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terça-feira, 23 de março de 2010

A coragem de enfrentar seus medos



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Diz uma antiga fábula que um camundongo vivia angustiado com medo do gato.
Um mágico teve pena dele e o transformou em gato. Mas aí ele ficou com medo de cão, por isso o mágico o transformou em pantera.

Então ele começou a temer os caçadores.

A essa altura o mágico desistiu. Transformou-o em camundongo novamente e disse:
-- Nada que eu faça por você vai ajudá-lo, porque você tem apenas a coragem de um camundongo. É preciso coragem para romper com o projeto que nos é imposto. Mas saiba que coragem não é a ausência do medo, é sim a capacidade de avançar, apesar do medo; caminhar para frente; e enfrentar as adversidades, vencendo os medos...

É isto que devemos fazer. Não podemos nos derrotar, nos entregar por causa dos medos.

Senão, jamais chegaremos aos lugares que tanto almejamos em nossas vidas...

Autor desconhecid




o

Entendimento


Tales de Mileto, filósofo grego, o mais antigo dos Sete Sábios da Grécia (640 a 550 d.C.), durante parte de sua vida foi um bom comerciante. Após enriquecer, retirou-se dos negócios e pôde dedicar-se aos estudos, adquirindo muitos conhecimentos através de viagens.

Aprendeu Geometria com sacerdotes egípcios, previu o primeiro eclipse solar no ano de 500 a.C. e determinou a duração do ano. Ainda em vida, foi considerado o pai da Astronomia, da Geometria e da Aritmética. Em certa ocasião, foi inquirido sobre 9 questões. Ei-las, seguidas da respostas de Tales:

1. QUAL A COISA MAIS VELHA DE TODAS AS COISAS?

Deus, porque Ele sempre existiu.

2. QUAL A MAIS BELA DE TODAS AS COISAS?

O Universo, porque é trabalho de Deus.

3. QUAL A MAIOR DE TODAS COISAS?

O Espaço, porque ele contém o que foi criado.

4. QUAL A MAIS CONSTANTE DE TODAS AS COISAS?

A Esperança, porque ela permanece nos homens mesmo depois de terem perdido tudo.

5. QUAL É A MELHOR DE TODAS AS COISAS?

A Liberdade, porque sem ela não há nada de bom.

6. QUAL É A MAIS RÁPIDA DE TODAS AS COISAS?

O Pensamento, porque em um segundo pode voar para o extremo do Universo.

7. QUAL É A MAIS FORTE DE TODAS AS COISAS?

A Necessidade, porque ela faz os homens enfrentarem os perigos da vida.

8. QUAL É A MAIS FÁCIL DE TODAS AS COISAS?

Dar conselhos.

9. QUAL A MAIS DIFÍCIL DE TODAS AS COISAS?

Conhecer a si mesmo.

Autor desconh


ecido






Santo Daime

Clique na figura para ler



Alucinação assassina


Tomar o chá alucinógeno da seita Santo Daime quando se tem um transtorno psíquico, afirmam especialistas, é o mesmo que jogar gasolina sobre um incêndio. Tudo indica que foi o caso de Cadu, o assassino do cartunista Glauco e de seu filho Raoni

No universo das tragédias, há as do tipo previsível e as que fulminam suas vítimas com a imprevisibilidade de um raio. O assassinato do cartunista Glauco Vilas Boas, de 53 anos, e de seu filho Raoni Ornellas Vilas Boas, de 25 anos, cometido por Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, certamente não pertence à primeira categoria. Cadu, como é conhecido o criminoso confesso, nasceu em uma família de classe média alta de São Paulo e estudou nas melhores escolas da capital paulista. Morava em bairro nobre, frequentava os bares da moda, ia a baladas de black music e, segundo a família, nunca havia demonstrado comportamento violento. Os avós, com quem ele morava, sabiam que o neto usava maconha ("Como fazem hoje em dia 90% dos jovens", disse Carlos Nunes Filho, o avô) e, embora lamentassem o fato de ele ter começado três faculdades sem terminar nenhuma (direito, artes visuais e gastronomia), não viam nisso mais do que uma indecisão em relação ao seu futuro profissional. Glauco e o filho Raoni tampouco tinham perfil ou comportamento que poderia ser classificado como "de risco" – nada que contribuísse para fazer deles vítimas potenciais de um assassinato. Nenhum dos dois tinha inimigos e ambos mantinham como ideário de vida a assistência ao próximo: drogados em busca de recuperação, no caso de Glauco, e comunidades indígenas isoladas, no caso de Raoni. Ainda assim, não se pode dizer que a tragédia ocorrida em Osasco no último dia 12 não deu pistas de que vinha se aproximando.

Nos últimos três anos, Cadu, de 24 anos, vinha exibindo claros sinais de que estava sofrendo de distúrbios psíquicos. Esse período, segundo seu pai, Carlos Grecchi, coincide com o tempo que o filho começou a frequentar o Céu de Maria, igreja fundada por Glauco e pertencente à seita Santo Daime, que mistura elementos do cristianismo, espiritismo e umbanda e prega o consumo de um chá com efeitos alucinógenos como forma de "atingir o autoconhecimento e a consciência cósmica". O comportamento de Cadu, diz Grecchi, começou a se transformar quando ele passou a fazer uso da dimetiltriptamina (DMT), o princípio ativo presente na beberagem consumida por adeptos da seita. Por diversas vezes, tanto Grecchi como os avós de Cadu ouviram o jovem dizer que era a reencarnação de Jesus Cristo. Também por diversas vezes os parentes flagraram o jovem rezando, numa ocasião debaixo de chuva forte, para plantas que ele dizia serem reencarnações de entidades religiosas.

Às tentativas de levá-lo a um psiquiatra ou a uma clínica de internação, Cadu reagia com determinação e pavor. Dizia que não queria ficar como sua mãe, portadora de esquizofrenia. A esquizofrenia faz com que suas vítimas sejam acometidas por delírios e alucinações, em surtos que duram, no mínimo, um mês. Vozes e seres imaginários solapam a percepção da realidade. Falsas ideias de perseguição e possessão tornam a vida um pesadelo contínuo. A esses surtos se intercalam períodos de uma apatia profunda, marcados por lentidão de raciocínio e desordem de pensamento. O risco de desenvolver essa psicose sobe de 1% para 13% no caso de pessoas cujo pai ou mãe sofre do transtorno. Na família de Cadu, além da mãe, também uma tia-avó foi diagnosticada com esquizofrenia. Seu pai diz estar convencido de que o filho herdou a doença (veja entrevista abaixo). E começa aqui a parte em que a tragédia do Céu de Maria atravessa o campo do imponderável para adentrar o espaço aterrador das desgraças que talvez pudessem ter sido evitadas.

Grande parte dos portadores de esquizofrenia consegue levar uma vida razoavelmente normal desde que sob tratamento – que, além de medicação, inclui manter distância de certas substâncias. Como chás alucinógenos, por exemplo. A DMT aumenta a concentração no cérebro de três neurotransmissores: a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. Como os portadores de esquizofrenia têm um aumento na atividade da dopamina, a sobrecarga dessa substância pode fazer com que eles percam a noção de realidade e tenham alucinações – estado que pode continuar mesmo depois que o efeito da droga termina. Em outras palavras, permitir que portadores de psicoses como a esquizofrenia bebam o chá da seita Santo Daime equivale a jogar gasolina sobre uma casa em chamas. Tudo indica que foi exatamente o que os seguidores da seita fizeram durante os três anos em que Cadu frequentou o local.

Ninguém duvida de que a igreja fundada por Glauco reúna homens e mulheres de boa vontade, ótimas intenções e um propósito louvável: o de ajudar a livrar os jovens das drogas, coisa que o próprio Glauco havia conseguido fazer consigo mesmo, segundo afirmava, graças ao Santo Daime. Se, no entanto, o que diz Grecchi, o pai de Cadu, não estiver distorcido pela dor e pelas circunstâncias, Glauco foi, sim, solicitado a não mais ministrar o alucinógeno a Cadu ainda em 2007. Por descuido ou desconhecimento acerca do estado de saúde do rapaz, ele não atendeu ao pedido. Em depoimento à polícia, Cadu afirmou que bebeu o chá todas as vezes em que foi ao Céu de Maria.

A DMT é proibida em quase todo o mundo. Ao lado do LSD e da mescalina, ela aparece na lista de drogas controladas na Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas da Organização das Nações Unidas. Essa lista é seguida por 183 países, o Brasil incluído. A convenção, entretanto, não proibiu plantas ricas na substância, como a erva-rainha ou chacrona, que dá origem à beberagem do Daime. Isso permite a interpretação de que apenas a substância é proibida e a planta, que tem pequena concentração dela, não. No Brasil, em 1992, graças a uma campanha liderada por "ayahuasqueiros", o Conselho Federal de Entorpecentes liberou o consumo do chá daimista "para fins religiosos". Foi o primeiro de uma sucessão de erros que culminou com a consagração do chá como "bebida sagrada", título concedido à substância alucinógena pelo estado brasileiro em janeiro passado. O advogado criminalista Fernando Fragoso considera a interpretação casuística. "Uma droga não deixa de ser droga se for consumida no meio de um ritual. A substância é lícita ou não é", diz. A Associação Brasileira de Psiquiatria também já se manifestou contra a liberação do chá, sob o argumento de que não existem estudos suficientes para descrever em profundidade a ação no cérebro da DMT presente na beberagem.

