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sexta-feira, 30 de abril de 2010

Fobias de A a Z : Você tem Medo de que?


 AGORAFOBIA
Ágora era, entre os gregos,  a praça pública onde o povo se reunia. Phóbos, também do grego, significa “medo”, “aversão” e deu origem, em português, não somente ao substantivo “fobia”, como também ao sufixo “-fobia”. Ao medo extremo de estar em locais amplos, abertos e tumultuados, dá- se o nome de agorafobia. O agoráfobo teme, nesses lugares ou situações onde a fuga seria difícil,  não conseguir escapar caso sofra algum mal-estar.

OMBROFOBIA
Ombro-, elemento composicional com origem no grego ómbros, ou, é referente a chuvas e tempestades. Assim sendo, o substantivo feminino ombrofobia é um termo psiquiátrico que designa o medo mórbido de chuvas fortes e tempestades.

ALGOFOBIA
É natural e bastante compreensível que alguém tenha medo de sentir dor. Não à toa, crianças por vezes começam a chorar antes mesmo de receber uma injeção. O medo da dor física, no entanto, acaba  tornando-se anormal quando altera o comportamento de um indivíduo de modo a causar transtornos. Quando isso ocorre, o quadro é chamado de algofobia. O algofóbico  pode chegar ao ponto de modificar hábitos saudáveis (como praticar esportes) porque estes poderiam ocasionar lesões, ou mesmo ao ponto de impedir um médico ou dentista de realizar um tratamento. O prefixo alg(o)-  tem origem na palavra grega álgos, que significa “dor”. A algofobia opõe-se a “algofilia”, perversão na qual o indivíduo é compelido a buscar sensações dolorosas.

 ACROFOBIA
Acr(o)-, do grego ákros, a, on,  é um elemento composicional que significa “elevado”. Desse modo,  acrofobia é um substantivo feminino que designa “medo de altura e de lugares elevados”.


CRONOFOBIA
Caracterizadas por sensações como ansiedade e claustrofobia, as crises de cronofobia são desencadeadas pelo medo neurótico da passagem do tempo. A inexorabilidade do tempo é encarada como grande adversária para o indivíduo cronófobo (ou cronofóbico) e a incapacidade de controlar o passar dos segundos lança-o num estado de pânico. É um tipo de neurose bastante comum entre presos, já que a reclusão faz com que contem o tempo que ainda falta serem libertos e um dos efeitos da ociosidade do encarceramento costuma ser a impressão de que tudo passa mais vagarosamente. O termo cronofobia também está relacionado ao medo exacerbado de envelhecer.

 TAFOFOBIA
A tafofobia caracteriza-se pelo medo neurótico de ser enterrado vivo e acordar dentro de um caixão. Normalmente, o tafofóbico prefere ser cremado. O termo também pode referir-se a um enorme receio de ser soterrado e ficar embaixo da terra sem conseguir se movimentar ou pedir ajuda. 


   

A

    * Abissofobia - medo de abismos, precipícios.
    * Ablepsifobia - medo de ficar cego
    * Ablutofobia - medo de tomar banho.
    * Acarofobia - medo de ter a pele infestada por pequenos organismos(ácaros).
    * Acerofobia - medo a produtos ácidos.
    * Acluofobia - medo ou horror exagerado à escuridão.
    * Acrofobia - medo de altura.
    * Acusticofobia - medo relacionado aos ruídos de alta intensidade.
    * Aeroacrofobia - medo de lugar aberto e alto.
    * Aerodromofobia - medo de viagens aéreas.
    * Aerofobia - medo de ventos, engolir ar ou aspirar substâncias tóxicas.
    * Aeronausifobia - medo de vomitar (quando viaja de avião).
    * Afobia - medo da falta de fobias
    * Agliofobia - medo de sentir dor.Sinônimo de algofobia
    * Afefobia - medo de ser tocado.
    * Agorafobia - medo de lugares abertos, de estar na multidão, lugares públicos ou deixar lugar seguro.
    * Agrafobia - medo de abuso sexual.
    * Agrizoofobia - medo de animais selvagens.
    * Agirofobia - medo de ruas ou cruzamento de ruas.
    * Aicmofobia - medo de agulhas de injeção ou objetos pontudos.
    * Ailurofobia - medo de gatos.Idem galeofobia ou gatofobia
    * Aletrorofobia - medo de galinhas. (ornitofobia)
    * Algofobia - medo de dor.Idem agliofobia
    * Amatofobia - medo de poeiras
    * Amaxofobia - medo mórbido de se encontrar ou viajar dentro de qualquer veículo de transporte.
    * Ambulofobia - medo de andar
    * Amnesifobia - medo de perder a memória.
    * Ancraofobia ou Anemofobia - medo de correntes de ar
    * Androfobia - medo de homens
    * Anatidaefobia - medo de ser observado por patos
    * Anemofobia - medo de ventos
    * Anginofobia - medo de engasgar
    * Antofobia - medo de flores
    * Antropofobia - medo de pessoas ou da sociedade
    * Antlofobia - medo de enchentes
    * Anuptafobia - medo de ficar solteiro (a)
    * Apifobia - medo de abelhas
    * Aracnefobia ou Aracnofobia - medo de aranhas
    * Astenofobia - medo de desmaiar ou ter fraqueza
    * Astrofobia ou astrapofobia - medo de trovões e relâmpagos
    * Ataxofobia - medo de desordem.
    * Autofobia - medo de si mesmo ou de ficar sozinho (Monofobia, Isolofobia)
    * Automatonofobia - medo de bonecos de ventríloquo, criaturas animatrônicas, estátuas de cera (qualquer coisa que represente falsamente um ser sensível)
    * Azinofobia - medo de ser agredido pelos pais

B

    * Bacilofobia ou Bacteriofobia - medo de bactérias (Microbiofobia)
    * Balistofobia - medo de mísseis
    * Basofobia ou basifobia - medo de andar ou cair (inabilidade de ficar em pé)
    * Batofobia - medo de profundidade
    * Botanofobia - medo de plantas
    * Batofobia - medo de alturas ou ficar fechado em edifícios altos
    * Batracnofobia - medo de anfíbios (como sapos, salamandras, rãs etc.)
    * Belonofobia - medo de alfinetes e agulhas (aiquimofobia)
    * Bifobia - o medo de bissexuais.
    * Blennofobia - medo de limo ou coisas viscosas
    * Brontofobia - medo de trovões e relâmpagos
    * Biofobia - medo da vida

