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quinta-feira, 14 de março de 2013

O Julgamento de Salomão

Então vieram duas mulheres prostitutas ao rei e puseram-se perante ele. E disse-lhe uma das mulheres: Ah, senhor meu, eu e esta mulher moramos numa mesma casa; eu tive um filho, morando com ela naquela casa. E sucedeu que, ao terceiro dia depois de meu parto, também esta mulher teve um filho. Estávamos juntas; estranho nenhum estava conosco na casa, senão nós duas naquela casa. E de noite morreu o filho desta mulher, porquanto se deitara sobre ele. E levantou-se à meia-noite e tirou meu filho de meu lado, dormindo, dormindo a tua serva, e o deitou no seu seio, e a seu filho morto deitou no meu seio. E, levantando-me pela manhã, para dar de mamar a meu filho, eis que estava morto; mas atentando pela manhã para ele, eis que não era o filho que eu havia tido. Então disse a outra mulher: "Não, mas o vivo é meu filho e teu filho o morto." Porém esta lhe disse: "Não, por certo; o morto é teu filho e meu filho o vivo." Assim falaram perante o rei. Então disse o rei: "Esta diz: ‘Este que vive é meu filho, e teu o morto’; e esta outra diz: ‘Não, por certo; o morto é teu filho e meu o filho vivo’." Disse mais o rei: "Trazei-me uma espada." E trouxeram uma espada diante do rei. E disse o rei: "Dividi em duas partes o menino vivo, e dai metade a uma e metade a outra." Mas a mulher cujo filho era o vivo falou ao rei (porque as suas entranhas se lhe enterneceram por seu filho) e disse: "Ah, meu senhor, dai-lhe o menino vivo e por modo alguns mateis." Porém a outra dizia: "Nem teu, nem meu seja; dividi-o antes." Então respondeu o rei: "Dai a esta o menino vivo e de maneira nenhuma o mateis, porque esta é sua mãe." E todo o Israel ouviu a sentença que dera o rei e temeu ao rei; porque viram que havia nele a sabedoria de Deus, para fazer justiça. (1 Reis 3, 16-28) Do livro: O Mercador e o Papagaio, Editora Papirus

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