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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Deixe sua luz brilhar



Numa pequena cidade distante, um homem abriu seu próprio negócio - uma loja com grande variedade de artigos baratíssimos, em uma esquina. Ele era um homem bom. Era honesto e cordial, e todos gostavam dele. As pessoas compravam os produtos que ele vendia e indicavam sua loja para os amigos. O negócio cresceu e ele expandiu a loja. Em questão de anos, transformou sua única loja numa cadeia de lojas de costa a costa.

Um dia, ele ficou doente e foi levado para o hospital. O médico temia que sua vida estivesse no fim. Então ele reuniu os três filhos adultos e lhes propôs um desafio:

- Um dos três vai se tornar o presidente da companhia que levei anos para erguer. Para decidir qual de vocês merece ser o presidente, vou dar a cada um uma nota de um dólar. Saiam e comprem o que puderem com esse dinheiro, mas quando voltarem a este quarto de hospital, hoje à noite, o que quer seja que vocês tenham comprado terá de encher este quarto de canto a canto.

Os filhos ficaram entusiasmados com a oportunidade de dirigir uma organização tão bem-sucedida. Todos foram à cidade e gastaram a nota de um dólar. Quando voltaram ao hospital à noite, o pai perguntou:

- Filho número um, o que você fez com o dinheiro?

- Bem, papai - ele disse -, fui à fazenda de um amigo e comprei dois fardos de feno com o dinheiro.

Dizendo isso, o filho saiu do quarto, buscou os dois fardos de feno, desamarrou-os e começou a jogá-lo para o ar. Por alguns instantes o quarto ficou cheio de feno; mas depois de alguns minutos o feno se acomodou no chão e não o cobriu de canto a canto, como o pai havia proposto.

- Bem, filho número dois, o que você fez com o dinheiro?

- Eu fui até a Sears - ele disse - e comprei dois travesseiros de plumas.

Ele, então, trouxe os travesseiros para dentro do quarto, abriu-os e espalhou as plumas por todo o quarto. Depois de algum tempo, elas se assentaram no chão e o quarto não ficou completamente cheio.

- E você, filho número três - o pai perguntou -, o que você fez com o dinheiro?

- Peguei o dinheiro, papai, e fui até uma loja do tipo que você tinha antigamente - disse o terceiro filho. - Dei ao proprietário minha nota de um dólar e pedi-lhe que a trocasse por moedas de menor valor. Investi cinquenta centavos do meu dinheiro em alguma coisa que valesse bastante a pena, como manda a Bíblia. Em seguida, dei vinte centavos a duas entidades filantrópicas da cidade. Doei mais vinte centavos à igreja. Com os dez centavos que sobraram, comprei duas coisas.

O filho enfiou a mão no bolso e tirou uma caixa de fósforos e uma pequena vela. Ele acendeu a vela, apagou a luz e o quarto todo se iluminou. De canto a canto, o quarto ficou cheio - não de feno, não de plumas, mas de luz.

O pai ficou deliciado.

- Parabéns, meu filho, você será o presidente da companhia, porque consegue compreender uma lição muito importante sobre a vida. Você sabe como deixar a sua luz brilhar. Isso é muito bom.

Do livro: Espírito de Cooperação no Trabalho

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A Caverna Mágica

Recontada por Frances Jenkins Olcott


Era uma vez uma mulher que morava numa casinha modesta ao pé de uma montanha onde havia uma grande floresta. Tinha um filho a quem amava muito.
No solstício de verão, a mulher levou o filho para colher os morangos maravilhosos que havia na floresta. Subiram a montanha e chegaram a um lugar coberto dos morangos maiores, mais vermelhos e mais saborosos que já tinham visto.
Colheram quantos puderam. Mas tão logo a mulher encheu a cesta, viu abrir a porta de uma gande caverna diante dela. Enormes pilhas de ouro brilhavam no chão, e três virgens brancas guardavam o tesouro.
- Entre, boa mulher - disseram as virgens brancas. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, segurando o filho pela mão, pegou um punhado de moedas de ouro e pôs no avental. Mas o toque do ouro despertou uma enorme cobiça e, esquecendo o filho, pegou mais dois punhados de moedas e saiu correndo da caverna.
No mesmo instante ouviu um estrondo atrás dela e uma voz trovejou:
- Mulher infeliz! Perdeu o seu filho até o próximo solstício de verão!
A porta da caverna se fechou e a criança ficou presa lá dentro.
A pobre mulher torceu as mãos desesperada, chorou e implorou, mas não adiantou, e ela foi para casa sem o filho. Voltou todos os dias ao lugar, mas a porta nunca mais se abriu e ela não conseguiu mais encontrar a caverna.
No ano seguinte, no solstício de verão, ela acordou bem cedo e foi correndo ao lugar. Ao chegar encontrou a porta aberta. As pilhas de ouro brilhavam no chão e as três virgens guardavam o tesouro. Ao lado delas estava o menino com uma maçã vermelha na mão.
- Entre, boa mulher - as três virgens convidaram. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, sem sequer olhar para o ouro, agarrou o filho e tomou-o nos braços.
- Boa mulher - disseram as três virgens, - leve o menino para casa. Nós o devolvemos a você, pois agora seu amor é maior que a cobiça.  
A mulher voltou para casa com o menino e o amou mais que o ouro pelo resto da vida.