 C
    * Cacorrafiofobia - medo de fracasso ou falhar
    * Caetofobia - medo de pêlos
    * Cainofobia ou cainotofobia - medo de novidades
    * Catagelofobia - medo do ridículo (estar ou ser)
    * Catapedafobia - medo de saltar de lugares baixos ou altos
    * Catisofobia - medo de sentar-se
    * Catoptrofobia - medo de espelhos
    * Cenofobia ou centofobia - medo que caracteriza-se pela aversão e medo mórbido de sentir inquietação de grandes espaços abertos.
    * Cimofobia - medo de ondas ou de movimentos parecidos com ondas
    * Cinetofobia ou cinesofobia - medo de movimento
    * Cinofobia - medo de cães
    * Cipridofobia, ciprifobia, ciprianofobia, ou ciprinofobia - medo de prostitutas ou doença venéreas
    * Ceraunofobia - medo de trovão
    * Copofobia - medo da fadiga
    * Corofobia - medo de dançar
    * Coniofobia - medo de poeira (amatofobia)
    * Cosmicofobia - medo de fenômenos cósmicos
    * Cromofobia ou cromatofobia - medo de cores
    * Cronofobia - medo do tempo
    * Cronomentrofobia - medo de relógios
    * Claustrofobia - medo de espaços confinados ou lugares fechados ou seja, o oposto da agorafobia
    * Cleitrofobia ou cleisiofobia - medo de ficar trancado em lugares fechados
    * Cleptofobia - medo de ser roubado
    * Climacofobia - medo de degraus (subir ou cair de degraus)
    * Clinofobia - medo de ir para cama
    * Clitrofobia ou cleitrofobia - medo de ficar fechado
    * Cnidofobia - medo de cordas
    * Cometofobia - medo de cometas
    * Coimetrofobia - medo de cemitérios
    * Contreltofobia - medo de abuso sexual
    * Coprofobia - medo de fezes
    * Coulrofobia - medo de palhaços
    * Cremnofobia - medo de precipícios
    * Criofobia - medo de frio intenso, gelo ou congelamento
    * Cristãofobia, cristofobia ou cristianofobia - medo dos cristãos
D

    * Deipnofobia - medo de jantar e conversas do jantar
    * Demonofobia - medo de demônios
    * Demofobia - medo de multidão (Agorafobia)
    * Dendrofobia - medo de árvores
    * Dermatosiofobia, dermatofobia ou dermatopatofobia - medo de doenças de pele
    * Dextrofobia - medo de objetos do lado direito do corpo
    * Diabetofobia - medo de diabetes
    * Dinofobia - medo de vertigens ou redemoinho
    * Diplofobia - medo de visão dupla
    * Dipsofobia - medo de beber
    * Disabiliofobia - medo de se vestir na frente de alguém
    * Dismorfofobia - medo de deformidade
    * Distiquifobia - medo de acidentes
    * Domatofobia ou oiquofobia - Medo de casas ou estar em casa
    * Dorafobia - medo de pele de animais
    * Dromofobia - medo de cruzar ruas

E

    * Eisoptrofobia - medo de espelhos ou de se ver no espelho
    * Electrofobia - medo de eletricidade
    * Eleuterofobia - medo da liberdade
    * Elurofobia - medo de gatos (ailurofobia)
    * Emetofobia - medo de vomitar
    * Enoclofobia - medo de multidão
    * Enosiofobia ou enissofobia - medo de ter cometido um pecado ou crítica imperdoável
    * Entomofobia - medo de insetos
    * Epistaxiofobia - medo de sangrar do nariz
    * Epistemofobia - medo do conhecimento
    * Equinofobia - medo de cavalos
    * Eremofobia - medo de ficar só
    * Ereutrofobia - medo de ficar vermelho
    * Ergasiofobia - medo de trabalhar ou de operar (cirurgião)
    * Ergofobia - medo do trabalho
    * Eritrofobia, eritofobia ou ereutofobia - medo de luz vermelha ou do vermelho
    * Eretofobia - medo mórbido de sentir dor durante relações sexuais
    * Esciofobia ou esciafobia - medo de sombras
    * Escolecifobia - medo de vermes
    * Escopofobia ou escoptofobia - medo de estar sendo olhado
    * Escotofobia - medo de escuro
    * Escotomafobia - medo de cegueira
    * Esfecsofobia - medo de marimbondos
    * Espectrofobia - medo de fantasmas ou espectros
    * Estasibasifobia ou estasifobia - medo de ficar de pé ou andar (ambulofobia)
    * Estaurofobia - medo de cruz ou crucifixo
    * Estenofobia - medo de lugares ou coisas estreitas
    * Estigiofobia - medo do inferno
    * Estruminofobia - medo de morrer defecando
    * Estupefaçofobia - medo de estupefacientes ou de os consumir
    * Estupofobia - medo de pessoas estúpidas

F


    * Fagofobia - medo de engolir ou de comer
    * Falacrofobia - medo de tornar-se careca
    * Farmacofobia - medo de tomar remédios
    * Febrifobia, fibrifobia ou fibriofobia - medo de febre
    * Fengofobia - medo da luz do dia ou nascer do sol
    * Felinofobia - medo de gatos (ailurofobia, elurofobia, galeofobia, gatofobia)
    * Filemafobia ou filematofobia - medo de beijar
    * Filofobia - medo de enamorar
    * Filosofobia - medo de filosofia
    * Fobia Social - medo de estar sendo avaliado negativamente (socialmente)
    * Fobofobia - medo de fobias
    * Fonofobia - medo de barulhos ou vozes ou da própria voz; de telefone
    * Fotoaugliafobia - medo de luzes muito brilhantes
    * Fotofobia - medo de luz
    * Fronemofobia - medo de pensar
    * Ftisiofobia - medo de tuberculose
    * Flatusfobia - medo de liberar flatos a valer

G

    * Galeofobia ou gatofobia - medo de gatos. mesmo que ailurofobia
    * Gamofobia - medo de casar
    * Gefirofobia, gefidrofobia ou gefisrofobia - medo de cruzar pontes
    * Geliofobia - medo de rir
    * Geniofobia - medo de manter a cabeça erguida
    * Gerascofobia - medo de envelhecer
    * Gerontofobia - medo de pessoas idosas
    * Geumafobia ou geumofobia - medo de sabores
    * Gimnofobia - medo de nudez
    * Ginofobia, ginefobia ou ginecofobia - medo de mulheres
    * Glossofobia - medo de falar ou tentar falar em publico
    * Gnosiofobia - medo do conhecimento

H


    * Hadefobia - medo do inverno
    * Hagiofobia - medo de santos ou coisas santas
    * Hamartofobia - medo de pecar (pecados)
    * Hafefobia ou haptefobia - medo de ser tocado ou de tocar em alguém ou em alguma coisa
    * Harpaxofobia - medo de estar sendo roubado
    * Hedonofobia - medo de sentir prazer
    * Heliofobia - medo do sol
    * Hemofobia, hemafobia ou hematofobia - medo de sangue
    * Heresifobia ou hereiofobia - medo de desafiar a doutrina oficial (governo)
    * Herpetofobia - medo de répteis ou coisa que arrastam
    * Heterofobia - etimologicamente medo do sexo oposto, uso comum: medo da heterossexualidade
    * Hexacosioihexecontahexafobia - medo do número 666
    * Hidrargiofobia - medo de medicamentos mercuriais
    * Hidrofobia - medo de água
    * Hidrofobofobia - medo de raiva (doença)
    * Hielofobia ou hialofobia - medo de vidro
    * Hierofobia - medo de padres ou coisas sacras
    * Higrofobia - medo de líquidos ou umidade
    * Hilefobia - medo de materialismo ou de epilepsia
    * Hilofobia - medo de florestas
    * Hipengiofobia ou hipegiafobia - medo de responsabilidade
    * Hipnofobia - medo de dormir ou ser hipnotizado
    * Hipofobia - medo de casas
    * Hipsifobia - medo de altura
    * Hobofobia - medo de bêbados ou mendigos
    * Hodofobia - medo de atravessar estradas
    * Hormefobia - medo de ficar abalado ou chocado
    * Homiclofobia - medo de neblina
    * Hominofobia - medo de homens
    * Hoplofobia - medo de armas de fogo
    * Homofobia - etimologicamente medo do semelhante, uso comum: medo da homossexualidade
    * Hipopotomonstrosesquipedaliofobia - medo de palavras grandes
    * Humilhofobia - medo de ser humilhado

I

    * Iatrofobia - medo de ir ao médico
    * Ictiofobia - medo de peixe
    * Ideofobia - medo de idéias
    * Ilingofobia - medo de vertigem ou sentir vertigem quando olha para baixo
    * Iofobia - medo de veneno
    * Insectofobia - medo de insectos
    * Isolofobia - medo da solidão, de estar sozinho, o medo de ficar isolado (Autofobia, Monofobia)
    * Isopterofobia - medo de cupins

J


    * Japanofobia - aversão e medo mórbido irracional, desproporcional e persistente de japoneses e de sua cultura.

