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sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A Formiga e a Pomba



 Uma formiga foi à margem do rio para beber água, e, sendo arrastada pela forte correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha, e a deixou cair na correnteza perto dela. A formiga, subiu na folha, e flutuou em segurança até a margem.
Pouco tempo depois, um caçador de pássaros, veio por baixo da árvore, e se preparava para colocar varas com visgo perto da pomba que repousava nos galhos alheia ao perigo.
A formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente deixou cair sua armadilha, e isso deu chance para que a pomba voasse para longe a salvo.
O grato de coração sempre encontrará oportunidades para mostrar sua gratidão.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

A Farmácia cósmica de Nasrudin




 Nasrudin estava desempregado. Perguntou, então, a alguns amigos que tipo de profissão deveria seguir.
"Bem, Nasrudin," disseram, "você é muito capaz e conhece bastante as propriedades medicinais das ervas. Poderia abrir uma farmácia."
Nasrudin foi para casa, pensou e disse para si mesmo: "Sim, acho que é uma boa idéia. Acho que sou capaz de fazer isso."
Naturalmente, sendo Nasrudin, nessa ocasião em particular passava por um de seus momentos de desejar ser proeminente e importante. Assim, pensou: "Não abrirei apenas uma loja de ervas ou uma farmácia que lide com ervas; abrirei algo grandioso e que cause um forte impacto".
Comprou uma loja, instalou prateleiras e armários e quando chegou a hora de pintar a fachada, montou um andaime, cobriu-o com chapas e trabalhou atrás delas. Não deixou que ninguém visse o nome que daria à farmácia ou como a fachada estava sendo pintada.
Após vários dias, distribuiu folhetos que diziam: "Grande inauguração, amanhã às nove horas".
Todos de sua aldeia e das aldeias vizinhas vieram e ficaram esperando em frente à nova loja. Às nove horas, Nasrudin apareceu, retirou a placa da frente e lá estava um enorme cartaz onde se lia: "Farmácia Cósmica e Galáctica de Nasrudin" e abaixo estava escrito: "Influenciada e harmonizada com influências planetárias".
Muita gente ficou impressionada e ele fez um ótimo negócio naquele dia. Ao anoitecer, um professor local aproximou-se de Nasrudin e lhe disse: "Francamente, essas alegações que você faz são um pouco duvidosas".
"Não, não", respondeu Nasrudin, "cada alegação que faço sobre influência planetária é absolutamente correta. Quando o sol se levanta, abro a farmácia e quando o sol se põe, eu fecho."
Portanto, podem haver diferentes interpretações sobre quanto a influência planetária afeta alguém e sobre o quanto dessas influências alguém recebe ou usa.
Extraído da obra: "Sufismo como Terapia"

 
De Omar Ali-Shah, - Edições Dervish, - Rio de Janeiro
Metáfora enviada por: João Nicolau Carvalho

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A estrela verde





 Era uma vez... Milhões e milhões de estrelas no céu. Havia estrelas de todas as cores.: brancas, lilases, prateadas, douradas, vermelhas, azuis.
Um dia, elas procuraram o Senhor Deus, Todo-Poderoso, o Senhor Deus do Universo e disseram-lhe:
- "Senhor Deus, gostaríamos de viver na Terra, entre os homens".
- "Assim será feito", respondeu Deus. "Conservarei todas vocês pequeninas, como são vistas, e podem descer à Terra".
Conta-se que naquela noite, houve uma linda chuva de estrelas. Algumas se aninharam nas torres das igrejas, outras foram brincar e correr com os vagalumes, no campo, outras misturaram-se aos brinquedos das crianças e a Terra ficou maravilhosamente iluminada. Porém, passado algum tempo, as estrelas resolveram abandonar os homens e voltar para o Céu, deixando a Terra escura e triste.
- "Por que voltaram?" perguntou Deus, a medida que elas chegavam ao Céu.
- "Senhor, não nos foi possível permanecer na Terra. Lá existe muita miséria, muita desgraça, muita fome, muita violência, muita guerra, muita maldade e muita doença".
E o Senhor lhes disse:
- "Claro, o lugar real de vocês é aqui no Céu. A Terra é o lugar do transitório, daquilo que se passa, do ruim, daquele que cai, daquele que erra, daquele que morre, é onde nada é perfeito. Aqui no Céu, é o lugar da perfeição. O lugar onde tudo é imutável, onde tudo é eterno, onde nada padece".
Depois de chegarem todas as estrelas e conferindo o seu número, Deus falou de novo:
- "Mas está faltando uma estrela. Perdeu-se no caminho?"
Um anjo, que estava perto retrucou:
- "Não, Senhor. Uma estrela resolveu ficar entre os homens. Ela descobriu que seu lugar é exatamente onde existe imperfeição, onde há limites, onde as coisas não vão bem."
- "Mas que estrela é essa?" Voltou Deus a perguntar.
- "Por coincidência, Senhor, era a única estrela dessa cor".
- "E qual é a cor dessa estrela?"insistiu Deus.
E o anjo disse:
- "A estrela é verde, Senhor. A estrela verde do sentimento de esperança".
E quando então olharam para a Terra, a estrela não estava só.
A Terra estava novamente iluminada, porque havia uma estrela verde no coração de cada pessoa. Porque o único sentimento que o homem tem e Deus não tem é a esperança. Deus já conhece o futuro, e a esperança é própria da natureza humana. Própria daquele que cai, daquele que erra, daquele que não é perfeito, daquele que ainda não sabe como será seu futuro.