De acordo com a família de Cadu, a última vez que ele ingeriu o chá foi por ocasião do Ano-Novo. Nesse período, conforme afirmou à polícia, Cadu já estava traficando maconha com o propósito de juntar dinheiro e comprar, por 1 900 reais, a arma com que matou suas vítimas. O propósito seria obrigar o cartunista e líder religioso a dizer a sua família que seu irmão mais novo, Carlos Augusto, seria a reencarnação de Jesus Cristo. A mãe de Cadu, Valéria Sundfeld Nunes, mora sozinha no bairro do Pacaembu, na zona oeste de São Paulo, mas é assistida de perto pelos pais, que a visitam duas vezes por dia. Ela trabalha em uma ótica, mas está há três meses afastada, segundo o patrão, por problemas de saúde. O avô de Cadu conta que ela reagiu à notícia da prisão do filho com apatia: "Parecia que haviam dito que ele tinha ido ao supermercado".

Cadu foi preso na noite de domingo em Foz do Iguaçu (PR), depois de tentar atravessar a fronteira para o Paraguai, na Ponte da Amizade. Num Fiesta preto que havia roubado em São Paulo, disparou cerca de quinze tiros pelo para-brisa do carro em movimento contra os policiais federais que quiseram impedi-lo. Feriu um deles no braço e só parou do lado paraguaio da ponte ao ver que sua passagem estava trancada por outra barreira montada pelo país vizinho. Nesse momento, sem que ninguém lhe perguntasse, saiu do carro com os olhos esbugalhados, bradando: "Sou o Cadu. Fui eu que matei o Glauco". Apesar da confissão, o crime ainda guarda pontos obscuros. O primeiro diz respeito ao papel de Felipe Iasi, o amigo que teria sido coagido a levar Cadu ao Céu de Maria na noite do assassinato. Por meio do rastreador instalado no carro do rapaz pela companhia de seguros, a polícia reconstituiu o trajeto que Iasi percorreu depois de deixar a casa de Glauco. A análise inicial mostrou que o itinerário de Iasi coincide, ao menos nos primeiros 8 quilômetros, com aquele percorrido por Cadu e revelado por meio do sinal do seu celular. Isso indicaria a possibilidade de Iasi ter dado cobertura ao amigo na fuga. Há ainda a possibilidade de Cadu ter omitido outra informação: em depoimento, ele diz que roubou o Fiesta no domingo de manhã e seguiu viagem. O rastreamento do veículo indica, porém, que, às 13 horas do domingo, o carro encontrava-se no Parque do Ibirapuera. A polícia vai investigar o que Cadu pode ter ido fazer lá. Por fim, há que esclarecer por que motivos o advogado e amigo da família de Glauco, Ricardo Handro, mentiu a respeito das circunstâncias em que se deu o crime. Ele chegou a dar detalhes à imprensa do que teria sido uma tentativa de sequestro seguida de homicídio. Sua versão só mudou quando se tornou insustentável diante dos fatos revelados pela polícia – entre eles o de que o assassino era conhecido das vítimas e frequentador da igreja Céu de Maria. Ele se defende dizendo que não havia falado com a mulher de Glauco quando divulgou sua falsa versão. A polícia considera o argumento pouco plausível.

As origens da seita Santo Daime estão ligadas à descoberta, pelos seringueiros do Acre, da ayahuasca, como os índios que viviam na Floresta Amazônica no século XIX chamavam o chá. Um dos primeiros a consumir a bebida, o seringueiro Raimundo Irineu Serra teria tido uma visão de Nossa Senhora, na qual ela ordenava que ele passasse a chamar o chá de santo-daime (a palavra viria da exortação "dai-me luz") e criasse uma doutrina em torno dele. O ritual criado por Irineu e replicado em todo o país se desenrola da seguinte forma: o interessado em provar da ayahuasca passa por uma breve entrevista para que os "fardados", os daimistas graduados, questionem suas motivações. Apenas em algumas igrejas se pergunta ao interessado se ele tem problemas psíquicos. Uma vez aceito, o calouro daimista pode participar do culto. Os participantes se sentam formando um círculo, os homens separados das mulheres. Cantam hinos de letra singela e repetitiva, que misturam referências cristãs e espíritas. Depois de algumas músicas, chega o momento do primeiro chá. As pessoas se organizam em fila e tomam meio copo do alucinógeno. Em geral, isso se repete quatro vezes. O culto pode durar até doze horas. Só recebem autorização para uma saída rápida do salão os que precisam vomitar, ocorrência que costuma afetar os daimistas de primeira viagem. Hoje, a seita tem mais de 100 igrejas em todo o país. Só a Céu de Maria tem 11 000 adeptos que tomam regularmente a DMT.

Na semana passada, uma entidade da Bahia chamada Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos entrou com uma petição no Supremo Tribunal Federal pedindo a liberação da maconha "para uso terapêutico e religioso". Caso a petição seja aceita, são grandes as chances de outras drogas entrarem para o rol de "sagradas". Tolerância em excesso, combinada com negligência na mesma medida e uma boa dose de vulnerabilidade, física ou emocional das partes envolvidas: eis uma boa receita para construir uma tragédia.

Kalleo Coura e Renata Betti - Revista Veja
http://amigosdofreud.blogspot.com/

Você tem experiência?

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No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: 'Você tem experiência?'

A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e com certeza ele será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia e acima de tudo por sua alma.

Redação Vencedora:

Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar.

Já me queimei brincando com vela.

Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.

Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.

Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.

Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.

Já passei trote por telefone.

Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.

Já roubei beijo.

Já confundi sentimentos.

Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.

Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.

Já me cortei fazendo a barba apressado.

Já chorei ouvindo música no ônibus.

Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que eram as mais difíceis de esquecer.

Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.

Já subi em árvore pra roubar fruta.

Já caí da escada de bunda.

Já fiz juras eternas.

Já escrevi no muro da escola.

Já chorei sentado no chão do banheiro.

Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.

Já corri pra não deixar alguém chorando.

Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.

Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.

Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.

Já bebi uísque até sentir dormente os meus lábios.

Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.

Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso.

Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.

Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.

Já apostei em correr descalço na rua.

Já gritei de felicidade.

Já roubei rosas num enorme jardim.

Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade.

Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.

Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.

Foram tantas coisas feitas...

Tantos momentos fotografados pelas lentes da emoção e guardados num baú, chamado coração.

E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: 'Qual sua experiência?' Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência... experiência... Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?

Autor desconhecido

segunda-feira, 22 de março de 2010

Doação

http://celebucrap.typepad.com/.a/6a00e552403d2f8833010535b21df4970b-320wi

    Havia uma garota cega que se odiava pelo fato de ser cega!

    Ela também odiava a todos... exceto seu namorado!

    Um dia ela disse que se pudesse ver o mundo, ela se casaria com ele. Em um dia de sorte, alguém doou um par de olhos a ela! Então o seu namorado perguntou a ela:

    - Agora que você pode ver, você se casa comigo?

    A garota ficou chocada quando viu que seu namorado era cego! Ela disse:

    - Eu sinto muito, mas não posso me casar com você porque você é cego!

    O namorado afastando-se dela em lágrimas disse:

    - Por favor, apenas cuide bem dos meus olhos... eles eram muito importantes pra mim...

    Nunca despreze quem te ama! Às vezes, as pessoas fazem certos sacrifícios e nós nem ligamos...

Autor desconhecido

sexta-feira, 19 de março de 2010

Aprendizado E Cérebro: Tudo A Ver




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Por: Jaguaracy Conceição


Já sabemos que a neurociência oferece novas teorias para o estudo do cérebro proporcionando aos docentes oportunidades de saber como o aprendizado acontece. Há docentes que ficam contrariados(as), quando são instados a mudar suas práticas pedagógicas. Com a ajuda da neurociência, fica fácil perceber o porquê de mudarmos.

Quando se diz que o(a) docente deve motivar os(as) discentes, há um questionamento sobre como exercitar essa motivação. Ocorre que muitos(as) docentes, também estão desmotivados(as), o que leva à dificuldade de entendimento e consequentemente do aprendizado

O conhecimento de como o cérebro funciona, nos mostra que há uma estrutura chamada de núcleo acumbente, que está situado no córtex frontal e faz parte do sistema de recompensa. Todas as vezes que o cérebro entende que algo foi realizado com sucesso e prazer, o núcleo acumbente é acionado. Assim, quando o(a) discente resolve uma questão matemática, o córtex cerebral libera um neurotransmissor chamado dopamina, que ativa o núcleo acumbente e aciona o sistema de recompensa.

De acordo com Houzel (2007) isso é importante por duas razões: aperfeiçoamento do cérebro e registro na memória da associação entre o que se fez e a sensação de prazer. (Houzel, 2007, pg.31).

O elogio pelo acerto também mexe com o sistema de recompensa. Houzel nos diz que: elogios são a confirmação externa para o sistema de recompensa de que o cérebro agiu de forma correta. Valorizar os bons resultados alcançados por você e pelas outras pessoas é um meio de encorajar o sistema de recompensa a proporcionar motivação para continuar a fazer aquilo que dá certo. (Houzel, 2007, pg. 36).

