Isso significava uma dieta restrita em sal, com valor reduzido de calorias e abolição total de doces (na época não existiam os diets), e nem pensar em chegar perto de bebidas alcoólicas.
Esmerei-me ao máximo nos meus conhecimentos dietéticos e, como todo médico jovem, repleto de boas intenções e sem flexibilidade, fui derrubando todos os pequenos prazeres do meu roliço paciente. Aos poucos percebi que a sua fisionomia ia aos poucos tomando um ar maroto de menino travesso.
Enfim finalizei minha reeducação alimentar perfeita no papel -- hoje reconheço dificílima de ser executada.
O paciente então lascou-me uma pérola: "Doutora, vida não é comprimento, é largura!"
Nunca mais esqueci.
Eliana Franzoi Fam - Endocrinologista e nutróloga
Histórias & Estórias Médicas - Vol.IX - 2012 - Evangraf- Unimed
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