terça-feira, 26 de janeiro de 2016

A escola dos animais




 Certa vez, os animais decidiram que deveriam fazer algo heróico para resolver os problemas de "um novo mundo". Assim, organizaram uma escola.
       Adotaram um currículo de atividades que compreendia corrida, alpinismo, natação e vôo. Para ministrar o currículo mais facilmente, todos os animais teriam todas as matérias.
       O pato era excelente em natação, na verdade era até melhor que o seu instrutor, mas teve apenas notas satisfatórias em vôo e era bem ruim na corrida. Como era lento na corrida, precisou treinar depois das aulas e também abandonar a natação para praticar corrida. Continuou fazendo isso até seus pés palmados ficarem gravemente feridos e passou ater um aproveitamento apenas regular em natação. Mas como regular era aceitável na escola, ninguém se preocupou com isso, a não ser o próprio pato.
       O coelho começou como o melhor da classe em corrida, mas teve um colapso nervoso por causa de tantos treinos de natação.
       O esquilo era excelente em alpinismo até ficar frustrado com seu aproveitamento nas aulas de vôo, quando sua professora mandou que partisse do chão para cima, e não do topo da árvore para baixo. Além disso, desenvolveu cãibras devido a uma estafa e então tirou um C em alpinismo e um D em corrida.
       A águia era uma criança problema e foi severamente disciplinada. Na aula de alpinismo, venceu todos os outros em direção ao topo da árvore, mas insistiu em utilizar seu próprio caminho para chegar lá.
       Ao final do ano, uma excepcional enguia que sabia nadar extremamente bem, além de correr, subir e voar um pouco, obteve a melhor média e foi a melhor da turma.
       As marmotas ficaram fora da escola e protestaram contra as mensalidades, porque a administração não quis incluir escavação e construção de tocas no currículo. Matricularam seus filhos como aprendizes de um texugo e mais tarde juntaram-se aos porcos-da-terra e aos geômios para fundarem uma bem-sucedida escola particular.
       Qual a moral da estória?


George H. Reavis
Canja de galinha para a alma
Jack Canfield e Mark Victor Hansen - Ediouro 



segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Como chamar a atenção deles


Há muitos anos eu era diretora da Lansing -- Escola de Enfermagem, Educação e Saúde da faculdade de Bellarmine em Louisville, no Kentucky. A escola ficava no alto de uma colina e todos os outros prédios administrativos e acadêmicos ficavam em outra.
Um dia, no fim de janeiro, tivemos uma forte tempestade de gelo, seguida de neve. A equipe de manutenção da propriedade fez um trabalho de primeira ao limpar a parte principal do campus, mas se "esqueceu" da nossa colina e da Lansing. Quando cheguei ao escritório, tive de enfrentar duzentos estudantes furiosos, doze professores histéricos e quatro funcionários. Nem a área da faculdade nem o estacionamento haviam sido limpos.
Eu tinha dois desafios imediatos à minha frente: fazer com que a colina fosse limpa e diminuir o nível de stress de todos os envolvidos. Eu já tinha enfrentado situação semelhante dois meses antes: quando chamei o escritório da zeladoria, disseram-me que atenderiam à nossa solicitação quando pudessem.
Dessa vez, pedi à minha secretária um formulário de solicitação de compra e um de requisição de cheques. Em seguida, preenchi à máquina uma solicitação de compra na Suíça de um elevador mecânico de esquis. Eu não sabia quanto custava um pequeno elevador de esquis, então coloquei seiscentos mil dólares. Calculei que poderia arranjar alguma coisa com essa quantia. Depois requisitei sessenta mil dólares a título de depósito. Até hoje não tenho a mínima ideia do procedimento necessário para uma compra dessas, mas não importa -- era tudo invenção minha.
Tirei cópia dos formulários e afixei por toda escola. Em seguida, entreguei pessoalmente essas falsas requisições no escritório do vice-presidente executivo, pois ele era a autoridade máxima do departamento de serviços gerais. Informei sua secretária de que era muito importante e que precisava de uma resposta o mais breve possível.
Alguns minutos depois de ter voltado ao meu escritório, recebi um telefonema furioso.
-- Você ficou maluca? -- esbravejou o vice-presidente executivo. -- Não temos dinheiro para comprar isso! Quem a autorizou a comprar um elevador de esquis?
-- O presidente -- respondi docilmente.
Disseram-me que ele bateu o telefone, precipitou-se corredor afora com a requisição na mão, irrompeu na sala do presidente e exigiu:
-- Você autorizou isso?
O presidente que me conhecia muito bem, leu calmamente a ordem de compra e disse:
-- Você não limpou a neve da entrada do prédio dela, limpou?
-- Por que ela simplesmente não disse isso? -- o vice-presidente gaguejou.
O presidente riu: -- Mas ela conseguiu chamar a sua atenção, não foi?
Dez minutos depois havia máquinas limpa-neve e caminhões de sal na nossa colina. Todos estavam nas janelas, rindo e aplaudindo.
Ann E. Weeks