Fica claro então, que docentes e discentes devem sempre buscar motivação no que fazem para que o cérebro sinta-se recompensado. Cabe ainda aos docentes usarem o elogio a cada acerto e/ou tentativa discente para ativação do sistema de recompensa.

A busca de novas estratégias de ensino e de novas formas de avaliar são fundamentais e necessárias porque o cérebro gosta de novidade. A repetição não proporciona estímulo ao sistema de recompensa, o que leva à baixa ação da dopamina. Constantemente em sala de aula nos queixamos de que os(as) discentes estão dispersos e desatenciosos, não querem nada. Evidencia-se aí a necessidade de ativarmos o cérebro. É hora de colocarmos novidade na sala de aula.

De acordo com Houzel “o que é novo, inesperado ou surpreendente ativa o lócus coeruleus (ou local azul, assim denominado por causa de sua cor azul), estrutura que desperta o cérebro e dirige o nosso interesse para aquilo que ainda não conhecemos”.

Sabemos que uma boa aula expositiva pode ser excelente, mas se não houver a participação discente poderá não haver o entendimento. De acordo com Piazzi há um provérbio chinês que diz: “Se eu escuto... esqueço! Se eu vejo... entendo! Se eu faço ... aprendo!” (Piazzi, 2008, pg.63). E o que ainda se vê em muitas de nossas classes? O(a) discente escuta e vê. Então é ou não é, hora de mudanças estratégicas em nossas aulas?

Buscando auxílio em Antunes encontramos o seguinte: “A memória humana apresenta baixíssima tolerância à incoerência e à ausência de motivação, e mostra-se por outro lado, extremamente sensível à emoção.” (Antunes, 2007, pg.30). Quem labuta na escola pública, sabe muito bem o quanto falta motivação e emoção. Na maioria das vezes o filme é sempre o mesmo, arriscamos dizer, que além dos aspectos já citados, falta também afeto, sentimento primordial para um melhor entendimento entre docentes e discentes.

Fazer para aprender é fundamental, assim, a diversificação das atividades fará com que o cérebro se sinta motivado. O diversificar não quer dizer facilitar, dissemos que a repetição reduz a ação da dopamina e o mesmo ocorre quando se completa uma ação com mais facilidade, portanto é necessário que haja sempre um grau de dificuldade, para que o cérebro se questione se conseguirá resolver. Deve-se então proporcionar aos discentes tarefas que não sejam fáceis demais e nem também extremamente difíceis. Para Houzel a perda do prazer aliada ao desafio do moderadamente complexo, é que leva à busca do aprendizado contínuo e alarga os limites.

O aprendizado contínuo de Houzel nos conduz a Piazzi, que diz não haver aprendizado em sala de aula, pois esse só acontece quando o(a) discente estuda fora da escola. Afirmam os autores citados, que a aprendizagem ocorre durante o sono, quando o cérebro decide o que será salvo e o que será apagado. E como isso ocorre? De acordo com Piazzi e Houzel, para que isso ocorra é necessário que o aprendizado comece de dia. É o estudo diário que orientará o cérebro no momento da escolha entre o que ficará gravado e o que será esquecido. Piazzi nos diz que “aula assistida hoje é aula estudada... hoje”. Somos testemunha da dificuldade que muitos(as) discentes têm para estudar em razão de trabalho, desleixo e noites mal dormidas, fatores que conduzem à dificuldade de aprendizagem.

É no momento do sono que o hipocampo repassa as memórias do dia em conjunto com o córtex cerebral (Houzel, 2007). É esse o momento da consolidação da aprendizagem. Ora, se durante o dia não houve atenção às aulas para o entendimento, não houve estudo das aulas assistidas antes do sono, não haverá registro no córtex cerebral e consequentemente não haverá aprendizado. Cresce então a necessidade de o(a) docente estimular os discentes a estudar, passar atividades para casa o que obrigará aos discentes ver o que foi estudado em sala. Apesar de sabermos que muitos(as) discentes não farão as atividades, temos que mostrar que é assim que o aprendizado irá ocorrer e insistir, não devemos nos desestimular, pois como foi visto, o cérebro quer e gosta de ser estimulado.


Perfil do Autor


(Artigonal SC #1707698)


Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/educacao-artigos/aprendizado-e-cerebro-tudo-a-ver-1707698.html





