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segunda-feira, 31 de maio de 2010

CBN - Podcast - Luis Fernando Correia





A cada ano, pelo menos 1 milhão de mulheres morre por causa do tabagismo

Girl vs. smoke bubble

Experiência usa futebol para ajudar homens com problemas psiquiátricos

Soccer foul faking

Conselho inglês condena médico que forjou pesquisa sobre vacina e autismo



Haters gonna hate

Games e Alzheimer




Estudo obtém resultados promissores com jogos casuais e jogadores com mais de 50 anos









Meu Coração e Minha Língua





Meu coração e minha língua fizeram um trato: quando meu coração estiver enfurecido, minha língua guardará silêncio.

As palavras respondem aos sentimentos, e os sentimentos às ideias. Por isso é impossível dominar nossas palavras se não somos senhores de nossos sentimentos; e estes sentimentos irão se acalmando segundo a força de nossas ideias.

A um coração que não se domina, responderão palavras violentas e ferinas; a um coração fechado em si, sucederão palavras e atitudes que depreciam os demais.

Por conseguinte, me calarei quando meu coração não estiver sossegado e em calma; não falarei, pois seguramente me arrependerei do que disser ou, pelo menos, do modo como o disser, ou do momento em que o disser.

Se em geral o coração não costuma ser bom conselheiro, menos o será quando não estiver em paz e não se sentir senhor de si mesmo.


Autor desconhecido







sexta-feira, 28 de maio de 2010

Pesquisa em saúde ganha portal

Pesquisa em saúde ganha portal

Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo lança portal para reunir trabalhos científicos produzidos nas 14 instituições ligadas à pasta


Divulgação Científica


28/5/2010


Por Alex Sander Alcântara


Agência FAPESP – A produção científica dos 14 órgãos (entre institutos e unidades) ligados à Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo será reunida na internet no Saúde-SP Portal de Revistas, lançado no dia 21.

De acordo com Sueli Gonsalez Saes, coordenadora da Rede de Informação e Conhecimento e secretária executiva do Conselho de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde, dos 14 órgãos oito são de pesquisa (Adolfo Lutz, Butantan, Clemente Ferreira, Dante Pazzanese de Cardiologia, de Infectologia Emílio Ribas, de Saúde, Lauro de Souza Lima e Pasteur) e os demais são centros de vigilância epidemiológica, vigilância sanitária e outros.

“O portal busca dar visibilidade às produções científicas desses órgãos ligados à Secretaria, ampliando o acesso ao nosso banco de dados sobre saúde pública. Não havia uma unidade editorial nas publicações, mas agora queremos padronizá-las e indexá-las”, disse à Agência FAPESP.

O objetivo é oferecer acesso a textos completos das coleções de periódicos, de modo a ampliar e divulgar o conhecimento técnico e científico produzido no âmbito da saúde pública no Estado de São Paulo.

Cinco títulos já estão disponíveis no Saúde-SP http://periodicos.ses.sp.bvs.br Revista do Instituto Adolfo Lutz, Cadernos de História da Ciência,Hansenologia Internationalis,Boletim Epidemiológico Paulista e Boletim do Instituto de Saúde.

Os institutos e demais unidades integram a Rede de Informação e Conhecimento (RIC), já disponível no site da RIC, lançado em 2006 pela Secretaria em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme).

“Hoje dispomos de cerca de 46 mil registros, entre artigos, livros, teses, manuais técnicos, entre outros. É uma base de dados científica e técnica de produção institucional desses 14 órgãos. As demais bases científicas de dados em saúde, como Lilacs, Medline e Cochrane, estão disponíveis, junto com todos os outros serviços que a rede oferece”, explicou.

O sucesso da Rede deu origem ao Portal de Revistas como parte de um projeto de 2009, cujo objetivo foi ampliar os serviços de informação da RIC. Segundo Sueli, no Portal de Revistas foram priorizados, no primeiro momento, os periódicos que já estavam disponíveis eletronicamente.

“Mas a ideia é reunir as 24 publicações, entre boletins e revistas, produzidas pelas instituições da Secretaria. O objetivo é indexar todas as publicações elegíveis e transformá-las em revistas de alto impacto”, disse.

Os periódicos seguirão a metodologia da biblioteca científica eletrônica SciELO (Scientific Electronic Library On-line), programa criado em 1997 pela FAPESP em parceria com a Bireme.

“Queremos organizar e padronizar os títulos na metodologia SciELO, para que se tornem indexáveis no futuro e componham a coleção da SciELO. Mas, para isso, precisamos atender os critérios exigidos”, explicou Sueli.

A rede SciELO disponibiliza coleções do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Cuba, Venezuela, Bolívia, México, Costa Rica, Paraguai, Peru e Uruguai, além de Espanha, Portugal e, desde 2009, África do Sul, que optou por adotar a plataforma para publicação dos seus periódicos científicos.

A rede só indexa e publica periódicos com veiculação regular, com controle de qualidade por revisão de pares e que concordem em manter seu conteúdo totalmente aberto e com acesso gratuito. Além disso, a rede permite o acesso ágil às coleções de periódicos, com várias estratégias de pesquisa, como lista alfabética de títulos, busca por autor, por assuntos ou por palavras.

“A Revista do Instituto Adolfo Lutz e a Hansenologia Internationalis, do Instituto Lauro de Souza Lima, já são indexadas em suas áreas. Mas a proposta é unificá-las na metodologia SciELO para, além de conseguir mais visibilidade, ter, por exemplo, acesso aos indicadores bibliométricos”, disse Sueli.

Segundo a coordenadora, além de indexar todas as publicações dos institutos e unidades ligados à Secretaria da Saúde, os próximos passos incluem fazer a digitalização das revistas mais antigas. “Até 2000, a Revista do Adolfo Lutz só existia na forma impressa”, contou.

