências de que, embora
sejam entidades distintas conforme manuais de classificação (DSM-IV), a
coocorrência destes transtornos e os resultados de estudos familiares
genéticos desafiam a atual categoria em que se encontram. Na prática
clínica, a distinção entre tiques e compulsões nem sempre é uma tarefa
fácil (exemplo: um tique motor complexo pode ser indistinguível de uma
compulsão). Os autores defendem que a utilização do termo "Tourettic
OCD" diminui algumas dificuldades encontradas na prática clínica com
relação às escolhas terapêuticas de tratamento. Esta denominação surgiu a
partir da observação de características fenomenológicas similares entre
os transtornos (Leckman, 1993;),
e da alta comorbidade entre Transtorno obsessivo-compulsivo e síndrome
Tourette: de 20% a 60% dos pacientes com síndrome Tourette apresentam
algum sintomas. Em estudos com Transtorno obsessivo-compulsivo, foram
encontrados tiques em mais de 50% da amostra infantil e 15% de síndrome
Tourette.
Além disso, estudos genéticos dão suporte para esta associação,
com hipóteses de possíveis substratos neurobiológicos em comum.
Reforçando a hipótese de associação entre TOC e tiques, os estudos genéticos sugerem que pelo
menos algumas formas de TOC estão etiologicamente relacionadas com a
síndrome Tourette e devem, portanto, ser uma expressão variante dos
mesmos fatores etiológicos que são importantes na expressão dos tiques,.Por exemplo, estudos apontam para índices mais altos de TOC e sintomas
de TOC em familiares de pacientes com síndrome Tourette
e também freqüências maiores de síndrome Tourette e tiques em
familiares de primeiro grau de pacientes com TOC..A sobreposição entre TOC de início precoce e transtorno de tiques
sugere que ambos possam ser subtipos com uma etiologia comum.
A partir das evidências da associação entre TOC e tiques, nosso grupo
procurou investigar características psicopatológicas e de comorbidades
que pudessem diferenciar os pacientes com TOC sem síndrome Tourette, TOC
com síndrome Tourette e síndrome Tourette sem TOC.
A característica fenotípica que melhor diferenciava os pacientes com
TOC associado com a síndrome Tourette e TOC sem síndrome Tourette era a
presença de fenômenos sensoriais que ocorriam antes ou durante a
realização dos comportamentos repetitivos. A partir destes achados,
nosso grupo
se empenhou em descrever e definir com mais precisão estes fenômenos
ditos sensoriais, para então investigar a hipótese de que os fenômenos
sensoriais seriam mais frequentemente relatados em pacientes com
síndrome Tourette e TOC associado à síndrome Tourette, quando comparados
a pacientes com o diagnóstico de TOC sem síndrome Tourette. Para esta
investigação, foi elaborada a "Entrevista sobre comportamentos
repetitivos USP-Harvard".
Devido à necessidade de um entrevistador muito especializado e o tempo
longo necessário para aplicação da entrevista foi realizada uma versão
reduzida da escala, chamada USP-SPS, e sua validação é objeto de estudo
em nosso grupo
Portanto, a presença de fenômenos sensoriais que precedem ou acompanham
os comportamentos repetitivos em pacientes com TOC e tiques sugere a
hipótese de este ser outro subgrupo do TOC com características
fenotípicas distintas.
Os fenômenos sensoriais foram inicialmente descritos em pacientes com
transtornos de tiques:,
mas sabe-se que podem estar presentes também em pacientes com TOC,
mesmo que os tiques não estejam associados.
Eles são definidos como sensações, sentimentos ou percepções
desconfortáveis que precedem ou acompanham a realização dos
comportamentos repetitivos
Esses fenômenos podem ser divididos em dois tipos: sensações físicas
(focais ou generalizadas) ou mentais. As sensações físicas podem ser
táteis, músculoesqueléticas ou viscerais, dependendo da sua localização
(pele, músculo ou órgãos internos). Já as sensações mentais são
descritas como sensações generalizadas e desconfortáveis e podem ser
agrupadas em quatro tipos principais.
percepções de "estar em ordem" ou just-right;
sensação de incompletude;
necessidade de "ter que";
sensação de energia interna.