Depressão - Pontos De Vista





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Por: Dr Carlos Rey


Estou habituado a ler informações sobre depressão, “o mal do século”, “epidemia” e tantos adjetivos que também cansam. As declarações, as afirmações são tantas, muitas coerentes outras desconexas, outras repetitivas, persistentes e, claro, cansativas.
Pego livros, leio informações na biblioteca mais ampla que o mundo já teve, a Internet, e procuro absorver tudo o que posso, particularmente com o objetivo de levar aos pacientes que atendo a às pessoas com quem converso, as melhores perspectivas, os fatos, as explicações que lhes ajudem para que alcancem a tão desejada cura ou, pelo menos, uma acentuada melhora. Afinal de contas, não é fácil viver com este estigma de depressivo e tampouco é agradável estar nessa situação, pelo que posso entender das conversas, dos diálogos e das experiências vindas da vida de clínico.
Citar que a depressão anda "de mãos dadas" com a ansiedade, é necessário. Também é preciso lembrar qual a conotação ou o sentido real da palavra ansiedade, que leva a entender tratar-se de um certo medo, insegurança com agitação interior, com certa alteração da consciência.
Os livros médicos, no princípio, traziam-me informações preciosas. A leitura não leiga é fundamental para compreender e poder praticar a assistência a quem venha pedir auxílio médico, para um clínico, em casos de depressão. Entretanto, percebo que “existe certa incerteza” dos variados autores que tentam dar diretrizes para os profissionais da área de Saúde quanto à depressão. Digo isso pelo fato de que nem sempre as classificações seguem um padrão único, há variantes que confundem, há bifurcações que podem deixar um pouco sem direção para entender as nuances do quadro clínico que compõe a depressão. O mesmo posso afirmar quanto às explicações referentes aos mecanismos neuro-bioquímicos da depressão (alguém já ouviu falar dos receptores NMDA?).
Que riqueza de detalhes, que lindas explanações sobre as diversas trocas em nível de sinapses ( mas, o quê é isso? ) no impressionante trabalho neuronal! Tudo para explicar como é que acontecem os fenômenos bioquímicos em nosso cérebro que justifiquem, organicamente, em nosso corpo, o surgimento da depressão. Muitas reportagens, muitos artigos científicos, com citações brilhantes de pesquisas científicas, que precisamos compreender, têm importância para a comunidade médica. Mas o leigo não tem precisão dessa riqueza de detalhes com relação à descrição mais detalhada da depressão, pelo menos em nível celular. Além disso, apesar de muitas estruturas celulares já serem realmente visualizadas através da microscopia eletrônica, muitas dessas teorias são fundamentadas em modelos científicos, para que se compreenda o mecanismo dos distúrbios celulares da depressão.
E o que são os “modelos científicos”? Há uma maneira de se entender, buscando definições, como, por exemplo: Um modelo matemático é uma representação ou interpretação simplificada da realidade, ou uma interpretação de um fragmento de um sistema, segundo uma estrutura de conceitos mentais ou experimentais. Percebe-se que as pesquisas são realmente um interessante campo de hipóteses que buscam “esclarecer” de modo abstrato o que é realmente abstrato. Certamente alguns autores, alguns cientistas, poderiam afirmar que as pesquisas, sempre tão sérias, podem demonstrar com clareza que os sistemas apontados como "responsáveis" pelos mecanismos neurais e neuronais são como estão descritos. Eu devo crer que sim! Mas, ao mesmo tempo, fico me perguntando qual a real importância de um paciente "comum" saber dessas coisas tão detalhadas. Para um médico essas informações têm sua necessidade, sem qualquer dúvida, seja ele um clínico ou um psiquiatra, um cardiologista ou um ortopedista. Não só os mecanismos intrínsecos da depressão, como sua relação com outros quadros clínicos, com outras doenças, que possam ter mecanismo similar ou, mesmo, parecido, como são vários processos biológicos no ser humano.
Bem, não é diferente em vários campos da ciência, como a Química Quântica, por exemplo. Afinal, alguém já viu um átomo? Certamente não, mas há uma série de modelos experimentais que “mostram” a estrutura atômica, com certa riqueza de detalhes bem curiosos.
Enfim, nada mais racional, já que não podemos ver, podemos “calcular” como é para tentar explicar logicamente o que não é tangível, o que nem mesmo é visível. E os cálculos são matemáticos, muitas vezes, mas são também verdadeiras extrapolações que “demonstram” modelos adequados às nossas possibilidades de entendimento e compreensão.
Assim, entender depressão em níveis de biologia molecular é literalmente imaginar o que está acontecendo em nosso cérebro de maneira a passear por entre as sinapses que estão liberando serotonina, dopamina, acetil-colina e outros neurotransmissores que circulam por entre elas em pequenas vesículas (bolsinhas supostamente – mais uma vez – redondinhas), num ir e vir incessante que nem mesmo os processadores multi-núcleo produzidos atualmente conseguiriam acompanhar com precisão.
De qualquer maneira, a imaginação permite acompanhar a evolução de processos neuronais que “responderiam” perguntas existentes entre cientistas da área e auxilia a buscar, através de pesquisas, medicamentos que ajudem a tratar os variados estados depressivos que encontramos na atualidade. Só por isso, já temos a possibilidade de “acreditar” que os modelos científicos propõem entendimentos razoáveis, mesmo que de algum modo equivocados, para a melhoria da qualidade de vida de enorme grupo de pessoas que sofrem da depressão na atualidade.
Acredito, então, que a imaginação é recurso de potencial elevado para que e humanidade tenha sucesso na terapêutica de muitas doenças. Não, não se trata de uma crítica irônica à proposta científica da atualidade, nem tampouco de algum grau de desprezo pelo que tem nos auxiliado tanto, no correr de décadas de pesquisas exaustivas, mas de uma constatação óbvia de que precisamos entrar em um plano não visível ou não tangível de entendimento para que possamos nos desprender de dificuldades que nos acompanham desde que estamos habitando o planeta Terra (com “T” maiúsculo, por favor!).
Ainda bem que podemos lançar mão de recursos que nos permitem “ver” de algum modo o que não podemos ver e que este tipo de processo de abstração dá-nos recursos para que desenvolvamos soluções para as diversas dificuldades que temos de enfrentar durante a vida. Na doença depressiva, na depressão, não é diferente. Mas tenho presenciado que as explicações mais habituais vêm nos dando potencial de convencimento diante dos paciente mais refratários às propostas terapêuticas modernas para esta doença.
Um discurso bem elaborado de que a depressão é uma doença genética (e é mesmo!), que existe uma série de fatores orgânicos que, no mínimo, podem colaborar para o surgimento ou para o “disparar” da doença, permite conversar de modo mais racional com a pessoa portadora de depressão, de modo a convencê-la de que é necessário o tratamento com medicamentos, além, é claro de um trabalho terapêutico adicional.
Mas e o depressivo-ansioso, como fica? Tem como identificar um? Tem como identificar-se como depressivo-ansioso? Não, infelizmente não há um exame que possa dizer "você é depressivo-ansioso"! Nenhum exame bioquímico (interessante! mas já não se sabe sobre os mecanismos de neuro-transmissão?). O jeito é conversar, mesmo! É pesquisando, durante um ou mais diálogos, que podemos fechar o diagnóstico. Muitas vezes a pessoa conta a história-diagnóstico, isto é, ela já sintetiza a história que fecha o diagnóstico da depressão-ansiedade. Então, a partir daí é necessário o tratamento. Mas, o portador da depressão-ansiedade tem lá suas dificuldades...
É interessante observar que o depressivo-ansioso tem suas características particulares, de modo geral, que eu gostaria de citar, para entendimento e esclarecimento de uma espécie de “personalidade depressiva”, graças às semelhanças de atitudes, pensamentos e discursos destes pacientes, que conversam conosco, em depoimentos curiosamente semelhantes em alguns aspectos. Um deles é a questão das dificuldades de aceitação do tratamento, observações já publicadas em alguns meios de divulgação, leigas e científicas. a proposta de tratamento envolve aspectos variados, como o processo terapêutico ou psico-terapêutico, os medicamentos e até mesmo a procura do auxílio espiritual, em uma religião que possa levar a pessoa a um certo grau de estabilidade interior.
Há uma espécie de ideal a ser alcançado, como que dizendo (partindo da própria pessoa) que o próprio doente DEVE resolver suas dificuldades, como um compromisso adoecido que, na verdade, pode até mesmo gerar culpa destrutiva e desnecessária. Há, também, uma relativa abominação pelos medicamentos, como se fossem um castigo imposto à pessoa, que afinal de contas, “ nunca teve nada disso antes” e que, certamente, “não precisará disso agora”. É algo estranho para se entender, na verdade, mas eu escuto isso em minha clínica quase diariamente.
Atendendo pacientes e conversando sem compromisso profissional com as pessoas, percebo facilmente que as maiorias das pessoas que passam por processos depressivos não aceitam adequadamente o fato de que precisem tomar medicamentos ou mesmo passar por processo psicoterapêutico, que seriam as bases, o alicerce do tratamento desses problemas psíquicos. Muitas publicações citam essas dificuldades, mas não tive oportunidade de ler ou mesmo de ouvir em alguma citação, uma explanação que permitisse entender a causa dessa indisposição nesse grupo de pessoas.
Ainda com todos os recursos de esclarecimento de que dispomos atualmente, não há compreensão real de que medicamentos, mesmo que fundamentados em hipóteses de modelos científicos, como já dispus anteriormente, possam ser auxiliares prestimosos para quem tenha determinados problemas de saúde. E essa dificuldade não se restringe somente aos pacientes já citados, mas a outras interessantes “classes” de pessoas que apresentem doenças tais como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, artrite reumatóide, asma brônquica, e, provavelmente outras moléstias.
Talvez o mais difícil de orientar em um atendimento ou mesmo em uma conversa, seja o primeiro caso, afinal, quem já não leu ou ouviu dizer que temos, dentro de nós, “o potencial de nos curar”, bastando que “nossa vontade” seja acionada com tal objetivo? Muitas obras informam sobre mecanismos de cura interior, mentalizações, meditações, etc. e tal. Nada contra recursos auxiliares para a busca de equilíbrio, mas convenhamos que não se possa exagerar, para não se deixar conduzir para uma situação difícil de ser resolvida ou revertida, não é mesmo?
Vou tentar me aprofundar um pouco sobre esse assunto. Há uma obra fantástica de Deepak Chopra, que se chama “A cura quântica”; nela o autor expõe a providencial interferência de nossos pensamentos em nosso organismo através da meditação e processos naturais (entenda-se da natureza) que podem chegar, mesmo, a curar casos de câncer em fase terminal. Como referência: Deepak Chopra, indiano radicado nos EUA desde a década de 70, é médico e filósofo de reputação internacional. Já escreveu mais de 35 livros, traduzidos para 35 idiomas, somando mais de 20 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo. Nem por isso, isento de errar, claro.
Fico me questionando até que ponto podemos interiorizar tais propostas e até que ponto elas podem realmente ajudar a “curar” ou, pelo menos até que ponto podem melhorar a qualidade de vida das pessoas. Há aqui uma situação ambígua. Observemos: há quem aceite bem a proposta de curar-se através da meditação e de recursos terapêuticos “alternativos” e consiga alcançar êxito em suas tentativas; mas também há quem não consiga “curar-se”, será que não? E, nesse caso, como ficam “as cabeças” das pessoas? Não houve êxito, e agora? Podem gerar culpa interior por não conseguir a própria cura?
Na época mais “ativa” de AIDS, cheguei a conversar com pessoas que estavam abandonando o tratamento convencional, para dedicar-se a algum tratamento “espiritual” ou “alternativo”, sem qualquer base lógica, sem qualquer preocupação técnica, somente por crer que o tratamento proposto seria o suficiente para “curar” da doença. Atitude extremada, emotiva, talvez desesperada, tresloucada, não sei bem, mas inadequada, com certeza.
Nenhuma das propostas "mágicas" tem real capacidade de curar ninguém e, mesmo que alguém me diga ter sido curado ou curada por um procedimento desses, fico à espera de que o tempo passe, para poder concluir adequadamente sobre o fato. Se é real, o tempo mostrará a verdade, afinal, meu julgamento poderá se precipitado. Mas, mesmo diante da ciência, precisamos ter sempre certos cuidados: vemos algumas "linhas de condutas" divergentes em várias especialidades médicas. Por exemplo, trata-se ou não a mulher no período do peri-climatério com terapia de reposição hormonal (TRH)? Há quem diga que sim, há quem diga que não, portanto, temos aí uma dualidade interessante que o tempo tem demonstrado vantagens e desvantagens para a TRH. Sem entrar no mérito da questão, podemos observar o quanto a própria ciência tem para crescer ainda, embora tenha avanços inimagináveis nestes últimos cento e poucos anos, desde o final do século XIX.
Quando se fala, então de alguma proposta "alternativa", o cuidado deve ser redobrado. Sem fanatismos irracionais: a própria fé precisa ser racionalizada, já que sem racionalizar corremos o risco de errar ainda mais. Racionalizando já pode ser difícil! Então a proposta de tratamento para a depressão precisa seguir um "tripé" sensato constituído por terapia medicamentosa, terapia psicoterápica e terapia espiritual. As duas primeiras já deu para entender que é claramente necessário, mas e a segunda, por quê eu a estou citando? Será que minha base conceitual em ciência é tão frágil, que necessito de uma aproximação religiosa para poder apoiar o tratamento da depressão? Bem, é tudo questão de lógica, na verdade.
Não há como contestar a necessidade que cada ser humano tem de ter paz interior. Também não há como contestar que quem sofre de depressão-ansiedade não tem paz interior. A procura desta paz interior pode ser alcançada com o auto-conhecimento, que poderá vir através do processo terapêutico adequado que faça com que o portador do distúrbio depressivo-ansioso possa vir a se conhecer melhor (perdão pela redundância). Mas a espiritualização de quem passa por um processo desses, certamente auxiliará em todo o processo de encaminhamento para o equilíbrio, pois que, sem a aproximação do paciente com propostas adequadas de trabalho para auxiliar a quem mais necessita, de conhecimento de dores mais profundas ou de contato com "algo maior", com segurança, haverá maior dificuldade para que exista um equilíbrio ainda maior em todos os movimentos que o depressivo-ansioso precisa.
A espiritualização, entenda-se, não é simplesmente uma adesão a uma doutrina, não é filiar-se a uma religião, simplesmente por estar "de corpo presente". É bem mais que isso: é uma busca REAL de um potencial interior que lhe retire o véu de dificuldades para a visão não material da Vida e permita observar o real motivo de estar "vivendo", as possibilidades e os potenciais que tem dentro de si para construir algo, ainda que pequeno, para colaborar na transformação da Vida, não só da própria, mas dos demais que o cercam e dos mais distantes, assim como as responsabilidades que tem para com o próprio planeta. Tudo, na espiritualização, leva o ser humano a pensar reconstruindo ou construindo e gera maior consciência pessoal, interpessoal, social e conscencial. Por isso, de nada adiantaria simplesmente estar em um culto, em uma missa, em uma reunião de caráter evangélico ou mesmo filosófico, se não houver a caracterização interior de transformação pessoal no culto interior para gerar um novo ser que permita-se libertar das amarras da falta de perdão para consigo próprio e para com os outros, das mágoas para com a Vida ou para com as doenças que eventualmente venha a ter ou já tenha.
Ou seja, estou falando das questões transcedentais mesmo! Trata-se de um processo de conscientização, de elevação pessoal, que permita libertar-se de algo que impede o crescimento. É um conjunto, como eu disse, um tripé terapêutico que se complementa, que se inter-relaciona e potencializa as chances de equilíbrio e, até mesmo de cura. Ainda que existam propostas variadas para a terapêutica da depressão-ansiedade, as questões técnicas não podem ser abandonadas ou esquecidas, pois espelham pesquisas e esforços de indivíduos de algum modo interessados em providenciar um recurso para a melhora de pessoas que sofrem do "mal do século", embasados na Ciência, nas pesquisas científicas, ou seja, resultado de suor e lágrimas de gente que busca, no conhecimento, embasar o entendimento das doenças e seus processos curativos. Abrir mão disso seria insensatez. Mas não aderir à espiritualização também seria, com certeza!