O grupo envolvido no projeto realizou cursos de capacitação na metodologia Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) da Bireme para publicação eletrônica de periódicos científicos para bibliotecárias e os editores de revista científica.

“Embora tenha como público-alvo pesquisadores, médicos e profissionais de saúde, o objetivo é abarcar os diferentes tipos de público, para que a informação sobre saúde seja útil a todos”, disse.

A coordenadora também salientou, além do apoio institucional, o trabalho da equipe envolvida. “É um trabalho cuja realização se deve às equipes envolvidas, sejam de pesquisadores, diretores, coordenadores ou de bibliotecárias, que foram lideradas pela coordenadora das Bibliotecas da SES-SP, Lilian Schiavon”, destacou Sueli.

Desde que foi lançada em 2006, a RIC vem aumentando a visibilidade e se transformando em um importante banco de dados sobre saúde. De 2006 a 2010, o número de acessos passou de 500 para 4,5 mil mensais.


Mais informações:



quarta-feira, 26 de maio de 2010

Nada nesta vida é por acaso!

Pra tudo Deus tem um propósito.

Que ELE abençoe o seu dia de hoje e a sua vida. E que o Espírito Santo de Deus te guie, iluminando seu caminho !!!
Seja qual for suas preocupações, medos ou anseios, alegrias, felicidades ou tristezas, AGRADEÇA a Deus, pois, até mesmo a mais difícil das tribulações, serve para nos fazer crescer.

Nada nesta vida é por acaso!

“Entra na minha casa...
Entra na minha vida...
Mexe com minha estrutura...
Sara todas as feridas...
Me ensina a ter santidade...
Quero amar somente a Ti!
Por que o Senhor é o meu Bem maior...

Faz um milagre em mim!”



Mande essa casinha para todos os amigos que você deseja ver abençoado por Deus!

QUE SEU DIA SEJA ABENÇOADO!!!

Amém!




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ImageMas as doenças não são, às vezes, o resultado da presença de micróbios e não são uma parte do movimento do Yoga?


A Mãe responde:

Onde é que o Yoga começa e onde é que ele termina? Sua vida inteira não é Yoga?

As possibilidades de doença estão sempre no seu corpo e à sua volta; você as carrega dentro de si ou os micróbios e germes de todas as doenças fervilham à sua volta.

Como se explica que, de repente, você não resista a uma doença que não tinha há anos? Você dirá que foi devido à "depressão da força vital". Mas de onde vem esta depressão? Vem de alguma desarmonia do ser, de uma falta de receptividade às forças divinas.

Quando você se desliga da energia e da luz que as sutêm, então acontece esta depressão, cria-se o que a ciência médica chama de "terreno favorável", e alguma coisa se aproveita disso. É a dúvida, a tristeza, a falta de confiança, um egoístico voltar-se sobre si que o desliga da luz e da energia divina e propicia esta oportunidade ao ataque. Esta é a causa que faz você adoecer, e não os micróbios.

Não ficou provado que o aperfeiçoamento das condições sanitárias melhora a saúde do cidadão médio?

A Mãe responde:

A medicina e a higiene são indispensáveis à vida ordinária, mas não estou falando agora do cidadão médio, estou falando daqueles que fazem Yoga. Existe ainda a desvantagem da higiene, pois enquanto você diminui as chances de apanhar uma doença, você também diminui seu poder natural de resistência.

O pessoal dos hospitais, que está sempre se lavando com desinfetantes, descobre que suas mãos se tornam mais facilmente infectáveis e muito mais suscetíveis do que as mãos dos outros.

Há pessoas, ao contrário, que nada conhecem sobre higiene e fazem as coisas mais antihigiências e, no entanto, permanecem imunes. A sua própria ignorância as isola das sugestões que advêm com o conhecimento médico. Por outro lado, a sua crença nas precauções sanitárias tomadas favorece o trabalho das mesmas. Porque o seu pensamento é - "Agora estou desinfetado e seguro" e isto, dentro do limite da ação de seu pensamento, o imuniza.

Por que devemos tomar precauções sanitárias, como beber somente água filtrada?

A Mãe responde:

Existe entre vocês alguém que seja suficientemente puro e forte para não ser afetado por sugestões?

Se você beber água não filtrada e pensar - "Agora estou bebendo água impura", tem todas as chances de cair doente. E mesmo que estas sugestões não entrem através de sua mente consciente, todo o seu subconsciente está lá, quase passivamente aberto para receber qualquer espécie de sugestão.

Na vida comum é a ação do subconsciente que tem maior importância e atua centenas de vezes mais poderosamente que as partes conscientes. A condição humana normal é de um estado cheio de apreensões e medos; se você observar profundamente sua mente por dez minutos, descobrirá que de nove entre dez vezes, ela está cheia de medos - carrega dentro de si o medo de muitas coisas, pequenas e grandes, próximas ou distantes, visíveis ou invisíveis e, ainda que você usualmente não tome conhecimento consciente do medo, ele existe de qualquer forma.

A libertação de todo o medo só pode vir por um esforço e disciplina constantes.

E mesmo que por disciplina e esforço você tenha libertado sua mente e seu vital da apreensão e do medo, o mais difícil é convencer o seu corpo. Mas isto também deve ser feito. Quando você entra para o caminho do Yoga, deve livrar-se de todos os temores - os temores de sua mente, os de seu vital, os de seu corpo, que estão alojados em suas próprias células.

19 de maio de 1929.

O que é um micróbio?

A Mãe responde:

Uma coisa que agora está sendo reconhecida por todos, mesmo pelo corpo médico, é que medidas higiências, por exemplo, são efetivas apenas quando temos confiança nelas. Tome o caso de uma epidemia.