K


    * Katsaridafobia - medo de baratas

L


    * Lachanophobia ou lachanofobia - medo de vegetais
    * Lactofobia - medo de leite
    * Laliofobia ou lalofobia - medo de falar
    * Lesbofobia - medo de mulheres lésbicas
    * Leprofobia ou leprafobia - medo de lepra
    * Ligirofobia - medo de barulhos
    * Ligofobia - medo de escuridão
    * Lilapsofobia - medo de furacões
    * Limnofobia - medo de lagos
    * Linonofobia - medo de cordas
    * Lissofobia - medo de ficar louco
    * Literofobia - medo de letras
    * Liticafobia - medo de processos (civil)
    * Locquiofobia - medo de nascimento (criança)
    * Logizomecanofobia - medo de computadores
    * Logofobia - medo de palavras
    * Luefobia - medo de sífilis (lues)

M


    * Mageirocofobia - medo de cozinhar
    * Maieusiofobia - medo da infância
    * Malaxofobia - medo de amar (sarmassofobia)
    * Maniafobia - medo de insanidade
    * Mastigofobia - medo de punição
    * Mecanofobia - medo de máquinas
    * Megalofobia - medo de coisas grandes
    * Melanofobia - medo de cor preta
    * Melissofobia - medo de abelhas
    * Melofobia - medo ou ódio de música
    * Meningitofobia - medo de doença nervosa
    * Merintofobia - medo de ficar amarrado
    * Metalofobia - medo de metal
    * Metatesiofobia - medo de mudar
    * Meteorofobia - medo de meteoros
    * Metifobia - medo de álcool
    * Metrofobia - medo ou ódio de poesia
    * Micofobia - medo ou aversão por cogumelos
    * Microbiofobia - medo de micróbios (bacilofobia)
    * Microfobia - medo de coisas pequenas
    * Mictofobia - medo de escuridão
    * Mirmecofobia - medo de formigas
    * Misofobia - medo de germens, contaminação ou sujeira
    * Mitofobia - medo de mitos, histórias ou declarações falsas
    * Mixofobia - medo de qualquer sustância viscosa (blenofobia)
    * Molismofobia ou molisomofobia - medo de sujeira ou contaminação
    * Monofobia - medo de solidão ou ficar só (Autofobia, Isolofobia)
    * Monopatofobia - medo de doença incurável
    * Motefobia - medo de borboleta e mariposa
    * Motorfobia - medo de automóveis
    * Musofobia ou murofobia - medo de ratos

N

    * Narigofobia - medo de narizes
    * Nebulafobia - medo de neblina (homiclofobia)
    * Necrofobia - medo de morte ou coisas mortas
    * Nelofobia - medo de vidro
    * Neofarmafobia - medo de medicamentos novos
    * Neofobia - medo de qualquer coisa nova
    * Nefofobia - medo de nevoeiros
    * Nictofobia - medo da escuridão ou da noite
    * Noctifobia - medo da noite
    * Nictohilofobia - medo de florestas escuras ou a noite
    * Nipofobia - medo de japonês ou cultura japonesa
    * Nosocomefobia - medo de hospital
    * Nosofobia ou nosemafobia - medo de ficar doente
    * Nostofobia - medo de voltar para casa
    * Novercafobia - medo da madrasta
    * Nucleomitufobia - medo de armas nucleares
    * Nudofobia - medo de nudez

O

    * Obesofobia - medo de ganhar peso (pocrescofobia)
    * Oclofobia - medo de multidão
    * Ocofobia - medo de veículos
    * Odinofobia ou odinefobia - medo da dor (algofobia)
    * Odontofobia - medo de dentista ou cirurgia odontológica
    * Oenofobia - medo de vinhos
    * Ofidiofobia - medo de cobras
    * Oftalmofobia - medo de estar sendo vigiado
    * Olfactofobia - medo de cheiros
    * Ombrofobia - medo de chuva ou de estar chovendo
    * Ometafobia ou omatofobia - medo de olhos
    * Oneirofobia - medo de sonhos
    * Onomatofobia - medo de ouvir certas palavras ou nomes
    * Ostraconofobia - medo de ostras
    * Orientalofobia - medo de orientais
    * Ornitofobia - medo de passaros
    * Octofobia - medo do numero 8

P

    * Pantofobia - medo de tudo ou de todas as fobias
    * Pedofobia - medo das crianças.
    * Penterofobia - medo da sogra
    * Pirofobia - medo do fogo.
    * Parasquavedequatriafobia - medo de sexta-feira 13

Q

    * Quadrofobia - medo de ir ao quadro
    * Quemofobia - medo de substâncias químicas ou de trabalhar com elas
    * Quenofobia - medo de espaços vazios
    * Quifofobia - medo de parar
    * Quimofobia - medo de ondas
    * Quionofobia - medo de neve
    * Quinofobia - medo de raiva (doença)
    * Quiraptofobia - medo de ser tocada(o)
    * Quilofobia - medo de esquilos ou qualquer um roedor.

R

    * Rabdofobia - medo de ser severamente punido
    * Radiofobia - medo de radiação, raio-x
    * Ripofobia - medo de defecar
    * Ritifobia - medo de ficar enrugado
    * Rupofobia - medo de sujeira

S

    * Sarmassofobia - medo de seduzir e de participar de jogos de sedução
    * Satanofobia - medo de satã (demônio)
    * Selafobia - medo de flashes (luzes)
    * Selachofobia - medo de tubarões
    * Selenofobia - medo da lua
    * Seplofobia - medo de material radiativo
    * Sesquipedalofobia - medo de palavras grandes
    * Sexoafobia - medo de fazer sexo
    * Sexofobia - medo do sexo oposto (heterofobia)
    * Siderodromofobia - medo de trem ou viagem de trem
    * Siderofobia - medo de estrelas
    * Sinistrofobia - medo de coisas do lado esquerdo, mão esquerda
    * Sinofobia - medo de chinês ou cultura chinesa
    * Sitofobia ou Sitiofobia - medo de comida ou comer (cibofobia)
    * Socerafobia - medo de padrasto ou madrasta
    * Sociofobia - medo da sociedade ou de pessoas em geral
    * Somnifobia - medo de dormir
    * Simmetrofobia - medo de simetria
    * Singenesofobia - medo de parentes
    * Sifilofobia - medo de sífilis
    * Sofofobia - medo de aprender
    * Soteriofobia - medo de dependência dos outros
    * Surifobia - medo de camundongo (rato)
    * Simbolofobia - medo de símbolos

