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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A cerca

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Era uma vez um menino com temperamento muito forte. Seu pai deu-lhe um saco de pregos, dizendo-lhe que cada vez que ele ficasse furioso (bravo) pregasse um prego na cerca do fundo da casa.

No primeiro dia o garoto pregou 37 pregos, mas gradualmente ele foi se acalmando. Descobriu que era mais fácil "segurar" seu temperamento do que pregar os pregos na cerca.

Finalmente chegou o dia em que o garoto não se enfureceu nenhuma vez. Contou ao pai o que havia sucedido e pai sugeriu-lhe que, de agora em diante por cada dia que conseguisse segurar seu temperamento retirasse um dos 37 pregos.

Passou-se o tempo e o garoto finalmente pode dizer ao pai que tinha retirado todos os pregos.

O pai tomou o filho pela mão e levou-o até a cerca dizendo-lhe:

- Você fez muito bem meu filho, mas a cerca nunca mais será a mesma. Quando você diz coisas quando está furioso, elas deixam uma cicatriz assim como as marcas da cerca. Você pode fincar e retirar uma faca em um homem. Não importa quantas vezes você possa dizer; "desculpe", a ferida mesmo assim permanecerá. Uma ferida verbal é tão ruim (maligna) quanto uma ferida física. Amigos são uma jóia muito rara. Eles fazem você sorrir e estimulam você a ter sucesso. Eles emprestam um ouvido amigo, repartem uma palavra de elogio, eles querem sempre abrir seus corações para nós."

Mostre a seus amigos o quanto você se importa com eles.

Envie esta história a todos que você considerar um Amigo.

Autor desconhecido






Agência FAPESP_Exercícios podem reduzir risco de câncer

Exercícios podem reduzir risco de câncer

Em estudo feito nos Estados Unidos, mulheres que se exercitaram por pelo menos 150 minutos por semana apresentaram risco 34% menor de desenvolver câncer de endométrio (Wikimedia)


Divulgação Científica

Exercícios podem reduzir risco de câncer

10/11/2010

Agência FAPESP – Mais uma boa notícia para quem pratica atividades físicas – ou um estímulo para quem quer começar. Um estudo observou que mulheres que se exercitaram por pelo menos 150 minutos por semana apresentaram risco reduzido de desenvolvimento de câncer de endométrio – tumor maligno mais comum nos órgãos genitais femininos.

A pesquisa, feita na Escola Yale de Saúde Pública, nos Estados Unidos, foi apresentada nesta terça-feira (9/11) na Conferência de Pesquisa para Prevenção do Câncer da Associação Norte-Americana de Pesquisa sobre o Câncer, na Filadélfia.

O menor risco foi verificado tanto para mulheres com peso normal como com sobrepeso ou obesas. “O estudo é consistente com trabalhos anteriores que fortemente apoiam a associação entre atividade física e menor incidência de câncer de endométrio”, disse Hannah Arem, um dos autores do estudo.

Os pesquisadores avaliaram 668 mulheres com câncer de endométrio, comparando os resultados com os observados em 665 outras sem tumores. Aquelas que praticaram exercícios por 150 minutos ou mais por semana tiveram risco 34% menor de desenvolver tal tipo de câncer do que as que se mantiveram sem atividade física.

A associação se mostrou mais pronunciada entre mulheres ativas e com índice de massa corporal (IMC) inferior a 25, as quais apresentaram risco 73% menor do que as que não praticaram exercícios e tinham IMC maior do que 25.

Mas os efeitos da atividade física se mostraram importantes mesmo entre as mulheres com sobrepeso. As que tinham IMC acima de 25, mas praticaram mais de 150 minutos de exercícios físicos por semana, tiveram risco 52% menor de desenvolver a doença.




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A Caverna Mágica






Recontada por Frances Jenkins Olcott

Era uma vez uma mulher que morava numa casinha modesta ao pé de uma montanha onde havia uma grande floresta. Tinha um filho a quem amava muito.