Do livro: O Livro das Virtudes II - O compasso moral - Editora Nova Fronteira

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A Camisa De Um Homem Feliz




Um califa sofrendo de uma doença mortal, estava deitado sobre almofadas de seda. Os raquins, os médicos de seu país, congregados ao seu redor, concordaram entre si em que apenas uma coisa poderia conceder cura e salvação ao califa: colocar sob sua cabeça a camisa de um homem feliz.
Mensageiros em grande número saíram buscando em toda cidade, toda vila e toda cabana, por um homem feliz. Mas cada pessoa por eles interrogada nada expressava senão tristeza e preocupações.
Finalmente após ter abandonado toda a esperança, os mensageiros encontram um pastor que ria e cantava enquanto observava seu rebanho.
Era ele feliz?
" Não posso imaginar alguém mais feliz que eu", disse o pastor rindo-se.
"Então, dê-nos tua camisa" gritaram os mensageiros.
Mas o pastor respondeu: "Eu não tenho nenhuma camisa!".
Essa notícia patética, de que o único homem feliz encontrado pelos mensageiros não possuía uma camisa, deu o que pensar ao califa.
Por três dias e três noites ele não permitiu que nenhuma pessoa se aproximasse dele.
Finalmente no quarto dia, fez com que suas almofadas de seda e suas pedras preciosas fossem distribuídas entre o povo e, conforme conta a lenda, daquele momento em diante o califa outra vez ficou saudável e feliz.
Do livro: O Mercador e o Papagaio -
Histórias Orientais como Ferramentas em Psicoterapia
Com cem exemplos para a educação e a auto-ajuda 


Nossrat Peseschkian - Papirus Editora

Publicado no INFORMATIVO "O GOLFINHO" - Maio 97 - no. 31

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

A Águia Dourada

Um homem encontrou um ovo de águia e o colocou debaixo da galinha que chocava seus ovos no quintal.
Nasceu uma aguiazinha com os pintos e com eles crescia normalmente.
Durante todo o tempo a águia fazia o mesmo que faziam os pintinhos, convencida de que era igual a eles.
Ciscava, ia ao chão buscando insetos e pipilava como fazem os pintos, e como eles, também batia as asas conseguindo voar um metro ou dois porque, afinal de contas, é só isso que um frango pode voar, não é verdade?
Passam anos e a águia ficou velha...
Certo dia, ela viu, riscando o espaço, num céu azul, uma ave majestosa, planando, no infinito, graciosa, levada, docemente, pelo vento sem nem sequer bater a asa dourada.
A águia do chão olhou-a com respeito e logo, perguntou ao seu amigo:
"Que tipo de ave é aquela que lá vai"?
"É uma águia! É rainha", diz-lhe o amigo, mas é bom não olhar muito para ela pois nós somos de raça diferente, simples frangos do chão e nada mais.
Daí por diante, então, a pobre da águia nunca mais pensou nisso, até morrer convencida de ser uma simples galinha.
Anthony de Mello

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O monge e o anjo da morte

Um monge foi visitado pelo anjo da morte; tinha chegado sua hora. Mas ele argumentou com o anjo: Tem que ser agora? Estou cuidando da horta da comunidade. Se eu for embora agora, o que os irmãos vão comer? O anjo resolveu deixar a missão para outra hora... Dias depois, voltou e o monge estava cuidando das crianças da comunidade. De novo, houve uma negociação e o anjo adiou a morte para outro momento. Voltou, uma terceira vez um mês depois e encontrou o monge, tratando carinhosamente de um doente grave. Dessa vez, nem se falaram: o monge só fez um gesto, mostrando a situação... e o anjo foi embora.
Anos se passaram, o monge continuou seus trabalhos, foi ficando velho fraco e desejou morrer. Um dia o anjo apareceu e ele se alegrou.
Disse: que alívio! Pensei que estava zangado com meus pedidos de adiamento e não me levaria mais para a vida eterna junto de Deus.
O anjo sorriu e respondeu: Eu só vou completar o final do caminho. Você já estava entrando na vida eterna quando servia seus irmãos.
Autor desconhecido