T

    * Tacofobia ou Tachofobia - medo de velocidade
    * Taeniofobia ou Teniofobia - medo de solitária (tênia)
    * Tafofobia ou tafefobia - medo de ser enterrado vivo
    * Talassofobia - medo do mar
    * Tanatofobia ou tantofobia - medo da morte ou de morrer
    * Tapinofobia medo de ser contagioso
    * Taurofobia - medo de touro
    * Teatrofobia - medo de teatro
    * Tecnofobia - medo de tecnologia
    * Telefonofobia - medo de telefone
    * Teleofobia - medo de definir planos ou de cerimônias religiosas
    * Teofobia - medo de Deus ou de religião
    * Teologicofobia - medo de teologia
    * Teratofobia - medo de crianças ou pessoas deformadas
    * Termofobia - medo de calor
    * Testofobia - medo de fazer provas (escolares)
    * Tetanofobia - medo de tétano
    * Tetrafobia - medo do número 4
    * Tiranofobia - medo de tiranos
    * Tocofobia - medo de gravidez
    * Tomofobia - medo de cirurgia
    * Tonitrofobia - medo de trovão
    * Topofobia - medo de certos lugares ou situações, que dão medo ou pavor
    * Toxifobia, toxofobia ou toxicofobia - medo de se envenenar
    * Traumatofobia - medo de traumas (físicos)
    * Transfobia - medo de transexuais
    * Tripanofobia - medo de injeções
    * Triscaidecafobia - medo do número 13
    * Tropofobia - medo de mudar ou fazer mudanças

U

    * Unatractifobia -medo de pessoas feias
    * Uranusfobia - medo do planeta Urano
    * Uranofobia - medo do céu
    * Urifobia - aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante a fenômenos paranormais
    * Urofobia - medo de urina ou do ato de urinar
    * Uiofobia - medo dos próprios filhos; medo da prole.

V


    * Vacinofobia - medo de vacinação
    * Verbofobia - medo de palavras
    * Verminofobia - medo de vermes
    * Virginitifobia - medo de estupro
    * Vitricofobia - medo do padrasto

X

    * Xantofobia - medo da cor amarela / medo de objetos de cor amarela
    * Xenofobia - medo de estrangeiros ou estranhos
    * Xerofobia - medo de secura, aridez
    * Xilofobia - medo de objetos de madeira ou de floresta

Z

    * Zelofobia - medo de ter fazer sexo
    * Zoofobia - medo de animais

TRES HISTÓRIAS JUDAICAS




A menor constituição do mundo

Um grupo de sábios judeus reuniu-se para tentar criar a menor Constituição do mundo. Se alguém fosse capaz de definir - no espaço de tempo que um homem leva para equilibrar-se em um só pé - as leis que deviam reger o comportamento humano, este seria considerado o maior de todos os sábios.
- Deus pune os criminosos - disse um.
Os outros argumentaram que isto não era uma lei, mas uma ameaça; a frase não foi aceita.
- Deus é amor - comentou outro.
De novo, os sábios não aceitaram a frase, dizendo que ela não explicava direito os deveres da humanidade.
Neste momento, aproximou-se o Rabino Hillel. E, colocando-se num só pé, disse:
- Não faça com seu próximo àquilo que você detestaria que fizessem com você; esta é a Lei. Todo o resto é comentário jurídico.
E o rabino Hillel foi considerado o maior sábio de seu tempo.


Tapando o sol com a mão

Um discípulo procurou o rabino Nahman de Braslaw:
- Não continuarei mais meus estudos dos textos sagrados - disse. - Moro numa pequena casa com meus irmãos e pais, e nunca encontro as condições ideais para concentrar-me no que é importante.
Nahman apontou o sol, e pediu que seu discípulo colocasse a mão na frente do rosto, de modo a oculta-lo. O discípulo fez isto.
- Sua mão é pequena, e no entanto conseguiu cobrir totalmente a força, a luz e a magestade do imenso sol. Da mesma maneira, os pequenos problemas conseguem lhe dar a desculpa necessária para não seguir adiante em sua busca espiritual.
"Assim como a mão tem o poder de esconder o sol, a mediocridade tem o poder de esconder a luz interior. Não culpe os outros por sua própria incompetência."


Parece muito óbvio

Perguntaram ao rabino Ben Zoma:
- Quem é sábio?
- Aquele que encontra sempre algo a aprender com os outros - disse o rabino.
- Quem é forte?
- O homem que é capaz de dominar a si mesmo.
- Quem é rico?
- O que conhece o tesouro que tem: seus dias e suas horas de vida, que podem modificar tudo que acontece a sua volta.
- Quem merece respeito?
- Quem respeita a si mesmo e ao seu próximo.
- Isto tudo são coisas óbvias - comentou um dos presentes.
- Por isso são tão difíceis de serem observadas - concluiu o rabino.

Cada vez que posto uma história, um conto, eu percebo os fios que ligam todas as religiões, e que existem muitos pontos comuns a toda elas, mas a humanidade ainda não está preparada para o ecumenismo religioso, não está preparada para o diálogo inter ou extra religioso.

Apenas desejo a PAZ e o BEM planetário.


Muita Luz pra todos.


http://semfronteirasparaosagrado.blogspot.com/


CONSCIÊNCIA DE CULPA


Redação do Momento Espírita
A consciência de culpa atinge o mundo íntimo da criatura, na qualidade de um autêntico flagelo.
 
A partir do momento em que se instala, desequilibra as emoções e pode levar à loucura.
 
A consciência pesada evidencia uma certa imaturidade psicológica, pois denota que a pessoa agiu em descompasso com seus valores ou ideais, ou o fez sem refletir, em um rompante.
 
O indivíduo por vezes se permite comportamentos incorretos, que lhe agradam às sensações, para posteriormente se auto-punir, entregando-se a arrependimento estéril.
 
A ciência dos erros passados pune com rudeza o infrator, perante si próprio, mas não o corrige para o futuro.
 
O cumprimento de uma penitência, embora constitua evento doloroso, nada repara e por isso não traz a plenitude psicológica curativa promovida pelas ações positivas.
 
O que foi feito não mais pode ser impedido ou evitado.
 
Disparada uma flecha, ela segue seu rumo.
 
Se uma ação foi ruim, o importante é reparar os danos que causou.
 
Todo homem que se considera fraco, não desenvolvendo esforços para fortalecer-se, torna-se de fato débil de forças.
 
É um sinal de covardia e infantilidade justificar um erro com auto-flagelação, sem sanar as conseqüências, tornando a ele na primeira oportunidade, sob a alegação de fraqueza.
 
É nobre assumir o próprio equívoco, meditar serenamente sobre ele, arcar de forma corajosa com seus efeitos e repará-los do modo mais perfeito possível.
 
O difícil processo de reverter os resultados de um ato indigno tende a ser eficiente antídoto para novas experiências.
 
Tome-se o exemplo de uma mulher que voluntariamente faz um aborto.
 
Sua consciência pesa e ela pode desenvolver neuroses variadas, mantendo a mente focada no agir equivocado, a essa altura irremediável.
 
Mas essa mulher também pode, de modo muito mais proveitoso, dedicar as horas de seu tempo dispensando amor e cuidados a crianças órfãs.
 
