Helen Keller e o Milagre de Anne Sullivan (The Miracle Worker - 2000)
O filme The Miracle Worker (sem distribuição no Brasil, produzido para TV em 2000 nos EUA, dirigido por Nadia Tass), retrata a descoberta do processo de comunicação para pessoas com surdo-cegas através de uma de uma "linguagem de toque com dedos e mãos", coisa mesmo para jamais se esquecer na vida, pois nascia ali uma nova realidade para a Humanidade: a descoberta de um método para ensinar cego-surdo-mudo a se comunicar.
Trata-se de um "remake" de dois filmes sobre o mesmo tema: "The Miracle Worker", produzido em 1962, dirigido por Arthur Penn, distribuído no Brasil com o título O Milagre de Anne Sullivan; e "The Miracle Worker", também produzido para TV em 1979, dirigido por Paul Aaron, que em 1984 teve ainda uma seqüência com o título "Helen Keller, The Miracle Continues".
Outro filme também sobre esse tema é "Black" (Black - 2005), uma produção da fantástica indústria cinematográfica indiana, dirigido por Sanjay Leela Bhansali, classificado pela IndiaTimes entre os 25 melhores filmes de Bollywood.
Enobrecedor e comovente, essa inspiradora história de coragem e esperança é um dos melhores trabalhos de arte na história do cinema. Presa em um assustador, solitário mundo de silêncio e escuridão desde a infância, a garota de 7 anos Helen Keller nunca chegou a ver o céu, escutar a voz de sua mãe, ou mesmo expressar seus mais profundos sentimentos.
É então que chega Anna Sullivan, uma professora de 20 anos de idade, vinda de Boston. Tendo apenas recentemente encontrado um novo caminho para sua vida, Annie consegue entrar em contato com Helen pelo poder do toque a única ferramenta que elas têm em comum, e guia sua corajosa pupila numa milagrosa jornada de medo e isolação para a felicidade e para a luz.
No Brasil o processo de comunicação para surdos na modalidade gestual é LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Na modalidade tátil (para surdo-cegos) os sinais são aplicados com o toque nas mãos.
Pessoas surdo-cegas utilizam também o Tadoma, um método de comunicação em que a pessoa coloca o polegar na boca do falante e os dedos ao longo do queixo. Helen Keller usou também uma forma de Tadoma.
Costuma ser referido como "leitura labial tátil”, que é como a pessoa surdo-cega sente o movimento dos lábios, bem como as vibrações das cordas vocais, soprando das bochechas e do ar quente produzido por sons nasais, como N e M.
Em alguns casos, principalmente se o falante sabe linguagem gestual, o surdo-cego pode usar o método Tadoma com uma mão, sentindo a face do falante, e ao mesmo tempo pode usar sua outra mão para sentir o falante “assinar” (linguagem de toque com dedos e mãos) as mesmas palavras.
Dessa forma, os dois métodos se reforçam mutuamente, dando à pessoa surdo-cega uma melhor chance de entender o que a pessoa falante está tentando comunicar.
Helen Adams Keller (Tuscumbia, 27 de Junho de 1880 - Westport, 1 de Junho de 1968) foi uma escritora, conferencista e ativista social norte-americana. Foi a primeira pessoa surda a conquistar o bacharelado em Artes.
Tornou-se uma célebre e prolífica escritora, filósofa e conferencista, personagem famosa pelo extenso trabalho que desenvolveu em favor das pessoas portadoras de deficiência.
Viajou muito e expressava de forma contundente suas convicções. Membro do Socialist Party of America e do Industrial Workers of the World, participou das campanhas pelo voto feminino, direitos trabalhistas, socialismo e outras causas de esquerda. Ela foi introduzida no Alabama Women's Hall of Fame em 1971.
Em 1902 estreou na literatura publicando sua autobiografia A História da Minha Vida. Depois iniciou a carreira no jornalismo, escrevendo artigos no Ladies Home Journal. A partir de então não parou de escrever. Em 1904 graduou-se bacharel em filosofia pelo Radcliffe College, instituição que a agraciou com o prêmio Destaque a Aluno, no aniversário de cinqüenta anos de sua formatura.
Ao longo da vida foi agraciada com títulos e diplomas honorários de diversas instituições, como a universidade de Harvard e universidades da Escócia, Alemanha, Índia e África do Sul. Em 1952 foi nomeada Cavaleiro da Legião de Honra da França. Foi condecorada com a Ordem do Cruzeiro do Sul, no Brasil, com a do Tesouro Sagrado, no Japão, dentre outras.
Foi membro honorário de várias sociedades científicas e organizações filantrópicas nos cinco continentes. Socialista, era filiada ao Partido Socialista da América (SPA), onde desenvolveu uma intensa luta pelo sufrágio universal, ou seja, pelo direito a voto às mulheres, negros, pobres etc. Em 1912 se filiou à Industrial Workers of the World (IWW ou "Os Wobblies"), passando a defender um sindicalismo revolucionário.
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