Há algus anos atrás tivemos uma epidemia de cólera aqui - foi muito séria - porém como o médico-chefe do hospital era um homem muito enérgico, ele decidiu vacinar todo mundo. Quando se despedia das pessoas que haviam sido vacinadas, dizia-lhes: "Agora vocês estão vacinadas e nada vai lhes acontecer, porém se não tivessem tomado vacina, certamente morreriam!" E lhes dizia isso com grande autoridade. Geralmente, essas epidemias duravam um longo tempo e eram difíceis de terminar; no entanto, mais ou menos em quinze dias, este doutor conseguiu refreiá-la, miraculosamente rápido. No entanto, ele sabia muito bem que o melhor efeito de sua vacinação tinha sido a confiança que ele dera às pessoas.

Bem, recentemente foi encontrada alguma coisa mais, que cosnidero maravilhosa. Descobriram que, para cada doença, há um micróbio que cura (chamemos isto de micróbio, se quiser, enfim, um germe qualquer). Porém o que é extraordinário é que este "micróbio" é extremamente contagioso, até mais que o micróbio da doença. E ele se desenvolve geralmente sob duas condições: naqueles que tem uma espécie de humor e energia naturais e naqueles que tem forte vontade de ficar bons! De repente, eles apanham o "micróbio" e estão curados. E o que é admirável é que se houver um que fique curado durante uma epidemia, haverá outros três que imediatamente se recuperarão. E este micróbio é encontrado em todos que são curados.

Contudo, vou lhe dizer uma coisa: o que as pessoas tomam por um micróbio é simplesmente a materialização de uma vibração ou uma vontade de um outro mundo. Quando tomei conhecimento desta descoberta médica, disse para mim mesma: - "Verdadeiramente, a ciência médica está fazendo progresso". Poderíamos dizer com muita razão: "A matéria está progredindo", está se tornando cada vez mais receptiva a uma vontade superior.

E o que é traduzido na ciência deles como "micróbio", nós nos apercebemos que é simplesmente um modo vibratório, se formos ao fundo das coisas; e este modo vibratório é a tradução de uma vontade superior. Se você for capaz de aplicar esta força ou esta vontade, este poder, em certas ocasiões, esta vibração (chame como quiser) agirá não apenas em você, como também contagiará todos à sua volta.

14 de março de 1951.

SO HAM

(Sou Deus)


A Mãe - Originalmente chamada Mirra Alfassa. Naceu em Paris no dia 21 de fevereiro de 1878. Deixou o corpo em 17 de novembro de 1973.

A Arte de Saborear Café

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Uma Parábola Sobre a Vida, e Uma Lição de Filosofia


The Theosophical Movement


Um grupo de ex-alunos, todos bem estabelecidos em suas profissões, reuniu-se para visitar o velho professor universitário. Em pouco tempo, a conversa adotou o rumo das reclamações contra o estresse, no trabalho e na vida.

Depois de oferecer café aos visitantes, o professor foi à cozinha e retornou trazendo um grande bule de café. Trouxe também uma quantidade mais do que suficiente de xícaras ― de porcelana, de plástico, de vidro, de cristal, algumas de aspecto simples, algumas caras, outras sofisticadas ― e disse a eles que se servissem de café à vontade.

Quando cada estudante tinha nas mãos a sua xícara de café, o professor disse:

“Se observarem, verão que todas as xícaras bonitas e caras foram escolhidas, e ficaram para trás as simples e as baratas. É bastante normal que vocês queiram só o melhor para vocês mesmos, mas essa é a fonte dos seus problemas e do seu estresse. O que todos realmente queriam era café, e não a xícara, mas vocês conscientemente pegaram as melhores xícaras, e ficaram olhando para as xícaras um do outro. Vejam que a vida é como o café, e os empregos, o dinheiro e a posição social são as xícaras; são apenas instrumentos para viver a vida, mas a qualidade da vida não muda por causa deles. Às vezes, por concentrar-nos só na xícara, deixamos de apreciar o café que há nela. Portanto, não deixem que as xícaras distraiam vocês... apreciem o café...”


Traduzido da edição de abril de 2007, p. 220, da revista mensal “The Theosophical Movement”, que é publicada em Mumbai, Índia, por associados da Loja Unida de Teosofistas.



O Cultivo da Tranquilidade

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É Mais Eficaz Avançar Passo a Passo
Sílvia Lúcia de Oliveira
“Não faz nenhuma diferença o que nós fazemos;
o que importa é como nós fazemos qualquer coisa.
E como sempre há algo sendo feito, nós sempre
temos a oportunidade de fazê-lo corretamente.”
Robert Crosbie


O tempo parece-nos na maioria das vezes curto o suficiente para justificar a agonia de fazer tudo rápido, de um jeito qualquer, dispensando caprichos e reflexões que exigiriam mais alguns minutos. Escoando no atropelo, vamos alinhavando uma vida sem debruns e acabamentos. Deixa-se de lado o que parece à primeira vista ser dispensável, utilizando um critério de escolha que prioriza rapidez e sacrifica todos os demais quesitos. E sobe a pressão arterial aos solavancos de um viver turbinado de afazeres.
Fazemos as coisas sem nelas pensar, sem que nossa mente se permita sedimentar decisões, questionar sentidos e significados. Muito do estresse cotidiano e de suas conseqüências pessoais e coletivas é fruto desse tocar a vida ao ritmo de urgências fabricadas. A agitação física e mental estabelece um turbilhão de pensamentos simultâneos que turvam a atenção e sobrecarregam nosso sistema de raciocínio. Cansamo-nos mais, atrapalhamo-nos desejando abarcar vários assuntos num só ato. E pior, prosseguimos deixando coisas caírem pelo apressado caminho de nossa existência.
Entretanto, por mais que sejam atravessados momentos ou situações agitadas, a mente tranqüila sempre será mais capaz de buscar e encontrar as melhores alternativas, abreviando esforços e frustrações. Nossas ocupações podem ser adequadamente cumpridas na cadência dos dias, sem a necessidade de nos preocuparmos com o que possa eventualmente deixar de ser feito. O tempo mostrará se o que foi deixado para trás fará ou não falta. Na maioria absoluta das vezes, as pequenas falhas cotidianas não se transformarão em perdas irreparáveis.
Podemos fazer muitas coisas se nos permitirmos dar um passo de cada vez, um após o outro, sem nos desviarmos de metas propostas e procurando sempre a melhor forma possível. Com o pensamento liberto das pressões desnecessárias, conseguimos olhar a vida saboreando suas cores, seus sabores e principalmente estabelecendo importância adequada a cada momento.
A tranqüilidade é o fruto maduro de uma atitude de viver caprichosamente germinada nos pequenos atos e nas situações banais do dia a dia. Tranqüilidade se cultiva, com zelo e cuidado persistentes; não se compra pronta e nem se engole em cápsulas. Quando se alcança tal equilíbrio, se descobre uma serenidade profunda e duradoura, jamais conquistada com a química dos remédios.
Retornando às palavras iniciais de Crosbie, o que importa na vida é o modo como fazemos as coisas, independente de serem simples ou complexas; rotineiras ou não. O fundamental é caprichar, fazer bem feito e, como a pressa sempre foi inimiga da perfeição, manter sempre a calma e a preservar a tranqüilidade.