No solstício de verão, a mulher levou o filho para colher os morangos maravilhosos que havia na floresta. Subiram a montanha e chegaram a um lugar coberto dos morangos maiores, mais vermelhos e mais saborosos que já tinham visto.

Colheram quantos puderam. Mas tão logo a mulher encheu a cesta, viu abrir a porta de uma gande caverna diante dela. Enormes pilhas de ouro brilhavam no chão, e três virgens brancas guardavam o tesouro.

- Entre, boa mulher - disseram as virgens brancas. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.

A mulher entrou na caverna e, segurando o filho pela mão, pegou um punhado de moedas de ouro e pôs no avental. Mas o toque do ouro despertou uma enorme cobiça e, esquecendo o filho, pegou mais dois punhados de moedas e saiu correndo da caverna.

No mesmo instante ouviu um estrondo atrás dela e uma voz trovejou:

- Mulher infeliz! Perdeu o seu filho até o próximo solstício de verão!

A porta da caverna se fechou e a criança ficou presa lá dentro.

A pobre mulher torceu as mãos desesperada, chorou e implorou, mas não adiantou, e ela foi para casa sem o filho. Voltou todos os dias ao lugar, mas a porta nunca mais se abriu e ela não conseguiu mais encontrar a caverna.

No ano seguinte, no solstício de verão, ela acordou bem cedo e foi correndo ao lugar. Ao chegar encontrou a porta aberta. As pilhas de ouro brilhavam no chão e as três virgens guardavam o tesouro. Ao lado delas estava o menino com uma maçã vermelha na mão.

- Entre, boa mulher - as três virgens convidaram. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.

A mulher entrou na caverna e, sem sequer olhar para o ouro, agarrou o filho e tomou-o nos braços.

- Boa mulher - disseram as três virgens, - leve o menino para casa. Nós o devolvemos a você, pois agora seu amor é maior que a cobiça.

A mulher voltou para casa com o menino e o amou mais que o ouro pelo resto da vida.

Do livro: O Livro das Virtudes II - O compasso moral - Editora Nova Fronteira





quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Camisa De Um Homem Feliz



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Um califa sofrendo de uma doença mortal, estava deitado sobre almofadas de seda. Os raquins, os médicos de seu país, congregados ao seu redor, concordaram entre si em que apenas uma coisa poderia conceder cura e salvação ao califa: colocar sob sua cabeça a camisa de um homem feliz.

Mensageiros em grande número saíram buscando em toda cidade, toda vila e toda cabana, por um homem feliz. Mas cada pessoa por eles interrogada nada expressava senão tristeza e preocupações.

Finalmente após ter abandonado toda a esperança, os mensageiros encontram um pastor que ria e cantava enquanto observava seu rebanho.

Era ele feliz?

" Não posso imaginar alguém mais feliz que eu", disse o pastor rindo-se.

"Então, dê-nos tua camisa" gritaram os mensageiros.

Mas o pastor respondeu: "Eu não tenho nenhuma camisa!".

Essa notícia patética, de que o único homem feliz encontrado pelos mensageiros não possuía uma camisa, deu o que pensar ao califa.

Por três dias e três noites ele não permitiu que nenhuma pessoa se aproximasse dele.

Finalmente no quarto dia, fez com que suas almofadas de seda e suas pedras preciosas fossem distribuídas entre o povo e, conforme conta a lenda, daquele momento em diante o califa outra vez ficou saudável e feliz.

Do livro: O Mercador e o Papagaio -
Histórias Orientais como Ferramentas em Psicoterapia
Com cem exemplos para a educação e a auto-ajuda
Nossrat Peseschkian - Papirus Editora





terça-feira, 9 de novembro de 2010

A Águia Dourada

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Um homem encontrou um ovo de águia e o colocou debaixo da galinha que chocava seus ovos no quintal.

Nasceu uma aguiazinha com os pintos e com eles crescia normalmente.