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Longevidade

Há muitos anos, quando ainda era residente de endocrinologia na Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, atendi um senhor de bastante idade, e como era cardiopata, diabético, hipertenso e obeso, fui orientada a fornecer-lhe a dieta adequada para suas várias doenças.
Isso significava uma dieta restrita em sal, com valor reduzido de calorias e abolição total de doces (na época não existiam os diets), e nem pensar em chegar perto de bebidas alcoólicas.
Esmerei-me ao máximo nos meus conhecimentos dietéticos e, como todo médico jovem, repleto de boas intenções e sem flexibilidade, fui derrubando todos os pequenos prazeres do meu roliço paciente. Aos poucos percebi que a sua fisionomia ia aos poucos tomando um ar maroto de menino travesso.
Enfim finalizei minha reeducação alimentar perfeita no papel -- hoje reconheço dificílima de ser executada.
O paciente então lascou-me uma pérola: "Doutora, vida não é comprimento, é largura!"
Nunca mais esqueci.






Eliana Franzoi Fam - Endocrinologista e nutróloga
Histórias & Estórias Médicas - Vol.IX - 2012 - Evangraf- Unimed

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Não espere!

Não espere um sorriso para ser gentil.
Não espere ser amado para amar.
Não espere ficar sozinho para reconhecer o valor de um amigo...
Não espere ficar de luto para reconhecer quem hoje é importante em sua vida...
Não espere o melhor emprego para começar a trabalhar...
Não espere a queda para lembrar-se do conselho...
Não espere a enfermidade para reconhecer quão frágil é a vida...
Não espere a pessoa perfeita para então apaixonar-se...
Não espere a mágoa para pedir perdão...
Não espere a separação para buscar a reconciliação...
Não espere a dor para acreditar em oração...
Não espere elogios para acreditar em si mesmo...
Não espere ter tempo para servir...
Não espere que o outro tome a iniciativa se você foi o culpado...
Não espere ter dinheiro aos montes para então contribuir...
Não espere o dia de dar adeus sem antes contar que amava...


Autor desconhecido

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Combater a causa

Sentados à beira do rio, dois pescadores seguram suas varas à espera de um peixe. De repente, gritos de crianças trincam o silêncio.
Ambos se assustam, olham em frente, olham para trás.
Os gritos continuam e nada. Vêem então que a correnteza trazia duas crianças, pedindo socorro. Os pescadores pulam na água. Só conseguem salvá-las à custa de grande esforço. Mais berros quando estão prestes a sair do rio. Notam quatro crianças debatendo-se, tentando salvar suas vidas. Só conseguem resgatar duas e sentem, além do cansaço, a frustração pela perda.
Não refeitos, ofegantes, exaustos, escutam uma gritaria ainda muito maior. Desta vez, oito pequenos seres vêm sendo trazidos pela correnteza. Um pula na água, o outro vira-se rumo à estrada que acompanha a subida do rio.
O amigo que pulou na água grita:
- Você enlouqueceu, não vai me ajudar?
Sem parar o passo, o outro respondeu:
- Tente fazer o que puder. Vou verificar por que as crianças estão caindo no rio.
Combater o efeito é ser eficiente, mas combater a causa é ser eficaz.


Autor desconhecido

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Tempo

Qualquer dia
            vou limpar minha mesa,
            arrumar meus livros,
            pôr em ordem minha cabeça...
Qualquer dia
            vou reunir minha equipe
            vamos estabelecer metas,
            organizar o trabalho,
            disciplinar o tempo...
Qualquer dia
            vou delegar,
            não serei centralizador,
            direi para meu grupo
            "Hoje todos são livres,
            podem errar,
            porque só quem erra, acerta..."
Qualquer dia
            verei a empresa como gente,
            punhado de gente
            que se esforça,
            que se cansa,
            que desamina e se anima,
            que cai e se levanta,
            que crê
            e acredita
            que eu sou como eles...
Qualquer dia
            eu vou parar
            para que a empresa
            cresça...
Qualquer dia...
Francisco Gomes de Matos
do livro: Visão e Parábolas - Editora Campus

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O remédio


Um homem herdou uma grande fortuna, mas, em pouco tempo, dilapidou seu patrimônio de uma tal maneira, que não lhe restou um centavo sequer. Sem saber o que fazer, foi queixar-se a Nasrudin.
"Mullá, estou numa situação terrível", disse. "Estou a ponto de ter que pedir esmolas para sobreviver. Que faço? Qual é o remédio?"
Nasrudin refletiu por um instante e respondeu:
"Não se preocupe, suas aflições terminarão em breve."
O perdulário entusiasmou-se:
"Como? Acaso voltarei a ser rico?"
"Não, não," respondeu o Mullá, "você se acostumará a ser pobre!"


Nasrudin


 
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