A crônica acima foi publicada inicialmente na edição de 15 de maio de 2010 do jornal "Agora", em Rio Grande, RS.



COMO ALCANÇAR A PAZ MENTAL

Não é uma coisa indesejável para a mente desaparecer no silêncio, estar imóvel e livre de pensamentos, uma vez que, ao silenciar-se a mente é quando se produz a descida completa de uma vasta paz procedente do Alto e, nesta vasta tranqüilidade, a realização do Eu silencioso que está em cima da mente estendido por todas as partes em sua imensidão.

O que ocorre somente, é que, quando há paz e silêncio mental, a mente vital trata de precipitar-se para ocupar o lugar, se bem que a mente mecânica tenta, ao mesmo tempo, com o mesmo propósito, fazer surgir sua gama de pensamentos habituais e triviais.

O que se deve fazer é ter o cuidado de recusar e calar esses intrusos de modo que, ao menos, durante a meditação, a paz e o sossego da mente o do ser vital sejam completos. A melhor maneira de conseguir fazê-lo é mantendo uma vontade forte e silenciosa.

Esta vontade é a vontade da alma detrás da mente; quando a mente está em paz, quando permanece em silêncio, pode perceber-se a presença da alma, também silenciosa, separada da ação da natureza. Manter a calma, ser firme e arraigado no espírito, possuir este sossego da mente, esta separação entre a Alma interior e a energia é muito útil, quase indispensável.

Porém não é possível manter a calma e estar centrado no espírito enquanto o ser está sujeito ao turbilhão de pensamentos ou dos movimentos vitais. Desapegar-se, apartar-se deles, senti-los separados de si, é indispensável. Uma grande onda (ou um mar) de calma e a consciência constante de uma vasta luminosa Realidade, tal é precisamente o caráter da realização fundamental da Verdade suprema em seu primeiro contato com a mente e a alma.

Não se pode pedir um melhor começo nem melhor fundamento; é como uma grande pedra sobre a qual se pode construir o resto. Isso significa certamente, não só uma presença, senão “a Presença”, e constituirá um grande erro debilitar a experiência por uma falta de aceitação ou por alguma dúvida sobre seu caráter.

Não é necessário defini-la, nem é conveniente tratar de configurá-la numa imagem; porque esta Presença é infinita em sua natureza. Tudo aquilo que tenha que manifestar ou exteriorizar de si mesma, o fará inevitavelmente por seu próprio poder, se existe uma aceitação sustentada. Em verdade, sem dúvida alguma, que é uma graça enviada, e a única maneira de responder a uma graça tal é aceitá-la com gratidão e, mantendo-se aberto, permitir ao Poder que tenha tocado a consciência desenvolver o ser no que tenha que ser desenvolvido.

A transformação total da natureza não pode fazer-se num momento; requer necessariamente muito tempo e se produz por etapas; a experiência atual é somente o início, um fundamento para a nova consciência na qual será possível a transformação. A espontaneidade automática da experiência deve demonstrar por si mesma que não tem nada que ver com uma construção da mente, da vontade ou das emoções; que procede de uma Verdade que está mais além dessas coisas.

Recusar as dúvidas implica, com toda certeza, haver alcançado o controle de nossos próprios pensamentos. Porém, o fato de controlar nossos pensamentos é tão necessário, na yoga e fora da yoga, como o domínio de nossas paixões e de nossos desejos vitais e o controle dos movimentos de nosso corpo.

Não é possível sequer alcançar o nível de um ser mental plenamente desenvolvido se não se é capaz de dominar os próprios pensamentos, se não se é sua própria testemunha, seu juíz e seu amo, da alma mental. Não é menos inconveniente ao ser mental do que ser como uma bola de tênis submetida ao impacto dos pensamentos desordenados e incontroláveis, que ser como um barco á deriva em meio a tempestade das paixões e dos desejos, ou um escravo da inércia ou dos impulsos do corpo.

Já sei que controlar os pensamentos é mais difícil, porque o homem, por ser primordialmente uma criatura de energia mental, se identifica a si mesmo com os movimentos de sua mente e não pode, de repente, dissociar-se e permanecer à margem e livre dos redemoinhos e turbulências da torrente mental.

É relativamente fácil para ele exercer um controle sobre seu corpo, ao menos sobre uma certa parte de seus movimentos. É-lhe menos fácil, porém, ainda que perfeitamente possível por meio duma luta efetiva, estabelecer um domínio mental sobre seus impulsos e desejos vitais; porém, sentar-se em cima do torvelinho de seus pensamentos, como o Iogue sobre o rio, é menos fácil. Não obstante, também é possível.