Perfil do Autor


Médico, Homeopata, Acupunturista e Espírita; mantenho blog na área de Medicina e outro na área de Espiritismo.

(Artigonal SC #391868)


Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/medicina-artigos/depressao-pontos-de-vista-391868.html





10 Ml De Amor



http://dusinfernus.files.wordpress.com/2009/06/eu-queria-ser-amor-geisa.jpg

Por: Degmar Augusta da Silva

O amor pode ser medido? Claro! E ele cabe direitinho em um frasco de 10 ml. É uma dose pequena de sentimento, mas para algumas pessoas é vital
Se prestarmos atenção, a correria do dia-a-dia, o estresse e o próprio individualismo, nos remete a uma situação vergonhosa: camuflar a falta de doadores de medula óssea.
Os portadores de leucemia só dependem disso: 10 ml do nosso amor. E também precisam que todos nós sejamos interessados em ajudar, pois não é fácil encontrar um doador compatível: quando o doador não é um membro da família, a chance é de um em um milhão.
Rhanyer Paullo, 24 anos, é formado em ciência da computação e portador de leucemia. Ele publicou uma carta, desabafando a importância da doação de medula óssea para ele, e para milhares de pessoas que necessitam de você para seguir suas vidas. A carta esta disponível no site “Doe medula” (http://www.doemedula.com/doemedula/minhaHistoria.html), mas você pode lê-la na íntegra, aqui!
“Sabe aquele pensamento que todos têm de que "isso nunca vai acontecer comigo"? Pois bem, acontece
Bom pessoal meu nome é Rhanyer Paullo, tenho 24 anos, sou formado em Ciência da Computação, me formei agora em dezembro de 2006. Levava uma vida normal... mas em outubro de 2007 descobri que estava com Leucemia Mielóide Aguda (LMA), tipo M2...
Uma mudança radical na vida. De repente estou forte e saudável e no outro dia, estou no hospital lutando pela minha vida e ouvindo falar em quimioterapia, transfusões de sangue e plaquetas, passando por internações que duram em média de 20 a 25 dias e UTIs e quem sabe, também vou precisar de um transplante de medula. Tudo começou com umas dores nas costas e muito torcicolos. Meu pescoço ficava duro e minhas costas doíam muito. Isso durou umas 2 semanas.
Fui a 3 médicos e eles falavam que era lombalgia, má postura ou estresse. Fiz 10 sessões de fisioterapia, mas não adiantou muita coisa e não foi pedido nenhum exame. Depois tive um sangramento no meu olho esquerdo. Fui novamente ao medico e me falaram que era um vaso sangüíneo que tinha se rompido. Depois fiquei um pouco gripado com febre, muita tosse, meu corpo suava muito, dores de cabeça, minha gengiva estava inchada.
Fui novamente ao médico me falou que era uma virose e novamente, não pediram nenhum exame... no feriado do Dia das Crianças fui pra Caldas Novas, onde minha mãe mora... tinha uma semana que eu estava com os sintomas de febre.
No domingo minha mãe, aflita e com medo de ser dengue, me levou ao médico e brigou com ele para fazer todos exames: de sangue, tirei radiografias do pulmão e da cabeça para ver se eu estava com sinusite por causa da dor de cabeça e, à tarde, tive a suspeita do médico que me falou para voltar correndo para Goiânia e começar minha luta.
Passei por muita coisa dali para frente, além do medo da quimioterapia... A primeira (sessão) quimioterapia pra mim foi um trauma, pois tive muitas reações alérgicas aos medicamentos... Perdi 8 kg, tomei muita injeções na barriga para voltar a minha resistência.
Bom, a segunda quimioterapia foi um pouco mais tranqüila. Tive febre durante uma semana e meia, mas pelo menos não tive na UTI (VOCÊ NÃO TEM IDÉIA COMO É A UTI. COITADO DE QUEM TEM QUE PASSAR POR LÁ). Também não tive muita reação aos medicamentos, passava mal, mas dava para agüentar... Agora estou em casa, me recuperando para a próxima quimioterapia... E muito feliz por estar com minha família e por ter conhecido um monte de gente que estão me dando uma grande força, pois nessas horas o psicológico da gente fica muito abalado....
Fiz os exames para ver se minha irmã e minha mãe e meu pai fossem os meus doadores de medula mais não foram. Agora meu nome está no banco nacional de doadores de medula e já terminei a minha terceira quimioterapia. Agora estou esperando pelas febres. Segundo a doutora falou, elas virão uma hora ou outra, mas estou bem. A terceira internação depois da quimioterapia foi bem mais tranqüila. Só tive muita febre, dor de cabeça e tosse. Fiquei 12 dias no hospital, tomei muita transfusão de sangue e de plaquetas.
Então venho aqui chamar a atenção sobre a doação de medula como para mim, é para muitas outras pessoas a melhor coisa de ser ouvida quando se tem leucemia. Para alguns é a única chance de uma nova vida! Mas as doações de medula no Brasil são muito raras, pois os doadores só aparecem quando tem um caso de leucemia na família. Têm medo da palavra transplante, mas isso tudo é muito simples para doar a medula.
A boa noticia é que isto pode ser mudado se todos colaborarem com a doação de medula, você não faz idéia de como é difícil para algumas pessoas ouvirem dos médicos que você tem 20% de chance de continuar vivo com o transplante de medula..
É por isso que venho aqui implorar para vocês para se tornarem doadores de medula e dar esperança para muitos que sofrem com esta doença. Agradeço a todos que estão rezando por mim ...
Me ajude a divulgar esta campanha!
Esta campanha não é só para doações para mim e sim, para milhares de pessoas que necessitam de uma doação para poderem seguir as suas vidas, vida esta que você pode ser o responsável por salvar!
Se você pode doar, então doe e ajude a salvar uma vida.


Rhanyer Paullo”


Ajude seu próximo, salve vidas, cadastre-se como doador. É simples e indolor. Procure o Hemocentro da sua cidade e torne-se um verdadeiro cidadão. A esperança para os portadores de leucemia estão em 10 ml do seu sangue.


Texto:Degmar Augusta da Silva( Las Hermanas)


Edição: Mariana Espirito Santo ( Las Hermanas)


Contato: degtilili@hotmail.com












Perfil do Autor

Advogada há mais de dez anos, com vasta experiência e atuação em grandes empresas. Auditora interna ISO 9001/9002, com conhecimento e formação técnica no sistema de Gestão da qualidade. Atualmente se especializando em Docência em Ensino Superior e Gestão Ambiental de Empresas, com enfoque em responsabilidade socioambiental, desenvolvimento sustentável e RS.

