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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

MANDALA:OS SÍMBOLOS DO INCONSCIENTE !

 

SÍMBOLOS DO INCONSCIENTE
Para Freud, o conceito de inconsciente se refere ao "quarto de despejos" dos desejos reprimidos, já para Jung, este mesmo conceito fala de um mundo que é parte tão vital e real da vida de um indivíduo quanto é o mundo consciente e "meditador" do ego.
A linguagem e as "pessoas" do inconsciente são símbolos, e os meios de comunicação com este mundo são os sonhos. O estudo do homem e seus símbolos é o estudo da relação do homem com seu inconsciente. Os sonhos são uma expressão integral, importante e pessoal do inconsciente particular de cada um e tão "real" quanto qualquer outro fenômeno ligado ao indivíduo. O inconsciente individual de quem sonha está em comunicação apenas com o sonhador e seleciona símbolos para seu propósito, podemos falar dos sonhos como um estabelecimento de comunicação direta com si próprio. Por isso tudo, a interpretação dos sonhos é pessoal e particular, os sonhos são um meio de comunicação que usa símbolos comuns a toda humanidade, o que Jung chama de inconsciente coletivo.
Cada sonho é uma comunicação particular e individual e dois sonhos nunca usam da mesma maneira os símbolos do inconsciente. Os símbolos são universais, porém cada um deles possui uma significação pessoal, pensamentos iguais muitas vezes são representados de maneiras diferentes. Na relação humana, muitos pensamentos são comuns a todas as culturas e há uma relação do saber entre o eu e o outro - tudo o que eu sei você sabe. No inconsciente coletivo, existem símbolos iguais que são representados em situações diferentes, mas também existem situações que, apesar de serem iguais, são representadas por símbolos diferentes.
Podemos também fazer uma descrição do sonho como quando o inconsciente está informado sobre algo - a consciência não - e chega a uma conclusão (que é o sonho). É apenas pelo fato de que não estamos conscientes dos fatos que os possíveis resultados podem ser antecipados. O inconsciente é dirigido por tendências instintivas, representadas por formas de pensamento correspondentes, os arquétipos. Estes arquétipos são dotados de iniciativa própria e também de uma energia específica, assim, fornecem interpretações significativas e simbólicas e funcionam como complexos pessoais que, por alterar as intenções conscientes, perturbam a pessoa e acabam em compensações de atitudes das mesmas. A energia dos arquétipos pode ser concentrada com o objetivo de levar as pessoas a ações coletivas, uma imagem coletiva possui então diversos arquétipos.
Assim, dependemos de coisas que fogem ao nosso controle estabelecendo para elas relações míticas. O homem moderno possui diversas superstições, por exemplo, na frase "querer é poder" vemos claramente a sustentação da crença que passa por uma racionalização, mas o homem continua dominado pela "força maior", assim criando uma coleção de neuroses.
A PRESENÇA DA MITOLOGIA
Segundo Jung, os mitos são expressões simbólicas de dramas internos, inconscientes, que revelam a natureza da psique. Possuem um estrato mais profundo, de caráter universal, estruturado por conteúdos tais como os motivos típicos da imaginação de todos os homens. Jung dizia também que a arte é a expressão mais pura que há para a demonstração do inconsciente de cada um, é a liberdade de expressão, a sensibilidade, a criatividade, é a vida.
Na ocasião, Jung sugeriu à psiquiatra que estudasse os mitos, pois, muitas interpretações das futuras obras de seus clientes certamente estariam ligadas a estas formas de representação.Embora os doentes fossem pessoas em sua maioria simples e sem cultura geral, os mitos apareciam com freqüência em seus desenhos. A explicação, segundo a psicologia junguiana, é o que se chama de inconsciente coletivo. Para Jung, os arquétipos míticos são universais, envolvem a realidade do homem e é por onde fluem as imagens do mundo esquizofrênico quando o ego se desmancha.
MANDALAS
A partir da manifestação do círculo nos desenhos ou pintura dos doentes esquizofrênicos, Nise da Silveira começa a indagar como era possível uma pessoa partida em pedaços ver tão bem o símbolo da unidade, o círculo. Esquizo em grego significa separado, partido, mas volta e meia apareciam círculos nos desenhos. Foi assim que escreveu no ano de 1954 a Jung perguntando-lhe se eram mandalas o que os doentes pintavam. Jung responde agradecendo-lhe as mandalas.
Mandalas
· Conhecida desde a antiguidade como símbolo mágico, a mandala representa o self, conceito junguiano ligado à unidade da psique. A mente do esquizofrênico busca através da mandala reencontrar sua unidade, simbolizando o potencial autocurativo, se a pessoa vive um estado de confusão mental, de dissociação, o inconsciente profundo está mandando o símbolo dessa unidade. Então, a psique, mesmo do esquizofrênico, tem um potencial auto curativo.
Isso no começo da década de 50 realmente era uma visão nova. Essas forças auto curativas podem se manifestar principalmente através do afeto. Porém, a partir do momento em que uma pessoa é trancafiada num hospital psiquiátrico, dificilmente essas forças podem se manifestar.



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