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domingo, 26 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO!



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Estamos vivendo um tempo de festa. Um tempo de nascimento – Natal – e um tempo de renascimento – a virada de um novo ano. Muito se discute sobre o dia do nascimento de Jesus. Se foi mesmo 25 de dezembro, 06 de janeiro ou um outro dia qualquer. È certo que há controvérsias sobre o dia do nascimento daquele que veio ao mundo em nome do Deus Pai, como seu filho. A história nos conta que o Filho de Deus, Jesus de Nazaré, nasceu em Belém, como uma criança humilde e marginalizada. A Bíblia não apresenta nenhuma referência relativa à data do nascimento de Jesus Cristo.

Não é uma questão de esquecimento. Pelo contrário. Na realidade, os antigos calendários romanos eram pouco confiáveis. Eles tinham semanas de quinze dias e meses de dez dias, de acordo com a vontade do Imperador reinante. Não existem registros históricos a respeito de festas de aniversário ou de casamentos na Antiguidade. Os registros de datas importantes só são tratados de forma sistemática, pela Igreja Católica, a partir de 1640 – século XVII.

Mas esta questão de data exata é o que menos importa. O que importa, verdadeiramente é a data em que se marca a celebração do dia em que o filho de Deus nasceu na Terra, trazendo uma nova aliança, uma nova vida - Natal. O que importa, mesmo, é o fato da celebração do nascimento de Jesus – 25 de dezembro – acontecer uma semana antes da comemoração do Ano Novo.

O Ano Novo é toda celebração feita por qualquer cultura, festejando o fim de um ano e o começo de outro, já que todas as culturas que têm calendários anuais celebram o Ano Novo. A comemoração que fazemos aqui no ocidente tem origem num decreto do governador romano Julio César que determinou ser o 1º. de janeiro o dia do Ano Novo, no ano de 46 antes de Cristo. Os romanos dedicavam este dia a um deus chamado Janus. Era o deus dotado de duas faces opostas, uma para frente e outra para trás. Sim, pois em tudo o que nos cerca há, e sempre haverá, uma dupla face: uma revelada e a outra oculta. Assim, eles iniciavam cada ano olhando, ao mesmo tempo, para o passado e para o futuro, a fim de que seus passos no ano entrante fossem mais firmes e mais certeiros. Como fazemos hoje.

Esta dupla comemoração, feita uma imediatamente depois da outra – Natal e Ano Novo – veio, portanto, muito a propósito. Natal é tempo de luz. É tempo de amor e fraternidade. É tempo de nos despirmos das magoas, das tristezas, dos rancores e abrir as portas para a alegria, para o sorriso, para o perdão, para o agradecimento. Estes sentimentos nos tomam de assalto no Natal e, ainda plenos deles, os levamos para as portas de entrada do Ano Novo. Com isto, iniciamos um ano com as energias renovadas, com a esperança da colheita de novos frutos, com o desejo de que nossos sonhos possam ser realizados em cada novo ano que surge.

E, para desejar a todos um Feliz Ano Novo, peço emprestadas algumas palavras do poeta Carlos Drummond de Andrade, no seu poema Receita de Ano Novo. Diz ele: Para você ganhar um belíssimo Ano Novo/ cor de arco-íris ou cor da paz / ... / não precisa chorar de arrependido/ pelas besteiras consumadas/ nem previamente acreditar/ que por decreto da esperança/ a partir de janeiro as coisas mudem/ ... / Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome/ você, meu caro, tem de merecê-lo, / tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil/ mas tente, experimente, consciente. / É dentro de você que o Ano-Novo cochila e espera desde sempre.

Feliz Ano Novo!

A professora Marlene Salgado de Oliveira é mestre em Educação pela UFF, doutoranda em Educação pela UNED (Espanha) e membro de diversasorganizações nacionais e internacionais.

recadodaprofessora@jornalsg.com.br





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