Editora chefe do Informativo Las hermanas, fundadora e membro do Las Hermanas( projeto social).

degtilili@hotmail.com

62-8437 9405

(Artigonal SC #368037)


Fonte do Artigo - http://www.artigonal.com/medicina-artigos/10-ml-de-amor-368037.html





Doença De Alzheimer Como A Principal Causa De Demência Nos Idosos E Seu Impacto Na Vida Dos Familiares Cuidadores






Por: Vanni de Jesus Silva


DOENÇA DE ALZHEIMER COMO A PRINCIPAL CAUSA DE DEMÊNCIA NOS IDOSOS E SEU IMPACTO NA VIDA DOS FAMILIARES CUIDADORES

Karina Prado de Araújo[1]

Vanni de Jesus Silva2

Jackson Weliton Teixeira de Souza 3

Maria Madalena Matos Torres4

Resumo: O envelhecimento é inevitável e condiciona o ser humano a um progressivo decréscimo nas funções fisiológicas, em particular as funções cerebrais, favorecendo o aparecimento de transtornos mentais típicos e mais comuns da velhice como a demência, depressão, ansiedade, delirium e transtornos psicóticos segundo Filho e Netto (2006). A demência apresenta prevalência muito alta na população idosa, dobrando a cada cinco anos após os 65 anos de idade. Definida por Filho e Neto (2006), como uma síndrome com múltiplas causas, sendo a Doença de Alzheimer (DA) a principal causa de demência em idosos. O presente artigo tem como objetivo apresentar um estudo sobre a Doença de Alzheimer e seu impacto sobre os cuidadores. Será uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório com abordagem qualitativa para que possamos melhor entender a doença e de que forma ela influência a vida das pessoas que tem no seio familiar um portador desta patologia.

Palavras Chave: envelhecimento, demência, Alzheimer, cuidadores.

Summary: The aging is inevitable and conditions the human being a gradual decrease in the physiological functions, in particular the cerebral functions, favoring the appearance of typical and more common mental upheavals of the oldness as the dementia, depression, anxiety, delirium and psychotic upheavals according to Filho and Netto (2006). The dementia very presents high prevalence in the aged population, folding to each five years after the 65 years of age. Defined for Son and Grandson (2006), as a syndrome with multiple causes, being the Illness of Alzheimer (OF) the main cause of dementia in aged. The present article has as objective to present a study on the Illness of Alzheimer and its impact on the cuidadores. It will be a bibliographical research of exploratório character with qualitative boarding so that let us can better understand the illness and of that it forms it influences the life of the people that has in the familiar seio a carrier of this pathology.

Words Key: aging, dementia, Alzheimer, caregivers

INTRODUÇÃO

O ser humano passa por diversas fases desde sua concepção até a morte. Infância, puberdade, maturidade ou fase adulta e envelhecimento são etapas distintas e que apresentam mudanças características. O envelhecimento é marcado fundamentalmente por uma série de mudanças que vão desde o nível molecular até o morfofisiológico. Essas mudanças têm início ao final da segunda década de vida, sendo pouco perceptível por longo período, até que surjam as primeiras alterações funcionais e/ou estruturais atribuídas ao envelhecimento (GOTTIELA e CARVALHO, 2007).

Segundo Gottiela e Carvalho (2007), o envelhecimento é inevitável e condiciona o ser humano a um progressivo decréscimo nas funções fisiológicas e na redução da habilidade em responder ao estresse ambiental, deixando-o mais suscetível e vulnerável ao aparecimento das doenças.

Dados epidemiológicos têm mostrado atualmente um crescimento da população idosa, como conseqüência da diminuição da taxa de mortalidade e menor taxa de nascimentos. Esses dois marcadores afetam diretamente, e de forma significativa, a estrutura etária da população e, conseqüentemente, intensificam os problemas de uma determinada sociedade (FREITAS et al, 2006).

Os avanços da ciência e a melhoria das condições sanitárias são fatores que vem contribuindo para o aumento da população idosa. Nos países em desenvolvimento como o Brasil, este aumento está ocorrendo rapidamente, tornando-se necessária à reorganização dos serviços de saúde, a fim de melhorar a assistência prestada a esta crescente população (MONTANHOLI, 2006).

Segundo Zaslavsky e Gus (2002) a velhice é uma etapa da vida com características e valores próprios, em que o indivíduo sofre modificações na estrutura orgânica, no metabolismo, no equilíbrio bioquímico, na imunidade, na nutrição, nos mecanismos funcionais, nas características intelectuais e emocionais, e não pode ser vista como uma doença.

O idoso é mais vulnerável a doenças degenerativas de começo insidioso, como as afecções cardiovasculares e cérebro-vasculares, os cânceres, os transtornos mentais, as patologias que afetam o sistema locomotor e os sentidos. Também não se pode negar que há uma redução sistemática do grau de interação social como um dos sinais mais evidentes de velhice e ainda concorrem para agravar essa situação vários fatores demográficos, sócio-culturais e epidemiológicos, como aposentadoria, perda de companheiros de trabalho, aumento de tempo livre, mudanças nas normas sociais, impacto da idade sobre o indivíduo, impacto social da velhice, perda de segurança econômica, rejeição pelo grupo, filhos que se afastam, condução difícil, trânsito congestionado, poluição ambiental afetando a sua saúde, o aparecimento de determinadas enfermidades, dificuldades em aceitar as novas formas de pensamento que não condizem com as suas, fazendo com que a mente do idoso passe por um processo de despersonalização (ZASLAVSKY; GUS, 2002).

A expectativa de vida aumentada neste século é reflexo de eventos que culminaram na substituição das causas de morte, antes atribuídas a doenças infecciosas e parasitárias em maior escala, e atualmente, estudos apontam que a maioria das causas de morte estão relacionadas com as doenças crônicas, que são mais comuns em idades avançadas. Por se tratar de um fato atual, apesar de algumas mudanças terem acontecido no contexto do envelhecimento, as políticas de proteção aos idosos não acompanham as necessidades e comprometimentos advindos do crescimento exponencial dessa população, visto que a assistência a esse grupo deve ter uma visão multidimensional, e ser pautada em questões específicas e programadas para real e efetiva intervenção nos diferentes níveis de realidades e necessidades. Faz-se necessário entender o envelhecimento populacional como um fato coletivo e social, que não pode ficar restrito a práticas individuais e exclusivamente medicalizantes, priorizando-se uma assistência voltada para prevenção (FONSECA; SOARES, 2007).

O processo natural de envelhecimento envolve alterações biológicas e psicobiológicas que somadas à influência do meio em que vive o idoso, estão relacionadas à ocorrência de doenças crônico-degenerativas, que podem vir acompanhadas de dependência e incapacidades, e ao aparecimento de transtornos mentais típicos e mais comuns da velhice como as demências, depressão, ansiedade, delirium e transtornos psicóticos segundo Filho e Netto (2006).

A demência apresenta prevalência muito alta na população idosa, dobrando a cada cinco anos após os 65 anos de idade. Definida por Filho e Neto (2006), como uma síndrome com múltiplas causas, sendo a Doença de Alzheimer (DA) a principal causa de demência em idosos, vem exigindo que os médicos que atendem indivíduos nesta faixa etária busquem maior conhecimento a respeito dos princípios que direcionam a conduta prática para o problema.

Diante da variedade de problemas que acometem os idosos, sobretudo a demência, o presente artigo tem como objetivo apresentar um estudo sobre a Doença de Alzheimer como a principal causa de demência nos idosos e seu impacto sobre os familiares cuidadores. Será uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório com abordagem qualitativa para que possamos melhor entender a doença e de que forma ela influência a vida das pessoas que tem no seio familiar um portador desta patologia.

DOENÇA DE ALZHEIMER

Segundo Freitas et al (2006) a Doença de Alzheimer (DA) foi descrita pela primeira vez em 1906 pelo neuropatologista alemão Alois Alzheimer e recebeu essa denominação em 1910 por Kraepelin, e nesta época acreditavam que tal desordem estava restrita a formas graves de demência pré-senil de evolução rápida, com presença de placas senis e de emaranhados neurofibrilares. Atualmente é considerada a forma mais comum de demência entre os idosos. Trata-se de uma doença degenerativa que se instala de forma insidiosa e causa progressivo declínio das funções cognitivas, ligadas à percepção, à aprendizagem, à memória, ao raciocínio e ao funcionamento psicomotor e também, o aparecimento de quadros neuropsiquiátricos com diversas manifestações graves (MORAES, 2007).

Segundo Smeltzer e Bare (2005), a doença de Alzheimer é uma neuropatologia degenerativa, progressiva e irreversível, com início insidioso, caracterizando-se por perdas graduais da função cognitiva e distúrbios do comportamento e afeto. Não é uma doença exclusiva dos idosos, podendo acometer indivíduos na meia-idade em 1 a 10% dos casos. Um histórico familiar de DA e a presença da síndrome de Down são dois fatores de risco estabelecidos para a DA. Estudos genéticos mostram que as formas autossômicas dominantes da doença de Alzheimer estão associados com início precoce e morte também precoce.

Smeltzer e Bare (2005), relatam que:

"A demência caracteriza-se por um declínio irregular da função mental. Por vezes, a demência por multiinfarto é confundida com a doença de Alzheimer, paranóia ou delírio por causa de sua condição clínica imprevisível. O diagnóstico pode ser ainda mais difícil se o paciente estiver sofrendo da doença de Alzheimer e demência por multiinfarto".

Múltiplos fatores estão relacionados ao aparecimento dessa doença, e dentre os principais, destacam-se a idade avançada por se tratar de uma moléstia mais comum após os 65 anos; o sexo visto que ocorre com mais freqüência nas mulheres; o histórico familiar, pois a incidência é maior em pessoas que possuem casos de Alzheimer ou de outras demências na família, e alguns estudos indicam que essa enfermidade também pode decorrer de traumas cranianos (MORAES, 2007).

