O Amor Liberta!
Coaching Familiar - Qualidade de Vida s Dois (Qvd)
É muito comum encontrarmos pessoas que
em nome do amor sofrem, matam, rejeitam, abandonam, enfim, cometem as
maiores barbáries. São pessoas inoculadas desde a sua infância por
crenças errôneas de cunho destrutivo e autopunitivo. A grande
dificuldade é que essas crenças estão escondidas em nosso inconsciente.
Não temos ciências de quando ou por que elas foram formadas.
Por
isso, mais importante do que procurar as causas para esse tipo de
comportamento, é tomarmos consciência de que o ser humano é único e
complexo e que só ele, pode mudar a sua história.
Quando
sentimos que o “amor” nos faz mal, nos sufoca, nos escraviza ou nos faz
sofrer, é o tempo exato e necessário para pararmos e olharmos para nós
mesmos. É importante que comecemos por nós. Precisamos começar a nos
respeitar, a nos valorizar e acima de tudo, a nos amar. Se nós não
fizermos isso por nós, ninguém mais o fará! A partir daí poderá começar
uma mudança libertadora e transformadora.
O
amor não é egoísta. Ele permite ao outro fazer qualquer coisa que
queira fazer. A escolha sempre é do outro. Se você ama a pessoa, você
não vai interferir em sua privacidade, nem invadir seu interior.
O
amor verdadeiro parte de um princípio básico: eu aceito a outra pessoa
assim como ela é, bem como necessito dela, assim como ela é. Quem ama não impõe condições.
Ama a outra parte assim como ela é. E, caso você não ame, também não há
nenhum problema nisso. A outra pessoa simplesmente não é ninguém para
você. O amor sempre liberta para alguém e não de alguém. Resumindo: se eu amo, vou me sentir livre para fazer o outro feliz. Se eu não amo, vou sentir-me livre de(sta) pessoa para que ela também possa ser feliz.
Quando
você compartilha sua vida com alguém que, mesmo sendo diferente de
você, lhe completa e lhe faz feliz, você jamais vai criar uma prisão
para essa pessoa. Você também não vai esperar nada em troca,
simplesmente porque você está dando sem esperar nada em troca. Você está
dando, porque está repleto de amor e por isso, não se trata de uma
obrigação e sim é pura graça.
Na verdade existe uma inversão, nem sempre muito bem compreendida. O grande ato libertador,
está em você poder se alegrar porque a pessoa que você escolheu,
aceitou seu amor como um presente. E quanto mais você ama, quanto mais
você compartilha, tanto mais você recebe. A lógica entre dar e receber em
nossa sociedade capitalista é um tanto distinta. Quanto mais eu dou,
mais eu perco. Quando falamos do amor, a lógica é outra, e aqui me
reporto a Osho que diz: ”quanto mais você doa, mais águas frescas fluem, vindas de nascentes sobre as quais você não estava consciente anteriormente”.
Se
nós estamos no UNIVERSO e o UNIVERSO está em nós, por que sermos
possessivos? Isso vai contra toda e qualquer lei da natureza! A
possessividade nos mostra apenas que ainda não confiamos na existência
em sua plenitude. Não existe nenhuma necessidade em possuir, porque tudo
já é nosso. Por isso é importante abandonar toda forma de apego.
Existem
pessoas que vivem na ilusão de que apego e amor são a mesma coisa. Na
realidade eles são não somente antagônicos como inimigos. Por isso,
nunca deixe-se manipular por ninguém, muito menos se aprisionar. Viva a
liberdade com toda a sua intensidade e lembre sempre que amar é a linda
experiência de você tornar-se mestre de si mesmo.
Quando constantemente passamos por experiências que nos aprisionam, que não nos permitem sermos totalmente “eu”, com
certeza é porque ainda não tivemos a oportunidade de experimentar a
ação libertadora do amor que se doa sem perguntar a quem e ao mesmo
tempo não pede retribuição.
E se em meio a essa caminhada aparecer uma tempestade? Lembre-se que “as
tempestades são como dragões poderosos. Os raios no céu são a aparência
dos dragões. No entanto, não importa o tamanho nem o poder do dragão. O
céu é paciente. O céu surge antes dos dragões e segue depois deles.
Todos os dragões tem início, meio e fim. Todos eles são impermanentes. A
serenidade do céu aguarda a manifestação completa do dragão e no fim, o
dragão perde sua força e vai. O céu é infinitamente mais poderoso do
que todos os dragões juntos e é ele que permite seus surgimentos. É
espantoso como o silêncio preexiste e sucede a todos os dragões” já dizia o Lama Padma Samten.
Assim
também em nossos relacionamentos: quando você está repleto de amor para
dar, lembre-se que a sua parte é amar. Se a outra pessoa aceita esse
seu amor, não depende de você. Liberte-se dessa necessidade de ser
correspondido. O amor se manifesta onde ele quer, como ele quer e quando
ele quer. A você resta apenas ser o canal para fazer essa graça chegar
ao seu destino final.
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