Ela teve a desdita de rejeitar o filho que Deus, em sua infinita sabedoria, lhe confiou, mas nada a impede de adotar, por filhos do coração, os pequenos desamparados do mundo.
 
O tempo aplicado nessa tarefa é infinitamente mais útil do que se for perdido em lamentações.
 
Além de desempenhar, de certa forma, a missão materna que lhe estava destinada, o contato com a infância desvalida pode sensibilizá-la para as inefáveis bênçãos da maternidade.
 
Tudo isso tem o condão de funcionar como medida preventiva de novos desatinos.
 
Por outro lado, o remorso inativo e estéril, ao desequilibrar a personalidade abre as portas para os mais diversos equívocos, dos quais nada de bom resulta.
 
A partir do momento em que se elege como meta uma vida de paz, com a consciência tranqüila, há um preço a ser pago: a perseverança no dever.
 
Dignidade, harmonia, equilíbrio entre consciência e conduta não ocorrem ao acaso e nem se podem improvisar.
 
Tais virtudes devem ser conquistadas no dia-a-dia, mediante seu perseverante exercício.
 
Mas, em face de dificuldades para agir corretamente, por uma atitude viciosa encontrar-se muito arraigada, há sempre um derradeiro recurso: a oração. 
 
* * * 
 
Deus dispõe de infinito manancial de paz, sempre à disposição de suas criaturas, desde que estas o busquem com sinceridade e fervor.
 
O homem manifestando a firme intenção de resistir ao mal, a divindade por certo o fortalecerá no bem, pois foi Jesus quem afirmou:
 
“Pedi e obtereis”.

Onde está a sua felicidade?






Onde está a sua felicidade? Em você mesmo, nos acontecimentos ou nos outros?

Com certeza ela não está nem no seu sucesso pessoal, sabia? Claro! Sempre estamos jogando para o futuro a realização pessoal. Parece que nunca estamos contentes com aquilo que somos e alcançamos.

Sua felicidade deve estar no momento presente. Nesse instante que você está lendo essa mensagem!

O problema é que o amanhã nunca chega! E se você colocar a sua felicidade no futuro, vai ficar sempre dependente de uma nova conquista, um novo horizonte, que talvez nunca consiga alcançar. Pare de ser a cenoura amarrada na frente do burro para fazê-lo caminhar! Nunca deixe a felicidade para o dia seguinte! A sua felicidade não deve estar mais adiante. Ela já é! Já está acontecendo!

E pare de pensar em felicidade como se fosse uma espécie de recompensa por sucessos que você obteve ou que conquistará. É assim que você pode transformar a teoria em prática: decidindo viver bem o momento presente e saboreando tudo o que está acontecendo em sua vida.

Não permita mais que as dores, frustrações e tristezas que são inevitáveis, incapacite você de ser feliz. Nada mesmo tem a capacidade de te impedir de ser feliz! A felicidade está até no sofrimento! Acredite! E quer saber mais? A sua felicidade só está no momento presente. Isso mesmo: seja feliz ao respirar, ao se alimentar, a beber água fresca num instante de sede.... Considere-se feliz hoje ao beber o próximo cafezinho, tá?

A sua felicidade está no observar um campo de árvores e flores, ao admitir que foi escolhido para viver nesse planeta lindo. A sua felicidade está no vôo e no som dos pássaros, no sol escaldante, na chuva fria, na mão que acaricia.

A sua felicidade está no abraço, no beijo, no toque, no olhar.... no pulsar forte do seu coração que é louco pra viver! Viva a cada instante! Esteja sempre consciente de estar vivo e sendo amado pelo Criador! Esteja sempre alerta na sua capacidade de se envolver amorosamente com outras pessoas.

Viva a alegria! Viva a vida!

Bom Dia! Bom Divertimento! Que essa quinta-feira seja especial!

"A felicidade está com você independente de seus sucesso"

Luis Carlos Mazzini

Quatro Pensamentos Sobre a Caminhada





William Q. Judge

 1) O primeiro passo para ser positivo e auto-centrado é ter satisfação em cumprir o dever. Tente sentir prazer em fazer o que é seu dever, e especialmente nos pequenos deveres da vida. Quando estiver cumprindo qualquer dever,  ponha toda sua atenção nele.

2)  Você pode consolidar o seu caráter prestando atenção às pequenas coisas.  Atacando as pequenas falhas, e em cada pequena oportunidade, uma por uma.  Isso criará uma atitude interna de atenção e cuidado. Com vitória em relação às  pequenas falhas e as pequenas ocasiões, o caráter se torna forte.

3)  Nunca há qualquer motivo para preocupação. A boa lei cuida de todas as coisas, e tudo o que temos que fazer é cumprir o nosso dever tal como ele surge a cada dia.

4) É melhor adquirir uma boa quantidade do que é chamado pelo mundo de indiferença, mas que em realidade é uma calma confiança na lei, e uma capacidade de fazer o que é nosso dever, sabendo que os resultados deverão ser corretos, sejam quais forem.


[ Trechos do livro  “Letters That Have Helped Me”, de William Q. Judge, Theosophy Co., Los Angeles, 300 pp., 1946, p. 125. ] 



A importância do consumo de proteínas


Proteína animalAs proteínas são compostas de cadeias de aminoácidos que formam nossa massa corporal magra. A maior quantidade é encontrada nos músculos, sendo elas as responsáveis pela contração muscular. Outras funções importantes das proteínas são: regular o funcionamento dos órgãos do corpo, defesa do organismo através da formação dos anticorpos, transportar substâncias através do sangue, coagulação sanguínea, construção de novos tecidos além de serem matéria prima de alguns hormônios. Sem elas nenhuma dessas funções existiria.

Por isso é de extrema importância o consumo regular de alimentos que proporcionem a quantidade adequada de proteínas que precisamos diariamente. As proteínas são divididas em proteínas animais e vegetais, sendo necessário o consumo de ambos os tipos para um melhor funcionamento do organismo.

Proteínas Animais

Oa alimentos de origem animal são ricos em vitamina B, ferro e zinco, além de altas fontes de proteínas. As principais fontes são carnes, ovos e laticínios.

Proteínas Vegetais

Os alimentos de origem vegetal fornecem, além das proteínas, outras substâncias importantes para nosso corpo como fitoquímicos, nutracêutico que ajuda na prevenção de doenças, e carboidratos. As principais fontes de proteínas vegetais são a soja, feijões, lentilha e amendoim.

A proteína da soja

Proteína da sojaJá foi falado aqui no blog sobre um derivado da soja, o leite de soja, que também é uma fonte de proteína. A proteína da soja é considerada uma proteína completa, ou seja, ao consumirmos ela, estamos consumindo todos os aminoácidos que nosso corpo não consegue produzir.

Além disso possui um alto teor de digestibilidade e baixo teor de gorduras. Também possui uma série de substâncias que fazem bem ao organismo, como a saponina que ajuda no sistema imunológico e o fitosterol que ajuda a reduzir o colesterol ruim.

As isoflavonas da soja, uma substância funcional, é um potente antioxidante, previne problemas de coração, câncer de mama e ajuda as mulheres na fase da menopausa a reduzirem os sintomas incômodos.

As proteínas da soja podem ser consumidas através da soja e seus derivados como leite de soja ou sucos a bese de leite de soja, PTS (proteína isolada da soja também conhecida como carne de soja), farinha de soja ou Kinako, tofu (queijo de soja), etc.

