Conta-se que o rei da Frígia (Ásia Menor)
morreu sem deixar herdeiro e que, ao ser consultado, o Oráculo anunciou
que o sucessor chegaria à cidade num carro de bois. A profecia foi
cumprida por um camponês, de nome Górdio, que foi coroado. Para não
esquecer de seu passado humilde ele colocou a carroça, com a qual ganhou
a coroa, no templo de Zeus. E a amarrou com um nó a uma coluna, nó este
impossível de ser desatado e que por isso ficou famoso.
Górdio reinou por muito tempo e quando morreu, seu
filho Midas assumiu o trono. Midas expandiu o império, porém, ao falecer
não deixou herdeiros. O Oráculo foi ouvido novamente e declarou que
quem desatasse o nó de Górdio dominaria toda a Ásia Menor. O único
motivo da fama de Frigia residia nesta carroça especial estacionada em
um dos pátios. A carroça estava presa a uma canga pelo nó górdio.
Durante mais de 100 anos, o nó górdio desafiara todos os esforços de
inteligentes reis e guerreiros.
Até que em 334 a.C. Alexandre, o Grande, ouviu essa
lenda ao passar pela Frígia. Intrigado com a questão foi até o templo de
Zeus observar o feito de Górdio. No dia designado, o pátio encheu-se de
curiosos. Todos haviam falhado, pensavam, e dessa forma, com que novo
método poderia Alexandre ter êxito?
Após muito analisar, desembainhou sua espada e cortou
o nó facilmente em dois, desatando-o. Lenda ou não o fato é que
Alexandre se tornou senhor de toda a Ásia Menor poucos anos depois.
É daí também que deriva a expressão "cortar o nó
górdio", que significa resolver um problema complexo de maneira simples e
eficaz.
0 comentários:
Postar um comentário