Ainda em nosso grupo, Diniz e colaboradores (2005),
investigaram as possíveis diferenças entre TOC sem tiques, TOC +
síndrome Tourette e TOC + transtorno de tiques motores ou vocais crônico
(TMVC) em uma amostra de 159 pacientes. Os resultados sugeriram que o
grupo do TOC + transtorno de tiques motores ou vocais crônico possa
apresentar um fenótipo intermediário entre TOC puro e TOC + síndrome
Tourette. Os pacientes com TOC + TMVC tiveram algumas características
mais parecidas com TOC + síndrome Tourette e mais frequentes do que TOC
sem tiques: freqüência de sons intrusivos, comportamentos repetitivos,
contagem e compulsões do tipo tic-like. Os
achados deste estudo reforçam ainda mais que o TOC ligado a tiques seja
um subgrupo distinto, com características específicas dentro do
macro-fenótipo do TOC.
Características clínicas mais frequentemente encontradas
em pacientes com TOC associado a tiques e/ou ST
Características fenotípicas do TOC associado a tiques e/ou ST
Estudos
Predominância do sexo masculino
Holzer e cols., 1994; Leckman e cols., 1995
Início mais precoce dos sintomas obsessivo-compulsivo
Holzer e cols., 1994; Leckman e cols., 1995; Miguel e cols., 1997;
Rosário-Campos e cols., 2001
Maior freqüência de fenômenos sensoriais
Leckman e cols., 1994; Miguel e cols., 1995, 1997, 2000
Obsessões com temas sexuais e de agressão, colecionamento, rituais
de contagem e simetria
Rasmussen e cols., 1986; Pitman, 1987; George e cols., 1993; Baer,
1994; Holzer e cols., 1994; Petter e cols., 1998; Leckman e cols., 1995;
Eapen e cols., 1997; Zohar e cols., 1997
Maior freqüência de compulsões do tipo tic-like
George e cols., 1993; Holzer e cols., 1994; Leckman e cols., 1994,
1995, 1997; Miguel e cols., 1997; Eapen e cols., 1997; Petter e cols.,
1998; Diniz e cols., 2006
Maior carga genética
Rosário-Campos e cols., 2005;
Maior número e variedade de sintomas obsessivo-compulsivo
Miguel e cols., 1997
Maior comorbidade com tricotilomania, transtorno
dismórfico corporal, transtorno bipolar, transtorno
de hiperatividade e déficit de
atenção, fobia social e abuso de substâncias
Coffey e cols., 1998; Diniz e cols., 2004
Até o momento, alguns estudos compararam o perfil de pacientes com
TOC associado a tiques e TOC sem tiques. Porém, estes estudos têm como
foco avaliar poucas características clínicas, em sua maioria apenas o
perfil dos SOC. O presente estudo apresenta algumas vantagens em relação aos demais:
possui uma amostra maior de pacientes comparado aos estudos anteriores,
avalia um maior número de características demográficas e clínicas, além
de ser o primeiro a investigar dimensões de sintomas.
Os dois estudos mais recentes que investigam o perfil dos sintomas de
pacientes com TOC associado a tiques e TOC sem tiques são os de Hanna e
colaboradores (2002)
e Scahill e colaboradores (2003).
No primeiro estudo, 60 crianças ou adolescentes com TOC foram
comparadas, e destas, 15 tinham comorbidades com transtorno de tiques. A
comparação entre o grupo de pacientes com tiques versus os pacientes
sem tiques foi feita utilizando a escala Children´s Yale-Brown
Obsessive Compulsive Scale (CYBOCS) para avaliar categorias de
obsessões e compulsões. Como resultado, os autores encontraram que não
havia diferença entre os dois grupos com relação às sete categorias de
obsessão, mas as compulsões de organização, colecionismo e limpeza,
foram mais comuns no grupo de pacientes sem história de tiques. Os
autores confirmam que o TOC associado a tiques deve ser diferenciado do
TOC sem tiques em uma fase mais precoce pela presença de certos sintomas
obsessivo-compulsivos.