De acordo com Freitas et al (2006) a DA é considerada a forma mais comum de demência nos países ocidentais, estima-se que o número de indivíduos acometidossupere 15 milhões em todo o mundo e sua prevalência vem aumentando de forma significativa nas diversas faixas etárias. Nos Estados Unidos a DA é a quarta causa de óbito em pessoas entre 75 e 84 anos de idade, e a terceira maior causa de incapacidade e mortalidade. No Brasil, apesar das estatísticas não serem precisas, estima-se que cerca de 500 mil pessoas sejam acometidas pela DA, o que causa um impacto nanossa sociedade.

Esse impacto na sociedade se dá principalmente pelos custos diretos envolvidos no cuidado com os portadores de DA, com previsão de que em 2030 nos EUA, as despesas cheguem a 30 bilhões de dólares por ano, sem levar em conta os gastos indiretos, que incluem o tempo despendido por cuidadores, a perda de produtividade e o impacto negativo na saúde do cuidador em virtude da assistência prestada ao doente. Todos esses fatores colocam a DA, assim como outros tipos de demência, como importante problema de saúde pública em todo o mundo (FREITAS et al, 2006).

Freitas et al (2006) afirmam que a incidência e prevalência das demências aumentam exponencialmente com a idade, dobrando a cada 5,1 anos a partir dos 60 anos, aproximadamente. Após os 64 anos, a prevalência é de cerca de 5 a 10%, e a incidência anual é de cerca de 1 a 2%, subindo após os 75 anos, para 15 a 20% a prevalência e 2 a 4% a incidência.

NEUROPATOLOGIA DA DOENÇA DE ALZHEIMER

Segundo Freitas et al (2006), embora a comunidade científica venha se esforçando nas últimas duas décadas para desvendar os mecanismos patológicos responsáveis pela DA, suas bases moleculares continuam em grande partedesconhecidos, sendo os principais achados neuropatológicos que justifiquem a patologia, a perda neuronal e a degeneração sinápticaintensas, com acúmulo e deposição no córtex cerebral de duas lesões principais: placas senis ou neuríticas (PS) e emaranhados neurofibrilares (ENF).

Clinicamente, os pacientes desenvolvem comprometimento progressivo da memória, degeneração do córtex temporal e parietal de associação (produzindo dispraxia e disfasia) e, freqüentemente, distúrbios emocionais. Com a progressão da doença, ao longo der muitos anos, os pacientes tornam-se imóveis e emaciados, e a morte é comumente conseqüência de uma pneumonia (STEVENS & LOWE, 2002).

Ainda segundo Stevens e Lowe (2002), a causa da doença é desconhecida, mas há casos familiares bem definidos que têm fornecido importantes informações na pesquisa de defeitos gênicos específicos na doença.

O cérebro, na doença de Alzheimer, apresentar-se menor do que o normal, com peso reduzido evidenciado como encolhimento dos giros e dilatação dos sulcos nos hemisférios cerebrais. A atrofia é mais evidenciado no lobo temporal, particularmente no giro para-hipocampal, embora possa ser observada também nas regiões frontal e parietal. O lobo occipital e o córtex cerebral, via de regra são preservados (STEVENS & LOWE, 2002).

QUADRO CLÍNICO

Na avaliação médica, os idosos ou seus familiares, queixam-se constantemente de piora do desempenho cognitivo com o envelhecimento. Os profissionais de saúde devem estar atentos, em todas as oportunidades, para identificar e avaliar a importância relativa das queixas ou dos sintomas detectados e, dessa forma, possibilitar a determinação do estado de acuidade mental atual do paciente, sempre considerando as variações individuais influenciadas, sobretudo pela idade e pelo grau de escolaridade (FREITAS et al, 2006).

A DA frequentemente inicia-se após os 60 anos de idade, apesar de raros casos descritos em pessoas com até 30 anos de idade. A dificuldade de se ter com precisão a data de início da doença é notória. A piora progressiva dos sintomas ocorre de forma gradual e contínua, usualmente num período de 8 a 12 anos. Existe, todavia, grande variabilidade na velocidade de progressão da doença, desde períodos tão curtos de 2 anos até tão longos de 25 anos. Os fatores que afetam a sobrevida são: idade, gênero e gravidade da demência (FREITAS et al, 2006).

A fase inicial dura, em média, de 2 a 3 anos e é caracterizada por sintomas vagos e difusos, que se desenvolvem insidiosamente. O comprometimento da memória é, em geral, o sintoma mais proeminente e precoce, principalmente de memória declarativa episódica. Os déficits de memória de evocação nas fases iniciais dizem respeito principalmente à dificuldade para relembrar datas, compromissos, nomes familiares e fatos recentes (FREITAS et al, 2006).

A fase intermediária cuja duração varia entre 2 e 10 anos, é caracterizada por deterioração mais acentuada dos déficits de memória e pelo aparecimento de sintomas focais, que incluem afasia, apraxia, agnosia, alterações visuoespaciais e visuoconstrutivas. Os distúrbios de linguagem, inicialmente caracterizados pela dificuldade de nomeação, progridem, com dificuldade de acesso léxico, empobrecimento do vocabulário, parafasias semânticas e fonêmicas, perseverações, circunlóquios, perda de conteúdo e dificuldade de compreensão. A apraxia é, sobretudo ideatória e ideomotora (FREITAS et al, 2006).

Na fase mais avançada das demências, com duração média de 8 a12 anos, e no estágio terminal, todas as funções cognitivas estão gravemente comprometidas, havendo, até mesmo, dificuldades para reconhecer faces e espaços familiares. Devido à perda total da capacidade para realizar atividade da vida diária, os pacientes tornam-se totalmente dependentes. As alterações de linguagem agravam-se progressivamente, ficando evidentes as dificuldades para falar sentenças completas e compreender comandos simples. Com a progressão da doença, ao longo de muitos anos, os pacientes apresentam imobilidade crescente, incontinência urinária e fecal, tendência em assumir a posição fetal, mutismo, fica restrito a poltrona ou ao leito, presença de úlceras por pressão, perda progressiva de peso, infecções urinárias e respiratórias freqüentes, término da comunicação, tornando-se por fim imóveis e emaciados (FREITAS et al, 2006).


DIAGNÓSTICO

Em termos práticos, para o estabelecimento do diagnóstico da DA, o primeiro passo é a confirmação do diagnóstico de demência. Para tanto, é fundamental considerar os critérios propostos para o diagnóstico de demência e o diferencial com as demais condições clínicas, neurológicas e psiquiátricas que podem apresentar-se, de inicio, com quadro clínico semelhante às demências. Demência pode ser definida como uma síndrome caracterizada pelo comprometimento de múltiplas funções corticais superiores (FREITAS et al, 2006).

Entre os déficits cognitivos, incluem-se os da memória, do pensamento, da orientação, da compreensão, da linguagem, do cálculo, da capacidade de aprendizagem, do pensamento abstrato e do julgamento. Para o diagnóstico de demência, é essencial que os déficits causem significativo comprometimento nas atividades profissionais, ocupacionais e sociais do individuo e representem declínio significativo com relação aos níveis prévios de funcionamento, na ausência de alterações de consciência (FREITAS et al, 2006).

Para o diagnóstico diferencial, é importante considerarmos várias outras condições que podem apresentar-se, de início, com quadro clínico semelhante às demências, entre as quais se incluem as desordens amnésicas, o retardo mental, as desordens fictícias, o estado confusional agudo (delirium), as desordens psiquiátricas funcionais (depressão maior, esquizofrenia), o comprometimento cognitivo leve, o declínio cognitivo associado ao envelhecimento ou o comprometimento da memória associado à idade (FREITAS et al, 2006).

Assegurados os requisitos mínimos para o diagnóstico de demência,o segundo passo é identificar os déficits cognitivos e não-cognitivos presentes e correlacioná-los às características clínicas típicas potencialmente associadas à DA, ao desempenho na avaliação cognitiva e aos resultados de exames laboratoriais e de neuroimagem. Com isso, busca-se firmar o diagnóstico da DA, considerando-se a ausência, no presente, de marcadores biológicos que permitam a detecção pré-sintomática ou o diagnóstico pré-morbido definitivo, bem como a inexistência de alterações patognomônicas clínicas, laboratoriais ou radiológicas da DA que possibilitem firmar o diagnóstico definitivo, em vida, da doença (FREITAS et al, 2006).

TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

O tratamento farmacológico da Doença de Alzheimer pode ser realizado em quatro níveis: terapêutica específica, que tem como objetivo reverter os processos patológicos que conduzem à morte neuronal levando o indivíduo à demência; abordagem profilática, que visa retardar o início da demência ou prevenir declínio cognitivo adicional, uma vez descoberto o problema; tratamento sintomático, no intuito de restaurar, ainda que parcial ou provisoriamente, as capacidades cognitivas, as habilidades funcionais e o comportamento dos pacientes portadores de demência; e terapêutico complementar, que busca o tratamento das manifestações não-cognitivas da demência, tais como depressão, psicose, agitação psicomotora, agressividade e distúrbio do sono (FORLENZA, 2005).