Sabendo da importância das proteínas em nossa alimentação e que podemos encontrá-las largamente na soja e seus derivados é importante começarmos a mudar nossos hábitos para hábitos mais saudáveis, prevenindo doenças, consumindo menos gordura e tendo uma vida muito mais saudável.

http://www.alimentacao-saudavel.com/






quarta-feira, 28 de abril de 2010

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Brain Candy (2009) rating starrating star An award winning short zombie film. Convinced the world is about to end, a man stocks...

sábado, 17 de abril de 2010




Carta Mundial sobre a doença de Alzheimer

Queridos amigos, Durante a Assembléia Mundial da Saúde, em maio de 2010, que acontecerá em Genebra, a ADI -Alzheimer Disease International - apresentará para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Carta Mundial sobre a Doença de Alzheimerdesenvolvida para chamar a atenção das urgentes e necessárias medidas por parte dos governos e dos interessados para fazer a doença de Alzheimer e outras demências uma prioridade de saúde mundial. Em pouco mais de dezoito meses, a ADI coletou mais de 40.000 assinaturas ao redor do mundo e gostaríamos de agradecer a todos que já deram o seu apoio. Com base nos estudos realizados pela OMS, que demonstram a alta incidência da doença de Alzheimer e outras demências nos próximos anos, um maior número de adesão se faz necessário. Solicitamos então, o seu apoio para promover a Carta, divulgando aos seus amigos e contactos e incentivando-os a aderir a este movimento mundial, objetivando uma melhor qualidade de vida para todas as pessoas com demência e seus cuidadores. A petição online estará disponível em http://www.globalcharter.org/ até as 23h59 GMT de sexta-feira 30 de abril (horário de Londres). Sua ajuda é imprescindível neste último esforço para que o maior número de assinaturas possíveis seja levado à OMS! Se você tiver quaisquer perguntas, por favor, não hesite em contatar-nos.

Atenciosamente

Viviane AbreuPresidente


Fonefax: 55 11 3237-0385

www.abraz.org.br / abraz@abraz.org.br

sexta-feira, 16 de abril de 2010

OS POLÍTICOS E OS POBRES












Acho o Brasil infecto.

Não tem atmosfera mental;

não tem literatura; não tem arte;

tem apenas uns políticos muito vagabundos.

Carlos Drummond de Andrade

Waldo Luís Viana*

As enchentes e secas cíclicas no Brasil parecem não ter mesmo solução e suas terríveis consequências recaem sempre sobre a cabeça dos pobres.São estes os que, dolorosa e fatalmente, irão pagar a conta das tragédias.

Pobres moram mal, em favelas e encostas, submetidos à moradia subumana, sujeitos a escorregamentos, deslizamentos e soterramentos de si próprios e de muitos entes queridos.Pobres sofrem com a falta d’água e de bens fundamentais de maneira crônica e esses males são normalmente tratados de forma paliativa e episódica.

Os políticos detestam os pobres , com honrosas e minoritárias exceções, mas fingem sempre gostar muito deles, principalmente em épocas eleitorais. Já se disse que as eleições são um período de “delirium tremens” para as oligarquias e plutocracias, que apostam tudo em seus ventríloquos a serem eleitos para o Executivo e o Legislativo, cobrando a conta dos gastos de campanha nos anos posteriores, principalmente o primeiro. Tais despesas vultosas serão recobradas em termos de impostos, diretos e indiretos, bem como com a formulação de fraudes ao Erário e licitações superfaturadas que prepararão o terreno para a formação de caixinhas para as próximas eleições. Os eleitos que não obedecerem ao figurino dos patrões não terão oportunidades fáceis no próximo pleito. E assim segue a vida...

Durante o mandato, conquistado duramente, os políticos querem mesmo os pobres atrás dos cordões de isolamento. Eles consideram essa rama da sociedade uma verdadeira praga, porque, enquanto os ricos são tímidos para pedir favores (rico faz negócio!),os pobres, segundo a classe política, são sempre carentes, ao receberem benesses ou melhorias mal agradecem e a seguir vão pedindo, sem cessar, novos favores. Quando são apanhados no círculo vicioso das dificuldades de eleitores dos grotões miseráveis, os políticos morrem de raiva dos pedidos constantes e querem se libertar dessas podres armadilhas propondo obras de fachada, muitas vezes desnecessárias ou supérfluas, mas que marquem a sua atuação junto a qualquer governo.

E os políticossempre apostam que os pobres vão esquecer logo de quem elegeram, porque têm que continuar a tocar suas vidas miseráveis, e contam com a memória curta dos eleitores no sentido de que esqueçam suas vilanias e safadezas.

No Brasil, quando acontecem tragédias, os políticos gostam de sumir já que nada têm a dizer. Não adianta fazer promessas contra fatos inarredáveis nem utilizar o escape psicanalítico de culpar os outros, os antecessores “que nada fizeram”, ou apenas consolar os aflitos, lembrando o país do futuro que nunca vem, bem como repetir os esfarrapados e hipócritas pedidos a Deus. Tais estratégias, depois do leite derramado, lembram muito as tentativas inúteis de reanimar um defunto por infarto agudo ou infecção generalizada. Não têm jeito...

O solo urbano brasileiro é diferente do solo rural. Uma cidade é um local onde muitos habitantes se juntam em troca de abastecimento, segurança e bem-estar e isso é um fato sociológico e conhecido desde a Idade Média. O solo rural é diferente: ele é ocupado de maneira mais rarefeita, os bens imóveis são espalhados por distâncias mais seguras, ao invés de ficarem amontoados, a ponto de algumas propriedades conseguirem escapar de diversas tragédias comuns nas cidades. Se uma fazenda por acaso ficar embaixo d’água, provavelmente as vizinhas poderão escapar da mesma sorte, ou sofrer com menor intensidade, inclusive porque distâncias grandes correspondem a mudanças na fisionomia dos terrenos, cuja geologia pode variar, tornando alguns locais mais resistentes às intempéries. Mesmo em algumas grandes metrópoles, várias áreas escapam de inundações e outras não, demonstrando a heterogeneidade de suas regiões. O que é constatável de maneira crônica é que, no Brasil, as localidades mais pobres são as mais afetadas, porque carecem de medidas de ordenamento urbano e saneamento básico.Nelas, essas camadas miseráveis amontoam-se, tentando sobreviver, servindo às comunidades ricas da mesma região, observando-se a sensível mistura de guetos ricos e pobres interagindo em perigosa fricção e sintomas vários de violência.

Neste país, as grandes cidades são partidas, gerando conflitos insolúveis que emergem de tempos em tempos, caracterizando uma Pátria de guerra civil mal declarada, que ressuma pelos noticiários repletos de lutas entre “mocinhos e bandidos”, onde não sabemos quem é o quê!

Todavia, essa massa que ocupa lugares inóspitos também vota e não quer ser removida de onde está, pelo simples fato de não ter para onde ir. Não podem se queixar ao bispo nem ao delegado e, na verdade, nada esperam deles. De vez em quando, recebem a visita de um político que, em troca de votos, quer dar uma de “bonzinho”, tentando urbanizar as favelas no plano vertical, ou seja, maquiar o cenário de casas mal construídas e prestes a cair com alguma melhoria apressada, retirando-se velozmente depois de eleitos, a fim de melhor “curtir o mandato”.