Durante todo o tempo a águia fazia o mesmo que faziam os pintinhos, convencida de que era igual a eles.

Ciscava, ia ao chão buscando insetos e pipilava como fazem os pintos, e como eles, também batia as asas conseguindo voar um metro ou dois porque, afinal de contas, é só isso que um frango pode voar, não é verdade?

Passam anos e a águia ficou velha...

Certo dia, ela viu, riscando o espaço, num céu azul, uma ave majestosa, planando, no infinito, graciosa, levada, docemente, pelo vento sem nem sequer bater a asa dourada.

A águia do chão olhou-a com respeito e logo, perguntou ao seu amigo:

"Que tipo de ave é aquela que lá vai"?

"É uma águia! É rainha", diz-lhe o amigo, mas é bom não olhar muito para ela pois nós somos de raça diferente, simples frangos do chão e nada mais.

Daí por diante, então, a pobre da águia nunca mais pensou nisso, até morrer convencida de ser uma simples galinha.

Anthony de Mello

www.metaforas.com.br













segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Segredo do Tesouro de Bresa

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Há uma história muito interessante, chamada "O Tesouro de Bresa", onde uma pessoa pobre compra um livro com o segredo de um tesouro. Para descobrir o segredo, a pessoa tem que decifrar todos os idiomas escritos no livro.

Ao estudar e aprender estes idiomas começam a surgir oportunidades na vida do sujeito, e ele lentamente (de forma segura) começa a prosperar. Depois ele precisa decifrar os cálculos matemáticos do livro. É obrigado a continuar estudando e se desenvolvendo, e a sua prosperidade aumenta. No final da história, não existe tesouro algum - na busca do segredo, a pessoa se desenvolveu tanto que ela mesma passa a ser o tesouro.

O profissional que quiser ter sucesso e prosperidade precisa aprender a trabalhar a si mesmo com muita disciplina e persistência. Vejo com frequência as pessoas dando um duro danado no trabalho, porque foram preguiçosas demais para darem um duro danado em si mesmas. As piores são as que acham que podem dar duro de vez em quando. Ou que já deram duro e agora podem se acomodar. Entenda: o processo de melhoria não deve acabar nunca. Acomodação é o maior inimigo do sucesso!!!

Por isso dizem que a viagem é mais importante que o destino. O que você é acaba sendo muito mais importante do que o que você tem. A pergunta importante não é "quanto vou ter?", mas sim "no que vou me transformar?" Não é "quanto vou ganhar?", mas sim "quanto vou aprender?". Pense bem e você notará que tudo o que tem é fruto direto da pessoa que você é hoje. Se você não tem o suficiente, ou se acha o mundo injusto, talvez esteja na hora de rever esses conceitos.

O porteiro do meu prédio me vem logo à mente. É porteiro desde que o conheço. Passa 8 horas por dia na sua sala, sentado atrás da mesa. Nunca o peguei lendo um livro. Está sempre assistindo à TV, ou reclamando do governo, do salário, do tempo. É um bom porteiro, mas em todos estes anos poderia ter se desenvolvido e hoje ser muito melhor do que é. Continua porteiro, sabendo (e fazendo) exatamente as mesmas coisas que sabia (e fazia) dez anos atrás. Aí reclama que o sindicato não negocia um reajuste maior todos os anos.

Nunca consegui fazê-lo entender que as pessoas não merecem ganhar mais só porque o tempo passou. Ou você aprende e melhora, ou merece continuar recebendo exatamente a mesma coisa. Produz mais? Vale mais, ganha mais. Produz a mesma coisa? Ganha a mesma coisa. É simples. Os rendimentos de uma pessoa raramente excedem seu desenvolvimento pessoal e profissional. Às vezes alguns têm um pouco mais de sorte, mas na média isso é muito raro.