Do livro:  Espírito de Cooperação no Trabalho

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

A Cidade dos Resmungos

Era uma vez um lugar chamado Cidade dos Resmungos, onde todos resmungavam, resmungavam, resmungavam. No verão, resmungavam que estava muito quente. No inverno, que estava muito frio. Quando chovia, as crianças choramingavam porque não podiam sair. Quando fazia sol, reclamavam que não tinham o que fazer. Os vizinhos queixavam-se uns dos outros, os pais queixavam-se dos filhos, os irmãos das irmãs. Todos tinham um problema, e todos reclamavam que alguém deveria fazer alguma coisa.
Um dia chegou à cidade um mascate carregando um enorme cesto às costas. Ao perceber toda aquela inquietação e choradeira, pôs o cesto no chão e gritou:
- Ó cidadãos deste belo lugar! Os campos estão abarrotados de trigo, os pomares carregados de frutas. As cordilheiras são cobertas de florestas espessas, e os vales banhados por rios profundos. Jamais vi um lugar abençoado por tantas conveniências e tamanha abundância. Por que tanta insatisfação? Aproximem-se, e eu lhes mostrarei o caminho para a felicidade.
Ora, a camisa do mascate estava rasgada e puída. Havia remendos nas calças e buracos nos sapatos. As pessoas riram ao pensar que alguém como ele pudesse mostrar-lhes como ser feliz. Mas enquanto riam, ele puxou uma corda comprida do cesto e a esticou entre dois postes na praça da cidade.
Então, segurando o cesto diante de si, gritou:
- Povo desta cidade! Aqueles que estiverem insatisfeitos escrevam seus problemas num pedaço de papel e ponham dentro deste cesto. Trocarei seus problemas por felicidade!
A multidão se aglomerou ao seu redor. Ninguém hesitou diante da chance de se livrar dos problemas. Todo homem, mulher e criança da vila rabiscou sua queixa num pedaço de papel e jogou no cesto.
Eles observaram o mascate pegar cada problema e pendurá-lo na corda. Quando ele terminou, havia problemas tremulando em cada polegada da corda, de um extremo a outro. Então ele disse:
mascate
- Agora cada um de vocês deve retirar desta linha mágica o menor problema que puder encontrar.
Todos correram para examinar os problemas. Procuraram, manusearam os pedaços de papel e ponderaram, cada qual tentando escolher o menor problema. Depois de algum tempo a corda estava vazia.
Eis que cada um segurava o mesmíssimo problema que havia colocado no cesto. Cada pessoa havia escolhido o seu próprio problema, julgando ser ele o menor da corda.
Daí por diante, o povo daquela cidade deixou de resmungar o tempo todo. E sempre que alguém sentia o desejo de resmungar ou reclamar, pensava no mascate e na sua corda mágica.
Do livro: O Livro das Virtudes II - O Compasso Moral
William J. Bennett

