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Antídotos do esquecimento
Cartas, relatórios e imagens do acervo de Oswaldo Cruz estarão ao
alcance de alguns cliques
Cristina Romanelli
1/9/2011
-
Quando ainda se buscava desenvolver um soro contra a peste bubônica,
era comum os pesquisadores sofrerem com os efeitos colaterais e os
acidentes provocados por seus estudos. Muitas dessas experiências do
início do século XX foram registradas em cartas trocadas pelo
sanitarista Oswaldo Cruz (1872-1917) com outros cientistas. O material
faz parte do fundo Oswaldo Cruz, reconhecido como patrimônio da
humanidade pela Unesco. Guardado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
ele inclui cadernos de aulas, artigos científicos e outros documentos
que estão sendo digitalizados. Cerca de 80 mil imagens estarão na
internet até janeiro de 2012.
No site da Casa de Oswaldo Cruz (COC), unidade da Fiocruz responsável
por conservar o acervo, há informações sobre os documentos e algumas
imagens. “Esse material foi doado em grande parte pela família de
Oswaldo Cruz. Só correspondências, são mais de mil trocadas com a mulher
dele e com Vital Brazil, por exemplo”, conta Maria da Conceição Castro,
chefe do Serviço de Arquivo Histórico do Departamento de Arquivo e
Documentação da COC.
Um dos pesquisadores que se beneficiou do material foi o cientista
social Jorge Augusto Carreta, da PUC de Campinas: “As cartas são
essenciais, pois revelam que ainda havia muita insegurança nas pesquisas
do soro antipestoso”, diz. Segundo ele, a digitalização vai ser
proveitosa para estudiosos que não moram no Rio de Janeiro, já que quase
não há material sobre o sanitarista em outro local.
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