Todos são homens mentalmente desenvolvidos, aqueles que sobrepassam ao término médio, de algum modo, ou a menos num determinado tempo e para certo propósito, tenham tido que separar as duas partes da mente, a parte ativa que é uma fábrica de pensamentos e a parte sossegada e soberana que é uma Testemunha e uma Voluntária, observando os pensamentos julgando-os, recusando-os, eliminando-os e aceitando-os, ordenando correções e mudanças.

O Iogue vai ainda mais longe. Não somente é o senhor de si, como permanecendo de alguma maneira na mente, consegue escapar da mesma sem por assim dizer, e se situa por cima e completamente por trás. Para ele a imagem da fábrica de pensamentos já não é completamente válida; posto que vê como os pensamentos nos vêem de fora da Mente universal ou da Natureza universal, às vezes formados e distintos, às vezes informes e embrionários, em cujo caso recebem forma em alguma parte dentro de nós.

A tarefa principal de nossa mente consiste em responder, favoravelmente com aceitação, ou negativamente com repulsa, a essas ondas de pensamentos, ou em dar forma mental pessoal à substância dos pensamentos procedentes da Natureza-Força circundante.

Sri Aurobindo




MIT aponta tendências para o futuro

terça-feira, 25 de maio de 2010



Televisão é mais importante que marido ou esposa, diz estudo


segunda-feira, 24 de maio de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Como cuidar de bebês corretamente


O prognóstico



Uma jovem mãe, submetida a um tratamento contra câncer, voltou do hospital sem cabelos, por causa da radioterapia, e muito consciente da sua aparência.

Estava sentada na cozinha, quando seu filho apareceu na porta, olhando-a curiosamente.

Quando a mãe iniciou o discurso que ensaiara para ajudá-lo a entender o que via, o menino se aproximou e aconchegou-se em seu colo, quietinho, a cabeça recostada em seu peito.

A mãe acariciou a cabecinha do filho e disse: "Você vai ver como daqui a pouco o meu cabelo vai crescer e eu vou ficar melhor, como era antes."

O menininho se levantou, olhou para a mãe pensativo. Com a espontaneidade de seus seis anos, respondeu: "Seu cabelo está diferente, mas seu coração está igualzinho."

A mãe não precisava mais esperar por "daqui a pouco" parar melhorar. Com os olhos cheios de lágrimas, ela se deu conta de que já estava muito melhor.

Rochelle M. Pennington
Histórias para aquecer o coração das mães
Jack Canfield, Mark Victor Hansen e outros
Editora Sextante



quarta-feira, 12 de maio de 2010

SETE LEIS ETERNAS



Leis eternas regem o universo, orientando o aprendizado dos filhos de Deus em experiências que os leva à compreensão e à sabedoria, de que toda a manifestação e de que a origem de tudo é o Amor. Através destas leis a consciência contida em um corpo pode paulatinamente se expressar, vivenciando experiências em um determinado espaço, em uma determinada dimensão ou realidade. Elas organizam a duração das experiências que têm que ser vividas pela consciência, em função daquilo que no tempo, já foi, é ou será experienciado, a fim de que a consciência obtenha a Luz da Sabedoria. Elas são aplicadas para tudo que foi gerado e elas regem o processo da vida. À medida que a consciência se harmoniza, se descobrindo no contexto do universo, perceberá que estas leis se aplicam à tudo que ela faz, o que ela pensa e mesmo o que ela imagina e, que no seu agora, está inserido também o seu antes e o seu depois. A consciência ao perceber o universo vibrando como uma unidade, portanto, aceitando-o na sua perfeição divina, decodificará as informações que vibram dele menos fragmentadas. A percepção da Vontade Divina através de suas leis, se tornará cada vez mais transparente, à medida que o ser humano dissipe a sua ignorância no "jogo da vida", libertando-se da escuridão de seus sofrimentos. Quanto mais altas as leis estiverem na Estrutura Hierárquica de Vibração, mais informações elas conterão, mais Luz elas irradiarão. Por outro lado, quanto mais baixo a consciência estiver sintonizada dentro da Estrutura Hierárquica Vibracional, menos informações ela terá, mais experiências densas na matéria ela experimentará, mais controlada pelo instinto ela ficará e mais rodeada pela escuridão da ignorância e do sofrimento ela estará. As três leis inferiores, a Lei da Natureza, a Lei da Harmonia e a Lei da Correspondência, regem o "inferno da vida" nas experiências humanas.
As três leis superiores, as leis do "céu da vida" experienciadas pela consciência humana, são a Lei da Polaridade, a Lei da Manifestação e a Lei do Amor. Entre o "inferno da vida" e o "céu da vida", separando-os, vibra a Lei da Evolução.

1. A Lei da Natureza cria condições para que o corpo físico se harmonize com os processos intuitivos e ao funcionar perfeitamente, contenha uma consciência que evolua eternamente. É na regência desta lei que os corpos humanos são organizados, para que a adversidade gerada por eles se manifeste, pois é pela adversidade que a consciência evolui. A Vontade Divina em uma programação automática vibrada nesta Lei, criou o código genético de cada espécie e no homem particularmente, dotou-lhe de um corpo que contém uma consciência que experiência a vida, que o faz evoluir através do seu relacionamento com outras consciências, levando-o à sabedoria depois de muitas encarnações.

2. A Lei da Harmonia estabelece os limites, as margens de desequilíbrio necessárias para que tudo se organize, a fim de que determinadas experiências sejam vivenciadas em um período de tempo, para logo depois mudar todas as regras do jogo, para que um outro processo de aprendizado seja gerado. Esta lei controla o ciclo de todas as manifestações, o ciclo de tudo o que existe, para que as consciências na adversidade se relacionem, convivendo simultaneamente, aprendam a se harmonizar.