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A Caverna Mágica

Recontada por Frances Jenkins Olcott
Era uma vez uma mulher que morava numa casinha modesta ao pé de uma montanha onde havia uma grande floresta. Tinha um filho a quem amava muito.
No solstício de verão, a mulher levou o filho para colher os morangos maravilhosos que havia na floresta. Subiram a montanha e chegaram a um lugar coberto dos morangos maiores, mais vermelhos e mais saborosos que já tinham visto.
Colheram quantos puderam. Mas tão logo a mulher encheu a cesta, viu abrir a porta de uma gande caverna diante dela. Enormes pilhas de ouro brilhavam no chão, e três virgens brancas guardavam o tesouro.
- Entre, boa mulher - disseram as virgens brancas. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, segurando o filho pela mão, pegou um punhado de moedas de ouro e pôs no avental. Mas o toque do ouro despertou uma enorme cobiça e, esquecendo o filho, pegou mais dois punhados de moedas e saiu correndo da caverna.
No mesmo instante ouviu um estrondo atrás dela e uma voz trovejou:
- Mulher infeliz! Perdeu o seu filho até o próximo solstício de verão!
A porta da caverna se fechou e a criança ficou presa lá dentro.
A pobre mulher torceu as mãos desesperada, chorou e implorou, mas não adiantou, e ela foi para casa sem o filho. Voltou todos os dias ao lugar, mas a porta nunca mais se abriu e ela não conseguiu mais encontrar a caverna.
No ano seguinte, no solstício de verão, ela acordou bem cedo e foi correndo ao lugar. Ao chegar encontrou a porta aberta. As pilhas de ouro brilhavam no chão e as três virgens guardavam o tesouro. Ao lado delas estava o menino com uma maçã vermelha na mão.
- Entre, boa mulher - as três virgens convidaram. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, sem sequer olhar para o ouro, agarrou o filho e tomou-o nos braços.
- Boa mulher - disseram as três virgens, - leve o menino para casa. Nós o devolvemos a você, pois agora seu amor é maior que a cobiça.  
A mulher voltou para casa com o menino e o amou mais que o ouro pelo resto da vida.

Do livro: O Livro das Virtudes II - O compasso moral - Editora Nova Fronteira

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Deixe sua luz brilhar



Numa pequena cidade distante, um homem abriu seu próprio negócio - uma loja com grande variedade de artigos baratíssimos, em uma esquina. Ele era um homem bom. Era honesto e cordial, e todos gostavam dele. As pessoas compravam os produtos que ele vendia e indicavam sua loja para os amigos. O negócio cresceu e ele expandiu a loja. Em questão de anos, transformou sua única loja numa cadeia de lojas de costa a costa.

Um dia, ele ficou doente e foi levado para o hospital. O médico temia que sua vida estivesse no fim. Então ele reuniu os três filhos adultos e lhes propôs um desafio:

- Um dos três vai se tornar o presidente da companhia que levei anos para erguer. Para decidir qual de vocês merece ser o presidente, vou dar a cada um uma nota de um dólar. Saiam e comprem o que puderem com esse dinheiro, mas quando voltarem a este quarto de hospital, hoje à noite, o que quer seja que vocês tenham comprado terá de encher este quarto de canto a canto.

Os filhos ficaram entusiasmados com a oportunidade de dirigir uma organização tão bem-sucedida. Todos foram à cidade e gastaram a nota de um dólar. Quando voltaram ao hospital à noite, o pai perguntou:

- Filho número um, o que você fez com o dinheiro?

- Bem, papai - ele disse -, fui à fazenda de um amigo e comprei dois fardos de feno com o dinheiro.

Dizendo isso, o filho saiu do quarto, buscou os dois fardos de feno, desamarrou-os e começou a jogá-lo para o ar. Por alguns instantes o quarto ficou cheio de feno; mas depois de alguns minutos o feno se acomodou no chão e não o cobriu de canto a canto, como o pai havia proposto.

- Bem, filho número dois, o que você fez com o dinheiro?

- Eu fui até a Sears - ele disse - e comprei dois travesseiros de plumas.

Ele, então, trouxe os travesseiros para dentro do quarto, abriu-os e espalhou as plumas por todo o quarto. Depois de algum tempo, elas se assentaram no chão e o quarto não ficou completamente cheio.

- E você, filho número três - o pai perguntou -, o que você fez com o dinheiro?

- Peguei o dinheiro, papai, e fui até uma loja do tipo que você tinha antigamente - disse o terceiro filho. - Dei ao proprietário minha nota de um dólar e pedi-lhe que a trocasse por moedas de menor valor. Investi cinquenta centavos do meu dinheiro em alguma coisa que valesse bastante a pena, como manda a Bíblia. Em seguida, dei vinte centavos a duas entidades filantrópicas da cidade. Doei mais vinte centavos à igreja. Com os dez centavos que sobraram, comprei duas coisas.