Aliás, mandato de político é o único matrimônio indissolúvel garantido em nossa terrível sociedade.Os políticos recebem os votos e depois que as urnas são fechadas vão embora, com pouquíssimas exceções – eu insisto – e quando o caldo entorna, isto é, quando surgem as enchentes e as tragédias eles não estão disponíveis e não se consideram responsáveis.

A palavra “remoção”, inclusive, virou palavra feia, porque os políticos populistas, demagogos e safados, assessorados por ONGs piratas, movimentos sociais e pelegos ligados ao governo, não querem remover os escombros da miséria porque se sustentam com ela. Afinal, os miseráveis são manipuláveis, sem educação e têm memória curta.A pobreza e a miséria,infelizmente, alimentam-se apenas do cotidiano.São seres humanos que vivem só por hoje. No fundo, sabem que não têm amanhã!

Assim, o solo urbano, além de ser gerido por legislação conservadora e completamente superada numa sociedade de massas, jamais será tema relevante de campanha, como no caso dos que se aproveitam da indústria da “reforma agrária”. Os dois assuntos, porém, têm similitudes, porque os conflitos no campo envolvem jagunços e sem-terra,enquanto na urbes ou polis a luta empreendida é entrefavelados, traficantes, milicianose as camadas mais ricas da classe média e abastada, que desejam evidentemente manter a todo custo as leis e o estado de direito.

É impressionante como os citados movimentos sociais e ONGs, que fazem tanto barulho ao invadir o solo agrário produtivo, reivindicando glebas e territórios para sem-terra, índios e quilombolas, espantosamente não se manifestam quando o país é afligido por secas e enxurradas nas cidades.Qual o motivo desse silêncio? Simplesmente porque mexer nesses temas não rende dinheiro nem verbas cedidas pelo nosso atencioso governo.

Político, no Brasil, só lida mesmo é com portas arrombadas.E, mesmo assim, as verbas destinadas às emergências, sem licitações ou controle estrito, são desviadas, sem dó nem piedade, por motivos fraudulentos, que vão do furto simples às caixinhas das próximas campanhas.Político aqui lucra até com desastre de trem. E costuma, nesses casos, até rir, sacrificando as gordas pregas...

Algumas instituições nobres do Estado são acionadas, porém, somente para mitigar o fedor dos mortos. Lamenta-se muito o ocorrido através da mídia, os pobresmobilizam-se para mandar aos seus irmãos desalojados e desabrigados roupas, cobertores, remédios e alimentos não perecíveis – e fica-se só nisso. Não há ações preventivas ou concertadas, somente paliativos, que serão repetidos, sem dúvida, na próxima tragédia. Melhor que a catástrofe atual, apenas a próxima – é o slogan oculto dos nossos senhores políticos.

Além disso, tais senhores desejam que o clima de estupor e amargo sofrimento seja logo substituído pelas próximas atrações: a Copa do Mundo, daqui a sessenta dias na África do Sul, as eleições gerais, em outubro deste ano e, por fim, as promessas da Copa do Mundo de 2014 no Brasil e as Olimpíadas de 2016 na cidade do Rio de Janeiro – que, juntas, comporiam o mosaico antecipatório de eventos bons, que contrastariam com a realidade má que todos vemos envolvendo o país agora.

E será com o mesmo cinismo e desfaçatez com que tratam o destino atual dos pobres e suas tragédias, que irãoos políticos às ruas, no período eleitoral, tentar apertar suas mãos, retirando meleca do nariz de seus filhos pequenos, bebendo cachaça nas biroscas e implorando os mesmos votos que transformam este país nessa sociedade do nada. Porque ao serem eleitos, os políticos vão esquecer “daquelas pragas”, colocando-as atrás dos cordões de isolamento e reivindicando para si todos os privilégios que, por quatro anos ininterruptos, insistirão sempre em roubar dos outros.

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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e desistiu da política por problemas estomacais.

Teresópolis, 11 de abril de 2010.

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*Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e desistiu da política por problemas estomacais.

Teresópolis, 11 de abril de 2010.







quinta-feira, 15 de abril de 2010

Que herdamos da Família?


Seguramente não só cadeias do DNA – que as vezes pouco se diferenciam dos outros animais vivos -, tampouco podemos responder que se trata somente dos bens ou dívidas. Então, que herdamos da família além de uma mensagem genética que é unívoca e inequívoca? Herdamos no melhor dos casos uma língua que é fundamentalmente equívoca o que nos faz habitar, por sermos falantes, no mal-entendido estrutural.

É este dom que herdamos e do qual precisamos apropriar-nos, o que nos humaniza, o que nos civiliza, o que nos possibilita ser cidadãos pelos laços de discurso que estabelecemos com os outros. Isto é o que está capenga, o que está mancando cada vez mais nos dias de hoje, onde a queixa que escutamos de pais e de filhos, de professores e alunos é a incapacidade de conversar entre eles.

Um filho não só está feito de carne, também de palavras e de letras, nesse sentido a criança é primeiramente um objeto caído do corpo materno, é também um sujeito por vir.


Proliferam os objetos com os quais as pessoas se ocupam e se satisfazem em detrimento das relações com amigos, colegas de profissão, parentes, e outros. Não podemos negar que este é um processo que vemos acelerar-se, nas grandes cidades principalmente, fomentando o individualismo próprio de nossa época.

As famílias hoje estão constituídas com diferentes personagens em relação às famílias de 50 anos atrás, porém, há algo estrutural que se mantém, lugares e funções que a língua que falamos cria. Pai, mãe, filhos, irmãos, continuam a ser os lugares nos quais os humanos nos alocamos segundo seja o nosso dizer. Este grupo reduzido que compõe a família moderna mostra uma estrutura profundamente complexa condicionada por fatores culturais.

O caráter que especifica a ordem humana é a subversão do instinto a partir da qual surgem as formas fundamentais da cultura que são plenas de infinitas variantes. Hoje a ciência tem multiplicado as mães e os pais. Temos a mãe que aporta o ventre, a mãe gestante, uterina, ginecológica ou portadora. A mulher que aporta os óvulos será a mãe genética ou biológica. Temos também a mãe social ou de criação ou do amor em casos de adoção, mais nada disto diz do desejo de um filho. Nós humanos nascemos numa família – quando desejados – que nos transmite a língua que falamos, chamada de língua materna, quer dizer que em primeiro lugar herdamos a língua que nos acolhe no mundo.

Portanto, nascemos à grande família humana quando falamos, sendo, então, a língua a morada do homem, parafraseando ao poeta Hölderling.

Para o discurso da psicanálise que inaugura Lacan, o inconsciente está estruturado como uma linguagem. Ou seja que os sintomas que produzimos são a manifestação do nosso dizer, da nossa maneira de inserir-nos na língua que falamos, são a conseqüência do discurso que praticamos sem saber, o discurso do inconsciente. E quando digo discurso quero assinalar que o discurso do inconsciente é o discurso do Amo que Lacan toma em relação à dialética do Amo (1) e do Escravo que Hegel desenvolve no capítulo 4 (A certeza de si mesmo) da "Fenomenologia do Espírito". Este discurso situa ao homem numa luta a morte pelo reconhecimento do Outro. Nesta luta por puro prestigio quem se submete para não morrer é o Escravo reconhecendo no Outro um Amo. Isto o anula em seu desejo e o transforma num objeto, numa coisa a serviço do Amo, o "cosifica". Porém, o Amo se encontra num paradoxo: é reconhecido como Amo por alguém a quem ele não considera. O Amo, por não poder reconhecer ao Outro que o reconhece (o Escravo), encontra-se num beco sem saída. O Escravo, pelo contrário, reconhece desde o príncipio ao Outro (o Amo). Será suficiente impor-se a ele, fazer-se reconhecer por ele para que se estabeleça o reconhecimento mútuo e recíproco, que só pode realizar e satisfazer ao homem plena e definitivamente, segundo Hegel.