3. A Lei da Correspondência, a última do "inferno da vida", determina quando a consciência está pronta para vivenciar um outro nível de experiências. É ela que determina a duração, o local e os limites das experiências entre os processos simultâneos de diferentes indivíduos. É ela ainda que cria as condições para quem, onde, como e até quando as experiências têm que ser vividas. Do momento de sua emanação de Deus até a sua atual compreensão do universo, o ser humano vibrou em vários níveis de consciência. Portanto, a vida de cada ser humano é um luminoso curso de aprendizado, com experiências cada vez mais complexas, para que a sua consciência suba na hierarquia da Luz. Em um primeiro momento de sua ascensão consciencial, o ser humano aprende controlar os seus instintos agressivos, as suas emoções animais, para que em um segundo momento ele aprenda despertar a sua sensibilidade, percebendo-se com os seus sentimentos mais sutis. Em um terceiro momento a consciência percebe que para ter alegria interior precisará desenvolver uma relação harmônica com outras consciências, baseada no respeito, na tolerância e, só então, em um quarto momento, já vivendo plenamente o respeito e a tolerância em suas relações de vida, é que a consciência vibrará na freqüência de Paz e de Amor.
A casualidade não existe, as leis que regem universo não se apoiam nela. Se alguma coisa está acontecendo em um determinado lugar é porque tem que acontecer. A consciência só pode interferir no fato, com o seu livre arbítrio, antes que ele aconteça. O ser humano só vive situações que pode suportar e que estão ao nível de sua compreensão, ao nível daquilo que ele acredita. Ele pode escolher em aceitar todos os eventos necessários para a sua transcendência na sua experiência terrena, ou lutar contra eles, trilhando um caminho de angustia e de sofrimento. Aquilo que a consciência chama de evolução é o processo gradual de sua iluminação. Neste nível de compreensão o ser humano aceita que todos os acontecimentos da vida fazem parte de seu aprendizado e, que por isso mesmo, ele não deve se culpar, não deve julgar a si mesmo e à ninguém, pelo que lhe acontece e pelo que acontece aos outros.

4. A Lei da Evolução estabelece o destino, a razão e a ordem dos processos que a consciência está submetida. Determina o que são erros, para que a consciência aprenda superá-los. A consciência que vivencia na Lei da Evolução já controla o seu instinto, tem relação harmônica com outras consciências, transforma os erros vindo do seu livre-arbítrio em instrumentos para a sua evolução, para sua iluminação. Os seres humanos que vivem dentro desta lei aproveitam para crescer através do enfrentamento dos opostos, da confrontação de conceitos, de crenças, de costumes, de culturas e de sentimentos. Neste nível as consciências reencontram o equilíbrio, ao reconhecer e ao compreender a mesma lei que violaram. Todos os momentos difíceis que o ser humano passa são necessários, para que a sua consciência feita por informações e experiências, perceba-se como parte do universo e se harmonize com as leis que o regem. Pelo afloramento de sua sensibilidade, o ser humano descobre que todos os acontecimentos que o envolvem são para auxiliá-lo na sua evolução e que portanto, não existe o bom e nem o ruim.

5. A Lei da Polaridade rege a relação e o movimento entre todas as forças opostas que vibram em todos os níveis, com a finalidade de gerar a criação. Esta lei controla a interação entre as duas forças fundamentais do universo, a força negativa e a força positiva, que geram a criação através de vibrações, que são os "instrumentos" construtores do universo físico. A oposição entre a força centrípeta compressora e a força centrífuga expansiva, dá origem à força magnética, à força gravitacional, ao movimento e a densidade da matéria, com o seu volume massa e peso. A todo o instante o luminoso, o sutil está interagindo com o obscuro, com o denso, criando novas experiências, para que a consciência desenvolva a sua compreensão sobre o universo. O universo físico vibra, move e é criado pela interação da força que flui do pólo negativo, centrípeta, sentido anti-horário (podendo ser também percebida como feminina, intuitiva e do lado direito do cérebro), com a força que sai do pólo positivo, centrífuga, sentido horário (podendo ser também percebida como masculina, racional e do lado esquerdo do cérebro). Abaixando a freqüência vibracional a matéria fica mais densa, fica com mais átomos. Aumentado a sua freqüência de vibração ela fica mais leve, fica com menos átomos. As duas forças fundamentais do universo, a negativa e a positiva, quando se organizam em pontos de equilíbrio harmônicos, em diferentes freqüências de vibração, dão origem a matéria com cores, densidades e comportamentos químicos também específicos. O ouro diferencia do chumbo pela freqüência em que vibra. A cor também vai sucessivamente mudando, pelo aumento da sua freqüência de vibração, passando do vermelho para o laranja, do laranja para o amarelo, do amarelo para o verde, do verde para o índigo (anil) e deste para o violeta. Aumentando cada vez mais a freqüência de vibração, a cor violeta passa ao branco "puro" e dele, para a ausência da luz. Neste ponto, nesta freqüência de vibração, aparece a eletricidade. Daí em diante, mantendo constante o aumento de freqüência, a força eletromagnética será substituída pela força vital ou psíquica, que é a força mais intensa de pulsação operada pela mente. O ritmo registra todas as vibrações, registra tudo o que existe, traz a finidade entre as partes de um todo, transforma a desordem e o caos em ordem e harmonia. O grande doador da vida é a energia e a consciência, é a Manifestação e o Amor.

6. A Lei da Manifestação estabelece que todas as coisas criadas devem antes existir na mente de Deus. É ela que determina a passagem das idéias intangíveis, para que se manifestem no universo tangível. Deus é Um. É a Unidade. Tudo deriva Dele e para Ele voltaremos. A Unidade é que estrutura o universo por ressonância de Si mesma.
A Lei da Manifestação permite que a Unidade Indiferenciada e Homogênea ao manifestar a criação por reflexo de Si mesma, manifeste as duas forças opostas fundamentais do universo físico, dando lugar à vibração, à densidade e ao heterogêneo. A consciência à medida que vai se iluminando, vai percebendo que é uma mesma Lei proveniente de um mesmo Principio que rege toda a Manifestação e por isto, que o micro se espelha no macro e vice-versa. A vida é eterna para que a consciência evolua através de sucessivas experiências adquirindo a sabedoria da percepção, de que tudo o que existe provém do Amor.

