Certa noite fria de inverno, um dos seus discípulos perguntou: “por que não te proclamas profeta? Tens mais erudição que Maomé, que cuidava de camelos”.
Avicena pediu ao discípulo: “vá até o poço buscar água”.
“Faz muito frio lá fora”, respondeu o discípulo.
Várias vezes Avicena insistiu, e o aluno sempre tinha uma desculpa para escapar da tarefa desagradável.
De manhã cedo, o relógio avisou a hora da oração. O discípulo pulou da cama, foi lá fora, quebrou o gelo formado no poço, lavou-se e rezou. Na volta, Avicena lhe disse: “ pedi várias vezes um pouco de água, e você evitou a tarefa. De manhã, as práticas de um homem que já morreu há 300 anos te fizeram enfrentar o frio. Não é a cultura, mas a força das palavras que faz um profeta”.
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