Com este discurso Hegel lhe atribui ao Amo antigo o usufruto ou gozo do trabalho do Escravo o que em Marx será chamado de mais-valia. O que Lacan modifica tem a ver com as conseqüências do gozo que lhe atribui ao Escravo que ocupa esse lugar dialético onde se "cosifica". Nesse processo dialético o saber lhe corresponde ao Escravo e está articulado (o saber) com o gozo do Outro. Este Outro, que não existe, é o produto da articulação lógica entre os significantes que lhe dão existência como campo da linguagem. Nesse campo do Outro, campo da linguagem no qual nos inscrevemos os humanos mostramos a nossa debilidade que é proporcional à sede de sentido. Temos necessidade de sentido.

O que nos mostra a filosofia desde os diálogos de Platão é o roubo, o rapto, a subtração do saber da escravidão pela operação do Amo que consistia em fazer um saber transmissível do escravo ao amo, até chegar a uma empresa maior em beneficio do amo, como pretendia Hegel com o que ele chamava de Saber Absoluto.

A este respeito, a idéia do absoluto ou imaginária do todo, tal qual é proporcionada pelo corpo, é algo que se sustém na boa forma da satisfação e constitui no limite uma forma esférica. Esta mesma forma esférica nos dá a idéia do encerro e da clausura da satisfação procurada no absoluto ou no todo. A totalidade paralisante onde nada mais se ambiciona.

É contra isto que nós psicanalistas lutamos, contra a paralisia que produz a falta de um desejo.

Por este repasse de saber do escravo o amo moderno não tem mais a estrutura do antigo. O amo moderno não é nada mais que saber, ou seja burocracia. O amo moderno para Lacan é o capitalista que frustra de seu saber ao escravo voltando-o inútil. Mais o que se dá ao escravo em troca, numa espécie de subversão, é outra coisa, um saber de amo. Por isto é que historicamente não temos feito outra coisa mais que mudar de amo. Porém o que fica no amo moderno é a essência do amo, ou seja, não sabe o que quer. É isto o que constitui a verdadeira essência do discurso do Amo pelo qual para Lacan este é o discurso do inconsciente onde o sujeito se perde, não sabe o que quer, não sabe de seu desejo.

O escravo sabe de muitas coisas, porém o que sabe mais ainda é que ele quer ao amo, mesmo que este não o saiba – o que costuma acontecer – de outro modo não seria amo. O escravo o sabe e esta é sua função como escravo. Por isso é que a coisa funciona faz muito tempo. Na relação entre o amo moderno e o escravo moderno o que substitui agora ao escravo antigo é ele mesmo como produto, tão consumível como os outros; como se diz agora temos o material humano formando parte da sociedade de consumo.

Estamos alienados agora e antigamente por sermos falantes. Alienados num discurso que nos condiciona sem que o saibamos. Este discurso que herdamos da família humana é o que praticamos no dia a dia, com o qual vemos o mundo e dele fazemos imagens plenas de sentidos. Uma ficção rígida onde, com as pretendidas revoluções sociais, só conseguimos trocar os nomes dos amos para manter um goze obscuro, um caminho à morte que não é outra coisa mais que o que chamamos de "gozo", tendência a voltar ao inanimado que se faz presente numa experiência de discurso como a prática analítica. É nesta experiência onde podemos tomar em conta o estatuto do discurso. Estatuto também no sentido jurídico do termo, posto que é no direito onde nos apercebemos de que modo o discurso estrutura o mundo real.

Num certo momento da humanidade a medicina nasce quando alguém assumiu a dor do outro e se ofereceu para aliviá-la. Nesta época a medicina opera cada vez mais de forma veterinária tratando somente as doenças e os corpos, sem escutar aos doentes.

Com a psicanálise se abre outro campo de tratamento onde os remédios cedem seu lugar à palavra.

Uma análise é uma prática onde propomos aos pacientes uma revisão do discurso do inconsciente, da revisão do discurso que nos faz seres falantes, para encontrar-nos com outro discurso que nos permita colocar em curso o desejo de saber.

É esta prática que se constitui no miolo da experiência analítica quando se pede ao paciente que abandone toda referencia mais além das quatro paredes que lhe rodeiam e produza palavras, significantes, que constituem a associação livre mediante o qual outorgamos um saber não sabido por esse que nos fala e colocamos em jogo que esse saber não sabido é o que trabalha verdadeiramente.

Mais esta via pode levar-nos ainda a uma acumulação de saber e construirmos com ela uma pequena enciclopédia sobre o que nos afeta. É aqui o momento no qual uma vez mais o analista é convocado para com seu ato recolocar agora um outro tipo de saber articulado à verdade como enígma. Um saber em tanto verdade é propriamente o que deve ser a estrutura do que chamamos a interpretação. Um saber complexo, um saber do nosso complexo de Édipo, um saber construído sobre a forma singular de inserir-nos na língua, lugar onde praticamos o incesto e o desejo de morte inconscientes, um saber sobre a nossa verdade singular que nos permita orientar-nos nos trilhos do nosso desejo.

O que eu disse no começo sobre a criança – que era um objeto caído do corpo materno e de sua condição de sujeito por vir -, e o que estive desenvolvendo nestes breves minutos me permite situar agora à criatura humana como alguém que morando primeiramente na moradia do desejo do outro, precisa alojar-se em seu desejo o qual implica: passar de ser habitada pela linguagem a habitar nela fazendo laços de discurso.

Como disse Lacan: ...o inconsciente é o discurso do outro. Este discurso do outro não é o discurso do outro em abstrato, do meu correspondente, nem sequer simplesmente do meu escravo: é o discurso do circuito no qual estou integrado. Sou um entre seus elos. É o discurso do meu pai, por exemplo, em tanto que meu pai há cometido faltas que estou absolutamente condenado a reproduzir: o que chamam super eu. Estou condenado a reproduzi-las porque é preciso que retome o discurso que ele me legou, não simplesmente porque sou seu filho, senão porque a corrente do discurso não é coisa que alguém possa deter, e eu estou precisamente encarregado de transmiti-lo na sua forma aberrante a algum outro. Tenho que colocar a algum outro o problema de uma situação vital com a qual muito possivelmente ele vai bater de frente, de sorte tal que este discurso forma um pequeno circuito no qual ficam presos toda uma família, toda uma camarilha, todo um bando, toda uma nação ou a metade do globo. Forma circular de uma palavra que está justo no limite do sentido e do sem sentido, que é problemática.(2)


Ricardo Eduardo Delfino
Trabalho apresentado na Jornada no Fórum de Santo Amaro
em São Paulo nos dia 15 e 16 de abril de 2004




http://amigosdofreud.blogspot.com/

 
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