O filho enfiou a mão no bolso e tirou uma caixa de fósforos e uma pequena vela. Ele acendeu a vela, apagou a luz e o quarto todo se iluminou. De canto a canto, o quarto ficou cheio - não de feno, não de plumas, mas de luz.

O pai ficou deliciado.

- Parabéns, meu filho, você será o presidente da companhia, porque consegue compreender uma lição muito importante sobre a vida. Você sabe como deixar a sua luz brilhar. Isso é muito bom.

Do livro: Espírito de Cooperação no Trabalho

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A Caverna Mágica

Recontada por Frances Jenkins Olcott


Era uma vez uma mulher que morava numa casinha modesta ao pé de uma montanha onde havia uma grande floresta. Tinha um filho a quem amava muito.
No solstício de verão, a mulher levou o filho para colher os morangos maravilhosos que havia na floresta. Subiram a montanha e chegaram a um lugar coberto dos morangos maiores, mais vermelhos e mais saborosos que já tinham visto.
Colheram quantos puderam. Mas tão logo a mulher encheu a cesta, viu abrir a porta de uma gande caverna diante dela. Enormes pilhas de ouro brilhavam no chão, e três virgens brancas guardavam o tesouro.
- Entre, boa mulher - disseram as virgens brancas. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, segurando o filho pela mão, pegou um punhado de moedas de ouro e pôs no avental. Mas o toque do ouro despertou uma enorme cobiça e, esquecendo o filho, pegou mais dois punhados de moedas e saiu correndo da caverna.
No mesmo instante ouviu um estrondo atrás dela e uma voz trovejou:
- Mulher infeliz! Perdeu o seu filho até o próximo solstício de verão!
A porta da caverna se fechou e a criança ficou presa lá dentro.
A pobre mulher torceu as mãos desesperada, chorou e implorou, mas não adiantou, e ela foi para casa sem o filho. Voltou todos os dias ao lugar, mas a porta nunca mais se abriu e ela não conseguiu mais encontrar a caverna.
No ano seguinte, no solstício de verão, ela acordou bem cedo e foi correndo ao lugar. Ao chegar encontrou a porta aberta. As pilhas de ouro brilhavam no chão e as três virgens guardavam o tesouro. Ao lado delas estava o menino com uma maçã vermelha na mão.
- Entre, boa mulher - as três virgens convidaram. - Leve quanto ouro puder pegar de uma só vez.
A mulher entrou na caverna e, sem sequer olhar para o ouro, agarrou o filho e tomou-o nos braços.
- Boa mulher - disseram as três virgens, - leve o menino para casa. Nós o devolvemos a você, pois agora seu amor é maior que a cobiça.  
A mulher voltou para casa com o menino e o amou mais que o ouro pelo resto da vida.

Do livro: O Livro das Virtudes II - O compasso moral - Editora Nova Fronteira

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

A Camisa De Um Homem Feliz




Um califa sofrendo de uma doença mortal, estava deitado sobre almofadas de seda. Os raquins, os médicos de seu país, congregados ao seu redor, concordaram entre si em que apenas uma coisa poderia conceder cura e salvação ao califa: colocar sob sua cabeça a camisa de um homem feliz.
Mensageiros em grande número saíram buscando em toda cidade, toda vila e toda cabana, por um homem feliz. Mas cada pessoa por eles interrogada nada expressava senão tristeza e preocupações.
Finalmente após ter abandonado toda a esperança, os mensageiros encontram um pastor que ria e cantava enquanto observava seu rebanho.
Era ele feliz?
" Não posso imaginar alguém mais feliz que eu", disse o pastor rindo-se.
"Então, dê-nos tua camisa" gritaram os mensageiros.
Mas o pastor respondeu: "Eu não tenho nenhuma camisa!".
Essa notícia patética, de que o único homem feliz encontrado pelos mensageiros não possuía uma camisa, deu o que pensar ao califa.
Por três dias e três noites ele não permitiu que nenhuma pessoa se aproximasse dele.
Finalmente no quarto dia, fez com que suas almofadas de seda e suas pedras preciosas fossem distribuídas entre o povo e, conforme conta a lenda, daquele momento em diante o califa outra vez ficou saudável e feliz.
Do livro: O Mercador e o Papagaio -
Histórias Orientais como Ferramentas em Psicoterapia
Com cem exemplos para a educação e a auto-ajuda 


Nossrat Peseschkian - Papirus Editora

Publicado no INFORMATIVO "O GOLFINHO" - Maio 97 - no. 31

 
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