7. A Lei do Amor, a última lei do "céu da vida", é a lei de onde todas as outras leis originam e são codificadas. É por meio da Lei do Amor que a consciência alcança a total compreensão da criação e da perfeita ordem do universo. A vida é feita por incontáveis experiências, para permitir a consciência entender e perceber a dinâmica da criação e quando ela alcança este seu objetivo, ela não mais necessita experienciar a matéria e, ela então, volta à Fonte de Amor que a gerou.






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terça-feira, 11 de maio de 2010

4º Simpósio de AVC: uma visão interdisciplinar



http://www.labjor.unicamp.br/comciencia/img/avc/ar_gagliardi/img1.jpg


De 28/5/2010 a 29/5/2010

Faltam 17 dias para o início do evento. Duração: 2 dias

Agência FAPESP – A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizará, nos dias 28 e 29 de maio, o 4º Simpósio de AVC: uma visão interdisciplinar, em Campinas.

O evento é organizado pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e discutirá prevenção, tratamento e reabilitação do Acidente Vascular Cerebral.

“Fisiopatologia do AVC”, “AVC em jovens e enxaqueca”, “Pílula anticoncepcional e AVC”, “Uso de toxina botulínica em AVC”, “Cuidados fisio-respiratórios pós-AVC” serão alguns dos temas a serem abordados.

As inscrições vão até 24 de maio. O evento será realizado no Salão Nobre da FCM, na cidade universitária, em Campinas (SP).

Mais informações: www.lepedic.com.br/eventos/simposioavc2010

É possível se alimentar apenas de sol?

CBN - Podcast - Gilberto Dimenstein


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Feche a boca e abra os braços



Uma amiga ligou com notícias perturbadoras: a filha solteira estava grávida.

Relatou a cena terrível ocorrida no momento em que a filha finalmente contou a ela e ao marido sobre a gravidez. Houve acusações e recriminações, variações sobre o tema "Como pôde fazer isso conosco?" Meu coração doeu por todos: pelos pais que se sentiam traídos e pela filha que se envolveu numa situação complicada como aquela. Será que eu poderia ajudar, servir de ponte entre as duas partes?

Fiquei tão arrasada com a situação que fiz o que faço – com alguma frequência – quando não consigo pensar com clareza: liguei para minha mãe. Ela me lembrou de algo que sempre a ouvi dizer. Imediatamente, escrevi um bilhete para minha amiga, compartilhando o conselho de minha mãe: "Quando uma criança está em apuros, feche a boca e abra os braços."

Tentei seguir o mesmo conselho na criação de meus filhos. Tendo tido cinco em seis anos, é claro que nem sempre conseguia. Tenho uma boca enorme e uma paciência minúscula.

Lembro-me de quando Kim, a mais velha, estava com quatro anos e derrubou o abajur de seu quarto. Depois de me certificar de que não estava machucada, me lancei numa invectiva sobre aquele abajur ser uma antiguidade, sobre estar em nossa família há três gerações, sobre ela precisar ter mais cuidado e como foi que aquilo tinha acontecido – e só então percebi o pavor estampado em seu rosto. Os olhos estavam arregalados, o lábio tremia. Então me lembrei das palavras de minha mãe. Parei no meio da frase e abri os braços.

Kim correu para eles dizendo:

– Desculpa... Desculpa – repetia, entre soluços. Nos sentamos em sua cama, abraçadas, nos embalando. Eu me sentia péssima por tê-la assustado e por fazê-la crer, até mesmo por um segundo, que aquele abajur era mais valioso para mim do que ela.

– Eu também sinto muito, Kim – disse quando ela se acalmou o bastante para conseguir me ouvir. - Gente é mais importante do que abajures. Ainda bem que você não se cortou.

Felizmente, ela me perdoou. O incidente do abajur não deixou marcas perenes. Mas o episódio me ensinou que é melhor segurar a língua do que tentar voltar atrás após um momento de fúria, medo, desapontamento ou frustração.

Quando meus filhos eram adolescentes – todos os cinco ao mesmo tempo – me deram inúmeros outros motivos para colocar a sabedoria de minha mãe em prática: problemas com amigos, o desejo de ser popular, não ter par para ir ao baile da escola, multas de trânsito, experimentos de ciência malsucedidos e ficar em recuperação. Confesso, sem pudores, que seguir o conselho de minha mãe não era a primeira coisa que me passava pela mente quando um professor ou diretor telefonava da escola. Depois de ir buscar o infrator da vez, a conversa do carro era, algumas vezes, ruidosa e unilateral.

Entretanto, nas ocasiões em que me lembrava da técnica de mamãe, eu não precisava voltar atrás no meu mordaz sarcasmo, me desculpar por suposições errôneas ou suspender castigos muito pouco razoáveis. É impressionante como a gente acaba sabendo muito mais da história e da motivação por trás dela quando está abraçando uma criança, mesmo uma criança num corpo adulto. Quando eu segurava a língua, acabava ouvindo meus filhos falarem de seus medos, de sua raiva, de culpas e arrependimentos. Não ficavam na defensiva porque eu não os estava acusando de coisa alguma. Podiam admitir que estavam errados sabendo que eram amados, apesar de tudo. Dava para trabalharmos com "o que você acha que devemos fazer agora", em vez de ficarmos presos a "como foi que a gente veio parar aqui?"

Meus filhos hoje estão crescidos, a maioria já constituiu a própria família. Um deles veio me ver há alguns meses e disse "Mãe, cometi uma idiotice..."

Depois de um abraço, nos sentamos à mesa da cozinha. Escutei e me limitei a assentir com a cabeça durante quase uma hora enquanto aquela criança maravilhosa passava o seu problema por uma peneira. Quando nos levantamos, recebi um abraço de urso que quase esmagou os meus pulmões.