É só ver o que acontece com os ganhadores da loteria, astros, atletas. Em poucos anos perdem tudo. Alguém certa vez comentou que se todo o dinheiro do mundo fosse repartido igualmente, em pouco tempo estaria de volta ao bolso de alguns poucos. Porque a verdade é que é difícil receber mais do que se é.

Como diz Jim Rohn, no que ele chama do grande axioma da vida: "Para ter mais amanhã, você precisa ser mais do que é hoje". Esse deveria ser o foco da sua atenção. Não são precisos saltos revolucionários, nem esforços tremendos repentinos. Melhore 1% todos os dias (o conceito de "kaizen"), em diversas áreas da sua vida, sem parar.

"Se você não mudar quem você é, você continuará tendo o que sempre teve".

Autor desconhecido

domingo, 7 de novembro de 2010

Negociar ativa o cérebro


Negociações e barganhas fazem com que o sistema de tomada de decisões complexas do cérebro seja mais exigido

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The New York Times

sábado, 6 de novembro de 2010

Pensamento Criador

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Pensamos e criamos. Uma verdade que se torna sempre mais difundida, porém, que temos ainda dificuldade de levar a sério. Como tudo que é verdadeiro, não interessa se acreditamos, ou não. O resultado é o mesmo e as conseqüências de não nos adequarmos, também. Se quisermos viver em paz, se desejamos ser felizes, precisamos afastar do pensamento as crenças negativas, as sugestões mentais sombrias, ou jamais chegaremos a alcançar o que almejamos. Muito do que chega à nossa tela mental não é nossa criação, mas foi por nós atraído, por sintonia. Precisamos ficar atentos e só guardar o que é bom e pode nos ajudar. Cenas depressivas que nos reportam a um passado sofrido não precisam ser revividas. Sugestões de medo e desânimo devem ser identificadas e substituídas por novas idéias, mais construtivas. Podemos fazer isto, se nos tornarmos observadores de nós mesmos, quando perceberemos como espectadores, o que está se passando conosco.

No mundo astral, livres do corpo material, os seres plasmam ou criam o que precisam, com a força da mente e da vontade. Aqui onde estamos, isto também acontece, embora muitas vezes não tenhamos a consciência do que está se passando. Se vivo a ter medo de ficar doente, certamente estou criando em minha mente uma imagem de mim sem saúde e ajudando o mal a se instalar. Quando me preocupo com alguém ou com alguma coisa, estou fortalecendo os acontecimentos que temo... Ao invés de estar lidando com o que me acontece agora, que posso resolver, modificar, muitas vezes me pego imaginando o que ainda nem chegou, mas nesta de pensar nisto, estou, sem querer, facilitando que aconteça.

No mundo material em que ainda vivemos, mesmo que tenhamos de nos esforçar muito para construir algo, só o conseguiremos se antes tivermos imaginado o que gostaríamos de fazer. Pensamos em uma coisa, em seus detalhes e depois trabalhamos para que ela se materialize. Seremos bem, ou mal sucedidos a depender de nossa programação correta, ou não, e de nossa confiança de que conseguiremos realizar o nosso objetivo. Se idealizamos algo e ao mesmo tempo alimentamos o medo de que não seremos capazes de conseguir o que queremos, estamos a boicotar o sucesso do empreendimento. Estamos criando duas idéias antagônicas, uma agindo para excluir a outra!

Enfim, estamos numa época em que a força do pensar já é conhecida de muitos e em que esta imensa e extraordinária energia está sendo estudada por cientistas e estudiosos. Quanto mais cedo tomarmos conhecimento disto, mais capazes seremos de construir para nós uma vida feliz.

É preciso sonhar com o bom, com resultados satisfatórios para nossos projetos, com um mundo mais feliz, mais justo, mais amoroso. Se nos encharcarmos, todos os dias, de pensamentos que negam tudo isto, dificultaremos muito a chegada de tempos de paz.

Podemos e devemos escolher que autores lermos, que canais e programas de TV assistiremos, que noticiário dos jornais queremos ler. Ou adoeceremos, vítimas de depressão, de síndrome de pânico, de estresse, de desânimo e tristeza crônica.