Um estudo recente realizado por Scahill e colaboradores (2003)
avaliou o impacto da idade e presença de tiques no perfil de SOC em uma
amostra pediátrica composta por 80 crianças com TOC avaliadas em
relação aos tipos de sintomas, idade de início do SOC, funcionalidade e
presença de tiques. Dos 80 pacientes, 48 não tinham tiques e 32 tinham
algum tique. Os resultados encontrados mais uma vez sugerem que o TOC
sem tiques está mais ligado a sintomas de contaminação e lavagem, e que a
presença de tiques está associada com rituais de repetição. Além disto,
os resultados sugeriram que os pacientes sem tiques tiveram maiores
índices de ansiedade. Um resultado bastante significativo deste estudo
foi a não associação aparente entre início precoce dos sintomas
(considerado menor que 10 anos) e história positiva de tiques.
Os resultados dos estudos citados acima apresentam mais semelhanças
do que diferenças no perfil dos pacientes de TOC associado a tiques e
TOC sem tiques. Algumas discrepâncias encontradas nesses estudos podem
ser atribuídas a diferenças no tamanho das amostras, gravidade dos
tiques e abordagens estatísticas utilizadas.
De todos os estudos, apenas os de Hanna e colaboradores (2002)
e Scahill e colaboradores (2003)
discriminam pacientes por grupos de idade de início dos sintomas,
avaliando pacientes que tiveram o início dos sintomas do TOC até os 18
anos. Porém, nenhum destes estudos avaliou apenas pacientes com início
dos sintomas até os 10 anos, como faz o presente estudo. Além disso,
este é o primeiro estudo que levou em consideração características
clínicas tão diversas como perfil de comorbidades, dimensão de sintomas e
história familiar, em uma amostra mais significativa. A seguir, na
Tabela, estão dispostos os resultados destes estudos:
Estudos que avaliaram diferenças clínicas entre
pacientes com TOC com tiques versus TOC sem tiques
Estudos
Pacientes TOC com Tiques
Pacientes TOC sem Tiques
George e cols., 1993
maior freqüência de obsessões de simetria, sexuais e de agressão;
maior freqüência de compulsões de tocar, piscar e fixar o olhar.
maior freqüência de obsessões de contaminação;
maior freqüência de compulsões de limpeza.
Holzer e cols., 1994
maior freqüência de compulsões de tocar, piscar e fixar o olhar.
maior freqüência de rituais de limpeza.
Miguel e cols., 1995
maior freqüência de fenômenos sensoriais
de Groot e cols., 1995
maior freqüência de obsessões somáticas, sexuais e de simetria;
maior freqüência de compulsões de checagem, contagem, necessidade de
tocar e esfregar.
maior freqüência de obsessões de contaminação;
maior freqüência de compulsões de limpeza.
Leckman e cols., 1995
maior freqüência de obsessões de agressão, religião e sexuais;
maior freqüência de compulsões de contagem, verificação,
organização, necessidade de tocar e colecionismo.
Miguel e cols., 1997
maior freqüência de fenômenos sensoriais
Zohar e cols., 1997
maior freqüência de obsessões sexuais e religiosas.
Petter e cols., 1998
maior freqüência de obsessões relacionadas à aparência;
maior freqüência de compulsões de tocar, esfregar, fixar o olhar.
mais obsessões de contaminação;
mais compulsões de limpeza.
Miguel e cols., 2000
maior freqüência de fenômenos sensoriais
Cath e cols., 2000
maior freqüência de obsessões de contaminação;
maior freqüência de compulsões de limpeza.
Hanna e cols., 2002
maior freqüência de compulsões de organização, colecionismo e
limpeza.
Scahill e cols., 2003
maior freqüência de rituais de repetição.
maior freqüência de obsessões de contaminação;
maior freqüência de compulsões de lavagem.
Diniz e cols., 2004
maior freqüência de obsessões somáticas
Abordagem
do tema na televisão
O tema foi abordado em programas de televisão por algumas
vezes:
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