Estava sentada em uma
sala de um hotel, um lugar tranquilo rodeado de flores. E eu estava
vendo uma desesperada luta
entre a vida e a morte, acontecendo com uma borboleta que gastava as
suas ultimas energias tentando voar para fora da sala: tentava
inutilmente
voar através do vidro da vidraça. É triste contar a comovente história
da estratégia da borboleta: ela insiste, mas não funciona, pois os seus
desesperados esforços não oferecem nenhuma esperança para a sua
sobrevivência. Ironicamente, a luta é parte da armadilha. É impossível
para a
borboleta, mesmo tentando arduamente, conseguir ter sucesso, ou seja,
quebrar o vidro. No entanto, esse pequeno inseto apostou sua vida para
alcançar seu objetivo através da determinação de um esforço errado.
Esta borboleta está
condenada. Ele vai morrer lá no peitoril da janela. Do outro lado da
sala, há alguns metros a porta está
aberta. Dez segundos de tempo de voo e esta pequena criatura poderia
alcançar o mundo exterior que tanto procura. Com apenas um pequeno
esforço,
que agora está sendo desperdiçado, poderia estar livre desta armadilha
que ela mesma criou. A possibilidade da descoberta está lá. Seria tão
fácil.
Por que não tentar voar com uma outra abordagem, algo radicalmente
diferente? Como é que ela ficou tão obstinada com a ideia de que este
específico
trajeto lhe oferece a melhor oportunidade para o sucesso?
Que lógica há em
continuar até a morte buscando uma solução para o meu problema? Sem
dúvida, esta abordagem faz sentido. Mas,
lamentavelmente, é uma ideia que vai matá-la. Tentar a coisa mais
difícil não é, necessariamente, a solução mais eficaz. Esta visão não
oferece
qualquer promessa real de conseguir o que se quer da vida. Às vezes, na
verdade, é uma grande parte do problema. Se você aposta todas as suas
esperanças numa única alternativa, você pode matar as suas chances de
sucesso.
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