Somos os senhores de nossos pensamentos. Criamos a nossa realidade a partir deles. Vamos nos disciplinar a pensar apenas o que é bom e construtivo, mesmo vivendo em meio a tanta confusão de idéias, de níveis de evolução. Podemos sempre escolher, mesmo assim. No agora, vivendo alertas, devemos transformar o nosso padrão mental, pois queremos ser felizes! Vamos construir isto, a cada instante, imaginando o nosso ser inundado de luz divina e tudo que nos cerca imerso nesta mesma luz.

Quando feridos pela ignorância de alguém, vamos registrar que a pessoa está desequilibrada, mas que este mesmo desequilíbrio não precisa fazer parte de cada um de nós. Não sendo nosso, vamos em frente. Semeando esperança, alegria, paz, isto mesmo colheremos. Amando, seremos amados. Perdoando, nos libertaremos de teias perigosas que poderiam nos paralisar por um tempo enorme, junto a alguém que é, antes de qualquer coisa, uma ser necessitado de nossa prece e de nossa boa vibração.

Podemos criar pensando e vamos nos esforçar para que os pensamentos que cultivamos sejam leves, saudáveis, cheios de esperança e de amor. Um trabalho realizado no silêncio de nosso ser, que ninguém é capaz de perceber, mas que vale o esforço da mudança vibracional. Onde formos, sem nada falar, estaremos a iluminar. Abriremos caminhos mais fáceis para nós e para os outros e se muitas pessoas aderirem a este trabalho interior, a Nova Era se instalará entre nós, nos permitindo viver um tempo de muito Amor!







As famílias que guardam o segredo da cura do Alzheimer

ISTO É/Reportagem





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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Vento que Sopra pelas Flores

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Há vários anos atrás, em Seattle, Washington, vivia um refugiado tibetano de 52 anos de idade. "Tenzin", é como vou chamá-lo, foi diagnosticado como portador de uma forma de linfoma das mais fáceis de curar.
Ele foi internado em um hospital e recebeu a primeira dose de quimioterapia.
Mas durante o tratamento, este homem normalmente gentil tornou-se agressivo e irritado; arrancou a agulha intravenosa de seu braço e negou-se a cooperar.

Ele então gritou com as enfermeiras e discutiu com todos ao seu redor. Os médicos e enfermeiros ficaram desconcertados. Depois, a esposa de Tenzin falou com o pessoal do hospital. Ela contou que Tenzin foi um prisioneiro político dos chineses por 17 anos, eles mataram sua primeira esposa e ele foi repetidamente torturado brutalizado durante todo o tempo em que esteve preso.

As normas e regulamentos do hospital, juntamente com a quimioterapia, fez Tenzin recordar todo o sofrimento que passou nas mãos dos chineses.

"Eu sei que vocês querem ajudá-lo," ela disse, "mas ele se sente torturado pelo tratamento, eles fazem com que ele sinta ódio internamente - da mesma maneira que os chineses fizeram ele se sentir. Ele prefere morrer do que viver com o ódio que ele está sentindo agora. e, segundo nossas crenças, é muito ruim ter tamanho ódio no coração na hora da morte. Ele precisa estar apto para rezar e limpar seu coração."

Assim, o médico dispensou Tenzin e recomendou uma equipe da clínica de repouso para visitá-lo em casa. Eu era a enfermeira encarregada de cuidar dele. Eu entrei em contato com um representante da "Anistia Internacional" para pedir-lhe conselhos. Ele me disse que a única forma de sanar o trauma da tortura era "falar a respeito". "Essa pessoa perdeu sua confiança na humanidade e sente que a esperança é impossível." Mas quando eu encoragei Tenzin a falar sobre suas experiências, ele ergueu suas mãos e me fez parar.