– Obrigado, mãe. Sabia que você me ajudaria a resolver isto.

É incrível como pareço inteligente quando fecho a boca e abro os braços.


Diane C. Perrone
Histórias para aquecer o coração das mães
Jack Canfield, Mark Victor Hansen e outros
Editora Sextante

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Cigarro oxidante






Por Fábio de Castro

Agência FAPESP – A exposição à fumaça de cigarros – que é um fator importante para o desenvolvimento de doença pulmonar obstrutiva crônica – aumenta o nível de oxidantes nos pulmões, levando ao estresse oxidativo e à destruição do tecido dos alvéolos. Um novo estudo, realizado por cientistas norte-americanos, indicou que a supressão de um gene pode atenuar o dano pulmonar induzido pelo hábito de fumar.

De acordo com um dos autores, Rubin Tuder, professor da Universidade do Colorado em Denver, a pesquisa, publicada na edição de maio da revista American journal of respiratory cell and molecular biology, representa uma importante abordagem genética contra a lesão pulmonar induzida por oxidantes.

Tuder, que é especialista em patobiologia e patologia de doenças pulmonares, apresentou os resultados da nova pesquisa durante a 1st São Paulo School of Translational Science (1ª Escola São Paulo de Ciência Translacional), da qual participou nas duas últimas semanas de abril. O curso, primeiro organizado no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), nova modalidade de fomento da FAPESP, foi realizado pelo Hospital A.C. Camargo.

Segundo Tuder, em resposta à fumaça de cigarro, as células epiteliais do pulmão compensam os altos níveis de oxidantes ativando vias de Nrf-2 – uma proteína que aumenta os níveis endógenos de antioxidantes das células –, elevando a expressão de enzimas desintoxicantes e antioxidantes, protegendo os pulmões das lesões.

“Levantamos a hipótese de que estimulando as vias ativadas por Nrf-2, poderíamos conseguir proteção contra o dano pulmonar induzido pelo cigarro. Para isso, desenvolvemos um modelo animal no qual o gene inibidor de Nrf-2, Keap-1, é suprimido das células epiteliais das vias respiratórias de camundongos”, disse à Agência FAPESP.

O resultado da supressão do gene foi um aumento da expressão de Nrf-2, protegendo as células contra o estresse oxidativo causado pela fumaça de cigarro in vivo. “Os resultados poderão ser importantes para a busca de novas drogas e terapias para os danos causados pelo cigarro”, afirmou.

Segundo ele, nos Estados Unidos a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a quarta maior causa de mortalidade, sendo responsável por cerca de 120 mil das 400 mil mortes causadas anualmente pelo cigarro. A DPOC atinge preferencialmente indivíduos com mais de 65 anos.

De acordo com Tuder, esse dado é a base de uma das linhas de pesquisa tratadas em seu laboratório: a relação entre o processo de envelhecimento e o enfisema pulmonar – que, juntamente com a bronquite crônica, é uma das principais manifestações da DPOC.

“Sabemos que, teoricamente, todos os seres humanos que venham a viver além dos 105 anos de idade irão eventualmente desenvolver a DPOC – seja com limitação pulmonar ou enfisema senil. Estamos confirmando, passo a passo, que o dano celular causado pelo envelhecimento e pelo cigarro envolvem mecanismos patogênicos inter-relacionados. Queremos entender melhor esses mecanismos a fim de definir grupos de risco e fornecer potenciais plataformas para novas terapias”, explicou.

Tuder afirma, no entanto, que os danos causados pela exposição à fumaça de cigarro não se limitam a causar câncer e DPOC. De acordo com ele, estudos mostram que, nos indivíduos adultos, quando o pulmão é lesionado cronicamente pelo cigarro, a capacidade de resposta do pulmão contra fatores infecciosos diminui. “A fumaça de cigarro induz alterações na resposta imune inata às infecções virais e essas mudanças agravam a destruição alveolar característica do enfisema”, disse.

O cientista acrescenta que alguns vírus se instalam permanentemente no pulmão em estado de latência, não podendo ser eliminados. “Existem dados que mostram que alguns desses vírus, como o adenovírus, por ser persistente, podem fazer com que o processo inflamatório obstrutivo se perpetue”, disse.

Dados epidemiológicos consistentes mostram ainda que, em crianças expostas ao fumo em casa, a predisposição a doenças aumenta. Já se sabia, de acordo com Tuder, que durante a vida uterina o cigarro afeta a criança irremediavelmente, prejudicando o seu crescimento, uma vez que a fumaça afeta a sinalização relacionada com o fator de crescimento endotelial, entre outros problemas.

“Mas, agora, sabemos também que mesmo depois do nascimento existem danos, como a maior predisposição à infecção viral e à asma. O pulmão dessas crianças fica permanentemente avariado e nunca volta a ser totalmente normal. Se começarem a fumar ou tiverem uma infecção na vida adulta, terão provavelmente um risco maior de desenvolver doenças como asma”, afirmou.

Outro efeito conhecido do cigarro é o desencadeamento da mutagênese que causa o câncer. Segundo o cientista norte-americano, no entanto, nem todos os fumantes têm risco aumentado de desenvolvimento de câncer.

“Não sabemos ainda como identificar esses indivíduos que têm risco aumentado, nem sabemos por que razão alguns são atingidos e outros não. Também não sabemos quais os fatores anteriores para que os indivíduos desenvolvam a doença. Mas as pesquisas se encaminham para isso”, disse.

O artigo Deletion of Keap1 in the Lung Attenuates Acute Cigarette Smoke–Induced Oxidative Stress and Inflammation, de David Blake e outros, pode ser lido por assinantes da American journal of respiratory cell and molecular biology em http://ajrcmb.atsjournals.org/cgi/content/abstract/42/5/524 .
 


 
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