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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

BRILHANDO NA SERENIDADE DE SUA ALMA !







O que me encanta no quinto evangelho, supostamente escrito por Tomé, um dos doze apóstolos chamado por Cristo a Grande Missão – Evangelho este encontrado em 1945, por lavradores que faziam escavações num velho cemitério de Nag Hammadi, no alto Egito – é a profundidade das palavras, a espiritualidade contida em seus versículos. É como se estivéssemos presentes, como se fossemos o décimo terceiro dos apóstolos ali junto ao Cristo Vivo.

Palavras ecoadas do diálogo entre Jesus - o Cristo, e seus Apóstolos, quando os preparavam à grande batalha espiritual.
Sei o quanto é preciso ser forte na caminhada cristã, pois renegar as vontades da carne, os desejos egoístas é uma tortura imensa a alma... Mas, confiando na Luz redentora podemos crer superar todas as chibatadas sedutoras do mundo que vir cortar nossa carne ainda viva... Ah, mas como o pecado é atraente a pobre carne miserável de o humano ser!...

Mas qual o chamado maior dos evangelhos senão o “nascer de novo”? Este “nascer do espírito!” Faz-se necessário morrer!... Porém uma morte espontânea – egocídio – e não uma morte compulsória – um suicídio –

Quem compreende esta misteriosa forma do “nascer” bebi e se inebria da “Fonte borbulhante” oferecida pelo Cristo Redentor. Deixa-o de ser discípulo do Mestre, pois o Mestre está nele transbordando em espírito!... “Eu e o Pai somos um: eu estou no Pai e o Pai está em mim!” – Eu e o Mestre somos um: eu estou no Mestre e o Mestre está em mim!

A nós que conhecemos tão só o “nascer da carne” é com certa estranheza que ouvimos estas palavras, com o coração duro, trancado; desviando o nosso olhar do olhar do Mestre brilhando na serenidade de sua alma... Mas, “Ninguém pode entrar no Reino de Deus, se não nascer da água e do espírito.”

“Nascer do espírito” é “desnascer” à carne... “Quem nasce da carne é da carne, quem nasce do espírito é do espírito”. Temos aqui uma escolha, não há “meio-termo”, é isto ou aquilo! – a carne ou o espírito – Já disse o Nazareno noutro momento que o “homem não pode servir a dois senhores”, que seja ao mundo ou que seja a Deus. Se servires ao mundo terá a recompensa do mundo – a morte – mas se viveres para Deus, terá de Deus a vida em abundância!... – eterna – Servir ao mundo é viver segundo a carne, desfrutar desta nascença primitiva! Servir a Deus é nascer do espírito, viver em espírito, em estado supremo!

Nicodemos é o exemplo de homem nascido da carne, conhecedor dos desfrutes da carne; sábio, mestre das coisas profanas... Este não compreendeu a grande mensagem do Cristo, pois seu viver em carne o tornava ignorante do viver em espírito. Eis o antagonismo entre dois modos de nascença!... – da carne e do espírito –

Quantos Nicodemos há no meio de nós?!... Quantas vezes passamos por ignorantes desta grande arte do “nascer do novo”?

Quem nunca deixou o seu coração ser agraciado, guiado pela mensagem libertadora do Cristo Jesus jamais compreenderá uma única palavra dos “nascidos do espírito”. Continua a viver sob o signo do nascimento da carne... E como a carne é perecível; perecível é este sábio das coisas fugazes do mundo material!...

“Nascer do espírito” não é necessariamente abandonar as criaturas, os afazeres, o mundo e exilar-se por detrás de muralhas imensas; deixar “no sentido da palavra” casa, trabalho, família... Mas, olhar as coisas de um olhar diferente, espiritualizá-las com a nascença do espírito!... Não fazer-se morto compulsoriamente – suicidar-se – a fim de realizar em si a plenitude do espírito divino. Esta atitude é mais alta forma de covardia humana – quem tira sua própria vida não é digno da vida que tem – A mensagem é “nascer!” e não morrer.

Fonte:www.overmundo.com.br


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