Ele disse, "Eu preciso aprender a amar de novo se eu quiser curar minha alma. Sua tarefa não é fazer perguntas. Sua tarefa é me ensinar a amar novamente."

Respirei profundamente e perguntei, "E como eu posso fazê-lo amar de novo?"
Tenzin respondeu prontamente, "Sente-se, tome meu chá e coma meus biscoitos." O chá tibetano é um chá preto forte, coberto com manteiga de iaque e sal. Não é fácil de bebê-lo! Mas, foi o que eu fiz.

Por várias semanas, Tenzin, sua mulher e eu nos sentamos juntos e tomamos chá. Nós também conversamos com os médicos para achar formas de tratar suas dores físicas. Mas era sua dor espiritual que deveria ser diminuída. Cada vez que eu chegava, via Tenzin sentado de pernas cruzadas em sua cama, recitando preces de seus livros. Com o passar do tempo, sua mulher foi pendurando mais e mais 'thankas', bandeirolas budistas coloridas, nas paredes.

Em pouco tempo, o quarto parecia um colorido templo religioso. Na chegada da primavera, eu perguntei o que os tibetanos faziam quando estavam doentes na primavera. Ele abriu um grande sorriso e disse, "Nós nos sentamos e aspiramos o vento que sopra pelas flores." Eu pensei que ele estava falando poeticamente, mas suas suas palavras eram literais.

Ele explicou que os tibetanos fazem isso para serem pulverizados com o pólen das novas floradas, carregadas pela brisa. Eles acreditam que esse pólen é um potente medicamento. No primeiro momento, achar muitas floradas parecia um pouco difícil.

Mas, um amigo sugeriu que Tenzin visitasse algumas floriculturas locais. Eu liguei para o gerente de uma floricultura e expliquei-lhe a situação.

Sua reação inicial foi "Você quer o quê???" Mas quando eu expliquei melhor o meu pedido, ele concordou. Então, no final-de-semana seguinte, eu busquei Tenzin, sua esposa e suas provisões para a tarde: chá preto, manteiga, sal, xícaras, biscoitos,almofadas e livros de preces. Eu os deixei na floricultura e combinei de pegá-los às 17 horas. No outro final-de-semana, visitamos uma outra floricultura. E mais outra no terceiro fim-de- semana.

Na quarta semana, eu comecei a receber convites das floriculturas para Tenzin e sua mulher para voltarem novamente. Um dos gerentes disse, "Nós temos uma nova remessa de nicotianas e lindas fuchsias.ah, sim! E temos belas dafnias. Eu sei que eles vão adorar o perfume das dafnias! E eu quase me esqueci! Temos uns novos bancos de jardim que Tenzin e sua esposa vão adorar!" No mesmo dia, outra floricultura ligou dizendo que eles tinham recebido birutas coloridas para Tenzin saber de que direção o vento estava soprando.

Logo, as floriculturas estavam competindo pelas visitas de Tenzin. As pessoas começaram a se importar com o casal tibetano.

Os empregados arrumavam os móveis de frente para o vento. Outros traziam água quente para o chá. Alguns fregueses regulares deixavam seus carrinhos de compras próximos do casal. E no final do verão, Tenzin voltou ao seu médico para novos exames e determinar o desenvolvimento da doença. Mas o doutor não achou nenhuma evidência de câncer. Ele estava abobalhado; disse à Tenzin que ele simplesmente não sabia explicar aquilo.

Tenzin levantou seu dedo e disse, "Eu sei porque o câncer se foi. Ele não podia mais viver num corpo tão cheio de amor. Quando eu comecei a sentir a compaixão das pessoas da clínica, dos empregados das floriculturas, e todas essas pessoas que queriam saber de mim, eu comecei a mudar por dentro. Agora, eu me sinto afortunado por ter a oportunidade de ser curado dessa forma. Doutor, por favor, não acredite que a sua medicina é a única cura. Às vezes, a compaixão pode também curar um câncer.

(Lee Paton)
Enviada por: Edeli Arnaldi



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