Inúmeras substâncias psicoativas são usadas com a finalidade de preservar ou restabelecer a cognição, o comportamento e as habilidades funcionais do paciente com demência, contudo, os efeitos das drogas hoje aprovadas para o tratamento da Doença de Alzheimer limitam-se ao retardo na evolução natural da doença, permitindo apenas uma melhora temporária do estado funcional do paciente. As principais drogas utilizadas são os inibidores das colinesterases, memantina, antioxidantes, estrógenos, antiinflamatórios não-hormonais, estatinas e ginkgo-biloba. Outras substâncias como melatonina, vasodilatadores, bloqueadores de canais de cálcio e nootrópicos, são muito usadas na prática clínica por acreditarem em seu efeito sobre o SNC, embora não se tenha comprovação científica (FORLENZA, 2005).


IMPACTO DA DOENÇA DE ALZHEIMER PARA OS FAMILIARES CUIDADORES

Segundo Sena e Gonçalves (2008), o envelhecimento é um fenômeno intrínseco à vida no planeta, mas o crescimento da população idosa tem assustado adultos, idosos, famílias, profissionais da saúde, líderes do governo e de organizações não-governamentais, entre outros. Sena e Gonçalves (2008) ainda afirmam:

"No Brasil, há uma tradição de que o cuidado de um familiar doente ou com limitações fisiológicas próprias da velhice deva ser desenvolvido pela própria família, especialmente se a pessoa dependente do cuidado for o cônjuge, os filhos, os pais ou avós idosos, ou seja, há uma naturalização da idéia de família cuidadora".

A Constituição Federativa do Brasil, no artigo 229, dispõe que "os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade", em parceria com o Estado e a sociedade, legitimando a tradição da família cuidadora. A família tem "o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida". A intensa mobilização de profissionais do serviço social, da saúde, do governo, a sociedade civil organizada e outros, culminou com a criação da Lei Nº 8.842 de 1994, regulamentada em 1996, possibilitando a instituição de uma Política Nacional para o Idoso (PNI) que, entre suas diretrizes, estabelece que os idosos sejam atendidos, prioritariamente, pela própria família em detrimento da atenção asilar, exceto aqueles que não possam garantir sua sobrevivência. Em 2003, entrou em vigor, no Brasil, a Lei Nº 10.741, estabelecendo o Estatuto do Idoso. Entre as disposições da Lei, o art. III responsabiliza a família, a comunidade, a sociedade e o poder público em assegurar à pessoa idosa a efetividade do direito à vida (SENA E GONÇALVES 2008).

De acordo Sena e Gonçalves (2008), os estudos sobre familiares cuidadores em gerontologia tiveram início há aproximadamente 26 anos, e a posição predominante dos cientistas a respeito do assunto é que assumir a função de cuidador de um familiar idoso com capacidades funcionais limitadas, em particular nas situações de maior dependência, como na demência do tipo Alzheimer, constitui uma experiência que produz enorme impacto no processo de viver do cuidador, pois envolve alterações em sua saúde física, emocional e social, visto que geralmente o cuidado é contínuo, envolve várias ações, acontece de forma inesperada, exigindo conhecimento específico e habilidades para cuidado, o que somando-se às outras atividades cotidianas do cuidador, sobrecarrega-o com uma intensa jornada de trabalho, sem contar a possível dificuldade na relação do cuidador com a pessoa de quem cuida, ou o fato de acompanhar a progressiva degeneração funcional de um ente querido.

Conviver com pacientes em situação de demência exige mudanças geralmente relevantes na vida cotidiana dos cuidadores, pois não se trata de um problema passageiro e sim de uma doença progressiva, que acompanha o idoso acometido até o final da sua vida, processo que pode durar muitos anos (LEMOS et al 2006).

Os problemas sociais relacionados ao impacto provocado pelo aumento da expectativa de vida das pessoas são muito complexos e refletem diretamente na manutenção da saúde dos idosos e na preservação de sua permanência junto à família. A doença de Alzheimer é uma forma de demência que vem cada vez mais participando deste contexto e compromete significativamente a integridade física, mental e social do portador, acarretando uma situação de dependência total necessitando de cuidados cada vez mais complexos, quase sempre realizados no próprio domicílio, influenciando na dinâmica cotidiana dos familiares. A necessidade de cuidados contínuos, a dificuldade no manejo das manifestações psiquiátricas e comportamentais, a lembrança das vivências, tanto positivas como negativas, principalmente os laços afetivos compartilhados antes da instalação da doença, produzem desgaste físico, mental e emocional. (LUZARDO et al 2006).

Em estudo realizado por Garrido e Menezes (2004), os cuidadores foram principalmente mulheres, filhas ou esposas, casados, com idade média de 51,3 anos, sem emprego ou do lar, com oito ou mais anos de escolaridade e a maioria morava com os pacientes. Mais da metade dos cuidadores passava mais de oito horas por dia com os pacientes e 18 cuidavam dos pacientes há menos de um ano. Clinicamente, a maioria dos cuidadores apresentava saúde física excelente ou boa.

Ainda falando do estudo realizado pelos referidos, na avaliação das respostas dos cuidadores sobre o impacto do cuidar, mais da metade sentia que os pacientes não pediam ajuda desnecessariamente, e raramente se sentiam envergonhados com o comportamento dos pacientes ou tensos com sua presença, mas 48,9% responderam que freqüentemente ou sempre não tinham dinheiro suficiente para cuidar do paciente e quando questionados sobre a freqüência com que, de maneira geral, se sentiram sobrecarregados por cuidar do paciente, 42,8% dos cuidadores responderam "nunca ou raramente" e 38,7% "freqüentemente ou sempre".

Segundo Zimerman (2000), um grande problema que encontra no atendimento das pessoas com DA é a reação da família, que muitas vezes tem dificuldade em aceitar o diagnóstico, e por ter pouca informação sobre o problema ficam com vergonha de terem uma pessoa com demência na família. Outros reagem negativamente porque ao verem a situação em que se encontra seu pai ou sua mãe, pensam na possibilidade de no futuro estarem passando pela mesma situação. E por fim tem aqueles que se recusam a voltar a ver o pai ou mãe, alegando que não os consideram mais como tal, pelo fato de não ser reconhecido por eles. Zimerman (2000) relata na pagina 105:

"A fase inicial da doença de Alzheimer é uma das que costuma suscitar maiores problemas de convivência. Os familiares e as outras pessoas que lidam com o velho costumam irritar-se e perder a paciência com seus constantes esquecimentos, até que a situação se torna tão problemática que é buscada ajuda profissional. Diagnosticada a doença, costuma sobrevir o abalo e a desorientação que já relatei".

O processo inicial da doença de Alzheimer muitas vezes é confundido com as alterações naturais do envelhecimento, sendo normalmente aceito pelos familiares. A medida que a doença progride, mesmo que da forma inadequada, a família passa a dar importância às alterações de comportamento apresentadas pelo doente. Quando o grau de dependência torna-se muito acentuado é que os familiares começam a dar o verdadeiro valor e o apoio necessário para que o indivíduo acometido possa realizar atividades simples, até que passe de dependência para incapacidade, onde os membros da família precisam criar estratégias para suprir as necessidades do paciente, acarretando alterações significativas na rotina familiar (NETTO, 2005).

As maiores dificuldades enfrentadas pelos familiares envolvem questões emocionais, econômicas e do cotidiano, e conforme Netto (2005), mesmo com os esclarecimentos sobre como se dá a evolução da doença, sentimentos como a angústia, ansiedade, o medo, a raiva, a culpa, e a depressão acompanharão os familiares a cada mudança de fase da doença.

Segundo Vilaça e Barreiros et al (2005), o cuidador familiar, considerado um cuidador informal, necessita receber orientações sobre como proceder nas situações mais difíceis no cuidado com os pacientes e receber em casa visitas periódicas de profissionais médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e outras modalidades de supervisão e capacitação, que constituem os cuidadores formais. Este apoio é fundamental para ajudá-lo a lidar com a grande mudança em seu estilo de vida, já que além de ser responsável pelo seu bem-estar passa a responsabilizar-se pelo indivíduo doente. Além disso, pode não demonstrar essa necessidade de orientação ou mesmo não perceber que está precisando de ajuda para seu autocuidado e o cuidado com o outro.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi apresentado neste artigo, podemos concluir que o cuidar de uma pessoa portadora de DA pode ser muito difícil em alguns momentos. Requer principalmente amor, solidariedade e tudo que estas duas palavras englobam: paciência, dedicação e, sobretudo, uma assistência que merece a divisão de tarefas entre os familiares, visto que os cuidados exigem atenção ininterrupta, gerando grande desgaste físico e emocional para aqueles que lidam diretamente com o portador.

A assistência ao portador de doença de Alzheimer deverá ser realizada por uma equipe multiprofissional, sendo que o enfermeiro e sua equipe podem ser destaque neste atendimento, pois têm importante significado na comunicação e possui uma proximidade maior com o paciente tanto no cuidado como nas intervenções e orientações. A assistência de enfermagem também se assemelha a de um cuidador, e baseado nisto, estuda-se os sintomas do portador de Alzheimer, para poder realizar intervenções corretas, baseadas em dados científicos podendo assim delegar funções para sua equipe.

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